quinta-feira, 23 de abril de 2020

Igreja e a Pandemia – experiencias pra vida ou só uma fase?


Igreja e a Pandemia – experiencias pra vida  ou só uma fase?
Estamos vivenciado um tempo diferente em nossas vidas, seja pessoal ou coletiva. Na coletiva, incluo a igreja, como espaço de vivência coletiva da fé e afetividade. E em tempos de Coronavirus, tudo isso mudou. Já não é possível mais os encontros coletivos na igreja, os abraços fraternos e apertados, bem como o mesmo acontece nas festas, nos bares, pizzarias.  
E diante de tudo isso, impossível não voltar os olhos para a igreja, que passa também por mudanças a partir do Coranavirus.
Logico que muitas igrejas já faziam uso da tecnologia e mídias sociais para apresentar seus trabalhos, incluindo cultos. Agora, se tem “enes” opções de cultos, celebrações. Lembrar que nem todas usufriam dessa tecnologia, seja para celebrações ou para reuniões. Havia sempre uma opinião contraria. Nesse sentido, tenho que voltar os olhos para a denominação a qual faço parte, a IEAB -Igreja Episcopal Anglicana do Brasil. A IEAB, que raramente fazia uso da tecnologia, agora está correndo atrás. Tentando descobrir esse mundo virtual, que de repente encurta distâncias e gera encontros. E que reuniões são tão frutíferas quanto as presenciais.
E sociedade em geral está há praticamente um mês de quarentena, impossibilitada de se reunir fisicamente. E nesse mote tecnológico as lives, os vídeos, os encontros virtuais se fizeram presentes e rotineiros. Neste curto período de tempo, a igreja tem enfrentado muitos desafios com os quais nunca teve de lidar antes e tem experimentado novas experiências de ser igreja e estar no mundo.
O que antes era dito como “impossível”, agora acontece. Um exemplo, são o culto-celebrações (missão) on line para manter a comunhão, mesmo à distância; os estudos bíblicos, socorro aos que precisam de uma oração, uma palavra de conforto via smartfone ou skype, uma palavra de conforto; incluindo até a ministração dos sacramentos como a ceia – Eucaristia (à distância foi implementada); o atendimento pastoral; a contribuição financeira; e muitos outros atos, que antes da Covid-19,  fluíam de maneira natural e agora seguem via uso das tecnologias disponíveis.
E fico pensando, como será o pós pandemia. Será que abrirão mão da tecnologia ou seguirão  fazendo uso dela, visto que tem feito muito bem. Lógico que ela não substitui o abraço apertado no “abraço da paz”, a conversa olho no olho, a oração com imposição de mãos.Os estudos bíblicos e cultos nas casas. Entretanto, nestes últimos dias, que parecem uma eternidade, não se pode negar, todxs já foram impactadxs pelos enfrentamentos de desafios e pelas experiências de ser igreja, a partir das mídias socias – tecnologia.
Com isso, acredito que a igreja já está se transformando, de uma forma que ainda não é totalmente visível para todxs, mas que ficará bastante claro quando a pandemia estiver sob controle e as comunidades de fé voltarem a se reunir semanalmente, com todas as suas atividades.
Outro exemplo de mudança, falando a partir do que eu tenho visto em minha denominação, foram as celebrações da semana santa, todas on line. Depois, coma preocupação com o uso dessas mídias sociais, como uma reunião que participei, de clerigxs e lideranças, momento este em que se tenta chegar a um denominador comum sobre a tecnologia e sua influência na vida da igreja, e com isso o melhor uso dela. E lógico, mesmo sem a clareza necessária, é preciso e deve-se ter um esforço para perceber os sinais de mudança no entendimento e no comportamento das pessoas (não só da #SouIEAB) em relação à igreja; em seu jeito de ser cristã e cristão; a  maneira de cada um e uma vivenciarem a fé em Cristo;  o modo de encarar a liderança e os ministérios da igreja e como clérigos-pastores, pastoras, padres, reverend@s encaram tudo isso e a disposição destes para fazer uso do que lhes é apresentado.
Quero também ser realista, se não houver um esforço de todxs, não se terá aprendido as muitas lições preciosas que irão impactar de maneira significativa as vidas, a vida da igreja.  Porque é bem simples: não se pode fugir dessa realidade e ficar cada um em suas bolhas e suas verdades absolutas.
O afastamento social veio para ensinar que a igreja não é só o templo e que todas as celebrações não deverão ocorrer só dentro do templo. Isso torna possível ver a igreja de uma maneira diferente daquela em que as pessoas estavam acostumadxs a ver. Não somo só templo (construção),  a vivência cristã e espiritual não acontece apenas dentro das paredes do templo, focada apenas na satisfação de desejos espirituais e voltada só para o atendimento de necessidades emocionais de um grupo. Não se pode ficar autocentradxs ao redor do próprio  umbigo. Longe fisicamente, se percebe que é preciso ser mais essência da Igreja, que é justamente ser luz para o mundo e sal para a terra. A seta está direcionada para fora, e indica  que o caminho a ser seguido é este. Redescobrir que não se  tem impactado a sociedade ao nosso redor, porque não se está sendo obedientes ao que o Senhor nos manda, de que a medida que caminharmos devemos fazer discípulos de todas as nações.
Nesse período de distanciamento social, tem-se descoberto o que é essencial na vida da igreja (assim espero). Isso se percebe ao olhar para o mês de janeiro, que muitxs clérigos tinham suas agendas repletas de atividades (as vezes atividades em excesso e desnecessárias – me perdoem, mas é fato). Mas não contavam com a pandemia. A pandemia chegou e desmontou as agendas, os planejamentos. Tudo foi por água abaixo. O que parecia essencial já não é mais. Sem essas atividades, todos estão se perguntando o que de fato é o essencial na vida da igreja e na própria vida.
Talvez alguns estejam encontrando alguns post-its com lembretes de “Jesus” dizendo que a comunhão semanal da igreja tem, como propósitos os cultos, que  são para celebrar as maravilhas que Deus realiza semanalmente no meio do seu povo; que os encontros comunitários são para estreitar os laços entre as pessoas que professam a mesma fé e fortalecer a todos e todas que enfrentam as mesmas lutas diariamente;  e que as reuniões da igreja, dos bispos e clérigos devem ser a oportunidade de aprendizagem e treinamento para a missão de proclamar o Evangelho e fazer discípulos, e não apenas estudar a história do anglicanismo.
Com isso, me vem a memoria, a lembrança da transfiguração de Jesus. Momento em que Pedro, Tiago e João estão com Jesus em um monte e logo a aparência de Jesus é transformada em um brilho só. Elias e Moisés se juntam a eles. Ali estavam em plena comunhão: Jesus, o Mestre; Moisés, o Legislador; Elias, o Profeta; e Pedro, Tiago e João, os Discípulos. Que encontro maravilhoso, diz Pedro! Dá até vontade de ficar ali para sempre. E é isso que Pedro sugere ao dizer ao Senhor: Se quiser, farei três tendas: uma será sua, uma de Moisés e outra de Elias. (Mateus 17.4). Imediatamente,uma nuvem surge e a voz de Deus ressoa e diz: Este é meu Filho amado, que me dá grande alegria. Ouçam-no! (Mateus 17.5). Então, o brilho se apaga e todxs descem o monte transformados para a missão. Isso é bom! É tão  bacana ver a irmandade desfrutando da comunhão e celebrando os grandes feitos de Deus semanalmente e, em seguida, saem intencionalmente para servir ao mundo com o Evangelho. Isso é o essencial na vida da igreja.
 Outro fator que eu achei lindo, foi a descoberta que o Pão do Céu vai muito além do pão da Eucaristia. Agora isso pode ser feito on line. Celebrações eucarísticas foram feitas on line. Lindo! Muitas famílias reunidas em suas casa com o pão e o vinho, e juntas comungando em casa. O separado que se faz junto, que une,  todas as pessoas, em suas casa paraticipando da ceia. A IEAB ainda não conseguiu ir tão longe, é uma pena, porque com isso, a comunhão-Eucaristia dxs Santxs perdeu de ganhar ganha um novo significado, que está nas palavras anunciai a morte do Senhor até que ele venha, pois nos deparamos com pessoas famintas do Pão do Céu e a elas anunciamos o pão eterno como um oferecimento gracioso de Deus para todos. É amor e graça!
Quando se celebra a Eucaristia ou Ceia, tem-se também um envio para um mundo carente de pão e de salvação e ambos se encontram em Jesus: a salvação pela sua morte e ressurreição, e o pão pela solidariedade, fraternidade e serviço diaconal de seus discípulos para com o mundo.
Nesse período de pandemia vi a igreja em geral e muitos da IEAB, experimentando a redescoberta da leitura da Bíblia, orações e cultos domésticos
Isso mesmo que você leu! Anglicano (aqui no Brasil pelo menos) não tem muito o costume de ler a bíblia todos os dias ou ter estudo bíblico semanal, seja nas casas ou no templo. Talvez, esse seja o momento de redescobrir  que a leitura e o ensino da Bíblia é um exercício espiritual diário. Afinal, a Bíblia sempre foi o livro do povo de Deus.  E que ler e não é só coisa de “especialistas”, porque a teologia é feita com a vida, com as experiencias diárias da vida de cada pessoa com Deus.
Me recordo que desde que aprendi a ler, a Bíblia era um livro fantástico. Ao lê-la, sonhava, orava, me encantava. Ler a Bíblia em casa, nos lares, é ter a autonomia de escolher os textos que mais atendem as suas necessidades, ou de descobrir textos que ainda não tinham lido e neles encontrar esperança, fé, além de tornar possível responder perguntas que elas realmente estão fazendo e não aquelas perguntas que clerigxs imaginam que elas estejam fazendo ou precisando fazer.
Também me veio a memória, o Sacerdócio Universal de todos os cristãos e cristãs. Sempre considerei importante e lindo. E o  Coronavírus tem forçado muitas pessoas a descobrirem os seus dons e a colocar esses dons em prática dentro de seus lares. Na IEAB a gente não se fala muito em dons e talentos, mas é preciso falar. Dons e talentos existem e precisam ser valorizados. As pessoas precisam ser valorizadas, todas e não só algumas. Vemos isso, com o isolamento desses dias. Isolados fisicamente da igreja templo, mulheres e homens, que antes estavam acostumados a ver algumas responsabilidade como só de clérigxs, agora começam a redescobrir seus papéis na igreja. Estão tendo mais liberdade para orar, ler a Biblia, animar outros irmãos e irmãs. O bispo Sumio Takatsu dizia que o “Anglicanismo sempre foi o ministério de todos os cristãos”, com criatividade e flexibilidade, ao mesmo tempo mantendo a ordem bíblica e histórica.
Até antes da pandemia, entendia-se que o encargo de manter a igreja funcionando era somente daquelas pessoas eleitas ou nomeadas para cargos e funções e alguns clérigxs faziam questão de ressaltar isso.  Agora, não. Descobriu-se que é possível celebrar em casa, fazer o culto doméstico, ler a Bíblia; contribuindo; distribuindo os elementos da Eucaristia-Ceia; orando; exercendo liderança; falando do amor de Deus para outras pessoas.
Você pode dizer que isso as pessoas já faziam. Não na IEAB! Tudo muito hierárquico. Talvez falta as pessoas perceberem que “Igreja é o povo e não a hierarquia”.
As pessoas estão redescobrindo que podem assumir esses compromissos por si mesmas, porque elas percebem que possuem talentos e dons espirituais e que estão sendo guiadas pelo poder do Espírito Santo. E isso é diferente, pelo menos para a maioria das igrejas focadas em uma hierarquia rígida  (a nossa) com pouco espaço para o exercício do sacerdócio de todos os cristãos e cristãs.
 E isso nos dá uma nova visão do Reino de Deus (assim espero). Antes da pandemia a igreja (s) estava (m) autocentrada (s). O Covid-19 “dispersou a Igreja” que, aos poucos, vai tomando consciência de que o Reino de Deus está entre nós e que ele é bem maior do que a própria igreja instituição, templo. Devagar e sem perceber a igreja vai se dando conta de que seu papel é bem mais modesto do que às vezes queremos atribuir a ela. E que se formos simplesmente fazendo, trabalhando, cada um com seu talento, não será tão complicado.
Está se colocando em prática os valores do Reino dos Céus, como está em Mateus, valores expressos no Sermão da Montanha e que incluem amar ao próximo e aos inimigos; promover a paz; exercer a misericórdia; praticar a esmola, a oração e o jejum, entre outros.
E após toda essa pandemia a igreja, nós, não seremos os mesmos e nem a igreja instituição,  não será a mesma (assim espero!), não porque não se pode mais ser a mesma coisa, mas porque não se deve ser os mesmos.
O Covid-19 está propiciando o tempo necessário para cada pessoa repensar a forma de ser igreja e a oportunidade única de redescobrir a vocação como filhas e filhos de Deus e participar ativamente com voz e vez nas suas comunidades de fé. É cedo para afirmativas, mas as mudanças que estão em curso na comunidade de fé, já estão gerando transformação e continuará a transformar para muito além da crise do Coronavírus.  Que possamos ver a graciosidade de Deus e trilhar belos caminhos como corpo de Cristo.

Perdão liberta


Perdoar é um desafio. Nem sempre é fácil para as pessoas, seja perdoar o outro ou se perdoar. As vezes se faz de conta que perdoou e vai-se indo. Carregando dores, pesos.  A quaresma (que já passou) foi um tempo especial para perdão e reconciliação. Mas, como dizem os sábios, sempre é tempo para o perdão. Não sei se muitas pessoas se atentaram para esse fato. Eu tenho aprendido e sei que é bem dolorido. Tenho aprendido que perdoar é uma disposição. Preciso querer!  Eu tenho que estar disposta a isso. Não vou mentir, essa disposição nem sempre está comigo, porque as vezes ainda não consigo, mas me disponho. Luto!   
O Salmo 85.6 diz “Tu és bondoso e perdoador, Senhor, rico em graça para com todos os que te invocam”, ou seja, esse salmo me diz que ‘se’ eu quiser ser como Tu és, tenho de aprender a perdoar pronta e rapidamente.
Perdoar não é esquecer. É retirar a dor de dentro da gente. Dor que incomoda, dor que constrange, que nos enfraquece.
É bem sabido que perdoar não é sinônimo de “aceitar de volta”; é possível me dispor a oferecer perdão até mesmo às pessoas com quem não temos e não pretendemos ter qualquer convívio futuramente.  Perdoar não é esquecer, mas significa que enxergarei essa pessoa que me machucou, por trás do ato que aconteceu. Ou seja, primeiro a pessoa e não o que aconteceu, até que eu consiga ver apenas a pessoa e ignorar o ato que tanto me machucou. Desafiador! Mas a gente consegue.  
As emoções não podem determinar o nível do meu perdão, é isso que tenho aprendido lentamente, devagar e sempre. As vezes as emoções me traem, mas em seguida lembro que o que eu perdoei reside no pensamento e na atitude. Não posso voltar atrás (racional, emocionalmente e espiritualmente) e deixar de perdoar. Mas posso me dar o direito de chorar copiosamente sobre o que aconteceu e sentir pesadamente a dor que me foi infligida. E depois, seguir em frente.  É preciso seguir em frente, deixar o peso que carrego. Porque quando escolhemos pelo “não” perdão, a única pessoa que paga efetivamente pelo o que aconteceu sou eu, somos nós mesmos.
Posso olhar para o passado sem medo, se eu aprender que ele passou, já foi. E, se acaso algo parecido se repetir futuramente, precisarei renovar minha disposição de continuar em frente, olhando para o futuro e não para o passado.
Outra coisa, com o tempo, tenho aprendido que as memórias ficam mais brandas, suaves se eu não focar nelas minha atenção. “Se é assim que fazes, e dos meus pecados não te lembras, não é porque esqueceste, mas porque te recusas a repensar”. Devo fazer o mesmo.
Preciso crer em mim mesma e no outro, ainda que pessoas possam me ferir propositalmente (pode acontecer).  No entanto, preciso dar uma chance a mim e ao outro, acreditando que não é assim a maioria das vezes, porque as pessoas simplesmente são frágeis e se equivocam, erram. Preciso crer que nenhuma pessoa, de bom grado, ofenderia a outra só pelo gosto de magoar, ofender. Não posso carregar comigo a responsabilidade da maldade da outra pessoa. Mas posso escolher entre seguir em frente ou permanecer com essa dor.
A ciência já comprovou o quanto o não perdoar prejudicam a vida humana. A falta do perdão gera mágoa e rancor – eles têm sido muito associados à ansiedade, depressão, obesidade, hipertensão e até ao câncer. E me lembro daquele pensamento antigo, “não perdoar, é como tomar um copo de veneno esperando que o vizinho morra”. Também sei que eu e ninguém deve viver tão prevenida a ponto de perder a oportunidade de um encontro simples e puro, com alguém só porque se foi machucada, ferida uma, duas, três vezes antes... Diz uma canção “Somos eu e tu, Sou só eu e tu, Deixa o coração aberto”. Vamos em frente!
Então, quem perdoa sente-se livre, essa é uma lição fantástica. Pois quem retém o perdão e fica ruminando a dor, o rancor, a mágoa, fica escravo de quem o feriu. Quem perdoa é livre para seguir adiante sem olhar para trás. Aprendi, sigo aprendendo, sigo tentando colocar em prática, mesmo com os olhos marejados em lágrimas, porque ser livre é muito melhor que ser prisioneira. @Odete @Liber



domingo, 26 de janeiro de 2020

O q te move???

"Que você descubra o que lhe move e o que lhe comove.
Que possa fazer as malas de vez em quando e sair na rua cantarolando.
 Que possa abandonar as partes de si mesma que não tem mais significado e descobrir novos territórios para ocupar os espaços vazios... Que você descubra o que te move, o que te faz bem, te faz viver plenamente... ” #life #love #friends #God




É gratidão q diz?

Nesses dias q tenho estado e ainda ficarei de repouso, tenho feito alguns balanços da vida, do ano que passou ... pra falar a verdade ainda não sei muito bem o que relatar, foi tudo e nada ao mesmo tempo, foi vazio e cheio, triste e alegre, vitórias e perdas. Continuo  a aprender que Deus é Deus independente das circunstancias.
Tanto no ano passado como no início deste ano,  tive momentos maravilhosos, outros ruins, fui supreendida com a realização de um grande desejo/sonho, mas também  percebi que deixei de lutar por outros, que ficaram adormecidos dentro de mim....
Nesse momento sei que tenho muito a agradecer e sou impulsionada  a começar um novo ano em busca do que 2019 não me permitiu,  ainda que muito eu tenha  aprendido, lembrando que  talvez tudo seja uma questão de insistir um pouco mais, de não desanimar... de voar, sair da nossa zona de conforto, se jogar nesse mundão de Deus e agarrar as oportunidades...
Começo 2020 de molho/repouso, após uma cirurgia bem sucedida e aprendendo a ficar quieta e deixar que outras pessoas cuidem de mim.  Aprendendo a ficar literalmente sem fazer nada, a não ser ler, escrever, ver tv, comer 😁🤣🤣 e bater uns papos com Deus! Fazer alguns pedidos pra Ele na esperança q pelos um seja concedido.
Espero que nesse ano Eu e Vocês, sejamos mais próximos das pessoas que  amamos, aprendamos a cuidar melhor das pessoas queridas, lutar mesmo q a força já tenha se esvaído afinal é nessa fragilidade que Deus atua!
Que a gente possa ter mais reencontros, bons papos, conversa-fiada, boas risadas, passear, viajAr. Que a gente tenha: saúde para VIAJAR, trabalho (emprego) para ganhar mais $$$$ e VIAJAR, coragem para (se tiver companhia ou não) VIAJAR, amor para namorar muito e juntos VIAJAR e que o Dólar e o Euro caiam para ficar mais barato VIAJAR kkkkkkkkkkkk e depois disso tudo escrito:  vida que segue, com repouso pra euzinha e sem pra vcs. Por ora, fico aqui , quieta, pensamentos mil e dependente de Deus e da melhor companhia do mundo - que tem  cuidado de mim: Dri ( melhor companheiro da vida), as peludas mais insuportáveis de fofas Mel e Frida Luíza, Rosimar que faz eu comer horrores, pq tá querendo me engordar fazendo comidas gostosas q sou obrigada a comer 🍽 🤣🤣🤣❤️😍❤️Munike q foi a caça de folhas muitas pra  eu  fazer chá (desbravou matas ) 😁😂😂😂 e tantas outras pessoas queridas orando e desejando melhoras. Gratidão a todxs!!!


segunda-feira, 17 de junho de 2019

Espirito Santo

O texto para reflexão é Atos 2.14a, 22-36 é parte de uma prédica missionária de Pedro (At 2.14-40), pronunciada após o evento de Pentecostes. Lá no  Evangelho de Lucas, cap. 3.4s., Jesus começa seu ministério após ter descido sobre ele o Espírito Santo em forma de pomba (batismo). Em At 2. l s. o Espírito Santo desce, desta vez em forma de línguas de fogo, dando início à comunidade de Jerusalém. Esse paralelismo redacional quer dizer: assim como Jesus atuou na força do Espírito Santo (veja ainda Lc 4.1,14,18!), também sua Igreja viverá pela força do Espírito, desta vez na pessoa do Cristo. E quando me refiro a descida do Espirito Santo não significa que as pessoas ficarão  delírio, espanto entusiástico ou a impressão de que tenhamos talvez tomado uns tragos a mais. Não é isso! É incomodo, é transformação pessoal, sobriedade, esperança, força, animo, equilíbrio, luta, fé. É deixar a paz de Deus superar todas as racionalidades. É ir contra a realidade que destrói, mata as pessoas e tudo que Deus criou. É a força dos sonhos que o evangelho de Cristo semeou em Jerusalém!

Assim como aconteceu na experiência de Jesus ao longo de seu ministério, o Espírito desceu sobre ele por ocasião do batismo (Lc 3.22), guiou-o ao deserto para ser tentado pelo diabo (Lc 4.1), conduziu-o pelas cercanias da Galiléia (Lc 4.14), iluminou-o em sua pregação inaugural em Nazaré, onde ele anunciou programaticamente a sua missão (Lc 4.18-21). Coisa semelhante se passa com os discípulos: eles só podem cumprir o mandato do ressuscitado de colocar em movimento a trajetória da Palavra de Jerusalém até os confins da terra (At 1.8) porque a promessa da assistência do Espírito acaba de se cumprir.

Aqui, o Espírito Santo não é outro senão aquele que orientou Jesus em seu ministério. Depois de ser exaltado à destra de Deus, Jesus derramou seu Espírito sobre toda a comunidade, qualificando-a para testemunhar a ação de Deus em favor de seu povo (v. 33).

Após a descida do Espírito Santo, surge a primeira pregação pós-pascal. A resposta da comunidade é fundamental (v. 37): Que faremos, irmãos? Arrependimento, Batismo e vários relatos de como viviam os cristãos na comunidade de Jerusalém. Atos 2.42-47 centraliza e reproduz de forma sintética e idealizada esse processo pós-pascal que determinará o início da Igreja cristã.

Os sinais da comunidade primitiva ainda hoje estão presentes na Igreja de Cristo. Refiro-me principalmente à doutrina dos apóstolos, à comunhão comunitária, ao partir do pão (Eucaristia) e à oração. E como isso tudo nos faz bem!

A doutrina dos apóstolos nos remete a tradição apostólica. É parte fundamental da Igreja cristã. Lucas coloca essa questão como intenção básica de sua obra. Em Lc l .4 dá início ao Evangelho com as verdades que Jesus começou a fazer e a ensinar (veja At 1.1).

Já na comunhão comunitária é preciso considerar o sentido duplo de At 4.32: um só coração e alma e, segundo, no uso social dos bens particulares. Muito se disse e se escreveu sobre esse comunismo cristão, mas não se pode considerá-lo um programa social e econômico. Trata-se muito mais de uma visão da grande família em que bens são socializados quando uma necessidade se faz presente entre os familiares. Exegetas apontam ainda que nesse texto há terminologia helenística, o que indica o interesse de Lucas em falar às pessoas mais esclarecidas da cultura grega. Outra tradição presente está na mesa partilhada com os pobres da tradição judaica. Partilhar o pão com os que não tem!

O partir do pão que traz a tradição do rito inicial da ceia judaica. Em At 20.7,11 é usado como termo técnico para designar a Ceia do Senhor. Em l Co 11.20s. Paulo também interpreta a Eucaristia mais como um exame de fé em Jesus Cristo do que como oportunidade de matar a fome. E a oração. Ah! As orações no início eram feitas no templo (v. 46) e se orientavam pelo costume das orações diárias dos judeus (At 3.1). Com o passar do tempo, desenvolveram uma forma própria de oração que transparece nos cânticos de Maria e Zacarias (Lc 1) ou em At 4.24-31, onde a fé cristã é contextualizada em seu caráter transformador e libertador. Hoje podemos fazer nossas orações em casa, na igreja ou em qualquer lugar.

Esses elementos, ainda hoje presentes de forma ideal na Igreja cristã, exaltam a riqueza da vida comunitária em suas repercussões sobre a vida pessoal e coletiva dos cristãos e cristãs. O louvor a Deus e a Cristo tem a ver com a responsabilidade social para com os outros. A comunhão eucarística é ampliada pelo culto público ao qual todos os grupos sociais e culturais devem ter acesso.

Diferentemente da exclusão judaica, o cristianismo abre-se para democratizar a fé no Deus que se revelou poderosamente em Jesus Cristo. E nisso tudo temos a fé. E a fé tem a ver com o coração. Que faremos, irmãos e irmãs? Deus ratificou a Nova Aliança em Cristo. Por fé em Cristo, a salvação se abre para toda a humanidade. Pela presença do Espírito de Cristo, na vida comunitária, é criada a Igreja que testemunhará com poder e coragem novos tempos para a fraternidade e solidariedade social.

A resposta de Jerusalém passa, pois, por arrependimento, Batismo, ensino cristão, vida comunitária, Eucaristia, oração, diaconia e louvor. Como chega isso a nós após 2 mil anos de Igreja cristã? Como está isso em relação à nossa comunidade? Pensemos e sigamos com fé e esperança! Pois o Trino Deus está conosco! Odete Liber

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Da um salto, com fé e caminhe

Nessa caminhada da vida, há momentos em que achamos que tudo parou. Que somos as pessoas mais azaradas e que até gato preto tem medo de passar por nós dado o nosso azar! Nenhuma porta se abre, muito menos uma janela! E por isso no sentimos cansad@s, desanimad@s. É nesse momento que devemos olhar para os muitos relatos bíblicos, e com fé, crer que as coisas vão mudar em nossa vida!
Nesses momentos olho lá para Genesis, e vejo o testemunho de fé de Abraão e Sara. Relato que nos apresenta os momentos de abalo da fé, mas, que apesar de tudo, continuaram a crer que o milagre era possível, que a promessa seria cumprida. E isso é o principal desse relato: continuar confiando/crendo na promessa apesar das evidencias contrarias. A grandeza da estória reside no fato de que Abrão enfrenta o abalo da fé. Em seguida dou uma passad em Hebreus e me deparo com a fé que é capaz de ver o invisível, que é o fundamento e a prova das coisas que não se veem. A fé nos ensina a confiar incondicionalmente nas promessas de Deus, porque Deus honra sua palavra. Fé é dependência, é confiança, é coragem, é esperança. Os nossos antepassados testemunharam o que é fé e isso nos é relatado. Eles viram, ouviram e viveram sua fé.
 Percebo então que vida e fé ficam fundidas numa só coisa. A experiência de vida das pessoas, sejam elas cristãs ou não, acontece através de ações libertadoras e também opressoras. A experiência acontece em nosso mundo concreto. A experiência de vida e fé torna as pessoas mais maduras, pelo menos é isso que se espera. Sei que nos dias hoje falar de fé às vezes é complicado. Concentramos-nos demais nos “resultados concretos e comparativos” e esquecemos que muitas coisas podem acontecer pela fé. Fé é milagre!! Ficamos olhando para a vida de outras pessoas, como elas conseguem tanta coisa e a gente nada. Isso nos faz sentirmo-nos pequen@s, perdedores/as. E quando isso acontece, é preciso ver o mundo com os olhos da fé de Abrão e sua luta. Ele aprendeu a ler a realidade não com o critério do que se pode tocar, ver e controlar, mas com a medida Daquele que pode romper com o presente exausto e abrir novas possibilidades. Rudolf Otto, um teólogo criou a expressão mysterium tremendum e mysterium fascinosum para se referir aos 2 tipos de experiência de fé com o sagrado. É o que vemos nos exemplos bíblicos em Hebreus e em toda a Bíblia. Momentos dramáticos, quando populações escravizadas decidem dispor-se a seguir um novo líder sem garantias, mas com expectativas que a situação presente de dor, sofrimento e humilhação iria mudar, tudo isso pela fé, que era a única garantia. E com essa garantia peregrinaram movidos pela utopia da terra que mana leite e mel, construindo ali sua vida por seguidas gerações. E o segundo é o Deus em que os sonhos e esperanças são ancorados. É o Deus vivo, Deus forte e poderoso porque deixa de ser apenas de um povo e passa a ser o deus de todos, podendo ser adorado, amado do lugar onde estiverem seus filhos.
 Não importa como você esteja: feliz, triste, chei@ de problemas, etc e tal. Basta que você tenha fé no Deus que você crê. Na fé dada por Jesus, você já participa no reino de Deus. Muitos fatos ameaçam matar a fé do ser humano em Cristo Jesus. Mas a fé é teimosa, ela se agarra à promessa do Evangelho. E, por isso ter fé, é viver apesar dos golpes que sofremos ou das crueldades que acontecem a nossa volta e às vezes em nossa vida. É preciso continuar, sem desanimar. Em algum lugar da caminhada algo maravilhoso vai acontecer e sua vida, nossa vida vai mudar! Que Deus nos ajude a vencermos tudo aquilo que nos impede de crer Nele! ODete Liber

sexta-feira, 5 de abril de 2019

É caminhando que se faz o caminho


É caminhando que se faz o caminho - Lucas 13;31-35
Estamos na quaresma, tempo em que acompanhamos a caminhada de Jesus (v.33) rumo a Jerusalém. É um período propício para refletirmos sobre a nossa caminhada como Crist@s, como discipul@s de Cristo.  É tempo de repensarmos e, quem sabe, de refazermos nossa caminhada rumo a Jerusalém. Afinal, é preciso caminhar com convicção da missão que temos como cristãos e cristãs, é preciso assumir a missão até o fim e, como foi dito no domingo passado, ser cristão muitas vezes não é fácil, não é ser rico, poderoso e, sim, enfrentar as lutas e desafios que nos aparecem ao longo da caminhada.
Quantas coisas e fatos nos amedrontam e, às vezes, nos desanimam, mas é preciso caminhar, seguir adiante, pois Deus nos ajunta como a galinha ajunta seus pintinhos debaixo de suas asas.
O essencial nesse texto biblico é que o caminho dos seguidores de Jesus é o mesmo d’Ele: os seguidores, @s discipul@s podem ter o mesmo destino do mestre. O destino de Jesus em Jerusalém é a rejeição por causa do caminho que Ele seguiu, ou seja, sua opção de vida, como registrada em Lucas 4:17-19:
17 E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: 18 O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração, 19 a pregar liberdade aos cativos, e restauração da vista aos cegos, a por em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.
Jesus, para cumprir sua missão com êxito, demonstra que tem paciência e infinito amor para salvar todas as pessoas pecadoras (ou seja, todos nós), pois seu desejo é que ninguém se perca, porém, esse caminho é de mão dupla: por uma via Jesus oferece gratuita e amorosamente a salvação e, por outra, a pessoa deve desejar ser salva, precisa, a partir de seu encontro com Jesus, “buscar o Reino de Deus e a sua justiça”.
Jesus propõe o Reino que liberta e dá vida. E isso deve acontecer não com violência ou com imposição. É preciso servir e não dominar!
A morte de Jesus aconteceu para cumprir os desígnios do Reino de Deus. E esta morte não foi um fracasso e, sim, um êxito, uma vitória, a qual é demonstrada pelos Evangelhos por meio das curas e expulsão de demônios, que são sinais também do Reino de Deus.
A presença de Deus pode abandonar os lugares santos. Vários textos bíblicos, como, por exemplo, o próprio verso 35. A sorte de Jesus transformara o destino da vida dos seres humanos, porque de inimigos passaram a amigos, pois com Jesus é sempre tempo de reencontro.
O que interessa é que Jesus foi rejeitado, mas cumpre sua missão. E a igreja tem sido sinal do reino? E nós? Você tem cumprido seu papel como discípul@ de Jesus?
Vale ressaltar que seguir a Jesus é muitas vezes ser rejeitado, porque os discipul@s andam na contramão da sociedade. É literalmente fazer a diferença evangelizando, curando, pregando e anunciando o ano aceitável do Senhor.
A subida a Jerusalém depende da descida à periferia, inclusive aos marginalizados.
Na caminhada com Jesus, somos desafiados para a prática da solidariedade com as pessoas sofridas: mulheres, homens doentes, crianças abandonadas, idosos solitários, afastados, pessoas desiludidas da vida e tantos outr@s.
Não podemos ficar alhei@s ao mundo. A casa não pode ficar deserta, porque logo será propriedade abandonada. Como filh@s, discipul@s de Deus é preciso caminhar, andar pelos caminhos da vida, através dos quais Deus mesmo se achega e ingressa na vida das pessoas.  É preciso compromisso exclusivamente com o Reino de Deus, para não nos deixarmos intimidar e nem desviar do caminho. Quem não consegue seguir o caminho enfrentando os inimigos acaba sendo inimigo do Reino, os quais, em Filipenses 3:18-19 são chamados inimigos da cruz, que têm como destino a perdição. No domingo passado também ouvimos um pouco sobre o que é ser profeta de Deus, inclusive que ser profeta é muitas vezes ser rechaçado.
Não podemos ser como Jerusalém, que era o lugar escolhido por Deus para ali fazer habitar o seu nome, símbolo da presença de Deus e da proximidade com Deus e ao mesmo tempo cidade que mata os profetas a ela enviados. Jerusalém era a cidade que refletia a presença de Deus e que abrigava quem conhecia os caminhos de Deus, mas também não percebeu quando Deus lhe falava através de seus enviados. Não percebeu Jesus.
Jesus morreu ‘em’ e ‘por’ intermédio de Jerusalém, porque Ele era e é o enviado especial para trazer a nossas vidas a presença e o abrigo de Deus. O texto nos diz que diversas vezes Deus se dirigiu as pessoas e estas não ouviram os seus enviados. É preciso avaliar nossa ação, afinal, Deus usa a nossa comunidade para servir de abrigo aos que precisam, para acolher as pessoas desamparadas e a comunidade deve lembrar que ela precisa das asas protetoras de Deus.
A imagem da galinha é aplicada ao Deus protetor, que também se refere ao templo, que é lugar de proteção e presença divina. É também a imagem feminina e maternal, que assegura a proteção e ternura aos seres humanos recém nascidos. É a descrição da graça, a grande novidade do Reino.
Não nos agarramos a Deus primeiro, é Deus quem nos protege. Jesus diz: “Eu quis ajuntar”. Os pintinhos se perdem, piam, gritam e a mãe os chama. Deus nos chama!
A comunidade de fé, formada por tod@s nós deve ser espaço, o abrigo para os pintinhos perdidos (afinal quantas vezes nos sentimos como pintinhos perdidos, desprotegidos). A comunidade de fé, as pessoas que confessam sua fé em Jesus Cristo e o seguem, podem ensaiar solidariedade e anunciar a presença viva de Deus conosco. Membros em perigo a mãe – Deus ajunta e protege. Dá sua vida por eles, que é o que Jesus fez por nós.
Encontrei uma história muito bonita, sob o titulo “Debaixo de suas asas”
“Após um incêndio no parque nacional Yellowstone dos Estados Unidos, começou a tarefa de limpeza e avaliação dos danos. Um guarda florestal ia caminhando pelo parque, quando encontrou uma ave carbonizada ao pé de uma árvore, numa posição bastante estranha, pois não parecia que morrera escapando, nem que fora apanhada, simplesmente estava com suas asas fechadas ao redor do corpo. O guarda intrigado, encostou nela suavemente com uma vara; 3 pequenos filhotes vivos apareceram debaixo das asas da mãe. Mãe que sabia que seus filhotes vivos não poderiam escapar do fogo, por isso não os abandonou, nem os levou para o ninho sobre a arvore, onde a fumaça subiria  e o calor se acumularia. Levou-os para debaixo da arvore, provavelmente um por um, e ali ofereceu a sua vida, para salvar a vida deles. Podem imaginar a cena? O fogo rodeando, os filhotes assustados e a mãe muito decidida transmitindo paz, dizendo-lhes: “Não tema, venham par debaixo de minhas asas e nada lhes acontecerá”. E os filhotinhos estavam tão seguros  e protegidos do fogo, que horas depois do incêndio terminado ainda não tinham saído de lá. Estavam totalmente confiantes na proteção da mãe, somente após o encostar do guarda no corpo morto da mãe, é que pensaram que deveriam sair.”
Tens a quem amar assim?  És capaz de amar o irmão de fé? Alguém tem te amado assim? Quem encontra um motivo pelo qual vale a pena viver, encontra um motivo pelo qual vale a pena dar a vida. E seguir a Cristo vale a pena!
Pois a vinda de Jesus, com Jesus a caminho, caminhando, é o modo como Deus ingressa na vida das pessoas, é como Ele ingressou na minha vida, me encontrou e passamos a caminhar juntos.    
Quaresma é tempo de acompanhar Jesus na sua caminhada para Jerusalém. A serviço. Sem desvios. É caminhar: com coragem e firmeza de fé, com o objetivo certo: o Reino de Deus, não a promoção pessoal; obediente a Deus e não ao poder do mundo; com solidariedade aos sofrid@s e não pensar que não tem mais nada a fazer, que já é tarde, porque para Deus nunca é tarde; sem pensar em deixar para os outros ou pensar que a mudança vai tardar; é caminhar com a certeza das asas protetoras da mãe e na confiança: nossa pátria esta nos céus, de onde aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Caminhar confiando que Deus está conosco, apesar da caminhada muitas vezes não ser fácil e a conscientização de que há um “tarde demais”.
Deus nos abençoe e guarde com suas asas protetoras. Que Deus toque nossos olhos para que possamos enxergar a beleza da vida e a dor dos que sofrem, toque nossos ouvidos para que possamos ouvir o clamor das pessoas, toque nossa boca para que possamos levar adiante a sua mensagem, toque nossas mãos para que possamso ofertar com disposição, toque nossa vida para que o Espírito Santo possa nos envolver, toque nosso coração e nos permita sentir seu amor e  sejamos forte para seguirmos o caminho, andar pelos caminhos da vida, com o compromisso radical com quem sofre e passa necessidades. Odete Liber