terça-feira, 2 de maio de 2017

Me dá um colo??



Há momentos na vida que você se sente cansad@, desanimad@. Parece que caminhou léguas a pé, ou  que trabalhou no pesado por dias a fio, sem direito a descanso. Há momentos em que você se acha frac@, frágil demais para continuar essa caminhada. Parece que o coração está batendo bem fraquinho, devagar.  E são nesses momentos que a única coisa que se precisa são abraços, flores. As flores em forma de sorrisos, de um olhar de aprovação como quem diz: 'vá, você está no caminho certo. E se não estiver, não importa, apenas vá!' Abraço apertado em forma de reencontro e de um momento em que você se permite chorar e ser frágil, porque essa pessoa não irá te questionar, apenas te abraçar, beijar e te amar como você é.  É, é receoso escrever isso. Tod@s tem seus momentos off  ou momentos de loucura e desânimo e são nesses momentos que nos desnudamos e somos apenas o que somos: pessoas normais!  São nesses momentos de fragilidade e humanidade que nos expomos mais do que quando colocamos aquela foto de biquíni em rede social ou um nude. Porque foto é uma imagem, não é seu eu. Escrever sobre isso é expor o medo, e medo exposto, é medo justificado, e com isso fica apenas o desabafo: preciso de flores, colo  e abraços apertados. Mas também de risos soltos, gargalhadas que tocam a alma e nos fazem despertar, rir  pra vida.
Claro que flores tocam meu coração,  me fazem rir sozinha. Tiram minha ruga de preocupação que insiste, no decorrer dos anos, em se tornar mais clara. É a idade, a maturidade, responsabilidades, compromissos, insistência na retidão, compromisso com o outro, que me arrancam alguns perfumes da juventude e me trazem ao moleza, o cansaço... Mas sei que abraços apertado, colo gostoso dão um renovo a vida.
E insisto, nessa terça feira, que começou nublada, depois  com um sol lindo, e agora, nublado e escuro outra vez, e eu, cheia de  tarefas: textos pra escrever, relatórios, correção de trabalhos de alun@s, regras e horários que  me cercam, que algumas coisas me fariam muito bem: flores, abraços, colo, sorrisos... Tudo isso me fará bem, por favor. Quem sabe isso faça com que o cansaço e às vezes o desânimo me deixem, vão embora, pois isso suprirá em mim o perfume e brilho que por ora estou perdendo.  ok!! Exagerei! Mas as vezes a agente precisa de um carinho, um mimo... E vc, vai dizer que não precisa?
Eu Preciso! Please! Dá-me um abraço? Dá-me um colo? E fico pensando com meus botões:  Será que existe alguma pessoa que não precise de flores, colo, sorrisos e abraços apertados?  Sei não! Bem, enquanto isso, a gente a gente sorri e finge que não há cansaço! Voilá! É preciso caminhar... Seguir em frente! Fui!
Odete Liber





Ninguém sente saudade do que nunca experimentou




Saudade...  Ninguém sente saudade do que nunca experimentou, de quem nunca conheceu, do que nunca comeu... 
Não tem jeito. Tudo aquilo e todo aquela/e que por acaso nos fizerem sentir amor estão abençoados a durar para sempre, pois ficam em nossa memória... O tempo passa e pode fazer com que a intensidade da saudade seja amenizada, mas não esquecemos, não deletamos... E por mais que acabe, ainda que passe, todo bom sentimento há de viver em franca eternidade dentro de cada um/a. As vezes saudade pode parecer algo ruim, triste, pois é algo bom que um dia tivemos/sentimos e hoje não temos... Mas que por um tempo foi bom, foi bênção!
Saudade é bênção. Mesmo que doa, que faça chorar, que faça bater mais forte o coração...  Só a merece quem leva consigo o que é bonito, o que é bom, o que é gostoso. O que foi, o que é e o que ainda há de ser. 
Saudade do que já foi, é bênção duas vezes: primeiro a gente vive  e depois a gente lembra, traz a memória. Já a saudade do que virá é promessa boa, motivação, esperança na vida, sonho do reencontro, do saborear. Saudade é um carinho de Deus a Seus filhos que têm coragem de sentir amor.
Quem sente saudade tem um sol se pondo no peito para sempre. Guarda na alma o calor bom da tardinha, do sol se pondo, a lembrança quente do que passou agorinha, a consciência limpa e leve de todo bem que veio e permaneceu em nós, do que ainda está em nossa pele, em nosso coração, em nossa mente.
Tem saudade que dói, dói até mostrar que ela é só o que nos resta do que já foi bom, de quem passou e se foi por enes motivos (relação que findou, morte).
Saudade é só o que fica de quem a gente amou, gostou. Saudade é um jeito bonito do amor ficar em nós para sempre, entranhado. Quando para de doer vira cicatriz, companhia, marca, herança. Lembrança boa, que se foi...



Sabor, beleza, alegria, vida, paixão, perdão, graça



 sabor, beleza, alegria, vida, paixão, perdão, graça
Cozinhar pra mim é um prazer. Faz-me muito bem! E comer, é melhor ainda e quando se tem fome é uma felicidade. Todo mundo sabe disto, inclusive os ignorantes bebês. Mas poucos são os que se dão conta de que felicidade maior que comer é cozinhar. Alegra a alma, faz bem pro coração, para os olhos, para o olfato, pra tudo!
Como é bom cozinhar e comer, lavar, descascar, cortar, beliscar, rir, bebericar, conversar, saborear.  Ver @s amig@s deliciando-se. É como uma celebração, um culto.
E cozinhar exige paciência, calma, sossego. Não se pode ter pressa, apesar de que o prazer de comer, não é muito demorado. O que demora são os prazeres preliminares, pois quanto mais se demora maior será a fome, e claro, maior será a alegria de saborear a comida.
Gosto de cozinhar e colocar na comida muito temperos, ervas, misturar os opostos. Algumas pessoas próximas brincam dizendo que isso é coisa de bruxa. Rubem Alves diz que quem cozinha “é parente próximo das bruxas e dos magos”. Pode ser e nesse sentido cozinhar é alquimia, feitiçaria e o ato de comer  é ser  enfeitiçad@ por tanto prazer.
Lembro-me do filme Festa de Babette. Ela bem sabia de tudo isso. Ela sabia os segredos de produzir a alegria pela comida e que após se deliciarem, as pessoas não permaneciam mais as mesmas.  Coisas mágicas acontecia com elas.  O filme retrata o cotidiano de uma pequena comunidade religiosa do século dezenove, que vivia com muita simplicidade, próxima ao mar, numa costa deserta da Dinamarca. O fundador da comunidade morre e deixa seu pequeno rebanho, formado praticamente por pessoas simples e avançadas em idade, como “herança” para suas duas filhas. De repente, para fugir da guerra, uma mulher chamada Babette sai de Paris e decide, por indicação de um amigo, viver junto a esta comunidade. Ela era uma famosa chef de cozinha de um importante hotel de Paris. Babette passa anos naquela comunidade sem poder mostrar o seu talento culinário. Até que um dia, ela recebe a notícia que havia uma fortuna para receber na França. Diferente do que muitos pensaram e em vez de retornar para Paris ou ir viver confortavelmente em outro lugar, Babette resolve oferecer um banquete à comunidade. Gastou todo o seu dinheiro para importar os alimentos, bebidas, especiarias, frutas, louças, talheres, toalhas etc., que seriam usados no banquete. Tudo da melhor qualidade para que o momento fosse perfeito.
A Festa de Babette é o desabrochar da alma, na descoberta do prazer sem culpa. Sua festa, é claro, escandaliza os mais velhos do lugar. A vida naquele lugar era de dar dó, um martírio passageiro para um plano maior: o céu. Os rostos eram rígidos as passadas pesadas, rancor entre pessoas e brigas que não eram declaradas e assim também não eram perdoadas. Pois a ofensa que não foi revelada também não pode ser perdoada. Não havia gosto pela vida e a vida, por si, era insossa, sem sabor.
Babette para eles era uma bruxa e o banquete oferecido era um ritual de feitiçaria. No que eles estavam certos! Que era feitiçaria, era mesmo. Só que não do tipo que eles imaginavam.
Achavam que Babette iria por suas almas a perder. Não iriam para o céu.  Decidiram aceitar o banquete, mas firmaram um pacto – durante o banquete não falariam uma só palavra sobre a comida. E de repente, receberam a visita de um General, e com a presença dele, formaram um grupo de 12 pessoas ao redor da mesa. Ele, é claro, não sabia do que havia sido acordado. E nem que Babette poderia ser bruxa, fazer feitiçarias.
Bem, não se pode negar que a feitiçaria aconteceu: sopa de tartaruga, cailles au sarcophage, vinhos saborosos, o prazer amaciando os sentimentos e pensamentos, as durezas e rugas do corpo sendo alisadas pelo paladar, as máscaras caindo, os rostos endurecidos ficando bonitos pelo riso. Na singeleza do seu agir, Babette mostrou que a vida pode ser vivida no compartilhar do alimento e na descoberta de novos temperos e sabores.
Com isso, digo que a vida é saborosa e pode ser degustadas sem arrependimentos, medos, píeses ou neuras. E como no filme, os prazeres simples da vida não poderão ser  mais negados, como o prazer de comer e beber na companhia de bons amig@s.
No filme, a partir do banquete preparado por Babette, não haveria mais burocracia para o perdão e muito menos a inércia do amor, por que tod@s compartilhavam do mesmo momento de prazer. Prazer que não pode ser deixado de lado como o prazer de estar e beber entre amigos, comer e contar a sua vida de forma simples e compartilhar da sua vida em detalhes de forma aberta na clareza da informalidade.  Babette nos apresenta que a graça está nas pequenas coisas, que a graça não é monopólio de um culto, uma religião ou somente um grupo de pessoas destinadas a viver com graça.
Por isso, amig@s, quando estivermos reunid@s ao redor da mesa para saborear pratos especiais que possamos perceber que a vida pode ter diferentes sabores e tonalidades, além do cinza e do preto, que também são importantes. Que sempre possamos dar às nossas vidas novos sentidos e significados. Que possamos continuar cozinhando os mais diferentes e saborosos pratos, para que juntos com amig@s e familiares, reconheçamos que nunca é tarde para percebermos  que a vida, apesar de tantas lutas, contradições, dissabores e decepções, dores, mágoas,  vale a pena ser vivida com muito sabor, alegria, comunhão, partilha, perdão. Afinal, a vida é uma graça, uma dádiva! Odete Liber




quarta-feira, 12 de abril de 2017

Amor sem pecado



Nada contra o amor platônico, o amor idealizado, o amor tão sonhado como nos contos de fada. Nada contra o sexo hardcore-me-pega-de-jeito. Nada contra mesmo. Aliás, muitos pontos a favor. Nada contra o sexo-cionamento... Nada contra o sexo sem compromisso. Nada contra as loucuras... Mas hoje quero escrever sobre fazer amor. Quero escrever sobre fazer amor como nas cenas de filme de romance, passar por todas as etapas sem pressa, com tranquilidade, com tempo, com muito prazer. Quero que o meu amor tire minha roupa enquanto eu vou desabotoando sua calça, camisa. Quero beijo no pescoço, mordida na orelha, seu rosto roçando na minha bochecha. Sua boca me beijando ardentemente. Suas mãos tocando cada centímetro do meu corpo, com delicadeza e força ao mesmo tempo. E as minhas mãos nele, sentindo cada pedaço seu, que eu já conheço de olhos fechados. Repito, quero muitos beijos na boca. Quero que ele me cubra de beijos e chegue bem pertinho, pra eu sentir o cheiro quente da sua pele. Sentir sua respiração, sentir seu suor. Quero que ele venha de mansinho, é olho no olho. Quero que ele cole em mim como um biscoito recheado e se entrega que eu me entrego também. Nada de puxão de cabelo, metralhadora do prazer. Quero aquela penetração constante como as ondas do mar, aquela que vai e vem, aquela que acalma ao invés de agitar. Beijos pelo corpo, mordidas gostosas que arrepiam. Quero dedos entrelaçados, gemidos baixinhos e jura de amor no pé do ouvido. Mesmo que sejam falsas! rsrsrs (brincadeirinha) Quero amor sem pressa, sem hora pra acabar. Quero que seja só calma, como uma tarde de domingo dessas que parecem que nunca vão ter fim. Nossas pernas se misturam em uma dança perfeita e eu vou para cima de você sem me desencaixar do seu corpo. Me agarro ao seu pescoço, pra ouvir sua respiração mais pesada. Quero sentir você... De repente paramos tudo por um segundo que parece infinito. Olho nos seus olhos e falo que te amo, ao que você respondeu “eu também te amo”, o tipo de frase que parece fora de contexto em qualquer cena de sexo, mas que se encaixa perfeitamente quando estamos fazendo amor. Quero prazer, tesão e que você me acompanhe, que estejamos tão colados e misturados que parecemos um só. Cravo minhas unhas nas suas costas, querendo me fundir em você. E no fim de tudo, ficamos ali, embaralhados, de olhos fechados. Quero seu abraço apertado, nossos corpos nus. Eu sinto sua pele quente e suada colada em mim e começo a adormecer. Mas dali a pouco começamos outra vez...  tá bem?  
E cá entre nós leitores/as, não me venha falar de pecado, porque quem não quer isso? 


Quaresma e jejum

Quaresma e jejum


A Quaresma é um período de valorizar as memórias dos tempos bíblicos, em especial o jejum e a oração, tão importantes para a fé cristã. É um período de ouvir a palavra de Deus com devoção e compromisso, de recordar o sofrimento e a morte de Jesus Cristo em favor de todos e de preparar a Páscoa do Senhor. Pode-se afirmar que a Quaresma tem três objetivos: o memorial, o teológico litúrgico e a atualização.
Como memorial rememora-se o tempo de deserto: os quarenta anos que o povo hebreu viveu no deserto após ter sido libertado da escravidão do Egito e ter-se colocado a caminho da terra prometida. Lembramos também os quarenta dias que Jesus, o Cristo de Deus, passou “no deserto”, preparando-se para enfrentar as tentações, a fim de vencer o sofrimento e a morte e ressuscitar para a vida eterna com Deus. Em sua dimensão teológico-litúrgica, a Quaresma representa um tempo especial (quarenta dias) para dedicar-se à oração, ao jejum e à penitência, que são auxílios pedagógicos para o sincero arrependimento e a correção de vida. A celebração da Quaresma em toda a sua riqueza litúrgica e profundidade teológica também levará a uma autêntica celebração da Páscoa.
A dimensão da atualização convida cada pessoa a “tomar a sua cruz e seguir a Jesus” para que a Quaresma tenha o seu ápice  na celebração da ressurreição de Cristo. A Páscoa representa a passagem que nos conduz “do erro para a verdade, do pecado para a retidão, da morte para a vida” (Livro de Oração Comum, p. 76). Renovamos, assim, a nossa fé na futura ressurreição dos mortos, pois a ressurreição de Cristo é o penhor e a garantia da nossa ressurreição, porque “se Cristo não ressuscitou não temos nada para anunciar e vocês não têm nada para crer” (1 Co 15,12ss).
A Quaresma é, portanto, o período em que refazemos a viagem final de Jesus a Jerusalém que desemboca em sua paixão e morte: seu ato derradeiro de amor por nós. Por isso tudo refletimos, oramos e jejuamos.
Além disso, desde os primórdios da Igreja cristã, uma maneira especial de preparar-se para a Páscoa, durante a Quaresma, é o jejum.  A prática do jejum é, na verdade, um costume muito antigo praticado em muitas religiões. No Antigo Testamento, inúmeros textos mostram que o jejum era uma prática bastante comum, realizada em diversas ocasiões e com vários objetivos, tais como:
·         Como confissão de pecado: 1Sm 7,3-6; Ne 9,1-3; Jl 2,12-13; Jn 3,5-9
·         Para humilhar-se diante de Deus:  1Rs 21,27-29
·         Em situações de profunda tristeza e luto: Ne 1,1-4; 1Sm 31,13, 2Sm 1,11-12; 12,15-23; Sl 135,13-14
·         Para buscar orientação e ajuda divina: Ed 8,21-23; 2Cr 20,1-4; 2Sm 12,15-23 e Et 4,6.
Mas a religião ritualizada oficial deturpou, com o decorrer do tempo, o autêntico valor do jejum, de modo que os profetas tiveram que denunciar certa prática do jejum como sendo hipocrisia. O verdadeiro sentido do jejum se havia desvirtuado. Encontramos críticas proféticas bastante duras, por exemplo, em Is 58,3-4 e Jr 4,11-12. O jejum se havia tornado um gesto automático sem nenhum significado espiritual, um ritual sem vida, uma lei a ser cumprida.
Textos do Novo Testamento nos revelam que também Jesus criticava certas práticas impostas por escribas e fariseus, quando essas práticas se haviam transformado em mera repetição de ritos que escondiam a face amorosa e misericordiosa de Deus (Mt 9,13; Mc 7,1-23). Jesus não queria que o povo vivesse somente para cumprir as pesadas leis impostas por escribas e fariseus (Mt 23,4; Mc 2,27; Lc 13,15-17).
Embora criticasse o ritualismo, o próprio Jesus não deixou de praticar o jejum, como durante os 40 dias no deserto (Mt 4,2). Mas ele não insistiu em que seus discípulos o fizessem. Ao realizar o jejum, Jesus tampouco repetiu os gestos costumeiros, ou seja: não lavar o rosto nem alinhar os cabelos, cobrir-se de cinza, etc. Antes, ele ensinou que o jejum não deve ter o objetivo de impressionar os outros (Mt 6,16-18); ele deve ser, pelo contrário, um momento de comunhão com Deus e vir acompanhado de oração.
Quando os discípulos de João e os fariseus quiseram saber por que Jesus não impunha o jejum aos seus discípulos (Mt 9,14-15), ele responde, em forma de pergunta retórica, que quando o noivo está na festa, os convidados não necessitam jejuar. Mas virá a hora em que o noivo terá que partir; aí, então, se quiserem, poderão jejuar.
A igreja cristã não tem por objetivo restaurar uma religiosidade repressiva nem insistir na prática de um mero ritual ou no cumprimento de uma lei. Mas creio que, no atual contexto, é importante lançar um desafio: Que tal retomarmos a prática do jejum como gesto de preparação para a Páscoa? Um gesto com o qual podemos expressar que somos pequenos e dependentes de Deus? Torna-se cada vez mais importante, em nossa sociedade agitada, termos um período de autoconhecimento, purificação, busca de equilíbrio e crescimento espiritual. Do desafio faz parte buscar um motivo pelo qual gostaríamos de fazer um jejum.  Existem pessoas que aproveitam o período da Quaresma para abster-se de consumo de algo: alguns decidem abster-se do consumo de carne, outros de bebidas alcoólicas, outros de televisão. Também há pessoas que deixam de fazer, durante o período, uma das refeições diárias, destinando o valor “poupado” para a compra de alimentos para uma instituição que preste serviço social aos mais pobres. Certamente ainda há outros bons motivos para jejuar no âmbito da Igreja.  
Na quaresma Deus nos prepara para vivermos mais uma vez a experiência da páscoa, atualizando-a em nossas vidas e experimentando o poder de sua ressurreição sobre a morte que nos rodeia. Como cristãs e cristãos somos chamad@s, na época da Quaresma, a caminhar, junto com Jesus, o caminho na direção da cruz e da Páscoa. Isso significa que temos que encarar tudo aquilo que pode separar-nos do amor de Deus e da vida em solidariedade e o jejum é uma possibilidade de ir ao encontro desse chamado.
A todos e todas uma abençoada época de Quaresma!
                                       
                              Revda. Ms. Sônia Gomes Mota, Pastora da IPU
                             Teóloga Ms. Odete Liber Adriano, Igreja Episcopal Anglicana

Bibliografia:
CALVANI, Carlos Eduardo B. Entre o púlpito e a universidade: sermões de um professor de teologia. São Paulo: ASTE, 2006.
MESTERS, Carlos. A prática do jejum. Liturgia diária. www.freicarlosmesters.com.br. Acesso dia 31 de janeiro às 12h e 30 min.
WHITE. F. James.  Introdução ao culto cristão. 2. ed. São Leopoldo: Sinodal, 1997.