segunda-feira, 18 de abril de 2016

porque uma mulher se apaixona?



Porque será que uma mulher acaba se apaixonando? Fiquei a pensar...
Talvez uma mulher se apaixone por um homem porque de repente ele a surpreende com um gesto de carinho ou um “amasso”. Não vamos fazer rodeios! Pode ser, não pode?
Talvez porque ele, no meio da tarde, do nada, manda uma mensagem ou liga para falar baixinho como ela é linda e outras coisitas mais. Manda um presente, mas não pelos  presentes que recebe, mas sim, pelo gesto.
Talvez uma mulher se apaixone por um homem, porque ele, com seu olhar a faz sonhar e a faz o querer.
Ela se apaixona pelo beijo que ele dá e a fazer sorrir. Ela se apaixona pelas piadas com ou sem graça. Ou então, pelos simples gesto de a acariciar antes de caiar no sono.
Uma mulher talvez se apaixone porque o “cara” tem tempo pra ela, para ouvir, papear e dar aquela risada exagerada. Tem tempo pra fazer amor (isso faz parte).
Talvez porque ele, mesmo sabendo que ela está morrendo de sono e cansaço, dá um sorriso bobo para ela, com um beijo gostoso.
Talvez quando ele a surpreende com sua presença, carinho, beijos... Talvez porque ele se deita ao lado dela, e a faz sentir segura e amada.
Uma mulher se apaixona, porque talvez ele coloque aquela música, ou então a cante (mesmo desafinado) e então, o coração bate mais forte, mais rápido.
Talvez uma mulher se apaixone pelas vezes em que o homem se faz presente e não ausente, pelas vezes em que tem coragem de dizer o que sente, o que quer, sem mentiras.
Mulher se apaixona por coisas claras ou em vão, ou quando dá vontade de amar de novo, e de novo, e outra vez, simples assim! E aí meninas? 
Odete Liber


quinta-feira, 14 de abril de 2016

Maria Madalena - a estranha mania de ter fé na vida




Há muita especulação sobre o papel de uma mulher chamada Maria Madalena. Esta fazia parte do circulo de amizades de Jesus e a ela é atribuído um papel especial na vida do mestre. Os muitos papeis, beiram uma lenda, geram curiosidades. A lenda se atribui, de certo modo, devido a várias notas atribuídas nos apócrifos dos séculos II e III d. C. Citam ocasionalmente, a Maria como “companheira de Jesus” ou “discípula amada” (Evangelho de Felipe) ou ainda como a intérprete e interlocutora privilegiada de Jesus. Também, apoiam-se numa tradição da Idade Média, de acordo com a qual Maria teria ido, após a ressurreição de Jesus, ao sul da França, onde um de seus filhos se tornara o fundador da dinastia dos merovíngios (governantes da França).
A partir do papa Gregório I (590 d.C.), Maria Madalena foi, identificada com a “pecadora” que lavou os pés de Jesus (Lucas 7.36-50) e considerada uma prostituta. De tal modo, Maria Madalena atraiu as características de três mulheres distintas da Bíblia, tornando-se, por fim, erroneamente o símbolo da pecadora arrependida.
O Novo Testamento cita Maria Madalena, comumente com outras mulheres, em momentos decisivos da vida de Jesus: na crucificação, no sepultamento (Marcos 15.40-47) e na ressurreição (Marcos 16.1; conforme João 20.1, ela é a única que vai ao sepulcro no domingo de manhã). Não resta dúvida, Maria Madalena era, ao lado de Pedro, a grande líder dentro do círculo menor de discípulos. Em João 20 e alguns livros apócrifos há citações de uma certa competição entre Pedro e Maria.
Maria Madalena tinha um papel de liderança e respeito, que  conquistou por sua atuação e postura dentro do círculo de aprendizes de Jesus. Ela o chama de “Raboni”, ou seja “mestre” (João 20.16)). Natural da cidade de Magdala, à margem do Lago de Genesaré, Maria tornou-se seguidora de Jesus por gratidão: Jesus a havia curado de seus males (“dela saíram sete demônios”, conforme Lucas 8.2). Juntamente com outras mulheres ela o acompanhava e, com os seus bens, até sustentava o grupo em suas andanças pela Galileia até Jerusalém (Lucas 8.3).
Por ocasião da crucificação de Jesus, Maria Madalena e as outras mulheres observavam de “longe” o que acontecia (Marcos 15.40). O texto diz que as mulheres olhavam de longe e assim assumiam grande risco. O verbo original utilizado no texto, conjugação no grego de theoreo e traduzido como "olhar", tem o sentido de fixar os olhos (a mente) em alguém, dirigir a atenção a algo, a fim de pegá-lo, ou devido ao interesse nele, ou responsabilidade para com ele. O "olhar de longe" das mulheres, no relato de Marcos, não é uma observação passiva, mas um olhar fixo com a atenção em Jesus, com interesse no que estava acontecendo e revelando responsabilidade para com ele. As mulheres, seguidoras de Jesus, eram discípulas, e este seguimento significava, para elas, ir até o fim. Estar junto dele, sofrer o sofrimento de Jesus, assistindo à cena de horror que era a morte de cruz. Vale salientar que, os discípulos homens aparentemente haviam fugido (João 19.26 menciona apenas o discípulo amado).
A fidelidade de Maria Madalena se estende para além da morte de Jesus. Pois ela foi a primeira testemunha da ressurreição e por ter anunciado a boa nova aos outros discípulos (João 20.18), ela pode ser chamada  de “apóstola dos apóstolos”.
Infelizmente, a autoridade que Maria Madalena gozava nas primeiras comunidades cristãs foi se diluindo aos poucos com a criação de uma igreja hierárquica. Para as comunidades de hoje, Maria Madalena deve ser vista como uma discípula corajosa, uma líder dinâmica e uma fiel seguidora de Jesus que vivia de forma coerente a sua fé.
O testemunho das mulheres discípulas – como o de Maria Madalena, e tantas outras do nosso tempo, muito nos ensinam. Ensinam a nós mulheres e homens. Sua trajetória, confirma a afirmação do poeta de que a mulher possui "força, raça, garra sempre..."; com isso, possuem "a estranha mania de ter fé na vida ...". Odete Liber


sexta-feira, 8 de abril de 2016

Vinicius de Moraes

E para finalizar minha inquietação e chatice do dia e da vida, vamos de Vinicius de Moraes:
Como dizia o poeta
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não.



TIAGO IORC - Amei Te Ver (Clipe Oficial)







Não conhecia esse cantor Tiago Iork, e lógico, sua
música. Porém quando ouvi essa, me encantei. A letra é linda, simples, fala de
amor, desejo/sexo, encanto, sem palavras “chulas”. “Amei te ver”, é o que dizemos
quando encontramos quem amamos/gostamos.
Ele diz em sua canção
“Ah! quase ninguém vê, quanto mais o tempo passa
mais aumenta a graça em te ver”, é o amor em sua essência, do coração, atrelado
a vivência real. É o desejo do reencontro, do abraço apertado, do beijo molhado
e quem sabe, do sexo gostoso. Ele continua:  “O
coração dispara, tropeça quase para, me encaixo no teu cheiro e ali me deixo
inteiro”, a forma como ele descreve o momento dos amantes é singela.  “Ah! quase ninguém vê, quanto mais aumenta a
graça, mais o tempo passa por você”.
Também gostei dessa parte da canção: “o coração dispara, tropeça quase
para, me enlaço no teu beijo, abraço o teu desejo”, entendo que ele não está
preocupado apenas com ele, com seus próprios desejos, mas sim, antes, ele
acolhe o beijo de sua amada e se importa com seu desejo, “a mão ampara a calma,
encosta lá na alma, e o corpo vai sem medo, descasca teu segredo, da boca sai:
não para, é o coração que fala, o laço é certeiro metades por inteiro”.  A mão que acaricia o corpo de sua amada é a
mesma que traz calma e toca em sua alma, assim o corpo vai sem medo, conhecendo
cada vez mais seus segredos, da boca de seu coração vem o desejo: não para! O
laço é certeiro, as metades agora são um inteiro, está tudo aí descrito,
celebrado, cantado, vivido, perfeito! Carinho, respeito, tesão, paixão, amor!!
Parece o livro de Cantares!!

terça-feira, 29 de março de 2016

Tá cansad@? Não tá fácil e nem tranquilo? Deus está aqui!

#‎Mensagemdasemana‬
Nessa caminhada da vida, há momentos em que achamos que tudo parou. Momentos em q vc acha q é pessoa mais azarada do mundo e q nem gato preto passa perto de vc tamanho o seu azar! Nenhuma porta se abre, muito menos uma janela! E por isso q vc se sente cansad@, nos sentimos cansad@s, desanimad@s. É nesse momento que devemos olhar para os muitos relatos bíblicos, e com fé, crer que as coisas vão mudar em nossa vida!
Nesses momentos olhe lá para Gênesis, e vejo o testemunho de fé de Abraão e Sara. Relato que nos apresenta os momentos de abalo da fé, mas, que apesar de tudo, continuaram a crer que o milagre era possível, que a promessa seria cumprida. E isso é o principal desse relato: continuar confiando/crendo na promessa apesar das evidencias contrarias. A grandeza da estória reside no fato de que Abrão enfrenta o abalo da fé. Em seguida dê uma olhada em Hebreus e se depare com a fé que é capaz de ver o invisível, que é o fundamento e a prova das coisas que não se veem. A fé nos ensina a confiar incondicionalmente nas promessas de Deus, porque Deus honra sua palavra. Fé é dependência, é confiança, é coragem, é esperança. Os nossos antepassados testemunharam o que é fé e isso nos é relatado. Eles viram, ouviram e viveram sua fé.
Percebo então que vida e fé ficam fundidas numa só coisa. A experiência de vida das pessoas, sejam elas cristãs ou não, acontece através de ações libertadoras e também opressoras. A experiência acontece em nosso mundo concreto. A experiência de vida e fé torna as pessoas mais maduras, pelo menos é isso que se espera. Sei que nos dias hoje falar de fé às vezes é complicado. Nos concentramos demais nos “resultados concretos e comparativos” e esquecemos que muitas coisas podem acontecer pela fé. Fé é milagre!! Ficamos olhando para a vida de outras pessoas, como elas conseguem tanta coisa e a gente nada. Isso faz com q nos sintamos pequen@s, perdedores/as. E quando isso acontece, é preciso ver o mundo com os olhos da fé de Abrão e sua luta. Ele aprendeu a ler a realidade não com o critério do que se pode tocar, ver e controlar, mas com a medida Daquele que pode romper com o presente exausto e abrir novas possibilidades. Rudolf Otto, um teólogo criou a expressão mysterium tremendum e mysterium fascinosum para se referir aos 2 tipos de experiência de fé com o sagrado. É o que vemos nos exemplos bíblicos em Hebreus e em toda a Bíblia. Momentos dramáticos, quando populações escravizadas decidem dispor-se a seguir um novo líder sem garantias, mas com expectativas que a situação presente de dor, sofrimento e humilhação iria mudar, tudo isso pela fé, que era a única garantia. E com essa garantia peregrinaram movidos pela utopia da terra que mana leite e mel, construindo ali sua vida por seguidas gerações. E o segundo é o Deus em que os sonhos e esperanças são ancorados. É o Deus vivo, Deus forte e poderoso porque deixa de ser apenas de um povo e passa a ser o deus de todos, podendo ser adorado, amado do lugar onde estiverem seus filhos.
Não importa como você esteja: feliz, triste, chei@ de problemas, etc e tal. Basta que você tenha fé no Deus que você crê. Na fé dada por Jesus, você já participa no reino de Deus. Muitos fatos ameaçam matar a fé do ser humano em Cristo Jesus. Mas a fé é teimosa, ela se agarra à promessa do Evangelho. E, por isso ter fé, é viver apesar dos golpes que se sofre ou das crueldades que acontecem a nossa volta e às vezes em na vida. É preciso continuar, sem desanimar. Em algum lugar da caminhada algo maravilhoso vai acontecer e sua vida vai mudar! Que Deus nos ajude a vencermos tudo aquilo que nos impede de crer Nele! ODete Liber

sexta-feira, 25 de março de 2016

Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?

Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?
 
Jesus está pendurado na Cruz, acusado de se declarar o Rei Ungido, o Cristo, o Filho do Homem pelas autoridades religiosas. E essas mesmas autoridades acusaram Jesus diante do governador Pilatos como o rei dos judeus, rival de César, crime passível de condenação à morte. Os evangelistas nos dizem que Pilatos não via em Jesus nenhum crime. Mas na versão de Mateus Pilatos temia a revolta do povo, porém, na versão de Marcos Pilatos queria agradar o povo que gritava pela crucificação de Jesus. Já na versão de Lucas os chefes dos sacerdotes acusavam Jesus de incitar a revolta entre o povo, e, por fim, na versão de João Pilatos ouviu a gritaria dos chefes e do povo quando os acusadores disseram a Pilatos que a libertação de alguém que era rival de César, era inimigo de César e inimigo do Império. Jesus era inocente, mas o Estado que deveria defender os inocentes deu mais importância à sua sobrevivência. E o inocente foi humilhado, abandonado, condenado, crucificado, morto.
Várias forças inimigas atuaram contra Jesus. Perante o público Jesus foi apresentado na Cruz como o maldito de Deus, conforme disseram os chefes dos sacerdotes. Os seguidores de Jesus ficaram com medo da tamanha maquinação contra Jesus e fugiram. Os evangelistas apontam para dois pontos importantes. Primeiro, Pilatos reconheceu a inocência de Jesus e, segundo, Jesus foi voluntariamente à Jerusalém. Com isso, foi crucificado, não como alguém arrastado para Cruz. Ele vai voluntariamente. Nesse contexto, Marcos e Mateus lembram o grito de Jesus: “Deus meu, Deus meu, porque me abandonaste?” É o grito do salmista e, também, é o grito de Jesus. Que significa esse grito de Jesus? Jesus está na situação daqueles que gritam para que sua inocência seja reconhecida. Jesus está com todos os que são abandonados e considerados malditos e excluídos. Essa solidariedade é a solidariedade do próprio Deus. Jesus não permaneceu na sepultura, pois Deus ouviu o clamor de seu Filho. Por isso, nos aproximamos de Deus confiantes, porque Ele ama todas as pessoas. O clamor de Jesus é a base de nossa oração. Aquele que não deixou Jesus na sepultura nos dá confiança para enfrentarmos os momentos em que o abandono fala mais alto. Por isso, nos silenciemos para aguardar a ressurreição! ODete Liber


terça-feira, 22 de março de 2016

domingo, 20 de março de 2016

Será que sou saudade

Não sei se sou saudade de alguém. Também não sei se alguém pensa em mim nas tardes chuvosas, noites estreladas ou escuras. 
Não sei se há um perfume que faça alguém se lembrar do meu gosto, do meu rosto. Não sei se há uma música  que faça alguém se recordar de mim.
Também não sei se estou dentro de um bilhete que nunca foi entregue ou numa foto escondida em algum lugar. Eu não sei se sou a saudade de alguém.
Não sei se marquei  ou enlouqueci alguém. Ou se  fui um momento inesquecível.

Mas de uma coisa sei, muitas pessoas fazem parte da minha saudade. Algumas estão guardadinhas dentro de um cd – numa música, num livro, perfume ou apenas na memória. Algumas sabem e outras nem fazem ideia, pois se talvez  soubessem, não seria saudade.  Odete Liber


quarta-feira, 9 de março de 2016

Amig@s



Quando olho meu faceboook constando milhares de amig@s fico pasma. Uau!!
A maioria são amig@s apenas no mundo facebookiano, no virtual. Outr@s a gente tece umas letras no mundo virtual e só. Há outros que mesmo longe, é como se estivessem perto e na primeira oportunidade a gente dá um jeito de se encontrar.  Amizade verdadeira é assim. O tempo passa, a distância separa, mas nada ameniza a saudade, a falta que fazem, porque continuam sendo regadas, cuidadas. Uma mensagem, um e-mail, uma ligação, um encontro, coisas simples e gostosas de fazer e receber.  
Fico intrigada. Como se consegue viver apenas agarrada a um notebook, tablete, celular e seus derivados? Bem, é o mundo atual. Nada de papos, risadas/gargalhadas de perto, falar baboseiras, chorar junto e rir em seguida (sou assim: choro e em seguida volto a rir kkk). Nada de toque, abraço, beijo. Daqui a pouco  a vida vai ser apenas virtual, on line. Credo!
Como sou duas mil e uma, sempre estou de olho no FB, respondendo e-mails (é sou educada e respondo e porque alguns são de trabalho tbm) e continuo meus afazeres/trabalho. Mas não troco por nada um encontro com @s amig@s.  Não me privo da alegria do encontro, do abraço apertado, das risadas e histórias que se conta quando se encontra. Porque isso nos livra do mau humor, da cara ranzinza, faz bem para o coração, para alma.
Quer me ver chata? Quer me ver raivosa? Quer me ver insuportável? Deixe-me com fome, sono e sem amig@s (e aqui nas amizades incluo familiares. É alguns podem ser amig@s kkk). Por isso, sempre é bom reencontrar @s amig@s... E sexta tá chegando, dia de encontro!
Afinal, se a gente não regar nossas plantinhas ou também regar demais, elas morrem. O mesmo vale para nossas relações, é preciso regar, cuidar, apreciar, dar atenção, amar. E isso não custa nada, é tão simples: um sorriso, um bom dia, uma flor catada no jardim do vizinho, uma visita surpresa do tipo “tô aqui na cidade quero te ver” – já me fizeram e faço isso, e te digo é muito bom!). E só para lembrar, há amores que surgem das belas amizades, pois numa amizade sincera a “gente é o que é”, com defeitos e qualidades.
Então, vamos regar nossas relações, incluindo as do mundo virtual, afinal, quem sabe elas não se tornam presencial?
Saudade de vcs, amig@s querid@s!! Amo vcs!!
Odete Liber

domingo, 6 de março de 2016

Dores que não se curam com remedios



"Minha dor e a causa dela. A ninguém ouso falar." (Camões)



Existem muitas dores, umas do corpo que cessam com medicamentos e outras, da alma ou do coração, que não se curam com remédios, não desaparecem com terapias.
A alma, quando dói, só quem sente sabe como é. E não há lágrimas que sejam suficientes e nem sono que consiga amenizar. A percepção de dor para muitos deve ser tátil, porém, as dores do coração/ da alma, não traz marcas no corpo, nem cortes, nem sinais visíveis aos olhos. Mas doem tanto quanto. Já senti umas dores de alma e as vezes ainda sinto. Talvez eu esteja sentindo isso hoje (e não sei porque até o momento)... Algumas dores até parecem mesmo que são eternas outras somem com o amanhecer. 
Paulo resolveu seu problema de dor de alma, dando a ele uma finalidade: para não engrandecer-se diante das revelações recebidas. Ou seja, ele encontrou a justificativa para sua dor da alma. Era para isso que servia seu "espinho na carne", sua dor insuperável, era para evitarq eu ele se sentisse mais e melhor que os outros.
Também tenho tentado achar um propósito para as minhas: aprender a compadecer-me. Já fui muito arrogante e dona de uns pensamentos que não devia ter - pensamentos que me levaram a julgar indevidamente situações e pessoas. Aprendi quando fui julgada indevidamente e a alma doeu muito.
Por isso, ao invés de endurecer-se ou amargurar-se, é preciso buscar o caminho de transformar qualquer problema em bênção. E nessa caminhada da minha pouca existência, conheci muitas mulheres e homens de dores, de testemunho de vida e luta, que sabiam o que era sofrer, mas nunca se entregaram. A força delas/es me acompanha em todas as minhas dores de alma - que, afinal, graças a Deus, não foram e não são tantas...
Aprendi e aprendo que é preciso ver os outros e a si mesmo  com olhos mais humanos e pois há tanta gente com a alma doendo por aí. E o fato de doerem não é porque sejam almas doentes; algumas, inclusive, se fossem sãs, jamais poderiam suportar a insanidade de sua dor.
O salmista, no salmo 42, notando que a dor parecia vencer sua alma, disse: "Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus." (Sl 42.11)  E eu, tenho me feito esse lembrete ao longo da minha vida, quando minha alma se agita, quando meu coração fica inquieto, dolorido. Tento me lembrar dos conselhos bíblicos: “se te afliges no dia da angústia, tua força é pequena”.


Também tenho crido que coragem é admitir o medo, admitir que o coração e alma doem,  e, mesmo assim, continuar, seguir em frente.  Tenho aprendido que perdoar, aceitar, amar e conviver com os seres humanos é uma tarefa difícil, mas se Ele, que era Deus, aceitou isso como uma oportunidade, porque eu devo fazer diferente? Devo fazer o mesmo e com tudo aprender...  E quando a alma dói um pouco mais, trago à memória as palavras: "Eu te aliviarei"! E vou seguindo em frente, mesmo com a alma e o coração despedaçados, porque em algum momento, tudo passará. Pois sei que o Senhor está comigo e tem me tratado, cuidado. Boa semana! Odete Liber


Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!
A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?
As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?
Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão. Fui com eles à casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava.
Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face.
Ó meu Deus, dentro de mim a minha alma está abatida; por isso lembro-me de ti desde a terra do Jordão, e desde os hermonitas, desde o pequeno monte.
Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado sobre mim.
Contudo o Senhor mandará a sua misericórdia de dia, e de noite a sua canção estará comigo, uma oração ao Deus da minha vida.
Direi a Deus, minha rocha: Por que te esqueceste de mim? Por que ando lamentando por causa da opressão do inimigo?
Com ferida mortal em meus ossos me afrontam os meus adversários, quando todo dia me dizem: Onde está o teu Deus?
Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus.
Salmos 42:1-11
 vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?
As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?
Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão. Fui com eles à casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava.
Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face.
Ó meu Deus, dentro de mim a minha alma está abatida; por isso lembro-me de ti desde a terra do Jordão, e desde os hermonitas, desde o pequeno monte.
Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado sobre mim.
Contudo o Senhor mandará a sua misericórdia de dia, e de noite a sua canção estará comigo, uma oração ao Deus da minha vida.
Direi a Deus, minha rocha: Por que te esqueceste de mim? Por que ando lamentando por causa da opressão do inimigo?
Com ferida mortal em meus ossos me afrontam os meus adversários, quando todo dia me dizem: Onde está o teu Deus?
Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus.
Salmos 42:1-11