Quarenta dias para
refletir e caminhar de maneira diferente.
Quarenta dias para andar
devagar, para aprendermos mais uma vez com a história sempre nova da cruz:
paixão de sangue que termina em luz.
Quarenta dias que nos
falam ainda de desprezo e agonia, de solidão e injustiça. De alianças
impossíveis e de mãos que se lavam; de subornos e traições e de tantas
negações.
Quarenta dias que nos
ensinam que onde tudo parecia perdido ainda é possível o milagre; onde a noite
parece eterna sempre volta ao amanhecer; onde a fé parece vencida sempre se
pode voltar a crer.
Quarenta dias para olhar
a vida daquele que foi e é a Vida. Quarenta dias para o arrependimento e a
busca.
Quarenta dias que são
poucos para tratar de reencontrar o sentido da nossa própria existência,
desafiada pelas palavras, silêncios, gestos e olhares; as marcas, os passos, os
descansos, as festas, as comidas e os jejuns de Jesus, o Cristo do amor e da
ternura.
Quarenta dias para
descobrir uma vez mais, que aquilo que começa com cinzas culmina em
ressurreição de esperanças e sonhos novos e horizontes de plenitude. (Geraldo Oberman)
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