"Hoje
em dia as pessoas sabem o preço de tudo e o valor de nada."
"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto, como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo..." (Clarice Lispector)
quarta-feira, 17 de junho de 2015
Quem disse que ser adulto/a é fácil??
Não poderia deixar de compartilhar com vocês este texto, da amiga Elizabeth De Fatima Szczygel
Na caminhada da vida perdemos muitos amores pelo caminho, choramos, rismo, mas magnificamente isso se torna positivo na medida em que cada história ensina e nos prepara para o que vem pela frente. Nem todos os amores que encontramos serão vividos intensamente, nem durarão para sempre. Muitos nem precisam.!!
Segue, abaixo, o texto.
"Detesto quando escuto aquela conversa:
- 'Ah,terminei o namoro...
- 'Nossa,quanto tempo?'
... - 'Cinco anos... Mas não deu certo...acabou'
- É não deu...?
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico; que é uma delícia.
E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante...e se o beijo bate... se joga... se não bate...mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
O legal é alguém que está com você por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria compania?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte.
Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim...quem disse que ser adulto é fácil?"
Na caminhada da vida perdemos muitos amores pelo caminho, choramos, rismo, mas magnificamente isso se torna positivo na medida em que cada história ensina e nos prepara para o que vem pela frente. Nem todos os amores que encontramos serão vividos intensamente, nem durarão para sempre. Muitos nem precisam.!!
Segue, abaixo, o texto.
"Detesto quando escuto aquela conversa:
- 'Ah,terminei o namoro...
- 'Nossa,quanto tempo?'
... - 'Cinco anos... Mas não deu certo...acabou'
- É não deu...?
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico; que é uma delícia.
E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante...e se o beijo bate... se joga... se não bate...mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
O legal é alguém que está com você por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria compania?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte.
Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim...quem disse que ser adulto é fácil?"
sexta-feira, 12 de junho de 2015
terça-feira, 9 de junho de 2015
hoje
Hoje, conversando com pessoas queridas, mais uma
vez, me dei conta de que todas as vezes em que pensei ter chegado ao limite,
Deus me deu a chance de dar um passo a mais. Nunca precisei desistir por
completo, sempre acabou acontecendo uma mudança no curso das coisas, uma nova
direção. Às vezes doído demais, sofrido demais, mas um processo que, acredito
eu, tenha ao menos me feito ser menos egoísta, mais compreensiva e menos
exigente.
De vez em quando, acho que entendo quando o povo hebreu, depois de quarenta anos no deserto, não
tinha pés inchados, nem sandálias gastas, nem roupas puídas. É que eles não
poderiam se sentir despidos dos recursos mais vitais até que pudessem trocar o
que tinham por algo novo. Eu também não poderia jamais ter trocado minhas
vestes de luto pelas de louvor enquanto não tivesse chorado as últimas lágrimas
da minha perda. Porque nas vestes de louvor não deveriam mais respingar as
dores passadas... Os tempos de riso às vezes parecem poucos na longa extensão
da existência. Não sei se são, de fato, mas, se forem é mais uma razão para
fazê-los valer a pena. Não basta sorrir pelos cantos, é preciso encher a boca
de riso, sujar o rosto de alegria, como quem come caqui no pé.sexta-feira, 29 de maio de 2015
Ninguém apaga o que está no coração e na memória
Hoje quando olho
pra muitas crianças fechadas em suas casas (apartamentos), passando horas em
frente a tv, sem correr, brincar, aguçar seus sonhos, suas ideias, olho pra o
passado e vejo como corri livre pelos campos, pastos. Parceia que nada tinha
limite na imensidão do mundo. Amava correr de braços abertos, com o vento
batendo no rosto. Amava simplesmente parar e apreciar o mundo que estava a
minha volta: natureza.
A natureza com
suas árvores frutíferas ou não, flores, gramados, rios, fontes, cachoeiras.
Animais ariscos e mansos. Pássaros coloridos.
Tudo era tão
grande diante da minha pequenez!
Como era
gostosos trepar (subir, não pense coisas feias, porque na minha região até hoje
trepar é igual a subir) na árvore e lá comer a fruta. Como era bom deitar numa
pedra em meio ao pasto e ficar olhando para as nuvens e criando coisas,
imaginando histórias. Como era bom olhar o céu azul, ver o sol brilhando. Como era bom brincar de carrinho no terreiro, fazendo estradas com a enxada.
Como era lindo
ver a lua enorme e imaginar que lá
morava alguém, como por exemplo São Jorge.
Como era bonito ver a noite toda estrela, pipocada de estrelas brilhando
e ficar a imaginar como seria se pudesse pegar uma nas mãos.
Como era bom
andar a cavalo mesmo sendo tão
pequenina. Trago na memória o meu Petiço (esse era o nome dele) encilhado, vindo
para um barranco, onde eu já estava a espera dele para montar, e lá saiamos
nós, por horas. Tenho uma foto nele (e até hoje meus olhos ficam mareados de
lágrimas ao lembrar o dia que tive que dele me separar). Meus pais não se
preocupavam com os longos passeios a cavalo, porque onde morávamos não havia trânsito,
poucas pessoas, senão raras, andavam por aquelas estradas e de um lado a outro da
estrada, estavam nossas plantações. Fruto do trabalho de meus pais.
Também me
recordo que minha outra brincadeira preferida era imaginar novos caminhos,
estradas. Isso mesmo! Eu fazia no terreiro de casa (naquela época na fazenda
não se tinha calçada em volta da casa) com a enxada, estradas, criava
verdadeiros labirintos que só eu conseguia decifrar o inicio e o fim.
Eu era
solitária, tímida, magricela, feinha. Não tinha crianças para brincar comigo,
mas isso não me impedia de sonhar e brincar.
Qualquer galho de árvore virava um brinquedo. Até com os bichos eu brincava (vaca, boi, carneiro, cabrito,
porco, galinha, etc)
Amava ficar no
balanço. Minha mãe fez um dentro de casa, na sala, principalmente porque em
dias frios e chuvosos não dava para sair. O bom é que havia muito espaço em
casa. Nossa casa era enorme na época.
Bem, e a tv?
Isso não existia. O máximo era um rádio. Por isso a imaginação corria solta.
Mamãe também
gostava de contar histórias, e eu ficava ali, com os olhos arregalados para
cada palavra que ela ia dizendo. Era a história do Pedro Malazarte, mula sem cabeça, boitatá, lobisomem, mãe
d’água, saci Pererê, caipora, Iara, João e Maria, o lobo e os sete
cabritinhos, o gênio da garrafa, a amoreira, o Flautista de
Hamelin e histórias de vida dela, dos meus avós (que conto outra hora).
Também não havia
os joguinhos (ludo, damas, xadrez, quebra cabeça) que há hoje, então minha mãe
inventava muitos. Um deles que gosto até
hoje é Buzio (feito com milho e nada haver com búzios - sorte) com ele já íamos
aprendendo a somar. Fazia e jogava peteca, criava brinquedos com caixas de
fósforo... Tanta coisa, com tão pouco!
Lembro-me que a
mãe não dizia que havia jogo, nem cor certa para menina e para menino. A mãe
sempre disse que as cores são para todo mundo, assim como as brincadeiras. O
que comprova que Simone de Beauvoir estava certa. Afinal, nós não nascemos
mulheres, nos tornamos mulheres. E olha
que minha mãe nem sabe quem é Simone de
Beauvoir.
Também me
recordo que quando viajávamos de carro eu amava ficar olhando tudo, cada pedaço
da estrada, cada arvore cada pássaro, cada casa, cada animal, cada flor. Encantava-me
quando via as torres elétricas da Copel (quem diria que uma criança iria achar
isso lindo).
É, são memórias
que o tempo não leva e não apaga, pois estão gravadas na memória e no coração.
Pessoas são pessoas através de outras pessoas
Falar de
pedagogia ou educação socioeducativa nesses tempos é de grande valia. Porém
mais que simplesmente escrever e falar, é preciso responder algumas indagações,
principalmente quando se trata de adolescentes em conflito com a lei.
De que forma a prática
pedagógica tem influenciado a permanência na escola de adolescentes que cumprem
medida socioeducativa com privação de liberdade? A permanência na escola faz
diferença ou fará a diferença na vida do adolescente que cumprem medida
socioeducativa com privação de liberdade? Quais os sentidos e significados da “prática pedagógica
internalizados” pelas professoras/es?
São
questionamentos, indagações que muitas vezes não obtém respostas, ou as
respostas são silenciadas, dado o resultado negativo. Porém, é essencial buscar
caminhos, novas formas e jeitos que contribuam para fazer a diferença na vida
de adolescentes que estão a margem da sociedade, cumprindo ou não medida
socioeducativa com privação de liberdade.
Lembrando que é no cenário em que a educação é prática
social e direito de todos, que a prática
pedagógica socioeducativa entra em pauta como um dos mais importantes aspectos
a serem discutidos nesse processo, haja vista ser desenvolvida por professores/as,
pedagogas/os que visam práxis muito mais voltada para a transformação social do
que para a transmissão de conteúdos. É nas interações e através destas que as
pessoas se desenvolvem. Interações que se dão desde o início da vida e através
das quais a criança apreende tudo, desde falar, andar e realizar tudo o que é
rotineiro, até a consciência de si mesma e do outro. O outro é a pessoa que
cuida, ama ou rejeita, é o grupo mais próximo, porém, é também a realidade mais
distante que impregna a vida social. Afinal, “”.
Sabe-se que na prática não há uma formação para os
profissionais da área socioeducativa. A maioria das iniciativa padece de
proposta pedagógica e de estrutura material.
E o
educador/a, professor/a, pedagogo/a é aquele/a que cria condições para que
interações positivas se estabeleçam:, ou seja, do educando com as pessoas
próximas, do educando com a realidade social, do educando com o saber, do
educando com ele mesmo. Por isso que Arendt disse que “O eu é a única pessoa de
quem não posso me separar, que não posso deixar, com quem estou fundido. Logo,
“é muito melhor estar em desacordo com o mundo todo do que, sendo um, estar em
desacordo comigo mesmo”. A ética, não menos do que a lógica, tem sua origem
nessa afirmação, pois a consciência, em seu sentido mais geral, também se
baseia no fato de que posso estar de acordo ou em desacordo comigo mesmo; isso
significa que não só apareço para os outros, mas para mim mesmo.”
Nesse sentido todas as atitudes, sejam, repressiva, ou que venha a
negar a dignidade ao sujeito e que não permita um encontro consegue mesmo, não
será educativa. É por isso que o ECA prevê em todas as etapas o respeito aos
direitos da criança e do adolescente, que deve ocorrer desde o momento do
contato com a polícia até o final do cumprimento da medida socioeducativa, que
nada mais é do que o tratamento justo, firme e respeitoso, pois isso sim, será um tratamento educativo, que culminará em
mudança de atitude por parte do educando, adolescente. terça-feira, 26 de maio de 2015
A vida começa todos os dias para quem tem esperança
I
TESSALONICENSES 5.1-11 - JUIZES 4.1-7- MATEUS 25.14-30
As leituras propostas tem em comum a vigilância e o preparo para o dia do juízo.
Mateus conta a parábola dos
talentos. Mostrar que o dia do Senhor pode demorar (tardar), mas chegará
inesperadamente para o ajuste de contas entre Deus e os seres humanos. Nesse
dia, o Senhor nos perguntará o que fizemos durante o tempo que ele nos concedeu
com os talentos que ele nos confiou.
Em I Tessalonicenses 5.1-11 é
acentuado que não importa o dia em que o senhor voltará, mas sim, importa que,
quando o Senhor vier, ele encontre seus fiéis sóbrios e vigilantes.
No texto de Juízes, a tarefa da
vigilância pode significar ações bem concretas da vida cotidiana. Requer
participação, disposição para servir, por parte de homens e mulheres chamd@s
cristãos/ãs.
Diante da pergunta pelo fim dos
tempos, a preocupação de Paulo quando escreve aos irmãos e irmãs de Tessalônica
é de caráter poimênico. Seu objetivo principal não é ensinar e sim pastorear,
cuidar. O que Paulo te a dizer sobre o futuro não é nenhum projeto a respeito
do fim do mundo, nenhum tratado teológico, mas visa pastoralmente seu
leitores/as. Ele quer que eles e elas se consolem (5.11), admoestem (5.12) e
edifiquem-se mutuamente (5.11).
Também hoje em dia vive-se em
aflição em relação ao futuro. Eu sempre me pego preocupada com o futuro. Em
muitos aspectos, o futuro tem feições apocalípticas: a perspectiva de
destruição global é concreta (guerra nuclear, catástrofes naturais em todos os
cantos desse mundo e outros). As reações a isso diferem: desde a apatia, fuga
da realidade (também mediante os mais diferenciados tipos de drogas, vícios,
dificuldades da vida) ou até mesmo o ativismo exagerado (dentro e fora da
igreja). Por um lado, diz-se que estamos destruindo a terra, por outro, somos
chamados a salvá-la. Isso gera uma sobrecarga em nós, nas pessoas.
O texto nos lembra de que o futuro
de Deus não é feito com o que nós produzimos. É Deus mesmo que o prepara e nos
oferece a possibilidade de participar dele. Nesse tempo de espera, o texto
destaca dois pontos chaves:
1-Somos filh@s da luz e do
dia. É uma afirmação teológica. Isso agente não consegue perceber apenas
olhando para dentro de nós. É preciso que alguém de fora nos diga isso e
que nos entreguemos em fé e confiança a
essa verdade. Quando olhamos para dentro de nós mesmo e ao redor,
frequentemente nos deparamos com noite escura, escuridão. Sempre de novo
experimentamos que escuridão nos agarra, que as sombras se lançam sobre nosso
coração e nossa mente e nos deparamos com caminhos escuros, difíceis, que
muitas vezes não nos possibilitam nenhum futuro.
Contra essa experiência de vida, o
texto faz uma afirmação ousada: "Vós sois filh@s da luz e do dia".
Isso significa que nossos caminhos não terminam na escuridão e nossa vida não
está destinada à ruína ou a perdição, mas a um viver "em união com
Ele". Deus, em Jesus, iluminou nossa existência. Através de Jesus sabemos
quem somos e a quem pertencemos. Nós temos o nosso lugar junto dele. E por
isso, nossa vida e o nosso futuro não
precisam nos angustiar (apesar de que as vezes isso acontece), porque Deus quer
cuidar da nossa vida e do nosso futuro.
Paulo busca animar a comunidade a
viver diante da incerteza e a olhar com esperança para o futuro de Deus, ao
invés de elaborar teorias sobre ele. O Novo ser d@s batizad@s (a nova
existência) deve ser orientado pela esperança fé em Deus/Jesus.
2-
"Assim, pois, vigiemos e sejamos sóbrios." Quem coloca o futuro nas mãos
de Deus não precisa elaborar teorias sobre ele, nem participar dos esquemas e
tabelas que calculam com precisão a data do fim do mundo com suas consequências
e estragos.
Diante da pergunta pelo fim dos
tempos, é bom sempre lembrar que não somos fugit@s e nem prisioneir@s deste
mundo, não olhamos fixamente para o chão nem perdemos nosso olhar par o
infinito vazio. É preciso ter fé e esperança em qualquer tempo. Agir como
Lutero, quando lhe perguntaram a respeito do fim do mundo, e como resposta ele
disse: "Se eu soubesse que o mundo terminaria amanhã, então ainda hoje
plantaria uma macieira".
Que tenhamos fé, esperança e amor,
para que, como Igreja, e como cristãos/ãs sejamos portadores/as dos sinais do
reinado de Deus e que possamos ver no
mundo a esperança que o Dia do Senhor proclama. Deus nos abençoe.
Pa. MS. Odete Liber de A. Adriano
Tempos em que precisamos de algo mais
Tempos
em que precisamos de algo mais
Quando ligo a TV, ou pego uma
revista para folhear (cultura inútil), me deparo com modelos e padrões de moda,
seja na maneira de vestir, seja, no modelo de porte físico, cor do cabelo,
magra, alta, etc. Depois, vem a questão de que tod@s devemos ser bem sucedid@s
na vida. Não há lugar para perdedor/a. É preciso ter muito. O ser já não
importa. Tudo é muito rápido e passa quase sem deixar vestígio da sua
ocorrência.
Nessa loucura da vida atual, vem à
sensação de vazio, de eterna busca "do não sei o que". O ser humano perde-se em si mesmo, já não
sabe muitas vezes quem é, para que veio e para onde vai.
E com isso, às vezes bate a porta
de nossa vida uma sensação de que algo nos falta. É a sensação de que nos faz
lembrar que somos humanos, por isso vivemos esse emaranhado de emoções. O sentido
da vida não pode ser inventado, tem de ser descoberto na caminhada da vida. O
mundo nos diz que é preciso correr contra o tempo, é preciso ter, ter... E o
relógio não para: tic, tac, tic, tac..
É como diz Leonardo Boff: “Para
onde vamos, já que sabemos tão pouco de onde viemos e apenas um pouco do que
somos? As respostas nos fazem corajosos ou covardes, felizes ou trágicos,
esperançosos ou indiferentes”.
Recordo-me que uma amiga querida
sempre diz: "A vida é um circulo". E isso tem sentido. É uma
afirmação circular, que significa que vida nos confronta com desafios e, à
medida que o indivíduo se torna capaz de enfrentá-los, ele cresce como pessoa e
encontra sentido. Pois todo ser humano tem a liberdade de mudar a qualquer
instante. O ser humano é capaz de mudar o mundo para melhor, se possível, e de
mudar a si mesmo para melhor, se necessário. E nós sabemos que quanto mais a
pessoa se esquece de si mesma — dedicando-se a servir uma causa ou a amar outra
pessoa — mais humana será e mais se realizará. E diz Eclesiates: “E compreendi
que não há felicidade para o homem a não ser a de alegrar-se e fazer o bem
durante sua vida. E, que o homem coma e beba, desfrutando do produto de todo o
seu trabalho, é dom de Deus” (Ec 3.12 e 13)
E vale lembrar que o livro de Eclesiastes foi escrito por um homem em crise. Alguém que não
estava satisfeito com as respostas do senso comum religioso de sua época. Seu
discurso revela uma inquietude com a vida em todas as suas dimensões. É uma
pessoa crítica que, mesmo sem saber, fez análise de conjuntura e colocou
questões cruciais para a existência humana, especialmente em sua vertente
religiosa. A filosofia nos ensina (e a Bíblia também) que o ser humano sábio é aquele
que tem mais perguntas do que respostas.
Com isso também me recordo de Jó.
Jó, um dos personagens que mais representa o sofrimento absurdo, ou como
poderíamos dizer, ele era o campeão em sofrimento, a medalha de ouro. Lembremo-nos
que o sofrimento, de certo modo, deixa de ser sofrimento no instante em que
encontramos nele um sentido. Voltemos a Jó. Com ele vemos e aprendemos muitas
coisas. Com Jó, temos a superação dos medos em relação ao destino, porque ele
reage contra as teologias que aumentam o sofrimento (lei da retribuição), e propõe
uma ação solidária dos seres humanos como sujeitos de sua própria história
coletiva e individual, e resgata uma nova experiência de Deus, um Deus que
caminha com seu povo, ao seu lado. Vale citar, que antes Jó enfrentou, a face
desse Deus que ele ousou interrogar no seio da tempestade e de quem recebeu uma
palavra à altura: “Quem é esse que obscurece meus desígnios com palavras sem
sentido? Onde estavas, quando lancei os fundamentos da terra? Dize-mo, se é que
sabes tanto” (Jó 38,2.4).
Vive-se hoje numa sociedade que
cobra tanto do ser humano que às vezes é difícil viver tranquilamente. As
pessoas vivem num constante emaranhado de emoções e exigências, como se a vida
fosse uma constante tempestade, que é difícil continuar a caminhar com
tranquilidade. E com isso, somos confrontad@s como Jó, com uma busca de sentido.
E como ele, somos convocad@s a nos cingirmos, tateando uma nova maneira de se
situar nesse mundo.
E se tivermos
coragem, talvez possamos descobrir, no final, que o vazio que sentimos muitas
vezes, pode ser resolvido com pequenos atos e gestos. Ajudando o próximo,
ganhando um abraço paertado, um bom papo,
uma boa gargalhada, encontrar uma amig@ que ha tempos não se via, um
abraço apertado, uma boa noticia que ha tempos se espera.... Nas coisas simples
encontramos a felicidade, e é justamente a coleção das pequenas alegrias que
vamos colhendo e celebrando pelo meio do caminho que nos impulsionam a
continuar e a crer que Deus está conosco sempre. Como todos nós, nossa
felicidade também é peregrina. Guimarães Rosa sabia disso ao afirmar: “a
felicidade não está nem na partida nem na chegada, mas no meio da travessia”.
E já que a vida é
infinita enquanto dura, então devemos celebrá-la constantemente fazendo o bem e
fazendo isso muito bem. Se a felicidade é peregrina, o bem é definitivo. E no
meio disso tudo está a vida, dom de Deus a ser celebrado, a ser desfrutado. Pa.
Odete Liber
terça-feira, 19 de maio de 2015
The Piano Guys A Thousand Years
Depois de uma terça com cara e jeito de segunda (rs), nada melhor que ouvir boa música... 'The Piano Guys' executando a famosa A Thousand Years, de Cristina Perri.
sábado, 16 de maio de 2015
Sempre
indago: “Como viver o absoluto, essa dimensão inerente a toda
existência?” E logo respondo: ‘’Com intensidade, luta, fé, garra,
esperança, apreciando tudo que é belo e simples desse mundo a nossa
volta”.
Acreditando sempre que tudo dará certo. Com isso me recordo da afirmação que ouvi uma vez: "Nunca subestime aquilo que Deus pode fazer por meio de alguém como você..." É, como eu! Com falhas, defeitos, totalmente imperfeita, na busca de ser uma pessoa melhor, mais humana a cada dia, com um coração que sangra cada vez que se sente injustiçada ou vê a injustiça e dor dos outros.... Que busca oportunidade, apesar de muitas vezes não as tê-las...
Por isso, nessa caminhada da vida, sigo vivendo intensamente o absoluto, sigo descansando sob o cuidado de Deus, deixando a vida fluir com tudo que ela tem, seja bom ou não. Procuro não acalentar preocupações com o dia de amanhã (apesar de já ter sofrido muito ao pensar no futuro que nem sei se virá). Mas hoje, sei que no decorrer da vida, tenho experimento e experienciado o amor e o cuidado de Deus em todas as circunstâncias. Por isso, gratidão à vida, já que ela é uma dádiva de Deus e um dom a ser vivido e compartilhado intensamente! Que venha o final de semana, mais uma semana, que venha com o que vier... Deus está comigo e com você, Ele me fortalece. Nos fortalece sempre!!! ODete Liber
Acreditando sempre que tudo dará certo. Com isso me recordo da afirmação que ouvi uma vez: "Nunca subestime aquilo que Deus pode fazer por meio de alguém como você..." É, como eu! Com falhas, defeitos, totalmente imperfeita, na busca de ser uma pessoa melhor, mais humana a cada dia, com um coração que sangra cada vez que se sente injustiçada ou vê a injustiça e dor dos outros.... Que busca oportunidade, apesar de muitas vezes não as tê-las...
Por isso, nessa caminhada da vida, sigo vivendo intensamente o absoluto, sigo descansando sob o cuidado de Deus, deixando a vida fluir com tudo que ela tem, seja bom ou não. Procuro não acalentar preocupações com o dia de amanhã (apesar de já ter sofrido muito ao pensar no futuro que nem sei se virá). Mas hoje, sei que no decorrer da vida, tenho experimento e experienciado o amor e o cuidado de Deus em todas as circunstâncias. Por isso, gratidão à vida, já que ela é uma dádiva de Deus e um dom a ser vivido e compartilhado intensamente! Que venha o final de semana, mais uma semana, que venha com o que vier... Deus está comigo e com você, Ele me fortalece. Nos fortalece sempre!!! ODete Liber
quinta-feira, 14 de maio de 2015
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