sexta-feira, 24 de abril de 2015

Fugaz, têm sido os meus dias

Quando olho para o passado vejo que a vida por muitas vezes me bateu forte. Lógico que em alguns momentos quis fugir (geralmente fico escondida em casa por uns três dias), gritar, chorar (e o fiz) mas logo percebia que isso não iria me ajudar. Então, só me restava uma alternativa: enfrentar e seguir adiante. Pois o que importa é: “Frente a uma situação difícil, complicada, dolorosa, o que se faz: chora, se joga no chão, se fecha em casa no quarto escuro, fica relembrando como se é fraco, foge ou enfrenta? O que fará a diferença na vida é qual das opções se escolhe.
E na caminhada da existência muitas escolhas eu tive que fazer e continuo a faze-las. Umas boas, outras nem tanto. Certas, erradas. Quis da vida mais do que ela poderia me oferecer. As vezes me achei (e ainda acho) incapaz sem ser. Também quis mais de mim, mais do que poderia ser. E pior, ainda quero mais de mim.
Em certos momentos houve dias de desespero, medo, ansiedade, luto, dor, saudade. Mas também existiram noites de sol com brilho, luz intensa, assim como teve dias de vazio na alma. Com isso, compreendi certas coisas, outras ainda não. Respondi certas indagações, questionei e muitas vezes não tive resposta alguma.
Fugaz, têm sido os meus dias. Nos desenganos da vida encontrei a “dureza” do dia a dia. Na descoberta, na luta, a resiliência da minha alma.
Consegui sempre enfrentar as lutas e adversidades, mesmo que procrastinando. Me levantei, me recuperei. Cai novamente, levante outra vez! E como diz a canção: Sigo “caminhando e cantando, e seguindo a canção, somos todos iguais, braços dados ou não”.
Com isso, tornei-me descobridora de mim mesma. Descobridora dos meus caminhos e de minha lucidez ou “inlucidez”. Descobridora das minhas fraquezas e de minha força. Descobri meus limites e minha ponderação, bom senso. Também descobri que não poderia ser além do que eu era, pois encontrei os meus limites. E me adaptei ao meu tamanho “sem abandonar o sonho” mesmo que a vida por vezes tenha me abandonado ou me dado uns “solavancos, tapas fortes”. Mas isso foi e é bom, pois me faz o que sou. Sempre aberta ao novo, as novas possibilidades, me adaptando, me fortalecendo, crescendo, aprendendo, caindo e levantando. Se a vida me bate, é preciso levantar mais forte. Como disse Sêneca, aquele/a que ‘se cai, luta de joelhos’. E segue, sabendo que vencerá!! Lá vou, a vida segue, a luta também!! ODete Liber


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