segunda-feira, 13 de abril de 2015

Dor e milagre

Atualmente sou pedagoga na área social – pedagoga socioeducativa. E na área social, a gente lida todos os dias com perguntas difíceis, com questões sem resposta e com dores enormes. É demasiado complicado escolher profundidades.
Eu não me conformo e não gosto de respostas prontas, porém é o que ocorre todos os dias.  É por isso que, de vez em quando, só me resta sentar e chorar. Tem dias que fico extremamente triste, o coração dói. O que se pode fazer por uma população extremante carente, pobre é muito pouco, porém o pouco que é feito espero que seja suficiente. E diante de tantas dificuldades e descaso do governo para com os invisíveis (pobres e esquecidos) acho que Jesus sente o mesmo. Seja diante do túmulo de Lázaro, em João 11, seja diante da dor das pessoas, do sofrimento, fome, doença, outra resposta além de lágrimas seria algo desumano, ser um não-gente.  Trabalhar com gente, e em especial nas áreas mais pobres da cidade,  faz com que a gente chore  e sinta mais do que gostaria, faz a gente ter mais indagações do que respostas. Mas  também é possível gozar a alegria inenarrável, de quando em vez, de testemunhar em primeira mão um verdadeiro (e geralmente pequeno) milagre, como por exemplo um obrigado um sorriso, uma palavra de alegria por parte deles/as..


Nenhum comentário:

Postar um comentário