quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Abraço

Hoje amanheci pensando no abraço. Quem não gosta de um abraço gostoso? O abraço trás e nos dá a sensação de proteção, paz, amor, carinho e é uma maneira de demonstrar que a outra pessoa é especial...O abraço é uma afirmação muito humana de ser querido e de ter valor. É bom. Não custa nada e exige pouco esforço. É saudável para quem dá e quem recebe. Vamos abraçar!!
Eu e Syw... que abraço gostoso...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

amei te ver

"ami te ver"

Não conhecia esse cantor, e lógico, sua música. Porém quando ouvi essa, me encantei.
A letra é linda, simples, fala de amor, desejo, encanto, sem palavras “chulas”. “Amei te ver”, é o que dizemos.
 Ele diz em sua canção “Ah! quase ninguém vê, quanto mais o tempo passa mais aumenta a graça em te viver”, é o amor em sua essência, do coração, atrelado a vivência real. Nada haver com a aparência virtual tão idolatrada e aspirada atualmente.
Ele continua: “O coração dispara, tropeça quase para, me encaixo no teu cheiro e ali me deixo inteiro”, a forma como ele descreve o momento dos amantes é singela. “Ah! quase ninguém vê, quanto mais aumenta a graça, mais o tempo passa por você”. 
 Também gostei dessa parte da canção: “o coração dispara, tropeça quase para, me enlaço no teu beijo, abraço o teu desejo”, entendo que ele não está preocupado apenas com ele, com seus próprios desejos, mas sim, antes, ele acolhe o beijo de sua amada e se importa com seu desejo, “a mão ampara a calma, encosta lá na alma, e o corpo vai sem medo, descasca teu segredo, da boca sai: não para, é o coração que fala, o laço é certeiro metades por inteiro”. A mão que acaricia o corpo de sua amada é a mesma que traz calma e toca em sua alma, assim o corpo vai sem medo, conhecendo cada vez mais seus segredos, da boca de seu coração vem o desejo: não para! Não é mero sexo casual. O laço é certeiro, as metades agora são um inteiro, está tudo aí descrito, celebrado, cantado, vivido, perfeito!!! Parece o livro de Cantares!!
Vale vc ouvir...


https://www.youtube.com/watch?v=W62-ZG9tPpI&feature=share

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Pode me cuidar, paparicar a vontade

Tempos atrás ganhei um super puxão de orelha de uma pessoa hiper querida e abençoada. Ela me disse que eu não sabia ser  cuidada, paparicada. Que eu tinha que parar com essa de que só eu cuido, que sempre estou bem, maravilhosa. Disse-me que “eu precisava aprender a me deixar ser cuidada, mimada. Que eu tinha que aceitar presentes, porque eram gestos de carinho, amor, além da atenção”. E deixei ela me cuidar. Lógico que não é fácil mudar... Mas de lá pra cá, tenho tentado colocar em prática. Tenho deixado que me cuidem, papariquem, me encham de mimos. E né que é bom???
Com isso, tenho tirado  minha armadura, minha pose de mulher durona, que não chora. Prendo o meu cabelo, ando sem batom, mas tô passando  rímel.
Tenho me despido daquela mulher que oferece abraço e deixa de lado as próprias dores, desejos, só porque alguém está pedindo ajuda. Tenho diminuído os passos, porque cansei de correr pra resolver os problemas dos outros.  Já aceito que me paguem a conta. E olha que por anos, não queria nem que o marido fizesse isso.
Hoje me sento no sofá e, completamente desarmada, aceito que me contem piadas, e dou risadas que só. 
Aceito ficar sem fazer nada, aceito convite para sair, passear, viajar. Amo receber carinhos...
Hoje eu desço do salto, tiro o vestido e fico só de langó, e se uma visita chegar, faço um café e vamos papear.
Isso não é egoísmo. Simplesmente to aprendendo a ser cuidada, sem deixar de cuidar de outras pessoas. Sou mais frágil que qualquer taça de vinho, coisa que as pessoas não tem o hábito de reconhecer, sou sensível, coisa que não gosto de deixar transparecer.  Hoje, gosto de receber um “sorriso de gratidão”, “um obrigada pela ajuda”.
Hoje, eu aceito uma visita que  me abrace apertado, porque tem coisas que só um abraço diz tudo.
Estou  colocando em pratica que não salvarei o mundo, não sou responsável pela vida  das pessoas.
Estou na fase de que uma boa  massagem nas costas traz um alivio gostoso, depois de um dia cansativo.
Aceito um bom vinho, ou um suco de cevada, bem gelado! E aí, vamos falar da vida.  Então, você pode vir, porque depois de me ouvir chorar eu quero que escute a minha risada exagerada, no meu surto particular e insano.
Não quero ser a mulher perfeita, me contento em ser o que sou, cuidando de todo mundo, mas precisando também de carinho e atenção.
Pode me paparicar a vontade! Afinal, não sei como passei tantos anos sem isso!
Obrigada Nete pelo puxão de orelha! Faz tempo, mas surtiu resultado. Te amo!!



SORORIDADE

Definindo SORORIDADE

Texto adaptado por Maiara Moreira de RÍOS, Marcela Lagarde y de los. Sororidad. In: GAMBA, Susana Beatriz. Diccionario de estúdios de género y feminismos. Buenos Aires: 2009.
Para começar de forma objetiva, sororidade é a aliança feminista entre mulheres. A palavra sororidade não existe na língua portuguesa, entretanto, uma palavra muito semelhante, fraternidade, pode ser encontrada em qualquer dicionário descrita como: 1 Solidariedade de irmãos. 2 Harmonia entre os homens. Ambas as palavras vem do latim, sendo sóror irmãs e frater irmãos. Mas, na nossa linguagem usual, ficamos apenas com a versão masculina do termo, afinal de contas, a sociedade patriarcal nos ensina que relações harmoniosas somente são possíveis de se concretizarem entre homens.
Sororidade é uma dimensão ética, política e prática do feminismo contemporâneo. É uma experiência subjetiva entre mulheres na busca por relações positivas e saudáveis, na construção de alianças existencial e política com outras mulheres, para contribuir com a eliminação social de todas as formas de opressão e ao apoio mútuo para alcançar o empoderamento vital de cada mulher. A sororidade é a consciência crítica sobre a misoginia e é o esforço tanto pessoal quanto coletivo de destruir a mentalidade e a cultura misógina, enquanto transforma as relações de solidariedade entre as mulheres.
Como a misoginia é uma das faces do machismo, ao desmontá-la através da sororidade, afetamos a percepção do “homem” como centro do universo e da masculinidade, que devido ao empoderamento feminino, perdem seu valor. O “homem” desaparece quando a visão de mundo deixa de ser antropocêntrica e cada mulher passa a ver o mundo a partir de si mesma e de seu gênero, e de maneira crítica, recusa a supremacia e a centralidade do homem como símbolo universal da humanidade.
A identificação entre mulheres como semelhantes aumenta conforme maiores são as coincidências de condições de idade, geração, sexualidade, classe social, etnia, formação cultural, ideologia, atuação política, religiosidade, nacionalidade, etc. Semelhanças entre essas condições facilitam a identificação de forma positiva entre mulheres por pertencerem e por se identificarem com o gênero feminino. A sororidade possibilita criar mecanismos de defesa à agressões e à qualquer forma de violência, propaga o feminismo e combate o antifeminismo (forma fundamentalista da misoginia política), além de valorizar a sexualidade feminina que têm sido tão desvalorizada para eliminá-la como suporte político das mulheres.
O enfretamento misógino entre mulheres constitui a inimizade patriarcal que atua criando a rivalidade e impedindo que mulheres se identifiquem umas com as outras. Os mecanismos patriarcais fazem com que essas mulheres tenham a esperança de serem eleitas e assim conquistarem poder. Elas competem entre si com a falsa esperança de serem eleitas entre “as outras”, ocupar posições, formando muitas vezes alianças com os homens, fomentando uma escala hierárquica entre si. Cada mulher se compara competitivamente com a outra e se coloca como superior ou inferior em um eixo hierárquico de dominação e opressão, inferioridade e superioridade, mediado ainda pelas fobias classistas, racistas, sexistas e ainda lesbofóbicas e transfóbicas.
Dessa forma se reproduzem entre as mulheres, de maneira acrítica, formas autoritárias e repressivas. Entre elas está o controle do conhecimento, das maneiras de fazer, o uso indevido de prestígio, a fama, o monopólio de recursos e oportunidades, permitindo a algumas mulheres avançar de forma injusta sobre as outras.
É imprescindível ter a consciência de que as mulheres são utilizadas para reproduzir a opressão de gênero entre elas, aniquilando o valor individual e coletivo. A política patriarcal usa as próprias mulheres para prejudicar outras mulheres, prometendo a elas a aceitação, a valorização e a ascensão. Para combater a crueldade e o equívoco da inimizade, o feminismo precisa fortalecer e promover a sororidade, eliminar a misoginia pessoal e coletiva, não reproduzir formas de opressão entre mulheres como a discriminação, a violência e a exploração.
As redes genealógicas de apoio entre mulheres têm se consolidado principalmente entre parentes, companheiras e amigas. Se remontam a várias gerações de parentesco entre mulheres e também de movimentos feministas do passado. As mulheres não teriam sobrevivido em condições tão opressivas se não tivessem contado com esses apoios vitais. O que seria de nós mulheres sem nossas mães, filhas, avós? O que seria de nós sem nossas companheiras e amigas? O que seria de nós sem nossas ancestrais?
A sororidade é um princípio de relação entre todas as mulheres e um recurso para enfrentar os conflitos que podem surgir entre elas, eliminando a misoginia. Ela possibilita estabelecer vínculos entre civis e governantes, militantes de partidos, sindicatos, mulheres cis e mulheres trans, indígenas e mulheres de outras culturas, jovens e idosas, assim como camponesas, operárias, urbanas, heterossexuais e lésbicas, intelectuais e mulheres com baixa escolaridade, entre dirigentes e mulheres “de base”, teóricas e ativistas. Ao não tratar as diferenças de forma preconceituosa, convertendo-as em rejeição e obstáculo, é possível que surjam semelhanças identitárias e empatia entre as mulheres. Reconhecendo sempre que as mulheres semelhantes também são diferentes e que a diferença é um capital e um poder. É preciso superar a exigência de sermos idênticas.
A sororidade busca e, ao mesmo tempo já é, a concretude de formas de empoderamento das mulheres. Plantar relações de sororidade significa a vontade de apoiar para empoderar. Por isso, a sororidade pode dar-se entre desconhecidas, parentes, colegas, companheiras e amigas. Não é preciso ser amiga para vincular-se de forma solidária. Mesmo entre aquelas mulheres que têm conflitos pode-se viver em sororidade. Sendo assim, nenhuma tratará de excluir, destruir ou causar dano a outra.
O sentido da sororidade é propiciar melhores condições de vida para as mulheres e derrubar muros patriarcais. A prática feminista da sororidade permite às mulheres serem coerentes e potencializa a cultura feminista.

Texto adaptado por Maiara Moreira de RÍOS, Marcela Lagarde y de los. Sororidad. In: GAMBA, Susana Beatriz. Diccionario de estúdios de género y feminismos. Buenos Aires: 2009.
Esse texto pode ser lido no blog https://we.riseup.net/radfem/definindo-sororidade-marcela-lagarde

amig@s

E nós entramos uma na vida outra... Tudo graças ao Cras... Partilhamos trabalho, mesa, comida, risos, vinho, alegrias e tristezas. Como dizia Mário Quintana: “é quando o silêncio a dois não se torna incômodo”. É ser íntimo sem ser invasivo, é estar próximo sem se tornar inconveniente, é se sentir acolhida em qualquer circunstância. É uma relação entre iguais, sem rebaixar-se.
"Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar,
se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer
Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha
e oferece lugar pra dormir e comer
Amigo que é amigo não puxa tapete
oferece pra gente o melhor que tem e o que nem tem
quando não tem, finge que tem,
faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão".
Que possamos continuar sendo amig@s, sem formalidades, que continuemos brindando a vida, para celebrar o doce sabor da vida e, se for o caso, chorar as nossas dores, perdas e sofrimentos. ‪#‎Tamujunto‬ ‪#‎enois‬ ‪#‎amigas‬ ‪#‎carinho‬







quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Silêncio que fala ao coração

QuaresmaEngraçado como as pessoas não gostam do silêncio. Até a oração silenciosa para muitos é um incomodo. E com isso, parece que Deus só fala no barulho.
Eu prefiro o silêncio (isso não significa que não goste de musicas, louvores...).
No silêncio ouço melhor a voz que fala ao coração. Em um mundo que é tão barulhento Deus se silenciar pode ser um favor. Acredito que para se relacionar bem com Deus é preciso fazer um pouco de silêncio, e claro, nesse silêncio do coração encontrá-Lo. 
 Deus pode falar pela Sua Palavra, pelos acontecimentos da vida, pelos sofrimentos e alegrias, pela beleza das flores, pela beleza do mar, do céu, sol, músicas e tudo que vemos, sentimos. E, nessa intimidade, podemos abrir nosso coração e falar a Ele das nossas lutas, angústias, medos, anseios, alegrias, sonhos… E Ele irá nos responder de um jeito ou de outro; seja no silêncio da noite, no amanhecer, no vento que sopra, numa conversa... 
Ore, reze com calma, com paz, seja sincer@, sem pressa. Seja agradecid@! Afinal, o que importa em nossa relação com Deus é a entrega, a qualidade mais que a quantidade! E lembre-se Deus sempre fala ao nosso coração, o problema é que muitas vezes não o ouvimos... E em tempo de quaresma, que possamos nos silenciar, refletir... 
 Abençoado período de quaresma!!Odete Liber



quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Paixão, desejo ou loucura

De você vem esse silêncio que me entorpece a alma, o coração.
Corre em mim uma paixão enlouquecida, com gosto de desejos ardentes. 
Porque te quero tanto, se sempre foges de mim?
Você foge, mas me seduz com palavras (sempre evasivas).

Será paixão, desejo ou loucura??? E agora?



O bem que você faz muita gente compartilha

O bem que você faz muita gente compartilha

“Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra (Mateus 5.5)”
Esta bem-aventurança foi extraída do Salmo 37.11. Ela procura tranquilizar as pessoas piedosas que poderiam escandalizar-se diante da prosperidade dos ímpios e do infortúnio dos justos: “Os malfeitores serão abatidos, e os que esperam no Senhor possuirão a terra. Ainda um pouco e o iníquo não mais existirá; e se fixares tua atenção em seu lugar, não o acharás. Os mansos, porém, possuirão a terra, e gozarão as delícias de uma paz perfeita” (Salmo 37.9-11) .
“Mansos” são que colocam a sua confiança no Senhor e não se escandalizam com a prosperidade dos ímpios, pois eles se tranquilizam diante do Senhor e nele esperam com paciência. É a confiança humilde, a paciência, a ausência de irritação. Mansos são as/os que sabem conservarem-se tranquilos/as, não havendo neles/as dureza nem violência. O Antigo Testamento declara a predileção de Deus por uma atitude de humildade e mansidão (Isaías 57.15; 66.2). Jesus também designa a si mesmo como um mestre “manso e humilde de coração” (Mateus 11.19). Nas cartas de Paulo, humildade, mansidão e paciência estão associadas, formando uma coisa só (Gálatas 6.1; Filipenses 2.3; Colossenses 3.12; Efésios 4.1-2).
A felicidade dos ímpios não é para sempre e nem se compara ao sofrimento do justo. Diante da prosperidade dos ímpios, os justos poderiam “exasperar-se”. “Não te exasperes”, adverte por três vezes o salmista (Salmo 37.1.7.8), ou seja, não percas a paciência, mas conserva-te tranquilo/a diante do Senhor, espera com paciência e nada de furor. O salmista repete que o/a pecador/a não tem vida longa (Salmo 37.9-10.22.28) e que o Senhor garante aos justos a herança da terra (Salmo 37.27.29.34.37).
Os “mansos” são os pobres que, pela cobiça dos ímpios, perderam a independência econômica e sua liberdade, tendo de viver submetidos aos que tiraram o que tinham. Sua situação é tal que não podem sequer expressar seu protesto. A estes, Jesus promete não já a posse do terreno como patrimônio familiar, mas a posse da “terra” a todos em comum, como a herança em Canaã.
A universalidade da terra envolve a restituição da liberdade e a independência com plenitude não conhecida antes. A promessa de possuir a terra aludia, em primeiro lugar, à terra de Canaã e, depois, a toda a terra, que será algum dia o lugar do reino de Deus. O futuro de Deus não negará sua criação. O que é definitivo proverá de Deus e de seu poder, razão porque as Escrituras têm um grande interesse em tudo o que esta esperança configura na nossa terra. A promessa de que os mansos possuirão a terra demonstra que o reino de Deus implica a renovação do mundo.
Nesse sentido, o tema reino de Deus envolve a promessa de uma ordem radicalmente nova, que envolve a reconciliação de todas as coisas, a superação de todos os antagonismos, seja entre a humanidade e a natureza, os povos e as nações, homens e mulheres, gerações e raças. Envolve uma era de amor, liberdade, justiça e paz e a transformação de toda a ordem criada em novos céus e nova terra. O tema do reino revela a missão de Deus como um movimento na direção do cumprimento da promessa de uma nova ordem mundial e, e com isso, a superação de todas as limitações que impedem que a criação glorifique a Deus e se alegre com o seu companheirismo.


Liturgia
Dinâmica: O estudo pode ser feito com tod@s em um círculo e ao centro um grande girassol, com sementes. Lembrar que o girassol é símbolo de beleza, força, energia, felicidade. Além disso, suas sementes podem ser alimento e ao serem espalhadas/semeadas dão origem a muitos outros girassóis.  Distribuir um papel com desenho do girassol e frases escritas que deverão ser lidas/compartilhadas por tod@s ao final do estudo, como símbolo do que podemos fazer para compartilhar o bem: “Que seus olhos reflitam paz e ternura para aqueles/as que entendem o olhar”; “Que você lembre que a vida é a união no mesmo ideal e amor”; “Que seu simples bom dia, boa tarde, possa alegrar o dia de quem o recebe”; “Que você saiba ouvir o próximo”; “que você possa ajudar sem se importar a quem”.
1° Momento: Boas Vindas da coordenação do encontro.
Oração:
Canto: “Sol da Primavera” – Beto Guedes
Ao som da música cada pessoa recebe um papel (amarelo), em forma de pétala, para formar um girassol.  Após todos cantam a música
2° Momento
 Cada pessoa é convidada a escreve na pétala recebida 3 palavras:
a)      O que temos semeado no tempo?
b)      O que temos partilhado?
c)      O que temos Sonhado?
Colocar no centro do círculo as pétalas, formando um girassol.
3° Momento: Iluminação da Palavra:
“A Palavra de Deus ilumina o caminho que devemos seguir e nos ensina a partilha!”
Canto: Tua Palavra é Lâmpada para meus pés Senhor. Lâmpada para meus pés e luz, luz para meu caminho.
Leitura da Palavra e reflexão: Mateus 5:1-10
4° Momento: O que destaco do texto?
Que iluminação o texto traz para minha vida, meu caminhar no grupo/comunidade? O que vamos levar de bom para partilhar a outras pessoas? Em duplas ou trio conversar por 5 a 10 minutos.
5° Momento: Partilha do que foi discutido para o grande grupo.
 Canta-se uma música Quem disse que não somos nada que não temos nada a oferecer”.
6° Momento: Bênção:
Dirigente: Sobre os nossos corações e nossas casas.
Tod@s: A bênção de Deus
Dirigente: Em nossa vida e paixão,
Tod@s: O amor de Deus
Dirigente: Em nossa despedida e até o novo começo,
Tod@s: Que os braços de Deus nos acolham e nos conduzam de volta ao lar. Amém (Comunidade de Iona, Escócia). 
 7° Momento: Abraço da Paz.


Odete Liber



Homenagem a D. Josina, que já está nos braços do Pai...

A vida segue desse jeito


O sonho é como uma ponte que nos possibilita atravessar os rios e até ares da vida.  Porque nessa vida, só temos uma certeza: nossa caminhada um dia será interrompida. Quando? Não sabemos e também não importa.  Gosto de ler uns trechos bíblicos, como o do sonhador Jeremias. Ele me faz pensar que vale a pena continuar sonhando e tendo esperança: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança (Lamentações 3.21)”  Esperança diária, esperança para cada dia, cada amanhecer.
Em especial, por acreditar que não há esperança mais gostosa do que saber que há um Deus gracioso, amoroso, que de tudo está cuidando, que por mim e por nós está zelando e que nada foge ao controle de suas mãos, apesar de nós e de nossas escolhas (muitas erradas). As alegrias são dádivas, as perdas são amostras de sua zelosa pedagogia, que num primeiro momento nos ensina a desapegar, para num segundo momento pedirmos. Nada nesta vida, nada é sem sentido, só precisamos encontrar o ensinamento ali contido: Seja agradável ou não, ruim ou bom, alegre ou feliz, dolorido ou prazeroso, encantador ou não... Em tudo e com tudo podemos e devemos aprender!

Afinal, um dia a gente sorri e em outro a gente chora, um dia a gente perde e em outro ganha, um dia agente é conquistada e em outro é esquecida, um dia amamos loucamente e no outro tudo acabou, num dia a vida parece um paraíso e no outro um inferno. A vida é dura, não é fácil, as pessoas erram, nós erramos, em um dia a gente se sente só, em outro não, em algum dia a gente não sente nada, só um vazio, em outro a gente vive intensamente gente, gente a alegre e feliz, cheia de amor, conquista. É a vida! E a vida segue, assim, desse jeito! Odete Liber


Momentos

Sabe aquele momento em que qualquer respiração mal sincronizada é capaz de tirar a sua paz, te tirar do sério?
Então, nesses momentos tenho aprendido que está mais do que na hora de aceitar o incerto da vida e ir atrás dos encantos que há escondidos em cada falha que guardamos dentro de nós.
Parafraseando Los Hermanos: e mesmo que tudo dê errado, mesmo assim, não tem problema. Eu deito no telhado de uma casa qualquer, olho pro céu e invento uma nuvem que chove sorrisos, bem em cima de mim. Ou salto, tentando tocar as nuvens!!! Até mais!!! ODete Liber


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Medo de que???

Estava lendo um texto em que este falava sobre o medo. E fiquei pensando quais são os meus medos. Na verdade não tenho muitos medos. Nunca tive medo escuro, de ficar sozinha, sair sozinha, brincar sozinha, nem de gente. Tanto que vou ao cinema, saio para tomar um café, passear, andar no shopping, tudo em minha companhia, sozinha. Não me amedronta a ideia de pensar que terei que mudar de cidade, estado ou país, pois vivi me mudando como uma peregrina. Também nunca tive medo mudar de oficio, de vida e rumo. Tanto que já fiz isso. Também não tenho medo da morte/de morrer, fome, desemprego. O que me dá medo é o fato de q eu, em algum momento venha a me anular, deixar de ser eu. Porque o se anular vai acontecendo inconscientemente, aos poucos e quando a gente vê, já nos colocamos em segundo ou terceiro ou até em último plano.
E sim, lógico, tenho medo. Tenho medo sim, de não perceber que muitas vezes não estou sendo eu mesma e de assim ficar atrofiada no interior de mim. Tenho medo de me perder, perder meus gostos, meu jeito, minha fala, meu sorriso, meu discurso, repreender as minhas vontades e anular meus prazeres.
Claro que tenho medo de ir contra o que acredito, aceitar o inaceitável, ceder quando não deveria. Tenho medo sim de deixar que as pessoas me invadam, abaixar a cabeça e não conseguir mais me reerguer, perder a voz e vez, caminhar atrás dos outros, de gostar do que não gosto, de parar de sonhar, perder a sensibilidade e com isso, viver como se estivesse morta. Tenho medo de deixar a vida apenas passar, me acostumar como ela está. E isso tudo sim, me dá medo. Disso tudo, eu tenho medo, muito medo. E com isso digo que é sempre bom cair em si, olhar pro interior e perceber que é preciso fazer algo conosco. Assumir o posto, ser o que se é e como se quer ser, resgatar nosso eu que ora naufragou, e nos priorizarmos outra vez.
É preciso perceber que se está morto ou vivo, já que na maioria das vezes a gente vai correndo aos poucos, se acostumando com o que não gosta, e cotidianamente, as vezes, escolhemos viver sem se dar conta de que simplesmente temos deixado as coisas, momentos passarem. É preciso tomar fôlego e nos salvar da morte, é preciso respirar fundo e buscar forças para retomar as rédeas e seguir em frente, como construtor/a da própria história de vida. Odete Liber


Tod@s temos asas para Voar

A gente sabe que os dias e a vida precisam de animação, de coisas novas, boas risadas, bom papo. Tem uma frase que diz: “Você vai ter que aprender que a vida só dá asas para quem não tem medo de cair.” (Kleber Martins). E outra que recebei e não sei a autoria (pode ser até eu kkk) “a vida só da asas a quem não tem medo de voar”. Penso o contrario. Tod@s temos asas e podemos voar, porém cabe a nós querer ou não voar. Digo isso porque o ser humano tem no coração o desejo de voar, sonhar, correr, ir além. Tudo bem, que as vezes isso fica apenas no desejo. Para o ser humano alcançar o infinito é quase uma meta, vislumbrar outros horizontes é algo fascinante. E a superação é algo prazeroso. Dentro desse voar e sonhar também se perde muito tempo apenas olhando para as dificuldades, consentindo a intromissão do pessimismo e do pouco anseio de mudar. Lógico que Viver é voar. Mas quanto tempo a gente não “abre as asas” e levanta voo? Ter asas e não voar, é triste, é como ter um copo de água ao lado e não poder beber. Quanta alegria e prazer desperdiçados devido a acomodação. Tod@s temos asas. E agora? Voar ou não? Abrir as asas e voar pressupõe coragem. Não é fácil! É aceitar correr riscos, possíveis quedas, aprender a ser resiliente. Quem não abre mão da busca do bem viver, abre as asas, ensaia voos e voa. No começo, voos rasantes; quedas, depois com o passar dos dias alturas são conquistadas e a vida e os voos passam a ter um sabor “delicioso”. Não é possível alçar voo sem se sair do local onde se está. E claro, as limitações de tempo e espaço não alteram o gosto por alturas, sonhos. Por isso, levantar voo dentro de nós mesmos “pode” ser o norte certo para contemplar outros horizontes e os pretextos minam os voos. Limitadores, medos sempre existirão, o desafio é seguir apesar deles ou parar e ficar com eles, mesmo sabendo que cada pessoas tem um mundo interior todo seu. Mas é isso e com isso que caminhamos: conosco. É com esse universo que interagimos. Que tal alçar voo da acomodação, da indiferença, do mau humor, da procrastinação. Os céus estão sendo ‘povoados’ por quem está ou já decidiu voar. Odete Liber