Sou como uma colcha de retalhos,
colorida, emendada, remendada, mas sem perder a beleza e alegria de viver. Já fui sacudida pelas perdas e ainda serei. Já
chorei dias e noite, mas superei. O sorriso voltou, as lágrimas secaram, a alegria
me contagiou. Os tombos não me limitaram, deixaram marcas, e só! Continuo
sonhando, caminhando, caindo, levantando, sorrindo, chorando. A cada queda, a
cada tombo, me levanto mais forte e decidida,
com mais planos e sonhos do que antes. Sigo na luta, sem desanimar, apesar
de...
Sou rara, confesso! Amo de graça,
e não peço nada por dar o coração. Sonho e aceito sonhar junto, sonhos que não são meus, e insisto em
acompanhá-los até que se realizem.
Dou o coração antes do corpo, amo
com um sorriso. De bandeja, dou os bons sentimentos, pois sou regida por eles,
que me tiram do limbo egoísta de pensar somente no que posso ganhar e ter. Fico
firme quando pareço que sou a mais fraca das pessoas, e então, revelo com
lágrimas nos olhos, onde está a minha força e a capacidade de superação. Consigo renascer após as crises, e dou conforto
no aconchego dos meus braços as pessoas que se aproximam com dores na alma. Me
junto também à irmãs e irmãos, que se sentem frágeis e fracos quando se
imaginam em queda livre, descobrindo junt@s o dom das asas – em pleno exercício
do voo e queda livre.
Sou um emaranhado de cores que
não constam na tabela Pantone, e é na escuridão das minhas dúvidas que descubro
um brilho fosforescente em um olho, e no outro, uma lágrima esperançosa, que insiste
em me animar, me jogar pra frente, porque a vida não para. Os desafios estão aí. Não esmoreço, não cedo
à tentação do menor esforço, porque sou feita da vontade louca de progredir, de
seguir em frente, de ser melhor que ontem, mesmo quando os caminhos estão abarrotados
de placas proibitivas, mesmo quando me sinto cansada e frágil.
Desobedeço quando me dizem não ou
quando dizem que não vai dar certo, que é impossível. Pois sou feita de impossíveis. Refaço cálculos, contorno abismos, subo
montanhas apreciando a beleza que está em volta, e isso me ajuda a não cansar
tanto. Sigo em frente, sou feita de caminhos jamais trilhados, com possibilidades
infinitas, e mesmo que não haja uma estrada, sigo pelos inóspitos caminhos e faço
trilhas, saídas.
Tenho fiapos de esperança, que me
fortalecem quando os abalos teimam em sacudir o meu interior. As costuras
feitas em mim, faz com que o tempo me alinhave por dentro e seja guardado no
coração e mente as histórias, os amores, as risadas, as dores e um punhado de
sonhos coloridos e um desejo incansável de aprender sempre e de amar.
Faço incursões pelos labirintos
internos da minha vida, reconheço minhas vulnerabilidades como partes importantes
da minha humanidade. Busco ser uma alma fluida, que corre como águas claras de
um rio e enche os bolsos de fé e esperança. Minha esperança está na simplicidade
da alegria do encontro com amig@s, família, nas coisas que dão sentido e fazem sentir. Coisas
que são não tem como mensurar valor, porque o valor está no coração.