quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Sou feita de fiapos de esperança



Sou como uma colcha de retalhos, colorida, emendada, remendada, mas sem perder a beleza e alegria de viver.  Já fui sacudida pelas perdas e ainda serei. Já chorei dias e noite, mas superei. O sorriso voltou, as lágrimas secaram, a alegria me contagiou. Os tombos não me limitaram, deixaram marcas, e só! Continuo sonhando, caminhando, caindo, levantando, sorrindo, chorando. A cada queda, a cada tombo,  me levanto mais forte e decidida, com mais planos e sonhos do que antes. Sigo na luta, sem desanimar, apesar de...
Sou rara, confesso! Amo de graça, e não peço nada por dar o coração. Sonho e aceito sonhar junto,  sonhos que não são meus, e insisto em acompanhá-los até que se realizem.  
Dou o coração antes do corpo, amo com um sorriso. De bandeja, dou os bons sentimentos, pois sou regida por eles, que me tiram do limbo egoísta de pensar somente no que posso ganhar e ter. Fico firme quando pareço que sou a mais fraca das pessoas, e então, revelo com lágrimas nos olhos, onde está a minha força e a capacidade de superação.  Consigo renascer após as crises, e dou conforto no aconchego dos meus braços as pessoas que se aproximam com dores na alma. Me junto também à irmãs e irmãos, que se sentem frágeis e fracos quando se imaginam em queda livre, descobrindo junt@s o dom das asas – em pleno exercício do voo e queda livre.
Sou um emaranhado de cores que não constam na tabela Pantone, e é na escuridão das minhas dúvidas que descubro um brilho fosforescente em um olho, e no outro, uma lágrima esperançosa, que insiste em me animar, me jogar pra frente, porque a vida não para.  Os desafios estão aí. Não esmoreço, não cedo à tentação do menor esforço, porque sou feita da vontade louca de progredir, de seguir em frente, de ser melhor que ontem, mesmo quando os caminhos estão abarrotados de placas proibitivas, mesmo quando me sinto cansada e frágil.
Desobedeço quando me dizem não ou quando dizem que não vai dar certo, que é impossível. Pois sou feita de impossíveis.  Refaço cálculos, contorno abismos, subo montanhas apreciando a beleza que está em volta, e isso me ajuda a não cansar tanto. Sigo em frente, sou feita de caminhos jamais trilhados, com possibilidades infinitas, e mesmo que não haja uma estrada, sigo pelos inóspitos caminhos e faço trilhas, saídas.
Tenho fiapos de esperança, que me fortalecem quando os abalos teimam em sacudir o meu interior. As costuras feitas em mim, faz com que o tempo me alinhave por dentro e seja guardado no coração e mente as histórias, os amores, as risadas, as dores e um punhado de sonhos coloridos e um desejo incansável de aprender sempre e de amar.
Faço incursões pelos labirintos internos da minha vida, reconheço minhas vulnerabilidades como partes importantes da minha humanidade. Busco ser uma alma fluida, que corre como águas claras de um rio e enche os bolsos de fé e esperança. Minha esperança está na simplicidade da alegria do encontro com amig@s, família, nas  coisas que dão sentido e fazem sentir. Coisas que são não tem como mensurar valor, porque o valor está no coração.