domingo, 1 de julho de 2018

E seu semblante não era mais triste

"E seu semblante já não era mais triste" (1Sm 1.18)
Ana chorou com amargura de alma. Ela queria muito um filho. A esposa rival (a poligamia era permitida em Israel) a atormentava por ela ser estéril. Chorava, seu coração sofria. Mas Penina, tinha os filhos, porém, não tinha o amor do marido. Uma esposa queria o que a outra tinha. Ambas infelizes, ambas amarguradas, com o coração ferido. E só uma orou ao Senhor. Ela colocou diante de Deus suas dores, mazelas, amargura.
Sabe, chorar com amargura de alma diante do Senhor tem efeito terapêutico. Chorar até cansar ou até dormir! Só que as vezes a emoção quando aflora com tanta verdade, as pessoas podem ter a impressão errada. Eli teve essa impressão errada e a tomou por uma mulher embriagada. A amargura tira o equilíbrio, a sensatez.
A dor nos faz agir de modos incompreensíveis. Mas Ana se defende, dizendo que está pedindo algo a Deus que lhe é extremamente caro. Eli responde, desejando que Deus a ouça. Ele não profetiza que ela vai receber o filho. Ele somente se solidariza com a dor dela. Mas, para Ana, a esperança é transformadora e ela se levanta do pranto, levanta a cabeça, come sua comida e seu semblante se alivia, se alegra.
Quero lembrar que talvez não tenhamos ainda uma promessa de Deus para nossa situação específica, porém temos uma palavra da parte de Deus: "Eu sou contigo". Com base nessa palavra, mesmo que o meu ou seu anseio mais profundo ainda não tenha sido atendido, posso me levantar, comer e viver alegremente.
Não porque Deus ouviu a minha oração - porque Jesus diz que Ele "sempre" ouve. Mas é mais que isso, é a certeza  que Deus me ama acima de todas as coisas, como eu sou. Como Ana, quero me levantar hoje e todos os outros dias  e "ir em paz". Deus está comigo! Deus está com você!!!