quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

O bem que você faz muita gente compartilha

O bem que você faz muita gente compartilha

“Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra (Mateus 5.5)”
Esta bem-aventurança foi extraída do Salmo 37.11. Ela procura tranquilizar as pessoas piedosas que poderiam escandalizar-se diante da prosperidade dos ímpios e do infortúnio dos justos: “Os malfeitores serão abatidos, e os que esperam no Senhor possuirão a terra. Ainda um pouco e o iníquo não mais existirá; e se fixares tua atenção em seu lugar, não o acharás. Os mansos, porém, possuirão a terra, e gozarão as delícias de uma paz perfeita” (Salmo 37.9-11) .
“Mansos” são que colocam a sua confiança no Senhor e não se escandalizam com a prosperidade dos ímpios, pois eles se tranquilizam diante do Senhor e nele esperam com paciência. É a confiança humilde, a paciência, a ausência de irritação. Mansos são as/os que sabem conservarem-se tranquilos/as, não havendo neles/as dureza nem violência. O Antigo Testamento declara a predileção de Deus por uma atitude de humildade e mansidão (Isaías 57.15; 66.2). Jesus também designa a si mesmo como um mestre “manso e humilde de coração” (Mateus 11.19). Nas cartas de Paulo, humildade, mansidão e paciência estão associadas, formando uma coisa só (Gálatas 6.1; Filipenses 2.3; Colossenses 3.12; Efésios 4.1-2).
A felicidade dos ímpios não é para sempre e nem se compara ao sofrimento do justo. Diante da prosperidade dos ímpios, os justos poderiam “exasperar-se”. “Não te exasperes”, adverte por três vezes o salmista (Salmo 37.1.7.8), ou seja, não percas a paciência, mas conserva-te tranquilo/a diante do Senhor, espera com paciência e nada de furor. O salmista repete que o/a pecador/a não tem vida longa (Salmo 37.9-10.22.28) e que o Senhor garante aos justos a herança da terra (Salmo 37.27.29.34.37).
Os “mansos” são os pobres que, pela cobiça dos ímpios, perderam a independência econômica e sua liberdade, tendo de viver submetidos aos que tiraram o que tinham. Sua situação é tal que não podem sequer expressar seu protesto. A estes, Jesus promete não já a posse do terreno como patrimônio familiar, mas a posse da “terra” a todos em comum, como a herança em Canaã.
A universalidade da terra envolve a restituição da liberdade e a independência com plenitude não conhecida antes. A promessa de possuir a terra aludia, em primeiro lugar, à terra de Canaã e, depois, a toda a terra, que será algum dia o lugar do reino de Deus. O futuro de Deus não negará sua criação. O que é definitivo proverá de Deus e de seu poder, razão porque as Escrituras têm um grande interesse em tudo o que esta esperança configura na nossa terra. A promessa de que os mansos possuirão a terra demonstra que o reino de Deus implica a renovação do mundo.
Nesse sentido, o tema reino de Deus envolve a promessa de uma ordem radicalmente nova, que envolve a reconciliação de todas as coisas, a superação de todos os antagonismos, seja entre a humanidade e a natureza, os povos e as nações, homens e mulheres, gerações e raças. Envolve uma era de amor, liberdade, justiça e paz e a transformação de toda a ordem criada em novos céus e nova terra. O tema do reino revela a missão de Deus como um movimento na direção do cumprimento da promessa de uma nova ordem mundial e, e com isso, a superação de todas as limitações que impedem que a criação glorifique a Deus e se alegre com o seu companheirismo.


Liturgia
Dinâmica: O estudo pode ser feito com tod@s em um círculo e ao centro um grande girassol, com sementes. Lembrar que o girassol é símbolo de beleza, força, energia, felicidade. Além disso, suas sementes podem ser alimento e ao serem espalhadas/semeadas dão origem a muitos outros girassóis.  Distribuir um papel com desenho do girassol e frases escritas que deverão ser lidas/compartilhadas por tod@s ao final do estudo, como símbolo do que podemos fazer para compartilhar o bem: “Que seus olhos reflitam paz e ternura para aqueles/as que entendem o olhar”; “Que você lembre que a vida é a união no mesmo ideal e amor”; “Que seu simples bom dia, boa tarde, possa alegrar o dia de quem o recebe”; “Que você saiba ouvir o próximo”; “que você possa ajudar sem se importar a quem”.
1° Momento: Boas Vindas da coordenação do encontro.
Oração:
Canto: “Sol da Primavera” – Beto Guedes
Ao som da música cada pessoa recebe um papel (amarelo), em forma de pétala, para formar um girassol.  Após todos cantam a música
2° Momento
 Cada pessoa é convidada a escreve na pétala recebida 3 palavras:
a)      O que temos semeado no tempo?
b)      O que temos partilhado?
c)      O que temos Sonhado?
Colocar no centro do círculo as pétalas, formando um girassol.
3° Momento: Iluminação da Palavra:
“A Palavra de Deus ilumina o caminho que devemos seguir e nos ensina a partilha!”
Canto: Tua Palavra é Lâmpada para meus pés Senhor. Lâmpada para meus pés e luz, luz para meu caminho.
Leitura da Palavra e reflexão: Mateus 5:1-10
4° Momento: O que destaco do texto?
Que iluminação o texto traz para minha vida, meu caminhar no grupo/comunidade? O que vamos levar de bom para partilhar a outras pessoas? Em duplas ou trio conversar por 5 a 10 minutos.
5° Momento: Partilha do que foi discutido para o grande grupo.
 Canta-se uma música Quem disse que não somos nada que não temos nada a oferecer”.
6° Momento: Bênção:
Dirigente: Sobre os nossos corações e nossas casas.
Tod@s: A bênção de Deus
Dirigente: Em nossa vida e paixão,
Tod@s: O amor de Deus
Dirigente: Em nossa despedida e até o novo começo,
Tod@s: Que os braços de Deus nos acolham e nos conduzam de volta ao lar. Amém (Comunidade de Iona, Escócia). 
 7° Momento: Abraço da Paz.


Odete Liber



Homenagem a D. Josina, que já está nos braços do Pai...

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