sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Por trás da Palavra: “QUANDO ENTRAR SETEMBRO!”

Apresentação Musical “Raquel Passos e José Elias” (MPB)

Data: 21 de setembro de 2012 (sexta-feira), às 20h.
Local: Restaurante Filleto
(Avenida Espírito Santo, 07 - Jardim América Cariacica/ ES)
Telefone: (27) 3091-5555.

comidas que fiz e gostei:








Uma voz clama no deserto: Fé na ousadia de Deus!


Uma voz clama no deserto: Fé na ousadia de Deus! (Mc 1,1-8) 

Esta reflexão é sobre o segundo domingo do Advento. Advento é tempo de reflexão diante do plano de Deus para a humanidade. É tempo de refletir como estamos orientando nossas vidas em relação ao propósito de Deus. Advento também é vinda, chegada. Ele vem. Jesus vem!

É um período especial, pois antecede o Natal, e traz nada menos que três desafios à cristandade. Esse período (1) quer nos lembrar do Advento histórico, passado. (2) Quer nos lembrar do Senhor que quer ser, hoje, nosso hóspede, portanto, o aspecto presente. (3) Finalmente, quer nos remeter ao futuro: o aspecto escatológico do mesmo.

O Advento é época de recuperar os grandes feitos de Deus. Eles são fundamentais para a nossa fé cristã e orientadores para a nossa convivência na comunidade e no mundo, em testemunho e serviço. Recuperar os fatos, no Advento, significa, conforme Isaías, novo fascínio, força e vigor para superar nossos cansaços, desesperanças, desânimo, vontade de desistir e cultivar nossa fé - esperança no Senhor. Advento é esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas. É esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante de tantas coisas que afligem nossa alma e ferem nosso corpo.

Advento é, por isso, época de não só pensar em doces e presentes, mas, acima de tudo, é convite para olhar em direção ao que realmente importa, ou seja, a oferta da vida com esperança, em Cristo Jesus. É tempo de encontrar o novo.

O "evangelho" de Jesus não vem dos palácios

Os primeiros versos do Evangelho segundo Marcos retomam a profecia do Antigo Testamento e a conduzem ao Novo, ao evento do Espírito. O Espírito perfaz o novo! Marcos ressalta que Jesus Cristo, o Filho de Deus, é a Boa Nova da salvação para a humanidade. Como o mensageiro antigo (Isaías 52,7), João Batista proclama o alegre anúncio, que culmina em Jesus (Marcos 1,14-15) e ressoa nas comunidades cristãs como apelo a anunciar a mensagem de libertação no mundo inteiro (Marcos 13,10; 14,9).

Sabe-se que, para o evangelista, as palavras e ações de Jesus são "evangelho". "Evangelho" é uma palavra que era utilizada pelas autoridades para anunciar as suas ações. Contudo, para o evangelista Marcos, o "evangelho" de Jesus não vem dos palácios, mas da periferia de Nazaré (W. Marxen). O evangelho é alegria, não é imposto, como o evangelho imperial. Aqui nos é apresentado Jesus Cristo como "Filho de Deus", uma expressão que é central para o Evangelho segundo Marcos (cf. Marcos 1,11; 15,39).

Em seguida, Marcos 1,2-8 apresenta o precursor, João Batista. Jesus está na linha da profecia! João Batista é o profeta anunciado em Isaías. Restaura Israel a partir do deserto, como Moisés o fez com o povo que saiu do Egito, como tinha sido a prática de Elias no Horebe. João Batista, o profeta, tem seu foco no deserto. Para a história de Israel, o deserto é símbolo de vida, de resistência, vida restaurada, nova.

A profecia de João Batista apela à conversão, ao arrependimento. Isso é antiga tradição profética. O arrependimento é o eixo da renovação.

Fé na renovada ousadia de Deus e olhos fixos no futuro

O povo de Deus sempre teve os olhos fixos no futuro, com esperança na vinda definitiva do Senhor (Isaías). Marcos nos chama a olhar à nossa volta e enxergar dentro de nossa história a vinda de Deus: João é o novo Elias (1 Reis 1,8), isto é, a profecia que volta a ser proclamada, o povo se reúne e se organiza para recomeçar como nos tempos do "deserto", enquanto os poderosos se abalam por se sentirem desmascarados (Mateus 3,7). Em Jesus de Nazaré, é Deus mesmo quem opera a restauração das pessoas.

Assim como se deu com Elias, João foi perseguido e morto covardemente, mas a palavra ressurge em Jesus (Marcos 1,14-15; 6,16). Também Jesus foi perseguido e assassinado, mas a caminhada da Palavra prossegue com seus discípulos e discípulas.

Ouvir de Elias, de João, de Jesus... é ouvir falar da renovada ousadia de Deus, a ousadia da liberdade, que não aceita calar-se nunca, nem teme os poderosos do mundo. Sempre de novo a Palavra ressurge para anunciar que são possíveis "novos céus e nova terra" (2 Pedro 3,13; Marcos 1,9-13; 9,2-13). A Palavra volta a levantar-se para denunciar os obstáculos que se antepõem ao propósito de Deus e proclamar que só há uma maneira de viver nessa nova realidade: "endireitar" os caminhos, reconhecer os erros pessoais e coletivos, refazer as relações pelo perdão, a igualdade e a partilha (Lucas 3,10-14). Aí, sim, o "deserto" se transforma em larga estrada, em jardim do Senhor.

O deserto era o lugar onde frequentemente se refugiava quem se sentia à margem do sistema e se punha na oposição. Lá estavam os essênios, pessoas que romperam com o templo e se consideravam vanguarda do novo povo. Para lá se dirigia quem se proclamava profeta ou messias e pretendia organizar a resistência popular. Por lá andavam guerrilheiros (sicários, zelotas) e bandidos. O movimento de João é de protesto e resistência, por isso foi preso e morto. Herodes o temia.

Batismos e rituais de purificações eram práticas comuns no ambiente dos fariseus e dos essênios. No movimento de João não são os sacrifícios que purificam do pecado, mas a confissão e o arrependimento, a mudança de vida. O povo não peregrina em direção ao templo, mas sai das cidades, como num êxodo, em direção ao deserto. É como se fosse preciso sair de novo do Egito, "a casa da servidão". E, pelo Jordão, entrar na Terra Prometida. Sob a expressão "remissão dos pecados" está escondida a antiga esperança da "remissão das dívidas" prevista para o Ano do Jubileu (Levítico 25). O novo tempo anunciado por João é a possibilidade, com Jesus, de restauração radical da convivência do povo em sociedade, segundo os ideais da igualdade e da justiça. Para isso é que se prevê a "imersão" (batismo) no Espírito Santo. Será como passar pelo fogo (Mateus 3,11; Malaquias 3,2) que purifica e destrói, para que algo novo possa surgir. Essa novidade era esperada desde o final do exílio na Babilônia e é dela que falavam profetas e profetisas no grupo de discípulos de Isaías (Is 40-66).

Deus sabe o caminho que devemos andar

João Batista, o precursor, propõe a conversão como meio para preparar o caminho do Senhor e acelerar a chegada de um mundo novo de justiça. Deus caminha pelo deserto da história, ensinando-nos a endireitar as veredas através de gestos solidários de amor e paz.

Dietrich Bonhoeffer dizia: "Eu não entendo os Teus caminhos, Senhor. Mas Tu sabes os caminhos que devo andar!" E é verdade! Deus sabe o caminho que devemos andar. Sabe, quanto mais procuro vivenciar e entender as coisas que Deus quer de mim, mais me surpreende o quanto Deus vem ao meu, ao nosso encontro nas áreas mais essenciais e carentes da vida: "significado, pertencimento, saúde, liberdade e comunidade". É que Deus - que é um Deus de amor e, consequentemente, de salvação - vem ao nosso encontro nas áreas mais necessitadas da existência humana e comunitária.

Por isso, "Ficai atentos, preparem-se". Ficai Atentos! A Esperança não pode esmorecer, mas resistir. Esperança Teimosa! Nascida do discernimento. Construída mesmo no tempo de sofrimento e esmorecimento! O tempo que vivemos é tempo de resistir pela solidariedade ao egoísmo e ao individualismo que nos consomem. Ser sensível é ser humano! Olhar o mundo sem indiferença. Com compaixão e afeto que movam à transformação! Vivamos intensamente este Tempo do Advento! Pois o Advento nos ensina: Não canse de esperar, o que esperamos vai chegar!
Odete Liber de Almeida Adriano
(texto publicado pelo CEBI, no site http://www.cebi.org.br/noticia.php?secaoId=21&noticiaId=2578


Minha pequena Londres...
Quanta saudade dessa cidade linda, d@s amig@s que deixei, mas que continuam no coração...
Via todos os dias a beleza do Lago Igapó...caminhadas, bons papos, amizades... tudo ao redor do lago.

 
 
 
Dia 21 de setembro, ou seja, nesta sexta-feira, é comemorado o Dia Mundial do Alzheimer.
A data, instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS), tem como objetivo promover a conscientização da população sobre o problema. Segundo estimativas da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), a doença afeta cerca de 1,2 milhão de brasileiros, sendo principal causa de demência em pessoas com mais de 60 anos. 
Nos Estados Unidos, esse número pode chegar a cinco milhões de indivíduos diagnosticados. Relatório divulgado, no início de setembro deste ano, pelo Alzheimer's Disease International (ADI) apresentou um dado preocupante, apenas 25% dos portadores sabem que possuem a doença.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012


Quem coloca o futuro nas mãos de Deus não precisa elaborar teorias sobre ele, nem participar dos esquemas e tabelas que calculam com precisão a data do fim do mundo com suas consequências e estragos. Diante da pergunta pelo fim dos tempos, é bom sempre lembrar que não somos fugit@s e nem prisioneir@s deste mundo, não olhamos fixamente para o chão nem perdemos nosso olhar par o infinito vazio. É preciso ter fé e esperança em qualquer tempo. Agir como Lutero, quando lhe perguntaram a respeito do fim do mundo, e como resposta ele disse: "Se eu soubesse que o mundo terminaria amanhã, então ainda hoje plantaria uma macieira". Que tenhamos fé, esperança e amor, para que, como Igreja, e como cristãos/ãs sejamos portadores/as dos sinais do reinado de Deus e que possamos ver no mundo a esperança que o Dia do Senhor proclama. Deus nos abençoe. Odete Liber AAdriano. ODete Liber

Sartre, o gato mais lindo do mundo!!! Amo, amo, amo esse peludo de quatro patas... minha paixão!!
Nietzsche disse: “Minha humanidade é uma contínua superação de mim mesmo. – Mas tenho necessidade de solidão, quer dizer, recuperação, retorno a mim, respiração de ar livre, leve, alegre...” Significa sobreviver às aflições e isso só é possível àqueles/as que se conquistaram a si mesmos e venceram a auto- compaixão/comiseração com o desafio e a grandeza da luta que não cessa.  Odete Liber

Nas coisas simples encontramos a felicidade, e é justamente a coleção das pequenas alegrias que vamos colhendo e celebrando pelo meio do caminho que nos impulsionam a continuar e a crer que Deus está conosco sempre.
Como todos nós, nossa felicidade também é peregrina. Guimarães Rosa sabia disso ao afirmar: “a felicidade não está nem na partida nem na chegada, mas no meio da travessia”.
E já que a vida é infinita enquanto dura, então devemos celebrá-la constantemente fazendo o bem e fazendo isso muito bem. Se a felicidade é peregrina, o bem é definitivo. E no meio disso tudo está a vida, dom de Deus a ser celebrado, a ser desfrutado. Odete Liber
 

 
Estou completamente falido, e sem casa. Contudo, há muitas coisas piores do que isso. Sou totalmente honesto quando te digo que, a sair desta prisão com amargura no coração contra ti ou contra o mundo, prefiro, alegre e prontamente, andar de porta em porta a pedir esmola. Se não conseguisse nada nas casas dos ricos, conseguiria alguma coisa nas casas dos pobres. Aqueles que têm muito são frequentemente avarentos. Aqueles que têm pouco partilham sempre o que têm. Não me importaria nada de dormir sobre a erva fresca, no verão, e quando viesse o Inverno, de me abrigar junto do feno quente de um celeiro, ou no luxo de um estábulo, desde que tivesse amor no coração.
(Oscar Wilde, in De Profundis)


Bom, como não podemos mudar nada no "cosmos", dominar o que se desconhece, é preciso parar, refletir, silenciar-se. Se aceita o 'mistério' e respeita-se o segredo que a vida ainda não nos contou. Talvez o segredo seja parar, não lutar contra. Deixar acontecer e apenas seguir adiante. Decidir se silenciar e nada fazer além de caminhar (pra frente!)!!!!
Continuar a caminhada pela estrada da vida construída, reconstruída; contada e dita de novo a cada novo encontro, diante do velho desafio da esperança renovada no sorriso d@ teimos@.
É preciso seguir adiante, independente da estrada...
E como disse Fernando Pessoa: "Deus costuma usar a solidão Para nos ensinar sobre a convivência. Às vezes, usa a raiva para que possamos Compreender o infinito valor da paz. Outras vezes usa o tédio, quando quer nos mostrar a importância da aventura e do abandono. Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar sobre a responsabilidade do que dizemos. Às vezes usa o cansaço, para que possamos Compreender o valor do despertar. Outras vezes usa a doença, quando quer Nos mostrar a importância da saúde. Deus costuma usar o fogo, para nos ensinar a andar sobre a água. Às vezes, usa a terra, para que possamos Compreender o valor do ar. Outras vezes usa a morte, quando quer Nos mostrar a importância da vida."
É preciso apenas dizer para Deus que apesar da fraqueza, dor, estamos ali frágeis e dependentes.
É preciso seguir adiante mesmo que a estrada não seja tão boa... Afinal, Deus nos dará uma mãozinha, é só orar e confiar. ODete Liber