segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Verdades e mentiras


Há algum tempo que decidi que seria a sinceridade em pessoa. Gostem ou não!
Mentir, nem pensar! Nem aquelas mentirinhas consoladoras. Nem meias verdades.
Um milhão de vezes a verdade, mesmo que doa. Mesmo que minha alma fique partida, quebradinha, aos pedaços. A verdade é muito melhor, porque a gente fica livre pra decidir qual caminho seguir e buscar, com o tempo, a  cura para as ( minhas) feridas.
O normal na vida (deveria ser) sempre a verdade. E educar as crianças com a verdade, ou seja, falando sempre a verdade, sendo sincero. Porém, no fim das contas, a mentira sempre chega. Chega para “evitar” um castigo, para alcançar um objetivo, para nos adaptarmos a uma situação.
E esquecemos que basta uma mentira só, para se colocar em dúvida todas as verdades. E ficamos frágeis, sem força... sem valor!
Claro que todos nós já mentimos, já dissemos nossas meias verdades.
Lógico que quando alguém nos pergunta “como nós estamos”, responderemos que estamos “maravilhosamente bem”, mesmo que seja mentira e que estejamos passando por um momento ruim, compreendemos que é um simples formalismo sem muita importância. E também as pessoas não precisam ficar sabendo das nossas dores e mazelas a toda hora.
O que me refiro é a mentira, que machuca, fere, esconde. Existem pessoas que fazem uso da mentira porque temem a verdade, pois esta causa dor, ou então, porque a verdade tem consequências que afetem a pessoa de um modo que não se quer.
Quero lembrar, porque sempre me lembro, que a mentira nos faz prisioneir@s e nos condena a viver uma vida vazia. Uma vida falsa, carente de autenticidade, e digo mais, carente de liberdade.
Lógico que tod@s nós sofremos com os comportamentos e as atitudes daquelas pessoas que dizem que nos amam, mas que colocam um véu sobre nossos olhos enquanto repetem que tudo está bem. Que não está acontecendo nada… As famosas mentirinhas piedosas. Também não gosto delas. Elas não são aceitáveis. Pois uma mentira piedosa ou mentira que busca consolo nunca será tolerável. Nunca vi uma mentirinha fazer bem, porque sempre doerá.
Ninguém tem o direito de agir de forma paternalista a ponto de pensar que a outra pessoa não é “válida”, não conseguirá suportar a dor da verdade, ou não é merecedora de conhecer a verdade. Ou imaginar que a verdade não será suportável pela outra pessoa.
Mentiras piedosas não fazem bem pra nenhuma pessoa, nem pra quem conta e nem pra quem a ouve. Isso é falta de maturidade, de habilidade social, carência de empatia, cuidado para com a vida.
Sabe, manter qualquer relação, seja ela de qualquer vínculo: familiar, de amizade ou de relacionamento amoroso, implica manter códigos éticos essenciais: respeito, compreensão e integridade emocional consigo mesmo e com a outra pessoa. E a verdade deve ser primordial.
Eu sempre fico imaginando que a mentira faz doer mais (por experiencia), desqualifica quem a prática e humilha quem a recebe. Isso gera sofrimentos e desencantamentos, porque, acreditemos ou não, as falsidades, como o sol da manhã, sempre aparecem. E será muito mais dolorido, porque trará consigo outros sentimento como o fato de ser “enganad@”...
Já me disseram que é impossível praticar essa “sinceridade inflexível” que nada cala e tudo revela. Que isso é péssimo! Pois bem, tenho me sentindo muito bem por ser a “sincerona”. Me sinto mais  leve, tranquila, sem receio de nada. Me sinto até mais forte, porque essa sinceridade me permite crescer, escolher o caminho que desejar, porque nessa caminhada da vida, as relações (pra mim) já não cabem mentiras nem silêncios que escondem realidades. Prefiro a vida como ela é: nua e crua, e eu decido o que fazer, para onde ir... Odete Liber

Nenhum comentário:

Postar um comentário