sexta-feira, 4 de março de 2016

O que é família: educando se resgata os valores do Reino de Deus na família

O que é família: educando se resgata os valores do Reino de Deus na família

Familia: distingui-se de outros grupos sociais devido a sua função ou atribuições: determinação de um lugar comum de residência, satisfação de necessidades sexuais e afetivas, estabelecimento da unidade primária de cooperação econômica, procriação, socialização de novas gerações. 

 Século XXI: novas definições para familia: 
                                                                        CF/88
                                                                          O Rappa 
                                                                         Casa, Baith (AT), oikos (NT)  

Familia e SHALOM

Familia é espaço de ensino e paz quando propaga os valores do Reino de Deus.

Evangelho de Marcos 3: 31-35: Familia é todo aquele que fizer a vontade de Deus!
Valores do Reino de Deus
A convivência familiar: Feliz    OU     Insuportável .
Pode ser amor e ódio, o domicilio pode ser espaço de hospitalidade, amor, afetividade, diálogo ou simplesmente mera pensão onde se aloja, dorme, toma banho.
Familia é como uma semente  : precisa ser cuidada porque ainda não é fruto, e como semente, está por fazer, por amadurecer e frutificar
Familia se compra?  Dê-me 500 gramas de familia...
Somos familia à medida que há relações, somos mais familia, quanto mais fortes são essas relações, e há dias em que simplesmente, não somos familia.

Familia é Processo, processo é educação, educação são valores.
Valores básicos na familia:     Familia em si mesma
                                                         Aprendizagem do amor
                                                         Obediência e respeito
                                                         Transmissão do sentido transcendente da vida
                                                         Escola de conhecimentos
                                                         Acolhimento
                                                        Valores transcendentes



Mulheres -     shalom -     ensino -  educação -     resgate de valores do Reino em casa. Pois, “O fruto da justiça será a paz. De fato, o trabalho da justiça resultará em tranqüilidade e segurança permanentes.” (Isaías32:17)

“Quando olhamos por alto as pessoas,ressaltam suas diferenças: negros e brancos, homens emulheres, seres agressivos e passivos, intelectuais eemocionais, alegres e tristes, radicais e reacionários. Mas, àmedida que compreendemos os demais as diferençasdesaparecem e em seu lugar surge a unicidade humana: asmesmas necessidades, os mesmos temores, as mesmaslutas e desejos. Todos somos um”.(Baleeiro “Quando olhamos por alto as pessoas,ressaltam suas diferenças: negros e brancos, homens emulheres, seres agressivos e passivos, intelectuais eemocionais, alegres e tristes, radicais e reacionários. Mas, àmedida que compreendemos os demais as diferençasdesaparecem e em seu lugar surge a unicidade humana: asmesmas necessidades, os mesmos temores, as mesmaslutas e desejos. Todos somos um”.(Baleeiro “Quando olhamos por alto as pessoas,ressaltam suas diferenças: negros e brancos, homens emulheres, seres agressivos e passivos, intelectuais eemocionais, alegres e tristes, radicais e reacionários. Mas, àmedida que compreendemos os demais as diferençasdesaparecem e em seu lugar surge a unicidade humana: asmesmas necessidades, os mesmos temores, as mesmaslutas e desejos. Todos somos um”.(Baleeiro “Quando olhamos por alto as pessoas,ressaltam suas diferenças: negros e brancos, homens emulheres, seres agressivos e passivos, intelectuais eemocionais, alegres e tristes, radicais e reacionários. Mas, àmedida que compreendemos os demais as diferençasdesaparecem e em seu lugar surge a unicidade humana: asmesmas necessidades, os mesmos temores, as mesmaslutas e desejos. Todos somos um”.(Baleeiro“Quando olhamos por alto as pessoas,ressaltam suas diferenças: negros e brancos, homens emulheres, seres agressivos e passivos, intelectuais eemocionais, alegres e tristes, radicais e reacionários. Mas, àmedida que compreendemos os demais as diferençasdesaparecem e em seu lugar surge a unicidade humana: asmesmas necessidades, os mesmos temores, as mesmaslutas e desejos. Todos somos um”.(Baleeiro“Quando olhamos por alto as pessoas,ressaltam suas diferenças: negros e brancos, homens emulheres, seres agressivos e passivos, intelectuais eemocionais, alegres e tristes, radicais e reacionários. Mas, àmedida que compreendemos os demais as diferençasdesaparecem e em seu lugar surge a unicidade humana: asmesmas necessidades, os mesmos temores, as mesmaslutas e desejos. Todos somos um”.(Baleeiro“Quando olhamos por alto as pessoas,ressaltam suas diferenças: negros e brancos, homens emulheres, seres agressivos e passivos, intelectuais eemocionais, alegres e tristes, radicais e reacionários. Mas, àmedida que compreendemos os demais as diferençasdesaparecem e em seu lugar surge a unicidade humana: asmesmas necessidades, os mesmos temores, as mesmaslutas e desejos. Todos somos um”.(Baleeiro

O que é família: educando se resgata os valores do Reino de Deus na família

Pra. Odete Liber
 I- Introdução
O nosso estudo tem como foco a familia (indeppende do modelo em que ela está formada), a qual, pelo ensino educação, resgata os valores cristãos e éticos na família.
O conceito de família, independente de suas variações, é basicamente o mesmo desde os primórdios da humanidade.
Hoje, apesar de no passado já terem sido registrados casos semelhantes ao longo da história da humanidade, a família pode tanto ser constituída por pais e filhos, como por um conjunto de amigos, onde cada membro assume uma função social perante os demais.
O que conhecemos como família hoje tem pouca similaridade com as expressões culturais da época bíblica. Há, no decorrer da história da humanidade várias compreensões diferentes de família. E com isso, é difícil estabelecer uma definição universal e normativa de família.
Logicamente, a família se distingue de outros grupos sociais devido a sua função ou atribuições: determinação de um lugar comum de residência, satisfação de necessidades sexuais e afetivas, estabelecimento da unidade primária de cooperação econômica, procriação, socialização de novas gerações.  Essas atribuições descrevem a tribo, o clã ou a família extensa. A família nuclear que é a mais conhecida por todos (papai, mamãe e filhos) é uma adaptação posterior de todas as formas de grupos sociais.
Hoje, no século XXI há novas definições para família. Família é encontrada nos grupos de rua, que se unem para juntos suportarem a dor que a vida lhes impõe, está na igreja e tantos outros lugares.
Há uma música que diz, de certa maneira, o que é família nos dias de hoje:
Família é quem você escolhe pra viver
Família é quem você escolhe pra você
Não precisa ter conta sanguínea
É preciso ter sempre um pouco mais de sintonia. (O Rappa)
 Ou seja, "Família é todo conjunto de pessoas unidas por interações sociais com certo grau de coesão entre seus membros, com graus de parentesco artificiais ou concretos, declarados ou ocultos, com ou sem ligação genética".
Com isso, podemos dizer que o conceito de família muda com o passar do tempo, com a história. Afinal, inúmeras são as influências do ambiente social para a formação da personalidade humana. Inegavelmente, a família é a mais importante de todas. É ela que proporciona as recompensas e punições, por cujo intermédio são adquiridas as principais respostas para os primeiros obstáculos da vida. É instituto no qual a pessoa humana encontra amparo irrestrito, fonte da sua própria felicidade. Os membros integrantes da família (pais, irmãos, avós, etc.) moldam o ser humano, contribuindo para a formação do futuro adulto. Não foi por acaso que um dos maiores nomes da literatura brasileira, Machado de Assis, já afirmara que “o menino é pai do homem”.

E biblicamente?
Creio que a melhor definição da concepção bíblica da família é a casa, pois a família nasce do sentido intenso de solidariedade que liga entre si e os membros do povo. O termo que expressa melhor a realidade da família como um todo único, solidário, na perspectiva do indivíduo, é o termo BAITH ou casa.
Casa se refere à família quer como casado/vivendo junto que se desdobra na história quer como grupo humano que partilha o mesmo quadro religioso e social. A família, a casa, é o lugar onde a fé é acolhida, surge também à necessidade de que ela, na sua totalidade, testemunhe o evangelho.
No Novo Testamento temos a casa novamente, o OIKOS. E é no contexto da família, da casa que as virtudes abstratas de amor, perdão, alegria, paz, bondade, domínio próprio, se fazem presente. É na casa que a hospitalidade torna-se virtude, o relacionamento cristão é exemplo ou ensino, para os não cristãos. E é nessa casa, nessa família, pelo ensino, que a paz e os valores se fazem presente. Pois na bíblia, paz é SHALOM. Na verdade, no hebraico, essa palavra toma dimensões maiores do que a nossa tradução para o português. Na verdade, SHALOM, no sentido mais lato da palavra, abrange o bem-estar (Juízes 19.20); a saúde física (Isaías 57.18; Salmo 38.3); a prosperidade (Salmo 73.3); o contentamento ao adormecer (Salmo 4.8); na partida (Gênesis 26.29) e no momento da morte (Gênesis 15.15, etc.); boas relações entre as nações e os homens (1Reis 5.26); Juízes 4.17; 1Crônicas 12.17-18); salvação (Isaías 43.7; Jeremias 29.11; cf. Jeremias 14.13).
Pode-se, portanto, dizer que a casa, o lar, a família, é o centro de ensino vital da fé e dos valores do Reino de Deus. É à família que é imposta a tarefa de fazer do ser humano mais humano e deste mundo, o kosmos, do Senhor.

II- FAMILIA E IGREJA: espaço de e para a educação e o resgate valores[1]
Família, nos dia de hoje, é uma configuração relativa, porque esta se transforma no decorrer da história. Até meados dos anos 90 do século passado tínhamos a família nuclear, a qual não existe mais hoje. Somos testemunhas de uma continua transformação da família e essas mudanças não são, em si mesmas, nem boas nem más. Há famílias extensas, nucleares, com ou sem nenhum progenitor, família sem filhos, famílias com filhos oriundos do companheiro apenas...
Com isso, o que é família para nós cristãos? Quem faz parte da família? Como ela nos dias de hoje pode ser espaço de ensino e propagação de valores do Reino de Deus?
Como resposta, leiamos o Evangelho de Marcos 3:31-35.
Família é todo aquele que fizer a vontade de Deus! E dela fazem parte todo àquele que fizer a vontade de Deus. E a família é espaço de ensino e paz quando propaga os valores do Reino de Deus. São os valores do Reino de Deus: amor, fé, justiça. Liberdade, fidelidade.
Sabe-se que a família tem seus conflitos e nem sempre é fácil ser família. Há momentos em que somos família de fato e outros em que somos qualquer coisa, menos família. Do ponto de vista jurídico, a família é um núcleo de convivência, unido por laços afetivos, que costuma partilhar o mesmo domicilio. A convivência em família pode ser feliz ou insuportável, pode ser amor e ódio, o domicilio pode ser espaço de hospitalidade, amor, afetividade, diálogo ou simplesmente mera pensão onde me alojo, durmo ou tomo banho.
Família é como uma semente. Assim, precisa ser cuidada, pois ainda não é fruto. Como semente, está por fazer, por amadurecer e frutificar. E de todo modo envolve o fato de se assumir as limitações e reconhecer que nem sempre faremos todo o bem que gostaríamos, pois há momentos difíceis, de dor, circunstâncias tremendas, até trágicas. A vida envolve tudo isso! Mas as dificuldades com pão são as menores, diz o provérbio, e o penoso da vida torna-se menos penoso quando o vivemos a partir de relações fortes.
Porque a família não consiste apenas nos laços de sangue, vai além! Não é algo que possamos comprar: “Dê-me 500 gramas de familia”. E isso é um problema em nossos dias porque estamos acostumados a comprar tudo. Basta lembrar o que se faz com os filhos: enche-os de coisas que se pode comprar e priva-os de relações pessoais intensas e os pais, com isso, ficam satisfeitos.
Somos família à medida que há relações, somos mais familia, quanto mais fortes são essas relações, e há dias em que simplesmente, não somos família.
Somos família na medida em que na casa encontramos alguém e na qual nos sentimos mal quando ocorrer de ficarmos sozinhos. Ou seja, não é uma casa-hotel, pensão. Em casa deve-se estar e deve-se estar bem. Não é lugar para descarregar nossas raivas do dia de trabalho (história do gatinho que todo mundo pisava no rabo dele). A casa é lugar para brincar, para falar, entreter-se de mil maneiras, orar e divertir-se. Dar tempo é dar vida! Família não é lugar para cada um ficar na sua TV e no seu quadrado! Família é unidade, é respeito ao gosto do outro. É entender que há tempo para tudo, inclusive para ver ou não TV.
Casa e família são lugares para se falar. Falar significa que a família está viva e tem vida, e fortalece essa vida. É lugar de dizermos muitas coisas sem falar, sem palavras (um gesto, um sorriso, uma lágrima, um detalhe). Numa casa em que se fala e se dizem as coisas, existe a sensibilidade, a capacidade de escutar, para perceber as mensagens e dar respostas. Familia é lugar de aprofundar o diálogo. É falar sem gritar, sem aborrecer, sem dar atenção em demasia a assuntos banais.
 A casa e a familia são pontos de referencia e de felicidade. É o ninho, o aconchego. Cada um sabe o que torna o outro feliz. Nós nos socializamos primeiro com a família, igreja. Depois a escola, amigos...
Há valores além dos do Reino de Deus, que são importantes para a familia e igreja, nesse processo educacional de valores. São valores básicos.
1º        a família em si mesma. Nossa cultura é uma cultura da familia. É um valor que se tem como pressuposto, ao ponto de se dizer que “a familia não é o próximo, é a própria pessoa”.
2º       família como âmbito de aprendizagem do amor. As relações no interior da familia são relações de amor. A família é como o útero no qual se é amado por si mesmo, tal como se é, em que se desenvolve a personalidade humana. A família se constitui uma escola de socialização a partir do amor, um espaço de gratuidade, no qual se vislumbra a paz e em caso de necessidade, a familia mobiliza-se em uníssono para ajudar.
3º      obediência e respeito. Essencial em qualquer âmbito da vida social do ser humano, é parte do amor.
4º       transmissão do sentido transcendente da vida. Lugar das primeiras experiências religiosas ou de fé, de aprendizagem da oração, de encontro com Deus, de instrução de fé. A oração em família foi tradicional entre nós de muitas formas e não é porque a sociedade muda constantemente que ela deve ser ignorada. A vivência da fé na e com a comunidade de fé, é essência.  Todo momento é momento de vivenciar a fé, pois através da adoração nasce a esperança da libertação, o povo encontra a sua identidade, descobre sua história, faz o presente e o futuro. A transmissão do sentido transcendente da vida se dá em familia, com a familia de Cristo, a leitura da Bíblia, participação na vida da igreja, orações, afinal, na história do povo cristão, a oração era parte natural da vida diária.
5º      Escola de conhecimentos. Não só de conhecimentos, mas de tolerância, liberdade, solidariedade, sacrifício, fidelidade. A partir da família, o ser humano situa-se na história, nela surgindo às diferentes vocações de seus membros.
6º      Acolhimento.  Lugar de acolhimento, hospitalidade, fraternidade. De compartilhar com os outros, de modo especial com os mais necessitados, de ajuda mútua. De compromisso com a sociedade em que se insere, por seu bem comum, e também na Igreja. Aprendizagem da responsabilidade e da convivência, onde se descobre que um individuo não é um absoluto.
7º   Valores transcendentes[2] (Para se referir a relação de Deus com o mundo e com cada Crist@. As características, designadas transcendentais, são a unidade, verdade,  bondade, amor.  A transcendência, segundo Boff, se dá nos pequenos e grandes momentos, pois  para ele, somos seres de enraizamento e seres de abertura. Primeiramente nos sentimos seres enraizados. Temos raiz, como uma árvore. E a raiz nos limita, porque nascemos numa determinada família, numa língua especifica, com um capital limitado de inteligência, de afetividade, de amorosidade. Mas somos simultaneamente seres de abertura. Ninguém segura os pensamentos, ninguém amarra as emoções. Elas podem nos levar longe no universo. Podem estar na pessoa amada, podem estar no coração de Deus. Rompemos tudo, ninguém nos aprisiona. Mesmo que os escravos sejam mantidos nos calabouços e obrigados a cantar hinos à liberdade, são livres, porque sempre nasceram livres, e sua essência está na liberdade. Então, possuímos essa dimensão de abertura, de romper barreiras, de superar interditos, de ir para além de todos os limites. É isso que chamamos de transcendência. TRANSCEDENCIA ESTÁ MUITO ALÉM DA RELIGIÃO. O SER HUMANO rompe, vai para além daquilo que é dado.) Na sociedade cristã, na vida cristã, predominaram os valores transcendentes: a verdade, honestidade, respeito a todo ser humano, liberdade, solidariedade, fé, tolerância, humildade, simplicidade, alegria, fecundidade, paz, verdade. Afinal, nosso Deus é sensível e atento aos sofrimentos dos oprimidos; que Deus está efetivamente comprometido com a libertação dos oprimidos; e, que Deus promete aos oprimidos uma vida feliz, numa terra nova.
Vivemos numa sociedade de mudanças constantes, em tempos incertos, mas, independente do tipo de familia (só com pai, só com mãe, ou com os dois pais, duas mães, formada no modelo nuclear, pais diferentes, novos casaemntos...), os valores do Reino de Deus continuam vigentes e transformam a sociedade, pois se assim não o fosse, não estaríamos aqui e não seriamos cristãs.
Que como família, independente de como ela seja formada, possamos olhar para o Reino de Deus e seus valores, e acimentar/alicerçar nossas casas nesses valores, para que o shalom, a paz que vem de Cristo inunde nossas vidas e casas e sejamos testemunhas do Reino de Deus. Mulheres que realmente caminham em busca da paz e que, pelo ensino, educando, resgatam os valores do Reino em casa: “O fruto da justiça será a paz. De fato, o trabalho da justiça resultará em tranqüilidade e segurança permanentes.” (Isaías 32:17)
Deus nos abençoe.




[1] Quando me refiro a valores da familia, me reporto sempre aos valores do Reino de Deus, que são, por conseguinte, os valores da familia e de todo cristão. O Reino de Deus gera transformação de valores espirituais, morais e principalmente ético-humanos. Para Gutiérrez “o Reino é graça, mas é também exigência. É dom gratuito de Deus e é apelo de conformidade ao seu desígnio de vida. Isto é o que se pede do discípulo, sua vida transcorre entre a gratuidade e a exigência.” E mudança é conversão, que significa mudança de comportamento, um enfoque diferente da vida, o início do seguimento de Jesus.
[2]  Ademais, temos a dimensão sã e também a dimensão patológica. Porque não somos só homo sapiens sapiens. Somos hoje, fundamentalmente, homo demens, duplamente demens, coisa esquecida na modernidade iluminista. Hoje somos dementes, em grau supremo. É a nossa situação. É o nosso arranjo existencial. Eis nosso enraizamento, nossa imanência. Mas somos simultaneamente seres de abertura. Ninguém segura os pensamentos, ninguém amarra as emoções. Elas podem nos levar longe no universo. Podem estar na pessoa amada, podem estar no coração de Deus. Rompemos tudo, ninguém nos aprisiona. Mesmo que os escravos sejam mantidos nos calabouços e obrigados a cantar hinos à liberdade, são livres, porque sempre nasceram livres, e sua essência está na liberdade. Então, possuímos essa dimensão de abertura, de romper barreiras, de superar interditos, de ir para além de todos os limites. É isso que chamamos de transcendência. TRANSCEDENCIA ESTÁ MUITO ALÉM DA RELIGIÃO. O SER HUMANO rompe, vai para além daquilo que é dado.

Falando de gostos

Falar da gente é algo complicado. Falar do que se gosta, do que se sente, do que se gostaria de ser e fazer não é fácil. É se expor, é derramar um pouco da vida. Mas isso faz às vezes faz bem, ainda mais em tempos que se vive mostra apenas a vida maravilhosa, o que nem sempre o é.
Eu tenho um gosto variado pra tudo. Depende do dia, do tempo...
Gosto de mim. É aprendi a me gostar, me aceitar como sou e a mudar o que pode ser mudado. Sei o que não gosto e o que gosto. Sei que há coisas negociáveis e outras inegociáveis.
Não gosto de pagode e nem de funk ou algo parecido. Gosto de Pink Floyd, U2, Roupa Nova, Milton Nascimento, Celine Dion. Jack Johnson me excita.
Adoro um abraço apertado, gostoso, aconchegante e poucos sabem fazer isso. Então que sabe fazer isso, me conquista.
 Gosto de assistir algumas séries, filmes iranianos, românticos, comédia. Não gosto de novelas, elas me irritam, apesar de saber que muita coisa é reflexo do que existe na sociedade, na vida real.
Amo um bom papo, boas risadas, falar de coisa séria e de bobeiras, isso faz tão bem!!  Silêncio, olhar e toque me seduzem.
Amo livros, Kafka, Dostoievski à romances chorosos. Gosto de  Ariano Suassuna, mas leio Marta Medeiros, Padre Fabio kkkk. Leio a bíblia e aprendo com ela.
Não gosto de pessoas que se fazem de vítima a vida toda, pois creio que cada pessoa tem a sua dor e esta não pode ser  mensurada, porém esse fato não pode fazer com que a pessoa viva de lamentações. Por isso, não suporto dramas na vida. Tive minhas dores e nem por isso fico chorando pelos cantos ou tentando ganhar a vida com isso.
Não sou apaixonada por chocolate (mas de vez em quando como). Amo café (sem açúcar). Amo saladas, sucos dos mais estranhos como inhame com limão. Como de tudo. Ou quase. Só os que me dão alergia, e são poucos...
Não gosto de gente fresca. Gente que fica cheia de frescura por nada. Não gosto de gente nunca vendeu um dia de serviço. Nem de quem nunca passou aperto na vida. Nem de gente que diz que nunca errou. Tampouco gosto de quem julga os apertos e erros ou pecados alheios. Afinal, todo mundo erra e tem seus momentos de insanidade, loucura. As vezes tenho os meus, e gostaria de ter mais.
Não gosto de gente que venera a própria religião, por isso, não suporto religião. Gosto de espiritualidade, de gente com fé, apesar de!
Gosto de gente que vive intensamente a vida, que erra e acerta. Joga-se com tudo. Apesar de me acha certinha demais e até contida. Tô aprendendo a errar mais, pra compensar os anos de beata kkkk (brincadeira). Aprendi a não julgar ninguém, cada um/a sabe da sua dor, das suas ausências, desejos, necessidades.  Cada um/a sabe do que lhe faz bem e sabe que a vida é feita de escolhas e consequências. Então, quem sou eu para dizer se a pessoa é pecadora ou não? Afinal, também tenho meus pecados ocultos, erros!
Não gosto de  relacionamento virtual, esse  que inventarem e q todo mundo tá optando. Gosto de toque, abraço, beijo ao vivo. Gosto de colo!Gosto de esbarrar na rua, no calçadão, na livraria, na praça, no mercado, no restaurante,  na vida. E isso não tem preço!
Não gosto de sexo casual, apesar de nunca ter experimentado isso. Mas sei que o sexo é bom, e por isso tem que ter algo mais. Também não gosto de beijos secos, nem de nada que seja morno. Tem que ser quente, gostoso, dar frio na barriga.
Gosto de andar na areia apreciando o mar. Amo chuva! Gosto do frio, mas não jogo o sol fora. Amo flores, plantas, terra. Amo o cheiro do mato, da simplicidade, da camiseta furada, dos pés sujos de terra e depois um banho gostoso. E se for acompanhada, melhor ainda! Acho que estou num momento insano kkkk
E depois de tudo isso exposto, ainda há uma pequena pretensão de que no fundo, que quem gosta de mim, continue gostando. Me queira, assim, como sou certinha demais, mas com momentos de insanidade e loucura. Arrependimento? Pensarei nisso depois. A vida é feita de arrependimento do que se fez, faz e do que não se fez e gostaria de ter feito. Então, vida que segue. 



terça-feira, 1 de março de 2016

Semear esperança, por dias melhores

Semear esperança, por dias melhores - Eclesiastes 11:1

Lança teu pão sobre a face das águas, porque depois de dias o encontrará. (Eclesiastes 11.1).
A vida é feita de medos, anseios, incertezas. Às vezes em maior ou menor intensidade. 
Lógico que em dados momentos passamos por tempestades que inundam e sufocam a nossa terra, ou seja, a nossa vida. 
São momentos que não conseguimos nem mesmo respirar, tamanho são os problemas que vem sobre nós.  Nos sentimos frac@s, debilitad@s, sem força. Mas o Senhor nosso Deus, em meio a essas problemáticas, em meio a nossa fragilidade e fraqueza nos convida a “SEMEAR”. Então, frente às incertezas da vida, semear na esperança de dias melhores. É preciso caminhar, mesmo que devagarinho, a passos lentos.
Assim, quando estou em momentos difíceis, coloco nessas palavras, meu coração, e então sou tomada pela calma e certeza. Calma, porquanto sinto que devo me lançar, sem temor, sobre o oceano da vida, seguindo, plantando e crendo que há esperança. Certeza, pois compreendi que, pela direção do Espírito de Deus, eu reencontro minha vida.

E tem sido assim: Pão sobre as águas. Lanço fora o medo e, sem medo, me lanço sobre as águas, seguindo, plantando, semeando na esperança de dias melhores, sempre. Odete Liber


sábado, 27 de fevereiro de 2016

Livre para ser o que quiser

Minha mãe sempre me disse o que ela ouviu do pai dela: “Dete, nunca deixe que um homem decida ou escolha por você. Se você deixar, você não pensará mais por você.” Dona Dora estava certa, meu avô Wenceslau (in memoria) também. Creio que são feministas sem saberem. Uma mulher além do tempo. Batalhadora pelos direitos da mulher, mesmo às vezes sem saber de lei.
Minha mãe sempre prezou pela liberdade. Liberdade de sair, voltar, falar, escolher amizades, trabalhar no que quiser, fazer o que quiser, na hora que quiser. Sem se sentir presa ou prisioneira. Se não aprendemos com ela, por falta de exemplo é que não foi.
Por que escrevo isso? Porque muitas vezes, por estar casada, algumas coisas soa estranho para algumas pessoas, e com isso, tenho ouvido: “Seu marido deixa você sair por aí? Ele não liga quando você corta o cabelo sem perguntar? Ele não liga quando você coloca essa ou aquela roupa? Ele não liga de você sair sem hora pra voltar?” Elas precisam conhecer minha mãe (kkk). E lógico, depois de tantos questionamentos, dias desse respondi para uma “amiga”: “Meu marido é apenas um detalhe da minha vida. Eu sou uma mulher livre, faço o que eu quiser. Devo a ele respeito, mas não a minha vida.” Ela levou um susto, depois riu muito. Afinal, ninguém é como eu. Kkkk
Principalmente em uma sociedade que apesar de estarmos em pleno século XI, parece retroagir, pois sempre fez questão de reforçar o papel da mulher como submissa (negativamente) ao homem. Para as mulheres, seja de uma igreja ou não, muitas vezes, a submissão é o papel dela e claro, o lugar dela é, de preferência, abaixo de qualquer homem. Por isso, insisto em dizer: Mulher, você é livre! Desperta, tu que dormes!
Assim como os homens não precisam saber conserta um encanamento, pintar a casa, ser eletricista, mecânico e outras coisas, as mulheres também não precisam saber cozinhar, faxinar, ser uma competente lavadeira, passadeira.Não existe uma lei para isso. O que há, é uma ideia arcaica de que mulheres devem ser assim e homens assado, ou seja, cada um tem uma tarefa predefinida, como se isso fosse um santo remédio para o andamento de uma boa relação.
Nossa sociedade ainda carrega, mesmo que em tempos modernos, um romantismo acentuado em que a figura da mulher perfeita se reduz a figura da mãe, que lava, passa, cozinha, cuida d@s filh@s e de quebra tem um emprego... O desafio é que no pensamento ou imaginário do homem, (me digam se estou errada), ela também deve ser uma máquina do sexo incessante e que faz as vontades do marido ou companheiro sem externar suas vontades e desejos.
Com isso, não quero dizer que mulheres não podem cozinhar, faxinar ou costurar, mesmo porque eu amo cozinhar e às vezes até fazer uma boa faxina, e também não digo que um homem não possa trocar lâmpadas, mexer no encanamento. Também não quero dizer que é errado o homem querer um sexo gostoso, desde que a mulher também queira, e ambos tenham prazer. Porque sexo, fazer amor é bom!
O que quero, é que fique claro, que a mulher pode e deve fazer o que quiser, assim como o homem, desde que não se desrespeitem ou agridam um ao outr@. A mulher é livre, desde que seja uma escolha dela (e não do homem), ficar em casa cuidando as tarefas domésticas e d@s filh@s, como ela também deve ser livre para se dedicar a sua vida profissional. A mulher é livre para escolher ter ou não filh@s, viajar ou não.
A mulher deve ser livre para querer passar o domingo cozinhando para a família e amig@s, como é livre para passar o dia sem fazer nada, ou simplesmente ficar cuidando de si, num salão de beleza o dia todo. A mulher deve ser livre para escolher que roupa usar, como também levar as roupas numa costureira, ou então ser livre para fazer um curso de corte e costura e costurar sua roupa. A mulher deve ser livre para fazer academia ou yoga, ou nada. A mulher é livre para escolher casar ou ficar solteira. A mulher é livre para ser o quiser ser! Porque a mulher é um ser livre! É sempre bom lembrar que a mulher não é escrava nem de homem, nem de mulher e nem da sociedade.
E minha mãe continua dizendo isso para a neta!!! E eu, bem, creio que aprendi a lição direitinho com minha mãe. ODete Liber





quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

A MULHER ENCURVADA



MULHER ENCURVADA
O nosso texto base é Lucas 13.10-17, onde há o relato do encontro entre Jesus e uma mulher enferma, em dia de sábado. A mulher sofria a dezoito anos, de uma doença que não lhe permitia endireitar-se.  Jesus a curou, ela imediatamente começou a louvar a Deus pelo que lhe acontecera, mas houve a repreensão do chefe da sinagoga, que disse que aquele não era um dia apropriado para cura.
A resposta de Jesus, dirigida ao chefe da sinagoga, indica que era apropriado libertar a mulher em dia de Sábado.  Para Ele, nenhuma lei relacionada com a santidade do Sábado pode ser colocada no lugar da libertação da mulher enferma, mesmo quando se reconhece que até as pessoas mais exigentes no cumprimento da lei do Sábado levavam o boi ou jumento, no Sábado, para dar-lhes de beber.
Ora, se até mesmo um boi ou jumento eram desamarrados em dia de Sábado, quando tinham sede, para lhes dar de beber, muito mais um ser humano tem direito de ser desamarrado de tudo aquilo que o impede de desenvolver plenamente sua humanidade em dia de Sábado. Jesus diz com isso um ser humano vale mais do que um animal.
Segundo o texto, “achava-se ali uma mulher, que tinha um espírito de fraqueza”, isto é, “de enfermidade”. Naquela época a doença é atribuída ao poderio maligno de Satanás (v.16), mas a cura que segue aqui, não é descrita como exorcismo e, sim, como libertação: “Mas Jesus vendo-a, chamou-a e disse-lhe: ‘Mulher, está livres da tua doença’, e impôs nela as mãos; e imediatamente endireitou-se e louvava a Deus” (vv.12-13).  A doença havia se espalhado por todo o corpo da mulher, encurvando-a, atrapalhando seu movimento. O fato é que doença durava dezoito anos e, consequentemente, produzira mudanças no organismo da mulher.
Jesus toma a iniciativa, depois de perceber a necessidade da mulher, e a ela aceita o dialogo com Jesus. Depois de ter sido chamada, a mulher precisou deslocar-se. Sair do lugar onde estava, para ouvir o que Jesus tinha para lhe dizer, aceitando, então, em seu movimento, o diálogo com Ele.
Com certeza ela estava num lugar reservado só para as mulheres na sinagoga, ou em algum lugar onde não se poderia ver e perceber sua deformidade.  “Mas Jesus vendo-a, chamou-a e disse-lhe: ‘Mulher, está livres da tua doença”. Jesus dirige a palavra à mulher e impõe-lhe as mãos. A mulher foi curada imediatamente e glorificava a Deus.
Outro fator importante nesse texto é ação espontânea de Jesus. Um homem conversa com uma mulher. Ele percebe a necessidade dela. Jesus a vê, olha, chama e impõe-lhe as mãos. 
Jesus impõe-se, anunciando uma libertação que se realiza instantaneamente numa mulher e em dia de sábado. 
Pode-se dizer que a fraqueza da mulher, sua enfermidade, corresponde a força que ela tem  dentro de si. Tirar as ataduras, desatar, desfazer o que Satanás havia feito é favorecer a recuperação da vida, é libertar a pessoa. Para que a fraqueza se converta em força e a escravidão em libertação, e a intervenção do poder de Deus  é necessária.
O texto acentua a incapacidade total da mulher de olhar para cima ao afirmar que ela não podia, de forma alguma, levantar-se. Na época alguém que não olha pra cima e não contempla a criação de Deus é alguém privado da sua humanidade.  Essa mulher só olhava pra baixo. Ela ficara sem uma parte essencial da humanidade e de um contato com a divindade, com Deus. Ao sentimento de não poder ser curada deve-se acrescentar também a humilhação pessoal, a degradação social, além das dores físicas.
E quantas vezes andamos assim, olhando pra baixo, fracas, encurvadas, sem olhar nos olhos do outro e nem para o alto. Sem forças para dialogar com Deus, o divino. Sem forças nem mesmo para nós.
“Estás livre da tua doença”. Ela foi de fato libertada. Restaurada, que significa levantar-se, pôr-se de pé, ficar ereto, recobrar o sentido vertical. A restauração a uma postura  normal, ereta.  A mulher levantou-se instantaneamente. Isso também indica que a cura vem de Deus. Ela foi curada repentinamente, assim como a doença fora duradoura, a cura foi tão completa quanto a enfermidade havia sido total. A libertação de Deus chegou para a mulher: “estás livre”/”tens sido libertada” da tua doença”. “Estás livre”//”tens sido libertada”, “agora estás livre”. Muitas vezes, como mulheres,  precisamos nos libertar do que nos aprisiona, nos tira a tranquilidade, a paz, a harmonia. As vezes precisamos nos libertar do poder autoritário masculino que quer se instalar, seja em casa, no trabalho ou na igreja. É sempre bom reafirmar que o Deus da Vida não combina, com os atos de morte, doença, encurvamento, autoritarismo.
Na época a mulher já não era valorizada e enferma, era pior. A doença da mulher a limitava totalmente. Além da limitação física, havia a social. A doença deixava a mulher excluída socialmente.
A ação de Jesus proporciona uma nova visão da mulher na sociedade: Jesus a curou num espaço público, pois a sinagoga era responsável pela manutenção das tradições religiosas. Com isso Jesus inverte os valores vigentes da época, representados pelo chefe da sinagoga. O que a Ipu tem feito para quebrar tradições religiosas que aprisionam a mulher? O que a igreja e vcs, mulheres, lideres tem feito para ir contra tudo o que aprisiona, silencia? Vocês tem voz e vez nas suas igrejas? E fora da igreja? Em casa, no trabalho? Vocês tem lutado por isso?
Jesus deu lugar para aquela mulher na sociedade, um lugar que provavelmente ela sonhara em ter, mas nunca alcançara devido a sua enfermidade a incapacitava totalmente. Porque naquela época a mulher não tinha valor algum. Mas Jesus veio para resgatar a mulher, o seu valor, colocando-a no mesmo grau de importância que o homem.
O olhar ultrapassa a constatação. Ele precede e motiva o gesto de Jesus. O olhar demonstra receptividade; o gesto, sua intercessão. A ação de Jesus deixa claro aos que tem olhos para ver e ouvidos para ouvir que o Senhor não fica indiferente diante da miséria injusta e que Ele atua para corrigir seus efeitos.
Vale lembrar que às vezes carregamos tanta coisa dentro de nós e fazemos tanta coisa que leva o nosso físico e o emocional ao extremo, e com isso o espiritual também padece. Às vezes somos reféns da nossa própria religiosidade, que em vez de libertar, aprisiona, escraviza, machuca, dói!
Às vezes o fardo que nos impomos como mulheres ou fardo que nos impõe é tanto que ficamos encurvadas e nessa posição a gente não consegue olhar para nós e nem pr@ outr@, muito menos ajudar @ outr@ nas suas necessidades, porque o encurvamento é tanto que esquecemos que somos filhas de Deus.
O encurvamento da mulher pode simbolizar, talvez, a tendência de uma pessoa a fechar-se em si mesmo e a limitar seu horizonte às realidades terrenas. A dor, nos torna individualista, porque só olhamos para nossas dores, afazeres, nossa culpa, e ficamos doentes.  E nos sentimos responsáveis e culpados por tanta coisa.
E digo a vocês que a culpa é não estar inteira onde se está. É preciso lembrar que onde estamos é o centro da nossa vida e se formos inteiras onde estamos não vai nos faltar nada. O ser inteiro não é o dia todo, são alguns momentos, é o que chamamos de qualidade de vida, qualidade de tempo.
E vocês sabem, mulher, limitada, doente, traz consequências sociais: desprezo e angustia. Doença e dor! Não só para ela mesma, como para os outros.
E eu finalizo perguntando pra vocês: Quais as limitações impostas às mulheres? Na igreja e fora da igreja? Em família?  O que te faz ser mulher encurvada?  Quais são as coisas que nos faz hoje, como mulheres e cristãs, a olhar pra baixo, sem contemplar a criação de Deus?
Porque muitas vezes não temos saúde espiritual porque somos levadas a calar, aguentar tudo sozinha, sem alguém que nos diga “estás livre”!  
Que Deus nos abençoe e nos ajude a sermos livres, curadas e guerreiras.
Odete Liber