segunda-feira, 10 de julho de 2023

Deus está sempre presente

 

Deus está sempre presente

No decorrer da vida passamos por muitas dificuldades e dentre essas estão as doenças. Ao longo da vida enfrentamos momentos difíceis, doenças que nos desestruturam.  Algumas roubam o sossego; outras roubam os recursos duramente guardados ao longo do tempo. As doenças mais difíceis de superar e enfrentar, são aquelas que nos roubam as lembranças, os afetos, as dores do passado. As doenças que nos fazem esquecer... Esquecer tudo. Claro que às vezes eu, coimo você, gostaríamos esquecer literalmente muitas memórias. Lembrança e esquecimento estão no Salmo 77 e nos faz pensar sobre coisas que mudam e coisas que permanecem.

Olhar para o passado e lembrar de muitas coisas é estranho, e apesar das terapias, talvez ainda gerem uma confusão de sentimentos, emoções. E sim, lembrança é algo esquisito... Na caminhada da vida as lembranças passam sempre pelo crivo das nossas emoções. E com o passar do tempo, na medida em que vamos mudando nossos olhares, sentimentos sobre determinado fato, a inclinação é de que essa lembrança ruim se amenize e até se torne mais terna, mais querida para nós. Um exemplo disso é quando falece alguém. A dor iminente, a perda mais recente, dói e dói profundo na alma. Mas com o tempo, mesmo o momento do sepultamento se veste da ternura das pessoas queridas presentes, das mensagens das que estavam longe. Os ouvidos se lembram das palavras de conforto; os olhos leem as mensagem afetuosas de conforto, os braços se aquecem dos abraços recebidos; os dedos escorrem de apertos fraternos. A gente lembra, sente a dor fluir e o sorriso vem: é o conforto que muda a lembrança penosa, dolorida.

O salmista também pensa nos seus dias do passado. Ele pensa na dor atual e em seguida começa a pensar nos dias passados. Mania boba que o ser humano tem, de achar que antes era melhor que hoje; que o passado é melhor do que o presente. Isso acontece talvez porque a gente vê o passado com outras emoções, diferentes daquelas  que sentimos e agora enfrentamos a dureza ou a alegria do presente. Quem sabe amanhã, acordaremos e pensaremos o mesmo do ontem, que é o hoje do qual lamentamos! É isso que o salmista faz: ontem, Deus foi bom... hoje, parece que não é...

Será que Ele vai nos rejeitar para sempre? E no decorrer do salmo ele faz várias perguntas: A promessa caducou? Deus se esqueceu de ser bom? Ele está irado e esqueceu as suas misericórdias? Num momento sereno, poderíamos dizer que essas perguntas apenas mostram a fragilidade humana. Porque a resposta a todas elas seria “Não. Deus não nos esquece. Mesmo num momento de escuridão, dor, Ele está conosco. E em algum momento tudo vai mudar, tudo vai passar”. Mas, na hora da dor, surge aquele “talvez” e vem as indagações que geram um vazio no coração de quem ora.

O bom é que, quem confia em Deus, reclama, indaga, mas confia. Tudo vai passar, só não sei quando. Como está no verso 10. Ali vemos o que é permanente e o que muda no percurso. Reconhecemos nossa aflição, ou seja, a nossa emoção constitui os óculos pelos quais olhamos a vida.  O salmista cai em si e diz: “Eu estou vendo o passado de forma tão apaziguadora e o presente de modo tão perturbador, porque estou aflito”. Quando se tem a percepção que somos pessoas limitadas assim como nossas emoções, quando descobrimos quão frágeis somos, a mão de Deus muda! Pois vemos o agir de Deus porque tiramos o foco de nossa dor e a colocamos naquele que é “o mesmo ontem, hoje e eternamente, no qual não há sombra de mudança” (Hebreus 13.8). E esse mesmo Deus, apesar de imutável, “faz novas todas as coisas” (Apocalipse 21.5). “Eu te exaltarei, ó Deus, rei meu; e bendirei o teu nome pelos séculos dos séculos. Cada dia te bendirei, e louvarei o teu nome pelos séculos dos séculos (Sl 145.1-2).  Quem é fiel a Deus, o bendiz em tudo, seja bom ou ruim.

Eu já vivenciei isso na minha vida. E como o salmista questionei, chorei, pedi perdão. Mas sei que ainda não aprendi direito esta lição: minhas emoções me enganam. Volta e meia eu me pego pensando que não conseguirei superar a dor, que tal aflição jamais irá acabar, que o problema X não tem saída e isso tira o sossego, questiono muitas coisas. Penso que estou sozinha, necessitada. Frequentemente minha fé caminha na corda bamba. Mas, o Espírito Santo me faz cair em mim: “É só a minha aflição. Se eu mudar o foco, poderei ver a mão de Deus, que opera mudanças”! E até chegar o momento de conversão, como é difícil vencer a ilusão de que o passado era melhor do que hoje! Luto pra apenas ser grata pelo presente, pois Deus está aqui.

Os verbos recordar, lembrar, considerar, cogitar (v.11-12) que aparecem nesses dois versículos nos ensinam a como considerar nosso passado e nosso presente à luz da ação de Deus e de nossos sentimentos e emoções. De início, é essencial que recordemos os feitos de Deus. E o passado seja ressignificado para nós. O Senhor agiu no passado e seu poder é permanente. Somos provas vivas disso. Poderíamos ter sido destruídas antes, mas Ele nos livrou. A memória é nossa e é para nossa motivação cotidiana! Recordar o que Deus fez, as maravilhas que Ele realizou – esta é a lembrança-chave! Isso não é para nos desmotivar do hoje ou para fazer comparações, pois serve para que não nos esqueçamos que Ele não muda! O passado é para que lembremos que Deus é o mesmo! Pronto!

E essa certeza faz com que o salmista vai além.  E podemos entender que essa ação de Deus tem um peso diante da realidade que eu enfrento hoje. E o salmista conclui: “E eu cogito dos seus prodígios”. Eu penso, reflito, medito sobre os milagres de Deus. Eles são fonte de alimento para minha alma, de paz para meu ser interior, de fé para minha incredulidade, para minha humanidade tão transitória e inconstante!

Lembrando que nossas memórias são um lugar de permanência e nossa vida, lugar de mudança. É tempo de repensar suas memórias do passado. Deixar que elas fluam em sua vida como oportunidade de refletir profundamente sobre o que Deus já fez. Sem saudosismo, mas como fundamento sobre o qual se pode construir a fé do presente. Chega de “porque quando eu...”. Não se esqueça do que Deus já fez, porque esta é a base para você acreditar no que Deus fará! Mantenha seus sentimentos neste foco; não deixe que sua aflição impeça você de reconhecer esta realidade... Não é preciso sentir saudade de algo que está sempre presente e que é sempre o mesmo. Não sinta saudades de Deus. Ele está sempre presente!

E lembre-se que recordar o passado é abrir-se ao novo que o hoje significa. É renovar-se. É mudar. É seguir por novos caminhos. Fazer diferente. Talvez parar, pausar. Dedicar-se mais a um tempo com Deus. E se há algo que pode mudar sempre, sem perda de qualidade, é o nível de seu relacionamento com Deus. Aprofunde-o hoje... Deslumbre-se, como o salmista, para declarar com amor e alegria, com reverência por esta presença que se atualiza em meio às dores de nossa vida: “Que Deus é grande como o nosso Deus?” (v. 13). Que pergunta maravilhosa essa do salmista e mais, está no tempo presente, porque no fim de tudo, é só aqui, no presente, é que Deus está... Mude seus sentimentos sobre seu passado, mude o foco do seu olhar e reconheça nele a presença imutável de Deus. Deus é sempre o mesmo, é sempre o novo, é sempre Deus! E sim, é possível confiar e permanecer Nele hoje; é possível mudar de derrota a vitória, de desânimo a vigor... Confie! Ele está conosco, está com vc, sempre!





 

18 de 193

 18 de 193


Gratidão!! Ah gratidão! É mais do que uma #hashtag popular. É um dos principais gatilhos da felicidade. E isso não é suposição, não é coisa de doido: é ciência! 
Toda vez que a gente reconhece acontecimentos, gestos, palavras ou pequenos detalhes do cotidiano como “dignos de nota” e "agradecimento", nosso cérebro reage, aumentando o nível de dopamina — neurotransmissor responsável, dentre outras funções, pela sensação de bem-estar, humor e prazer. E portanto, a consequência é que, quanto maior a liberação de dopamina, mais satisfeitos e felizes nos sentimos.
E mais! Não paramos por aí: o contentamento costuma se externar, interferindo na forma como conduzimos nossas relações e atitudes. Nos tornamos mais agradáveis, extrovertidos e abertos a novas oportunidades, reclamamos bem menos, deixamos de ficar procurando erro na vida alheia.
Assim, a #gratidão, é uma peça essencial para uma felicidade cíclica. A engrenagem funcionaria, mais ou menos, assim:
Algo de bom nos ocorre.
Percebemos, reconhecemos e ficamos agradecidos pela boa sorte.
O cérebro responde, com a elevação da dopamina.
A sensação de prazer nos inunda. Deixa nosso semblante, nossa vontade e disposição mais vívidos e otimistas.
Quem — ou que — nos encontra com tal ânimo, de certa forma, retribui, alimentando esse saudável estado de espírito. Achou muito abstrato? Então confira alguns exemplos práticos — bem como modos de desenvolver a gratidão em seu dia a dia — e veja como novos (e simples) hábitos cotidianos podem, efetivamente, enriquecer sua qualidade de vida pessoal e profissional. A chave é saber ver, mudar o olhar para as situações. Considerar a experiência de vida como uma admoestação de que muitas coisas podem ser diferentes de nossas expectativas. 

Quando nos frustramos, quando as coisas não acontecem como queremos, ninguém precisa nos ensinar o baixo astral, a tristeza. Ele é automático. E,  várias outras pequenas situações cotidianas podem nos encher de frustrações, desanimo. Pense em todas as razões de suas lamentações e reclamações. Muitas delas, têm origem em miudezas, bobagens, imprevistos praticamente insignificantes e aos quais você dá um valor exagerado.   
Que tal experimente exercitar o outro lado. Observe, nessas mesmas ocasiões, quando algo positivo acontece. Cultive a gratidão, permita-se vivenciar segundos de prazer ao encontrar a vaga perfeita, ao receber a mensagem de um amigo distante, ao cumprir uma meta, ao sair para fazer uma caminhada, o alimento de cada dia, ao assistir a um bom filme. Valorize e agradeça pelo ordinário, que com certeza será o extraordinário. 
Não é difícil, nem artificial. É hábito! É costume! É vivência! É parar de ver tudo negativamente! Veja a beleza nas coisas simples da vida, do cotidiano. Então, tente ser grat@!!!