terça-feira, 26 de maio de 2015

Tempos em que precisamos de algo mais

Tempos em que precisamos de algo mais

Quando ligo a TV, ou pego uma revista para folhear (cultura inútil), me deparo com modelos e padrões de moda, seja na maneira de vestir, seja, no modelo de porte físico, cor do cabelo, magra, alta, etc. Depois, vem a questão de que tod@s devemos ser bem sucedid@s na vida. Não há lugar para perdedor/a. É preciso ter muito. O ser já não importa. Tudo é muito rápido e passa quase sem deixar vestígio da sua ocorrência.
Nessa loucura da vida atual, vem à sensação de vazio, de eterna busca "do não sei o que".  O ser humano perde-se em si mesmo, já não sabe muitas vezes quem é, para que veio e para onde vai.
E com isso, às vezes bate a porta de nossa vida uma sensação de que algo nos falta. É a sensação de que nos faz lembrar que somos humanos, por isso vivemos esse emaranhado de emoções. O sentido da vida não pode ser inventado, tem de ser descoberto na caminhada da vida. O mundo nos diz que é preciso correr contra o tempo, é preciso ter, ter... E o relógio não para: tic, tac, tic, tac..
É como diz Leonardo Boff: “Para onde vamos, já que sabemos tão pouco de onde viemos e apenas um pouco do que somos? As respostas nos fazem corajosos ou covardes, felizes ou trágicos, esperançosos ou indiferentes”.
Recordo-me que uma amiga querida sempre diz: "A vida é um circulo". E isso tem sentido. É uma afirmação circular, que significa que vida nos confronta com desafios e, à medida que o indivíduo se torna capaz de enfrentá-los, ele cresce como pessoa e encontra sentido. Pois todo ser humano tem a liberdade de mudar a qualquer instante. O ser humano é capaz de mudar o mundo para melhor, se possível, e de mudar a si mesmo para melhor, se necessário. E nós sabemos que quanto mais a pessoa se esquece de si mesma — dedicando-se a servir uma causa ou a amar outra pessoa — mais humana será e mais se realizará. E diz Eclesiates: “E compreendi que não há felicidade para o homem a não ser a de alegrar-se e fazer o bem durante sua vida. E, que o homem coma e beba, desfrutando do produto de todo o seu trabalho, é dom de Deus” (Ec 3.12 e 13)
E vale lembrar que o livro de Eclesiastes foi escrito por um homem em crise. Alguém que não estava satisfeito com as respostas do senso comum religioso de sua época. Seu discurso revela uma inquietude com a vida em todas as suas dimensões. É uma pessoa crítica que, mesmo sem saber, fez análise de conjuntura e colocou questões cruciais para a existência humana, especialmente em sua vertente religiosa. A filosofia nos ensina (e a Bíblia também) que o ser humano sábio é aquele que tem mais perguntas do que respostas. 
Com isso também me recordo de Jó. Jó, um dos personagens que mais representa o sofrimento absurdo, ou como poderíamos dizer, ele era o campeão em sofrimento, a medalha de ouro. Lembremo-nos que o sofrimento, de certo modo, deixa de ser sofrimento no instante em que encontramos nele um sentido. Voltemos a Jó. Com ele vemos e aprendemos muitas coisas. Com Jó, temos a superação dos medos em relação ao destino, porque ele reage contra as teologias que aumentam o sofrimento (lei da retribuição), e propõe uma ação solidária dos seres humanos como sujeitos de sua própria história coletiva e individual, e resgata uma nova experiência de Deus, um Deus que caminha com seu povo, ao seu lado. Vale citar, que antes Jó enfrentou, a face desse Deus que ele ousou interrogar no seio da tempestade e de quem recebeu uma palavra à altura: “Quem é esse que obscurece meus desígnios com palavras sem sentido? Onde estavas, quando lancei os fundamentos da terra? Dize-mo, se é que sabes tanto” (Jó 38,2.4).
      Vive-se hoje numa sociedade que cobra tanto do ser humano que às vezes é difícil viver tranquilamente. As pessoas vivem num constante emaranhado de emoções e exigências, como se a vida fosse uma constante tempestade, que é difícil continuar a caminhar com tranquilidade. E com isso, somos confrontad@s como Jó, com uma busca de sentido. E como ele, somos convocad@s a nos cingirmos, tateando uma nova maneira de se situar nesse mundo.
E se tivermos coragem, talvez possamos descobrir, no final, que o vazio que sentimos muitas vezes, pode ser resolvido com pequenos atos e gestos. Ajudando o próximo, ganhando um abraço paertado, um bom papo,  uma boa gargalhada, encontrar uma amig@ que ha tempos não se via, um abraço apertado, uma boa noticia que ha tempos se espera.... Nas coisas simples encontramos a felicidade, e é justamente a coleção das pequenas alegrias que vamos colhendo e celebrando pelo meio do caminho que nos impulsionam a continuar e a crer que Deus está conosco sempre. Como todos nós, nossa felicidade também é peregrina. Guimarães Rosa sabia disso ao afirmar: “a felicidade não está nem na partida nem na chegada, mas no meio da travessia”.
E já que a vida é infinita enquanto dura, então devemos celebrá-la constantemente fazendo o bem e fazendo isso muito bem. Se a felicidade é peregrina, o bem é definitivo. E no meio disso tudo está a vida, dom de Deus a ser celebrado, a ser desfrutado. Pa. Odete Liber

terça-feira, 19 de maio de 2015

The Piano Guys A Thousand Years

Depois de uma terça com cara e jeito de segunda (rs), nada melhor que ouvir boa música... 'The Piano Guys' executando a famosa A Thousand Years, de Cristina Perri.

sábado, 16 de maio de 2015

Sempre indago: “Como viver o absoluto, essa dimensão inerente a toda existência?” E logo respondo: ‘’Com intensidade, luta, fé, garra, esperança, apreciando tudo que é belo e simples desse mundo a nossa volta”.
 Acreditando sempre que tudo dará certo. Com isso me recordo da afirmação que ouvi uma vez: "Nunca subestime aquilo que Deus pode fazer por meio de alguém como você..." É, como eu! Com falhas, defeitos, totalmente imperfeita, na busca de ser uma pessoa melhor, mais humana a cada dia, com um coração que sangra cada vez que se sente injustiçada ou vê a injustiça e dor dos outros.... Que busca oportunidade, apesar de muitas vezes não as tê-las... 
Por isso, nessa caminhada da vida, sigo vivendo intensamente o absoluto, sigo descansando sob o cuidado de Deus, deixando a vida fluir com tudo que ela tem, seja bom ou não. Procuro não acalentar preocupações com o dia de amanhã (apesar de já ter sofrido muito ao pensar no futuro que nem sei se virá). Mas hoje, sei que no decorrer da vida, tenho experimento e experienciado o amor e o cuidado de Deus em todas as circunstâncias. Por isso, gratidão à vida, já que ela é uma dádiva de Deus e um dom a ser vivido e compartilhado intensamente! Que venha o final de semana, mais uma semana, que venha com o que vier... Deus está comigo e com você, Ele me fortalece. Nos fortalece sempre!!! ODete Liber

quinta-feira, 14 de maio de 2015

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Sabe aqueles dias

Sabe aquele dia em que você fica pensando na vida... Pensando em tanta coisa que deveria ter feito, nas escolhas que poderiam ser diferentes... Pensando que você precisaria de mais uma vida pra viver e pra fazer tudo que gostaria de ter feito e não fez??
Então, o melhor é não consultar seus medos, mas suas esperanças e sonhos. Não pensar sobre suas frustrações, mas sobre seu potencial não desenvolvido. Não se preocupar com os fracassos, acreditar naquilo que você ainda realizar. Eis o desafio para uma vida apenas, que é a vida que se tem hoje!! Então, sorria e vamos em frente, porque Deus é conosco, essa força que nos move e transforma!!

sexta-feira, 8 de maio de 2015

As vezes...

Não consulte seus medos, mas suas esperanças e sonhos. Não pense sobre suas frustrações, mas sobre seu potencial não desenvolvido. Não se preocupe com os fracassos, acredite naquilo que você ainda realizará."

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Passeio no Parque Botânico da Vale

Algo tão simples, porém para aqueles/as que foram ao passeio, foi algo mais que especial. Ver os sorrisos, olhinhos brilhando, emoção de sair de casa por uma manhã para passear, lanchar...
Essa foi a manhã que tive: passeio no parque botânico da Vale...com o grupo de SCFV - Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos - Idosos.
Gratidão à Deus por momentos como esse e por poder proporcionar tais momentos para essas pessoas queridas...








sábado, 25 de abril de 2015

Ausência de mim

Ando me selfiando demais... E como disse Brum, “Cada selfie é também a imagem da nossa ausência”. Talvez ela esteja certa, não sei. Talvez eu esteja sentindo a ausência da minha imagem, de mim (mesmo) kkk.
As vezes não sabemos nem quem somos... E se não tivermos títulos (acadêmicos) então, não resta nada de nós...  A gente nem sabe dizer quem se é... Quando nos perguntam, logo respondemos nossa profissão, falamos dos nossos títulos, cursos, trabalho. Mas quem somos, se não tivermos nada disso? Se deixarmos de lado todas as titulações, o trabalho, cursos, o que podemos falar de nós mesmos??
A atual sociedade, o mundo nos consome, tirando de nós a beleza interior, simplicidade, ternura... A sociedade atual nos consome a ponto de sermos apenas números e títulos.
Precisamos despertar, ver e perceber a beleza da vida nas pequenas coisas. Senão, vamos morrendo aos poucos... Pois segundo Norman Cousins “A morte não é a maior perda na vida. A maior perda é o que morre dentro de nós enquanto vivemos”. Não podemos ser zumbis da vida... Não podemos viver num lugar lotado de corpos vazios que perambulam pedindo um pouco mais de alma, como diria Lenine. Precisamos de sensibilidade, calma, olhar simples e generosos para vivenciar a eterna novidade do mundo.



sexta-feira, 24 de abril de 2015

Fugaz, têm sido os meus dias

Quando olho para o passado vejo que a vida por muitas vezes me bateu forte. Lógico que em alguns momentos quis fugir (geralmente fico escondida em casa por uns três dias), gritar, chorar (e o fiz) mas logo percebia que isso não iria me ajudar. Então, só me restava uma alternativa: enfrentar e seguir adiante. Pois o que importa é: “Frente a uma situação difícil, complicada, dolorosa, o que se faz: chora, se joga no chão, se fecha em casa no quarto escuro, fica relembrando como se é fraco, foge ou enfrenta? O que fará a diferença na vida é qual das opções se escolhe.
E na caminhada da existência muitas escolhas eu tive que fazer e continuo a faze-las. Umas boas, outras nem tanto. Certas, erradas. Quis da vida mais do que ela poderia me oferecer. As vezes me achei (e ainda acho) incapaz sem ser. Também quis mais de mim, mais do que poderia ser. E pior, ainda quero mais de mim.
Em certos momentos houve dias de desespero, medo, ansiedade, luto, dor, saudade. Mas também existiram noites de sol com brilho, luz intensa, assim como teve dias de vazio na alma. Com isso, compreendi certas coisas, outras ainda não. Respondi certas indagações, questionei e muitas vezes não tive resposta alguma.
Fugaz, têm sido os meus dias. Nos desenganos da vida encontrei a “dureza” do dia a dia. Na descoberta, na luta, a resiliência da minha alma.
Consegui sempre enfrentar as lutas e adversidades, mesmo que procrastinando. Me levantei, me recuperei. Cai novamente, levante outra vez! E como diz a canção: Sigo “caminhando e cantando, e seguindo a canção, somos todos iguais, braços dados ou não”.
Com isso, tornei-me descobridora de mim mesma. Descobridora dos meus caminhos e de minha lucidez ou “inlucidez”. Descobridora das minhas fraquezas e de minha força. Descobri meus limites e minha ponderação, bom senso. Também descobri que não poderia ser além do que eu era, pois encontrei os meus limites. E me adaptei ao meu tamanho “sem abandonar o sonho” mesmo que a vida por vezes tenha me abandonado ou me dado uns “solavancos, tapas fortes”. Mas isso foi e é bom, pois me faz o que sou. Sempre aberta ao novo, as novas possibilidades, me adaptando, me fortalecendo, crescendo, aprendendo, caindo e levantando. Se a vida me bate, é preciso levantar mais forte. Como disse Sêneca, aquele/a que ‘se cai, luta de joelhos’. E segue, sabendo que vencerá!! Lá vou, a vida segue, a luta também!! ODete Liber


a gente precisa se amar mais

Ao ler um pequeno trecho do Salmo 119 que diz: "Que maravilha meu Senhor Deus sou eu...", me veio a memória que eu preciso ter mais autoestima, que eu preciso me valorizar mais como mulher, como pessoa, como profissional. A gente não precisa ser narcisista, mas também não faz bem pra nossa saúde como um todo, se achar @ últim@ d@s últim@s. Não faz bem se achar sempre @ ruinzinh@... Não faz pra nossa vida viver achando que nunca fazemos nada bem. Precisamos nos valorizar e perceber o quão bom somos no que fazemos.
Autoestima e amor próprio são essenciais pra uma vida equilibrada e com qualidade. A alto-depreciação causa danos terríveis a nossa própria imagem, pois quem não gosta de si mesmo vai esperar ser desejado e amado por quem? Quem vive “achando” que não é um/a profissional competente e que nunca consegue nada, como conseguirá ser reconhecid@?
O que importa é o que eu penso e o que eu faço com esta vida maravilhosa que Deus me deu. E depois, quero me lembrar de te lembrar de que não importa o que vão dizer ou pensar de mim ou de você, pois os seus e os meus atos falarão por mim, por você.            
Tenha um bom final de tarde com um fim de semana muito abençoado e apaixone-se por si mesmo e lembre-se: “ame-se como obra especial e única de Deus".

a gente não precisa

A gente não precisa ser narcisista, mas também não faz bem pra saúde física, emocional e espiritual se achar o último dos últimos. Não faz bem se achar sempre @ ruinzinh@...
Auto-estima e amor próprio são essenciais pra uma vida equilibrada e com qualidade. A alto-depreciação causa danos terríveis a nossa própria imagem, pois quem não gosta de si mesmo vai esperar ser desejado e amado por quem? Quem vive dizendo que não é um/a profissional competente e que nunca consegue nada, como conseguirá ser reconhecid@?

Tem um pequeno trecho do Salmo 119 que diz assim: " Que maravilha meu Senhor Deus sou eu...". Não importa o que vão dizer ou pensar de mim, importa o que eu penso e o que eu faço com esta vida maravilhosa que Deus me deu. Tenha um bom final de tarde com um fim de semana muito abençoado e apaixone-se por si mesmo, pois a Bíblia adverte: ame-se como obra especial e única de Deus".

não adianta dar murro em ponta de faca

Pra que nadar contra a correnteza? 
Porque dar murro em ponta de faca? 
Adianta chover no molhado? Não perca tempo enxugando gelo, quem fica parado é poste. 
Aproveite a onda maravilhosa que Deus lhe oferece e surfe nas águas do amor, do carinho e da ternura. 
Não importa pra onde o vento está soprando, essencial é pra onde você vai direcionar a vela do seu barco.
Tenha uma noite de benção, de paz com um sono reparador e um amanhecer renovado pela esperança. 
Deus nos abençoe.

o mundo precisa

"O mundo está carente de abraços fortes e sorrisos verdadeiros" - Infelizmente, epidemia da modernidade...