segunda-feira, 10 de julho de 2023

Deus está sempre presente

 

Deus está sempre presente

No decorrer da vida passamos por muitas dificuldades e dentre essas estão as doenças. Ao longo da vida enfrentamos momentos difíceis, doenças que nos desestruturam.  Algumas roubam o sossego; outras roubam os recursos duramente guardados ao longo do tempo. As doenças mais difíceis de superar e enfrentar, são aquelas que nos roubam as lembranças, os afetos, as dores do passado. As doenças que nos fazem esquecer... Esquecer tudo. Claro que às vezes eu, coimo você, gostaríamos esquecer literalmente muitas memórias. Lembrança e esquecimento estão no Salmo 77 e nos faz pensar sobre coisas que mudam e coisas que permanecem.

Olhar para o passado e lembrar de muitas coisas é estranho, e apesar das terapias, talvez ainda gerem uma confusão de sentimentos, emoções. E sim, lembrança é algo esquisito... Na caminhada da vida as lembranças passam sempre pelo crivo das nossas emoções. E com o passar do tempo, na medida em que vamos mudando nossos olhares, sentimentos sobre determinado fato, a inclinação é de que essa lembrança ruim se amenize e até se torne mais terna, mais querida para nós. Um exemplo disso é quando falece alguém. A dor iminente, a perda mais recente, dói e dói profundo na alma. Mas com o tempo, mesmo o momento do sepultamento se veste da ternura das pessoas queridas presentes, das mensagens das que estavam longe. Os ouvidos se lembram das palavras de conforto; os olhos leem as mensagem afetuosas de conforto, os braços se aquecem dos abraços recebidos; os dedos escorrem de apertos fraternos. A gente lembra, sente a dor fluir e o sorriso vem: é o conforto que muda a lembrança penosa, dolorida.

O salmista também pensa nos seus dias do passado. Ele pensa na dor atual e em seguida começa a pensar nos dias passados. Mania boba que o ser humano tem, de achar que antes era melhor que hoje; que o passado é melhor do que o presente. Isso acontece talvez porque a gente vê o passado com outras emoções, diferentes daquelas  que sentimos e agora enfrentamos a dureza ou a alegria do presente. Quem sabe amanhã, acordaremos e pensaremos o mesmo do ontem, que é o hoje do qual lamentamos! É isso que o salmista faz: ontem, Deus foi bom... hoje, parece que não é...

Será que Ele vai nos rejeitar para sempre? E no decorrer do salmo ele faz várias perguntas: A promessa caducou? Deus se esqueceu de ser bom? Ele está irado e esqueceu as suas misericórdias? Num momento sereno, poderíamos dizer que essas perguntas apenas mostram a fragilidade humana. Porque a resposta a todas elas seria “Não. Deus não nos esquece. Mesmo num momento de escuridão, dor, Ele está conosco. E em algum momento tudo vai mudar, tudo vai passar”. Mas, na hora da dor, surge aquele “talvez” e vem as indagações que geram um vazio no coração de quem ora.

O bom é que, quem confia em Deus, reclama, indaga, mas confia. Tudo vai passar, só não sei quando. Como está no verso 10. Ali vemos o que é permanente e o que muda no percurso. Reconhecemos nossa aflição, ou seja, a nossa emoção constitui os óculos pelos quais olhamos a vida.  O salmista cai em si e diz: “Eu estou vendo o passado de forma tão apaziguadora e o presente de modo tão perturbador, porque estou aflito”. Quando se tem a percepção que somos pessoas limitadas assim como nossas emoções, quando descobrimos quão frágeis somos, a mão de Deus muda! Pois vemos o agir de Deus porque tiramos o foco de nossa dor e a colocamos naquele que é “o mesmo ontem, hoje e eternamente, no qual não há sombra de mudança” (Hebreus 13.8). E esse mesmo Deus, apesar de imutável, “faz novas todas as coisas” (Apocalipse 21.5). “Eu te exaltarei, ó Deus, rei meu; e bendirei o teu nome pelos séculos dos séculos. Cada dia te bendirei, e louvarei o teu nome pelos séculos dos séculos (Sl 145.1-2).  Quem é fiel a Deus, o bendiz em tudo, seja bom ou ruim.

Eu já vivenciei isso na minha vida. E como o salmista questionei, chorei, pedi perdão. Mas sei que ainda não aprendi direito esta lição: minhas emoções me enganam. Volta e meia eu me pego pensando que não conseguirei superar a dor, que tal aflição jamais irá acabar, que o problema X não tem saída e isso tira o sossego, questiono muitas coisas. Penso que estou sozinha, necessitada. Frequentemente minha fé caminha na corda bamba. Mas, o Espírito Santo me faz cair em mim: “É só a minha aflição. Se eu mudar o foco, poderei ver a mão de Deus, que opera mudanças”! E até chegar o momento de conversão, como é difícil vencer a ilusão de que o passado era melhor do que hoje! Luto pra apenas ser grata pelo presente, pois Deus está aqui.

Os verbos recordar, lembrar, considerar, cogitar (v.11-12) que aparecem nesses dois versículos nos ensinam a como considerar nosso passado e nosso presente à luz da ação de Deus e de nossos sentimentos e emoções. De início, é essencial que recordemos os feitos de Deus. E o passado seja ressignificado para nós. O Senhor agiu no passado e seu poder é permanente. Somos provas vivas disso. Poderíamos ter sido destruídas antes, mas Ele nos livrou. A memória é nossa e é para nossa motivação cotidiana! Recordar o que Deus fez, as maravilhas que Ele realizou – esta é a lembrança-chave! Isso não é para nos desmotivar do hoje ou para fazer comparações, pois serve para que não nos esqueçamos que Ele não muda! O passado é para que lembremos que Deus é o mesmo! Pronto!

E essa certeza faz com que o salmista vai além.  E podemos entender que essa ação de Deus tem um peso diante da realidade que eu enfrento hoje. E o salmista conclui: “E eu cogito dos seus prodígios”. Eu penso, reflito, medito sobre os milagres de Deus. Eles são fonte de alimento para minha alma, de paz para meu ser interior, de fé para minha incredulidade, para minha humanidade tão transitória e inconstante!

Lembrando que nossas memórias são um lugar de permanência e nossa vida, lugar de mudança. É tempo de repensar suas memórias do passado. Deixar que elas fluam em sua vida como oportunidade de refletir profundamente sobre o que Deus já fez. Sem saudosismo, mas como fundamento sobre o qual se pode construir a fé do presente. Chega de “porque quando eu...”. Não se esqueça do que Deus já fez, porque esta é a base para você acreditar no que Deus fará! Mantenha seus sentimentos neste foco; não deixe que sua aflição impeça você de reconhecer esta realidade... Não é preciso sentir saudade de algo que está sempre presente e que é sempre o mesmo. Não sinta saudades de Deus. Ele está sempre presente!

E lembre-se que recordar o passado é abrir-se ao novo que o hoje significa. É renovar-se. É mudar. É seguir por novos caminhos. Fazer diferente. Talvez parar, pausar. Dedicar-se mais a um tempo com Deus. E se há algo que pode mudar sempre, sem perda de qualidade, é o nível de seu relacionamento com Deus. Aprofunde-o hoje... Deslumbre-se, como o salmista, para declarar com amor e alegria, com reverência por esta presença que se atualiza em meio às dores de nossa vida: “Que Deus é grande como o nosso Deus?” (v. 13). Que pergunta maravilhosa essa do salmista e mais, está no tempo presente, porque no fim de tudo, é só aqui, no presente, é que Deus está... Mude seus sentimentos sobre seu passado, mude o foco do seu olhar e reconheça nele a presença imutável de Deus. Deus é sempre o mesmo, é sempre o novo, é sempre Deus! E sim, é possível confiar e permanecer Nele hoje; é possível mudar de derrota a vitória, de desânimo a vigor... Confie! Ele está conosco, está com vc, sempre!





 

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Gratidão!! Ah gratidão! É mais do que uma #hashtag popular. É um dos principais gatilhos da felicidade. E isso não é suposição, não é coisa de doido: é ciência! 
Toda vez que a gente reconhece acontecimentos, gestos, palavras ou pequenos detalhes do cotidiano como “dignos de nota” e "agradecimento", nosso cérebro reage, aumentando o nível de dopamina — neurotransmissor responsável, dentre outras funções, pela sensação de bem-estar, humor e prazer. E portanto, a consequência é que, quanto maior a liberação de dopamina, mais satisfeitos e felizes nos sentimos.
E mais! Não paramos por aí: o contentamento costuma se externar, interferindo na forma como conduzimos nossas relações e atitudes. Nos tornamos mais agradáveis, extrovertidos e abertos a novas oportunidades, reclamamos bem menos, deixamos de ficar procurando erro na vida alheia.
Assim, a #gratidão, é uma peça essencial para uma felicidade cíclica. A engrenagem funcionaria, mais ou menos, assim:
Algo de bom nos ocorre.
Percebemos, reconhecemos e ficamos agradecidos pela boa sorte.
O cérebro responde, com a elevação da dopamina.
A sensação de prazer nos inunda. Deixa nosso semblante, nossa vontade e disposição mais vívidos e otimistas.
Quem — ou que — nos encontra com tal ânimo, de certa forma, retribui, alimentando esse saudável estado de espírito. Achou muito abstrato? Então confira alguns exemplos práticos — bem como modos de desenvolver a gratidão em seu dia a dia — e veja como novos (e simples) hábitos cotidianos podem, efetivamente, enriquecer sua qualidade de vida pessoal e profissional. A chave é saber ver, mudar o olhar para as situações. Considerar a experiência de vida como uma admoestação de que muitas coisas podem ser diferentes de nossas expectativas. 

Quando nos frustramos, quando as coisas não acontecem como queremos, ninguém precisa nos ensinar o baixo astral, a tristeza. Ele é automático. E,  várias outras pequenas situações cotidianas podem nos encher de frustrações, desanimo. Pense em todas as razões de suas lamentações e reclamações. Muitas delas, têm origem em miudezas, bobagens, imprevistos praticamente insignificantes e aos quais você dá um valor exagerado.   
Que tal experimente exercitar o outro lado. Observe, nessas mesmas ocasiões, quando algo positivo acontece. Cultive a gratidão, permita-se vivenciar segundos de prazer ao encontrar a vaga perfeita, ao receber a mensagem de um amigo distante, ao cumprir uma meta, ao sair para fazer uma caminhada, o alimento de cada dia, ao assistir a um bom filme. Valorize e agradeça pelo ordinário, que com certeza será o extraordinário. 
Não é difícil, nem artificial. É hábito! É costume! É vivência! É parar de ver tudo negativamente! Veja a beleza nas coisas simples da vida, do cotidiano. Então, tente ser grat@!!!







segunda-feira, 26 de junho de 2023

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Mais uma semana. Mais desafios, mais vitórias, fracassos, frustações, mais novidades, mais do mesmo… Mas em tudo “dai graças“. Aconteça o que acontecer nessa semana, procure apenas agradecer. Se te falarem algo que não goste: agradeça silenciosamente. Se te derem um conselho sem vc pedir: agradeça silenciosamente. Se alguém ver algo no seu comportamento q para vc não está de acordo, agradeça tbm. Adicione gratidão e amor, em vez de resistência, raiva. Isso muda o seu interior. Agradeça silenciosamente!!! Eu sigo agradecendo tbm, silenciosamente… 

#gratidao #gratitude #amor #cuidado #5de193








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💐
Obrigada , Deus, por guiar meus passos, me abençoar e me amar muito mais do que eu mereço!




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 A caminhada de vida vivendo a gratidão faz muito bem. O olhar muda… Gratidão e reclamação é uma sementinha e que pra crescer precisa ser cuidada. É preciso nutrir para que aconteça a germinação, pra que a semente cresça. Optei por nutrir a gratidão. Aconteça o que for, isso está acontecendo porque deveria acontecer. Inspiro, respiro, relaxo, confio e permito que a vida siga. Mesmo que às vezes tudo esteja de pernas pro ar, tudo embaralhado, tudo fora do lugar. Respiro, inspiro, relaxo, paro, agradeço e sigo. Tempo ao tempo. Tudo será resolvido no tempo certo. Pausar, respirar, meditar, orar!

E vc, está experimentando agradecer por tudo no seu cotidiano? Qual sementinha vc está regando: reclamação ou gratidão? Na dúvida: agradeça! E como disse Beattie “A gratidão desbloqueia a abundância da vida. Ela torna o q temos em suficiente, e mais, ela torna a negação em aceitação, caos em ordem, confusão em claridade. Ela pode transformar uma refeição em um banquete, uma casa em lar, um estranho em amigo. A gratidão da sentido ao nosso passado, traz paz para o hoje e cria uma visão para o amanhã.”




sexta-feira, 23 de junho de 2023

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 Viver a gratidão no cotidiano é como perceber a beleza das águas de um rio límpido que correm tranquilamente, fazendo seu percurso. Ou então ver e sentir o som e a beleza das águas do mar, das ondas, das cores (ora verde, depois meio azulada e assim vai). Encanto, beleza, paz, leveza, alegria.

Viver a gratidão no dia a dia não é de quem é feliz todo dia, mas perceber que é necessário deixar que algumas coisas morram, vão embora, que outras venham, outras renasçam.  Fico pensando em quantas vezes eu morri e renasci. Quantas vezes morri pra muitas coisas, a começar lá no dia em que nasci. Quando saí da barriga aconchegante de minha mãe, depois em seguida, o corte do cordão umbilical, as tentativas de engatinhar, depois ao dar os primeiros passos, também vieram os primeiros tombos. Foram muitas mortes para que o novo surgisse na vida. E damos graças por tudo isso!!  

Todas as manhãs eu acordo e penso: “Deus, o que me reservas hoje¿ O q  eu vai surgir no meu caminho¿ Que batalhas terei pela frente, que pessoas encontrarei¿ Não sei, mas agradeço pelo que ainda virá, crendo que ao fim do dia, também agradecerei por tudo que aconteceu, seja o que for. Pois sempre me recordo deste texto: “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”. Rm 8:35-39

Uma noite se vai, para que o novo dia venha.  A vida tem cortes, mortes, lutas, alegrias, vitórias e derrotas, para que o novo ressurja. É a vida. Não crie resistência, apenas agradeça. Sempre tem uma benção disfarçada de hoje. Deixe acontecer.

E eu¿ Bem, eu sou grata por tudo que sou e tenho, a cada dia... Gratidão, sempre!!




quinta-feira, 22 de junho de 2023

193 dias de gratidão, haja o que houver

 

193 dias de gratidão, haja o que houver

Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: "Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro". Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. Romanos 8.35-39

Numa quarta-feira, me organizei para participar de uma atividade com o título “Bordando com as linhas da vida e da Bíblia”. Não que eu saiba alguma coisa de bordado, não sou tão prendada assim. Mas de bordados da vida eu “acho” que entendo um pouquinho... Bem, lá fui e desta vez de ônibus, porém, sem crédito no bendito cartão. Na hora de embarcar e saber que mesmo com dinheiro não poderia seguir meu rosto deve ter demonstrado algo extremamente triste ou sei lá, porque duas pessoas se ofereceram gentilmente para passarem seus cartões na “catraca” para eu fazer minha viagem. Isso me impressionou e chocou: ainda há boas pessoas neste mundo de Deus. Passei e fui então pagar, mas a pessoa não queria aceitar e minha última palavra foi: “é justo você pegar esse dinheiro, você já me ajudou muito” e então ele aceitou. Meu coração sentiu-se extremamente agradecido.

A gratidão tomou conta de todo meu ser. De repente o que me angustiava já não tinha nenhum poder sobre mim. Eu fui invadida pelo sentimento de gratidão. E me recordei do texto bíblico: “Dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”. Efésios 5:20. E neste momento fiz um compromisso comigo e com Deus, exercitar cotidianamente a gratidão. Dar graças por tudo e todos, independente se é bom ou ruim, pois praticar o exercício da gratidão e nutrir esse sentimento são atitudes que nos fortalecem, geram bem-estar, ativam as melhores substâncias responsáveis pelo contentamento no cérebro. A gratidão é um sentimento que pode ser praticado e desenvolvido todos os dias.

Cultivar essa sensibilidade é uma tarefa muito mais simples do que muitos imaginam. Porém, sei que nessa vida e mundo agitado, com tantos problemas, desafios, estresse, decepções e ansiedade do dia a dia, parece que é difícil agradecer. E muitas pessoas devem se perguntar, como eu já fiz: “como posso ser mais grata ou grato no meu dia a dia?”.  Simples, não perdendo tempo com o que não quero, com os fatos ou pessoas ruins que surgem a nossa volta. Gratidão é para ser experimentada, não é uma meta.

Vou permitir que a gratidão seja minha oração todos os dias. Você quer trilhar esse caminho comigo¿  Simbora!!!! Todos os dias ou semanalmente postarei uma mensagem de gratidão...

“Deem graças ao Senhor porque ele é bom; o seu amor dura para sempre.” Salmos 107:1


segunda-feira, 1 de março de 2021

ACEITE AJUDA NÃO SE AFOGUE NOS PROBLEMAS

 

ACEITE AJUDA NÃO SE AFOGUE NOS PROBLEMAS

 Um homem recebeu um dia um aviso de Deus, dizendo que haveria uma enchente, mas que ele ficasse tranquilo pois sua vida seria poupada e ele não correria perigo.

Meses depois, começou de fato a chover forte e o homem logo se lembrou da mensagem de Deus, confiante, porém, de que nada lhe aconteceria.

A chuva continuou intensa por vários dias, até que veio a enchente. Os moradores começaram a abandonar suas casas e chamaram o homem para ir com eles.

Mas ele se negou a ir, alegando que Deus iria salvá-lo.

As águas continuaram subindo e um grupo de pessoas foi até ele em um barco pedindo que ele entrasse na embarcação. Mas ele novamente se recusou a ir, dizendo que Deus o salvaria. As águas continuaram subindo e um grupo de pessoas foi até ele em um barco pedindo que ele entrasse na embarcação.

Mas ele novamente se recusou a ir, dizendo que Deus o salvaria. As águas continuaram a subir. Veio então um helicóptero para resgatá-lo, porém mais uma vez o homem negou-se a ser salvo. Não passou muito tempo, ele acabou morrendo afogado.

 Ao chegar ao céu, indignado, foi tirar satisfação com Deus. Reclamou: Por que o Senhor me deixou morrer, se havia prometido me salvar?

E Deus respondeu:  Mas bem que tentei salvá-lo! Por três vezes seguidas lhe mandei auxilio, e você recusou todos eles...

 Se levarmos essa história para a vida real, podemos refletir: quantas vezes não deixamos de perceber as ajudas que nos são oferecidas e terminamos nos afogando solitariamente em nossos próprios   problemas...? Não tenha medo ou vergonha, peça ajuda!!!






 

Passando para lembrar que não existe ser humano que não tenha sofrido. Todos sofrem.  A dor, maldade, injustiça, pobreza, fome, violência, morte, relacionamentos rompidos, seja qua for o sofrimento, ele atinge a todas as pessoas. Inclusive as pessoas justas, cristãs e com isso, abrolham as dúvidas a respeito da justiça de Deus. No Salmo 34 se lê que Deus é justo e que os seres humanos de coração reto procuram a justiça do Senhor. O salmo nos apresenta que o salmista louva ao Senhor por livrá-lo de seus temores e de seus inimigos. 

Davi se coloca como aluno de Deus (vs. 1-7), aluno no sentido de que ele aprende com a vida. Pois a vida ensina quando a gente assume a posição de alun@. Na escola da vida, porém, as vezes, primeiro vem a prova, depois a tare e a nota.  As provações amadurecem àqueles que querem aprender, mas endurecem àqueles que não estão dispostos a crescer.  Após  as dificuldades e adversidades, Davi  aprendeu que Deus salva, liberta e protege. Deus livra não só dos inimigos externos (perseguidores), mas também de inimigos internos (medos). 

A lição aprendida não é que os justos não tenham problemas, mas que Deus os livra em seus problemas. Deus nem sempre livra dos problemas, mas sempre livra nos problemas. Os problemas servem para crescimento e amadurecimento de quem quer que seja. E assim, seguiremos, cantando: “Bendirei o SENHOR em todo o tempo, o seu louvor estará sempre nos meus lábios” (v. 1). Odete Liber



quinta-feira, 10 de setembro de 2020

 

“O objetivo do consumidor não é possuir coisas, mas consumir cada vez mais e mais, a fim de que com isso compensar o seu vácuo interior, a sua passividade, a sua solidão, o seu tédio e sua ansiedade”. Érico Veríssimo

Esses dias conversava com duas amigas e disse que há muito tempo não compro mais roupas e sapatos. Questão de estilo de vida e também, de saber que não preciso ficar trocando de roupa a cada estação do ano. Tenho roupas que comprei a mais de 10 anos e estão em perfeito estado.

Lógico que não acreditaram, porque aparentemente sempre tenho novas roupas e nas poucas vezes que comprei e estávamos juntas comprei quatro vestidos de uma vez, de um bom tecido, bom corte, que posso usar por muitos anos e em diferentes momentos.

Não sigo mais a lógica do mercado que é consumir. Porém sei que a maioria segue o ditado “toda estação pede renovação de roupas e sapatos” e com isso, consumismo, gastos desnecessários e poluição do meio ambiente. Há tempos, faço o caminho inverso. Não renovo guarda roupa e nem sapateira. Optei por roupas duráveis, de brechós (que tem garimpo vintage- roupas que têm vida útil longa, pois os materiais são duráveis, o preço acessível e uma história de moda muito profunda) e  pequenos produtores (dinheiro gira localmente, ajudando na economia da região; você valoriza as pessoas que você conhece, você sabe a procedência do que comprou, entre outras coisas), além de  fazer reformas em minhas roupas (trabalhar muito a criatividade em looks incríveis combinando peças.Eu repito DEMAIS roupas e peças).

Depois de eu ter consciência de que a moda tem impacto social, político e ambiental, optei por diminuir aquilo que é chamado de "fast fashion", que são as roupas produzidas para serem consumidas e descartadas com certa rapidez, ou seja, a cada estação, novos modelos e cores, nova coleção, uma nova “tendência”. O mercado cumpre seu papel de estimular o consumo a todo momento e gerar o desejo do ter. Ter o prazer imediato. É preciso parar de se iludir com prazeres imediatos, esquecendo valores, que não se compram em lojas nem se adquirem a prestações. A sociedade de mercado oferece as pessoas objetos elevados à categoria daquilo que completaria a falta-a-ser. É frenesi de prazeres superficiais e descartáveis.

Nessa caminhada descobri que o mercado da moda é um dos mais poluentes do mundo, que ostenta o posto de uma das indústrias mais predatórias para a saúde ambiental, animal e humana do planeta. Roupa descartada vira resíduo, vira lixo no mundo. E de lixo o mundo já está cheio. Além dos recursos humanos, que muitas vezes são escravos ou análogos a isso. É preciso pensar nas mãos que costuram e constroem as peças. Um dos trabalhos mais negligenciados do mundo. Torna-se necessário parar e pensar um pouco. Exercitar o consumo consciente das roupas que se veste.

Minhas roupas têm história pra contar e seguem contando histórias. A vida é ser e não ter. Qualidade de vida não se confunde com o ter. A vida não está medida pelo que compro e pelo seguir a tendência, mas pelo que sou!



quinta-feira, 30 de abril de 2020

É porque Deus nos ama que devemos nos amar


É porque Deus nos ama que devemos nos amar
I João 5.1-5
Que a graça e a paz de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos @s irm@s que estão lendo esta prédica! Os textos bíblicos nos falam de amor, serviço, fé. Ambos resumem-se em: "Há um só Evangelho para tod@s, e tod@s precisam amar a Deus e ao próximo com atos concretos"!
O texto de Atos nos diz que a palavra é pregada e que precisamos ter a capacidade de ver o mundo, a igreja e a nossa vida a partir da perspectiva de Deus.  Deus está dizendo a todos que vivem além da barreira da separação de Deus, que a vida em Jesus e a presença do Espírito Santo quebra tudo que separa você de mim.  Pois uma das grandes barreira da proclamação do Evangelho no passado foi o preconceito e ainda o é nos dias de hoje. Não há um Evangelho separada para judeu e outro para gentios. O que há, é apenas um evangelho para tod@s.
No Evangelho de João 15:9-16 aprendemos que os discípulos de Jesus Cristo o servem e esse serviço não é escravidão, mas amor. Por isso para Jesus, a maior prova da existência do amor é “dar a vida pelos amigos” (v.13). Foi exatamente isto que ele fez por nós (v. 12) e é exatamente isto que ele espera que façamos uns pelos outros. Dar. “Deus amou o mundo de tal maneira que deu...)  Se amamos também seremos capazes da dar; dar nosso tempo, nossa atenção, nosso carinho, nosso abraço, nosso apoio, nossa ajuda, nosso pão, nossa compaixão, nosso perdão, enfim, nossa vida!   Em sua introdução sobre o Evangelho de João, Brakemeier escreve que esse Evangelho compromete a pregação cristã de articular, ao lado da esperança, a realidade da nova vida que, com Jesus, despontou em meio a um mundo cheio de trevas e dor.
E em I João 5:1-6, que é texto que iremos refletir especificamente nesta noite, nos leva a continuarmos a refletir assim, como os outros dois textos, sobre o tema fé e amor. O texto inicia com uma confissão de fé: Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo... (5.1a). Gira em torno das consequências práticas da confissão Jesus é o Cristo. E conclui com a afirmação (apesar de ser em tom de pergunta): Quem é que vence o mundo senão aquela pessoa que crê que Jesus é o Filho de Deus? (5.5.) A partir da confissão de fé, em torno dela e para ela, flui todo o texto.
Com certeza @s irmãos/ãs já ouviram muito falar sobre o amor e a fé. Também muito já indagaram: O que é fé? Fé é amar o próximo, mas, e daí? Como? Será que fé tem algo em comum com o amor?
Tod@s nós sabemos que Deus mostrou seu amor ao mundo, tornando-se humano, um de nós. E este ato solidário criou para nós a possibilidade de encontrarmos o próprio Deus. Deus mostrou-se solidário com sua criatura – nós.
João destaca no capítulo anterior que a fé precisa de ação e que esta ação só pode ser o amor fraternal. Com isso pode-se afirmar que no amor ao irmão ou irmã se reconhece quem pertence a Deus. É nossa fé que supera o mundo, é a nossa fé que confessa Jesus Cristo e que, como consequência, exerce o amor.
Segundo o texto, todas as pessoas que integram a comunidade confessam crer em Jesus (assim como tod@s aqui presentes). Todas confessam amar a Deus. Mas as consequências de sua fé são diferentes. O amor que brota dessa fé se revela de forma distinta. Como medir, pois, a fé autêntica? Como atestar, pois, o amor verdadeiro? Não é este um drama que nos atormenta ao longo da história da Igreja, até hoje?
Vale também frisar que crer, neste texto, significa confirmar, ficar com fé ou permanecer em Cristo. “Jesus é o Cristo” (v.1) é um credo cristológico mais simples e mais antigo dos primeiros cristãos. Em nosso texto esse credo recebe uma atenção especial. O Cristo é o homem Jesus, ou seja, não se trata de uma pessoa espiritual. E quando lemos “nascidos de Deus”, fica claro que mais uma vez Deus se encarnou.
Em vários momentos desta carta, inclusive neste texto, se lê que há critérios que apontam para a fé autêntica. Em seu início, esta perícope indica: (...) porque todo aquele que ama a quem o gerou, ama a quem dele/dela foi gerado (5.1b). Em outras palavras: quem tem amor por seu pai e/ou sua mãe, ama os filhos e as filhas por ele/ela gerados. Ama, portanto, seus próprios irmãos e irmãs; pois, pela ótica de Deus, que nos tem como filhos e filhas, somos irmãos e irmãs. Deus não nos trata como filho único ou como filhas que exigem exclusividade. Ele nos quer como a uma família, em que irmãs e irmãos se ajudam mutuamente.
De acordo com o credo, praticar o amor e os mandamentos é sinal de que se é filh@ de Deus. Amar, aqui, não tem nada a ver com sentimentos entusiásmaticos ou sentimentalistas, mas sim, sublinha a ação responsável diante do irm@, diante do mundo. É assumir as responsabilidades, as consequências dos erros/pecados e acertos.
O teólogo alemão Zink escreveu o seguinte: “Sem fé é impossível – Todo ser humano crê em algo, mesmo pensando que nada crê. Não se pode ver e provar. [...] Pois crer significa confiar. Quem crê confia, mesmo onde nada vê. Está certo da sua causa.”
Segundo Helmut Gollwitzer, confissões de fé que não tem como consequência transformações terrenas e profundas na sociedade não passam de uma questão particular que traz apenas satisfação pessoal. A Confissão de fé em Cristo deve trazer e gerar mudanças na vida das pessoas, na comunidade de fé, na sociedade. É com e apartir de  Jesus de Nazaré que é o Cristo (5.1), que é o Filho de Deus (5.5),  que está toda nossa esperança. Não é por esforço próprio que venceremos o mundo, mas pelo poder que vem dessa fé.
Então, a fé e o amor que nascem de Deus vencem o mundo, porque Deus é amor. Não é qualquer fé que vence o mundo, quem vence é a nossa fé, que é a única. Esta consciência faz com que os mandamentos não sejam penosos.
O amor cristão leva a outra pessoa a ser como Deus quer que ela seja: um ser humano criado à sua imagem.
Amar não é um cumprimento de uma lei divina, mas é reconhecer a situação do irmão no mundo, é reconhecer que o outro também quer ser tratado com justiça, amar é conseqüência do amor de Deus, o qual reconhece de uma maneira real e solidária a situação e necessidade do ser. E amar é algo para agora e não pra amanhã.
Os gestos de amor são, portanto, movidos pela gratidão a Deus. São atos de liberdade, em favor do próximo. Os mandamentos de Deus não são lei, mas apontam possibilidades concretas de amar. Confissão de fé e prática dos mandamentos são inseparáveis. Não se trata de amar por amar. O cristão sabe por que ama. Este saber, que lhe dá um poder incomum, o leva à persistência na luta e lhe dá a esperança de vencer as adversidades.
Amar e ter fé significa romper o esquema das más estruturas, ser subversivo contra a lei humana, contra os círculos viciosos de nossa sociedade. Ou seja, é estar ao lado e com os desprezados pela sociedade, os que enfrentam a dor e a solidão, a indiferença, os pobres, os marginalizados. Pois a fé e o amor que nascem de Deus vencem o mundo, porque Deus é amor.
Na fé, a pessoa nasce de novo todos os dias.  Sabemos que é no encontro com o Sublime, o Sagrado, Jesus/Deus, com o qual podemos reclamar, gritar, chorar toda lágrima, na certeza que depois iremos nos alegrar novamente, porque é na fraqueza que nos tornamos fortes. E o milagre acontece!
Sabe, a sociedade nos manda descartar o outro, porém, Deus nos ordena a carregar o outro. Para Bonhoeffer “o outro só será irmão quando se tornar um fardo, e só então deixará de ser objeto dominado. [...]. Levar o fardo do outro significa aqui suportar a realidade do outro em sua condição de criatura, aceitá-la, e, sofrendo-a, chegar ao ponto de alegrar-se com ela”.
Portanto, somente “quem carrega sabe-se carregado, e somente com esta força poderá carregar”. Seguir na caminhada cristã é mais que dizer que vc se preocupa com o social. Ser Crist@  é trocar nosso fardo pelo de Jesus, e assim nos tornamos carregadores de fardos de esperança, de justiça, de amor, de misericórdia e da paz que excede todo entendimento humano. Andar e carregar o outro é ser solidário, é andar com o outro, é se encontrar com Cristo, é fazer parte do Reino de Deus.
Porque o amor de Deus nos mobiliza, não nos dá sossego, nos põe a experimentar sapatos alheios para ver onde é que eles verdadeiramente nos apertam.. Não podemos ficar em nosso marasmo, não nos cabe permanecer indiferentes ao mundo, porque conforme canta Mercedes Sosa: “Eu só peço a Deus que a dor não me seja indiferente...” E eu digo: Só sabe o que é o amor quem experimentou Deus. Quem busca meramente a realização pessoal ou a autogratificação viverá um amor insosso, sem sabor (como chuchu.). O amor é doação, é gratuidade.
E quem ama e tem fé, “[...] crê em Deus não é um otimista. Ele não precisa do pensamento positivo. Quem crê em Deus não é pessimista. Quem ora a Deus confia em Deus.” Apenas crê como disse Moltmann.
E que, com as palavras lidas nos textos bíblicos de hoje e a palavra partilhada, tenhamos fé, esperança e amor, para que, como Igreja, e como cristãos/ãs sejamos portadores/as dos sinais do reinado de Deus e que possamos ver no mundo a esperança que o Dia do Senhor proclama. E Que Deus nos abençoe!
Odete Liber