Há algum tempo que decidi que seria
a sinceridade em pessoa. Gostem ou não!
Mentir, nem pensar! Nem aquelas
mentirinhas consoladoras. Nem meias verdades.
Um
milhão de vezes a verdade, mesmo que doa. Mesmo que minha alma fique
partida, quebradinha, aos pedaços. A verdade é muito melhor, porque a gente
fica livre pra decidir qual caminho seguir e buscar, com o tempo, a cura para as ( minhas) feridas.
O normal na vida (deveria ser)
sempre a verdade. E educar as crianças com a verdade, ou seja, falando sempre a
verdade, sendo sincero. Porém, no
fim das contas, a mentira sempre chega. Chega para “evitar” um castigo, para alcançar um objetivo, para
nos adaptarmos a uma situação.
E
esquecemos que basta uma mentira só, para se colocar em dúvida todas as
verdades. E ficamos frágeis, sem força... sem valor!
Claro que todos nós já mentimos,
já dissemos nossas meias verdades.
Lógico que quando alguém nos
pergunta “como nós estamos”, responderemos que estamos “maravilhosamente
bem”, mesmo que seja mentira e que estejamos passando por um momento ruim,
compreendemos que é um simples formalismo sem muita importância. E também as
pessoas não precisam ficar sabendo das nossas dores e mazelas a toda hora.
O que me refiro é a mentira, que
machuca, fere, esconde. Existem pessoas que fazem uso da mentira porque
temem a verdade, pois esta causa dor, ou então, porque a verdade tem consequências que afetem a pessoa de um modo que não
se quer.
Quero lembrar, porque sempre me
lembro, que a mentira nos faz prisioneir@s e nos condena a viver uma vida vazia.
Uma vida falsa, carente de autenticidade, e digo mais, carente de liberdade.
Lógico que tod@s nós sofremos com
os comportamentos e as atitudes daquelas pessoas que dizem que nos amam, mas
que colocam um véu sobre nossos olhos enquanto repetem que tudo está bem. Que não está acontecendo nada… As famosas
mentirinhas piedosas. Também não gosto delas. Elas não são aceitáveis. Pois uma
mentira piedosa ou mentira que busca consolo nunca será tolerável. Nunca vi uma
mentirinha fazer bem, porque sempre doerá.
Ninguém
tem o
direito de agir de forma paternalista a ponto de pensar que a outra pessoa não
é “válida”, não conseguirá suportar a dor da verdade, ou não é merecedora de
conhecer a verdade. Ou imaginar que a verdade não será suportável pela outra
pessoa.
Mentiras piedosas não fazem bem
pra nenhuma pessoa, nem pra quem conta e nem pra quem a ouve. Isso é falta de
maturidade, de habilidade social, carência de empatia, cuidado para com a vida.
Sabe, manter qualquer relação,
seja ela de qualquer vínculo: familiar, de amizade ou de relacionamento amoroso,
implica manter códigos éticos essenciais: respeito, compreensão e integridade
emocional consigo mesmo e com a outra pessoa. E a verdade deve ser primordial.
Eu
sempre fico imaginando que a mentira faz doer mais (por experiencia), desqualifica
quem a prática e humilha quem a recebe. Isso gera sofrimentos e
desencantamentos, porque, acreditemos ou não, as falsidades, como o sol da
manhã, sempre aparecem. E será muito mais dolorido, porque trará consigo outros
sentimento como o fato de ser “enganad@”...
Já me disseram
que é impossível praticar essa “sinceridade inflexível” que nada cala e tudo
revela. Que isso
é péssimo! Pois bem, tenho me sentindo muito bem por ser a “sincerona”. Me
sinto mais leve, tranquila, sem receio
de nada. Me sinto até mais forte, porque essa sinceridade me permite crescer, escolher
o caminho que desejar, porque nessa
caminhada da vida, as relações (pra mim) já não cabem mentiras nem silêncios
que escondem realidades. Prefiro a vida como ela é: nua e crua, e eu decido o
que fazer, para onde ir... Odete Liber
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