A gratidão é uma virtude grandiosa.
Por isso eu me esforço muito para cultivá-la. ODete
"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto, como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo..." (Clarice Lispector)
terça-feira, 7 de abril de 2015
confesso
Confesso que há dias em que é muito
difícil parar a mente para meditar, refletir.
Mas eu me esforço para isso. E, nos
instantes de silêncio, marcados pela luta incessante para sobrepujar
pensamentos carregados de ansiedade, medo, angustia, sonhos que são apenas
sonhos, coração abatido, dolorido, e então vislumbro a imensa Força que há
por trás de toda essa inquietude.
É preciso ser forte e buscar Força do alto
para seguir caminhando... E é neste momento que o mundo faz sentido, mesmo que eu continue imersa nesse emaranhado de incertezas e medos. oDete
os amantes
Os amantes não se encontram finalmente nalgum lugar.
Eles sempre estiveram um dentro do outro.
Eles sempre estiveram um dentro do outro.
Mesmo que sem nunca terem estados juntos... Foram amantes do coração e da alma, mais forte que tudo...
dá medo
Dá medo revelar
tudo sobre nós mesmos. Dá medo falar do que se passa em nosso coração e mente.
Dá medo contar os segredos que só vc sabe...
O medo faz com
que nos contenhamos. É certo? É errado? Talvez!!
Mas é bom se
precaver, não é seguro contar todos os nossos segredos, medos, angustias... Não
podemos nos expor a todos, só pra Deus tá bom!!
E, se bem que se
a verdade for exposta, teremos que encara-la... e encara-la é enfrentar as consequências
que dela virá...
terça-feira, 24 de março de 2015
o amor nos mobiliza
O amor de Deus nos mobiliza, não nos dá sossego, nos põe a experimentar
sapatos alheios para ver onde é que eles verdadeiramente nos apertam.. Não
podemos ficar em nosso marasmo, não nos cabe permanecer indiferentes ao mundo,
porque conforme canta Mercedes Sosa: “Eu só peço a Deus que a dor não me seja
indiferente...”
E eu digo: Só sabe o que é o amor quem experimentou Deus. Quem busca meramente a realização pessoal ou a autogratificação viverá um amor insosso, sem sabor (como chuchu.).
O amor é doação, é gratuidade. Não basta praticarmos o amor, é preciso crer no amor de Deus por nós e pelo mundo. E crer, ter fé que vence o mundo implica um fazer. Odete Liber
E eu digo: Só sabe o que é o amor quem experimentou Deus. Quem busca meramente a realização pessoal ou a autogratificação viverá um amor insosso, sem sabor (como chuchu.).
O amor é doação, é gratuidade. Não basta praticarmos o amor, é preciso crer no amor de Deus por nós e pelo mundo. E crer, ter fé que vence o mundo implica um fazer. Odete Liber
Lança teu pão sobre a face das águas, porque
depois de dias o encontrará. (Eclesiastes 11.1).
Posto nessas palavras, meu coração foi tomado de
calma e certeza. Calma, porquanto senti que deveria me lançar, sem temor, sobre
o oceano da vida. Certeza, pois compreendi que, pela direção do Espírito de
Deus, eu reencontraria minha vida.
E dali em diante tem sido assim: Pão sobre as
águas. Lanço fora o medo e, sem medo, me lanço sobre as águas. E depois de dias
me reencontro com o sentido da minha vida.
Odete Liber
domingo, 8 de março de 2015
A vida é aquilo que...
"A vida é aquilo que acontece para você enquanto está ocupada fazendo outros planos."
sou água que
"Quem anda no trilho é trem de ferro. Sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito. (Manoel de Barros)
domingo, 1 de março de 2015
Semear esperança, por dias melhores
Semear esperança, por dias melhores - Eclesiastes 11:1
Lança teu pão sobre a face das águas, porque depois
de dias o encontrará. (Eclesiastes 11.1).
A vida é feita de
medos, anseios, incertezas. Às vezes em maior ou menor intensidade. Lógico que em dados momentos passamos por tempestades
que inundam e sufocam a nossa terra: vida. Momentos que não conseguimos nem
mesmo respirar, tamanho são os problemas que vem sobre nós. Mas o Senhor nosso Deus em meio a essas problemáticas
nos convida a “SEMEAR”. Então, frente às incertezas da vida, semear na
esperança de dias melhores.
Assim, quando estou em momentos difíceis, coloco nessas
palavras, meu coração, e então sou tomada pela calma e certeza. Calma,
porquanto sento que devo me lançar, sem temor, sobre o oceano da vida,
seguindo, plantando e crendo que há esperança. Certeza, pois compreendi que,
pela direção do Espírito de Deus, eu reencontro minha vida.
E tem sido assim: Pão sobre as águas. Lanço fora
o medo e, sem medo, me lanço sobre as águas, seguindo, plantando, semeando na
esperança de dias melhores, sempre. Odete Liber
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Quaresma e jejum
Quaresma e jejum
A Quaresma é um período
de valorizar as memórias dos tempos bíblicos, em especial o jejum e a oração,
tão importantes para a fé cristã. É um período de ouvir a palavra de Deus com
devoção e compromisso, de recordar o sofrimento e a morte de Jesus Cristo em
favor de todos e de preparar a Páscoa do Senhor. Pode-se afirmar que a Quaresma
tem três objetivos: o memorial, o teológico litúrgico e a atualização.
Como memorial
rememora-se o tempo de deserto: os quarenta anos que o povo hebreu viveu no
deserto após ter sido libertado da escravidão do Egito e ter-se colocado a
caminho da terra prometida. Lembramos também os quarenta dias que Jesus, o Cristo
de Deus, passou “no deserto”, preparando-se para enfrentar as tentações, a fim
de vencer o sofrimento e a morte e ressuscitar para a vida eterna com Deus. Em
sua dimensão teológico-litúrgica, a Quaresma representa um tempo especial
(quarenta dias) para dedicar-se à oração, ao jejum e à penitência, que são
auxílios pedagógicos para o sincero arrependimento e a correção de vida. A
celebração da Quaresma em toda a sua riqueza litúrgica e profundidade teológica
também levará a uma autêntica celebração da Páscoa.
A dimensão da
atualização convida cada pessoa a “tomar a sua cruz e seguir a Jesus” para que
a Quaresma tenha o seu ápice na
celebração da ressurreição de Cristo. A Páscoa representa a passagem que nos
conduz “do erro para a verdade, do pecado para a retidão, da morte para a vida”
(Livro de Oração Comum, p. 76). Renovamos, assim, a nossa fé na futura
ressurreição dos mortos, pois a ressurreição de Cristo é o penhor e a garantia
da nossa ressurreição, porque “se Cristo não ressuscitou não temos nada para
anunciar e vocês não têm nada para crer” (1 Co 15,12ss).
A Quaresma é, portanto,
o período em que refazemos a viagem final de Jesus a Jerusalém que desemboca em
sua paixão e morte: seu ato derradeiro de amor por nós. Por isso tudo
refletimos, oramos e jejuamos.
Além disso, desde os
primórdios da Igreja cristã, uma maneira especial de preparar-se para a Páscoa,
durante a Quaresma, é o jejum. A prática
do jejum é, na verdade, um costume muito antigo praticado em muitas religiões.
No Antigo Testamento, inúmeros textos mostram que o jejum era uma prática
bastante comum, realizada em diversas ocasiões e com vários objetivos, tais
como:
Como
confissão de pecado: 1Sm 7,3-6; Ne 9,1-3; Jl 2,12-13; Jn 3,5-9
Para
humilhar-se diante de Deus: 1Rs 21,27-29
Em
situações de profunda tristeza e luto: Ne 1,1-4; 1Sm 31,13, 2Sm 1,11-12;
12,15-23; Sl 135,13-14
Para
buscar orientação e ajuda divina: Ed 8,21-23; 2Cr 20,1-4; 2Sm 12,15-23 e Et
4,6.
Mas a religião
ritualizada oficial deturpou, com o decorrer do tempo, o autêntico valor do
jejum, de modo que os profetas tiveram que denunciar certa prática do jejum
como sendo hipocrisia. O verdadeiro sentido do jejum se havia desvirtuado.
Encontramos críticas proféticas bastante duras, por exemplo, em Is 58,3-4 e Jr
4,11-12. O jejum se havia tornado um gesto automático sem nenhum significado
espiritual, um ritual sem vida, uma lei a ser cumprida.
Textos do Novo
Testamento nos revelam que também Jesus criticava certas práticas impostas por
escribas e fariseus, quando essas práticas se haviam transformado em mera
repetição de ritos que escondiam a face amorosa e misericordiosa de Deus (Mt
9,13; Mc 7,1-23). Jesus não queria que o povo vivesse somente para cumprir as
pesadas leis impostas por escribas e fariseus (Mt 23,4; Mc 2,27; Lc 13,15-17).
Embora criticasse o
ritualismo, o próprio Jesus não deixou de praticar o jejum, como durante os 40
dias no deserto (Mt 4,2). Mas ele não insistiu em que seus discípulos o
fizessem. Ao realizar o jejum, Jesus tampouco repetiu os gestos costumeiros, ou
seja: não lavar o rosto nem alinhar os cabelos, cobrir-se de cinza, etc. Antes,
ele ensinou que o jejum não deve ter o objetivo de impressionar os outros (Mt
6,16-18); ele deve ser, pelo contrário, um momento de comunhão com Deus e vir
acompanhado de oração.
Quando os discípulos de
João e os fariseus quiseram saber por que Jesus não impunha o jejum aos seus
discípulos (Mt 9,14-15), ele responde, em forma de pergunta retórica, que
quando o noivo está na festa, os convidados não necessitam jejuar. Mas virá a hora
em que o noivo terá que partir; aí, então, se quiserem, poderão jejuar.
A igreja cristã não tem
por objetivo restaurar uma religiosidade repressiva nem insistir na prática de
um mero ritual ou no cumprimento de uma lei. Mas creio que, no atual contexto, é
importante lançar um desafio: Que tal retomarmos a prática do jejum como gesto
de preparação para a Páscoa? Um gesto com o qual podemos expressar que somos
pequenos e dependentes de Deus? Torna-se cada vez mais importante, em nossa
sociedade agitada, termos um período de autoconhecimento, purificação, busca de
equilíbrio e crescimento espiritual. Do desafio faz parte buscar um motivo pelo
qual gostaríamos de fazer um jejum.
Existem pessoas que aproveitam o período da Quaresma para abster-se de
consumo de algo: alguns decidem abster-se do consumo de carne, outros de
bebidas alcoólicas, outros de televisão. Também há pessoas que deixam de fazer,
durante o período, uma das refeições diárias, destinando o valor “poupado” para
a compra de alimentos para uma instituição que preste serviço social aos mais
pobres. Certamente ainda há outros bons motivos para jejuar no âmbito da
Igreja.
Na quaresma Deus nos
prepara para vivermos mais uma vez a experiência da páscoa, atualizando-a em
nossas vidas e experimentando o poder de sua ressurreição sobre a morte que nos
rodeia. Como cristãs e cristãos somos chamad@s, na época da Quaresma, a
caminhar, junto com Jesus, o caminho na direção da cruz e da Páscoa. Isso
significa que temos que encarar tudo aquilo que pode separar-nos do amor de
Deus e da vida em solidariedade e o jejum é uma possibilidade de ir ao encontro
desse chamado.
A todos e todas uma
abençoada época de Quaresma!
Sônia
Gomes Mota, Pastora da IPU
Odete Liber de AAdriano - teóloga e pastora
Bibliografia:
CALVANI, Carlos Eduardo
B. Entre o púlpito e a universidade: sermões de um professor de teologia. São
Paulo: ASTE, 2006.
MESTERS, Carlos. A
prática do jejum. Liturgia diária. www.freicarlosmesters.com.br. Acesso dia 31
de janeiro às 12h e 30 min.
WHITE. F. James. Introdução ao culto cristão. 2. ed. São
Leopoldo: Sinodal, 1997.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
domingo, 8 de fevereiro de 2015
pensando...
Esses dias tem sido de muita correria,
cansaço... E talvez por isso sempre acordo exausta. Porém, em nenhum momento tenho me esquecido
de falar com Deus e agradecer a Ele por tudo.
E claro, peço para que minhas forças sejam renovadas, para que eu cumpra
com meus afazeres no trabalho, em casa.
Com tudo isso me vem a indagação: “Onde
você busca a aprovação para sua vida?”
De inicio foi apenas um
questionamento, uma pergunta vã, depois aos poucos a gente vai reelaborando,
analisando e tudo vai se “norteando”. Em conversas em todos os espaços com
mulheres, a fala é a mesma: emagrecer. As receitas são inúmeras. Desde o chá
seca barriga à mais nova moda que é noz da Índia. Parece que a vida é só isso,
e tudo depende disso.
Eu sei que as mulheres ao serem bombardeadas
pela mídia, revistas, outdoors, parecem viver numa eterna luta contra a
balança, uma busca sem fim pela beleza que as torna refém dela. O sexo é usado
como válvula de escape para relacionamentos descartáveis ou extraconjugais. As
amizades passam a ser uma vitrine ou trampolim para algo que nos interessa. O
desejo pelo consumo se torna algo inatingível. E a vida passa a ser uma
loucura, vazia, dolorida!
Porém, é preciso mudar o foco da vida!
É preciso buscar equilíbrio e isso a
gente encontra quando nos sentimos bem conosco. Quando temos paz interior. E quando nos sentimos bem interiormente,
sentimos a graciosidade de Deus em nós, as opiniões, os elogios e as críticas de
outras pessoas passam a ter um significado diferente, pois Deus nos dá equilíbrio,
tranquilidade, paz.
Mas como ter essa paz interior?
Bem, pra mim essa paz vem da comunhão, das conversas que tenho com Deus e acima
de tudo, quando meu coração está tranquilo. Lógico que tenho duvidas, receios,
e a certeza nunca vem de forma cristalina,
clara. Creio ser sensato possuir
dúvidas. Contudo, procuro me guiar pelo versículo que diz “Que a paz de
Cristo seja o juiz em seus corações” (Col. 3:15a). Tenho tentado seguir mais
minhas intuições, pois quando estamos conectadas a Ele, a resposta
vem pela paz que sentimos em nós.
Percebo e ouço muitas pessoas
aguardando sinais concretos e palpáveis, porém “a principal maneira como
Deus fala conosco é através de nossos pensamentos e sentimentos, que são
nossos, mas não tiveram origem em nós.” (Dallas Willard citado por Ed René
Kivitz. Talmidim. São Paulo: Mundo Cristão, 2012. p. 35).
Somo seres humanos, mulheres amadas
por Deus, e não podemos deixar que as muitas “ditaduras da sociedade” moldem
nossa vida. E que as muitas vozes que ouvimos não venham a interferir em nossa
vida, coração mente, alma. É preciso não
deixar se levar por qualquer vento...
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