quinta-feira, 4 de abril de 2013

é preciso tocar os corações


Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
 Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
 E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Cora Coralina

 

quinta-feira, 28 de março de 2013

salmo 23

O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta

Salmo 23

O salmista começa este lindo poema com uma expressão de confiança: “Eu reconheço a quem pertenço, pois o ’Senhor é o meu pastor’”. Em João 10.2-3, Jesus diz que o pastor verdadeiro é aquele que entra pela porta, chama as ovelhas pelos seus nomes e é seguido por elas para fora, em direção às pastagens. Em uma rápida pesquisa em meios de informação sobre a criação de animais, fiz algumas descobertas interessantes sobre a ovelha. Ela é capaz de guardar a imagem de uma pessoa ou sua voz na memória por cerca de 2 anos. Cientistas mediram a movimentação cerebral das ovelhas diante de alguns rostos, durante certo tempo. Depois, retiraram as imagens. Ao passá-las novamente, a cada vez que um rosto já apresentado surgia, havia uma onda cerebral correspondente. Que interessante é pensar que as ovelhas lembram-se de seu pastor; são capazes de memorizar sua voz e seu rosto, como os animais domésticos fazem. Isso também significa que elas podem se tornar mais dóceis, mais amáveis à medida em que mais se relacionam com seu pastor. O nosso convívio com Deus nos tem tornado mais dóceis, mais amáveis? Ou continuamos endurecidos como ovelhas que não têm pastor?
Ouvi também uma história de um homem que, visitando a Palestina, deparou-se com um curral de ovelhas no qual três pastores diferentes guardaram seus rebanhos juntos. No dia seguinte, pela manhã, o homem, curioso, foi ver como os pastores separariam suas ovelhas. Calmamente, o primeiro chegou, começou a entoar uma canção e determinado grupo de ovelhas o seguiu. O segundo e o terceiro fizeram o mesmo, até não restar ovelha no curral. Como eles fizeram isso? As ovelhas reconheceram suas vozes e espontaneamente os seguiram, pois sabiam quem era o seu pastor.  Jesus afirma em João 10.5: “Nunca seguirão um estranho, na verdade fugirão dele, porque não reconhecem a voz dos estranhos”. Será então que temos sido ovelhas verdadeiras? Quantos dentre nós já não seguiram outras vozes e foram para o descampado, se perderam nos penhascos da vida? Quantos não têm ouvido a voz de seu próprio sentimento ou vontade? A voz do mundo, a voz do diabo? Reconhecemos o pastorado de Deus em nossa vida ou agimos como se não tivéssemos conhecido a Ele, nem guardado Sua voz ou Sua face, reveladas nas Escrituras, em nosso coração? Que tipo de ovelhas temos sido? (H.B.T.)
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Senhor, queremos, neste fim de ano, renovar Contigo nossos votos de seguimento. Queremos estar na Tua presença, renovados pelo Espírito Santo, para que sejamos ovelhas que conhecem seu Pastor. Amém!

Poema: Nada era dele (Gioia Junior)

A propósito da Páscoa 


Disse um poeta um  dia,
fazendo referência ao Mestre amado:
"o berço que Ele usou na estrebaria,
por acaso era dele? Era emprestado!

E o manso jumentinho,
que em Jerusalém chegou montado
e palmas recebeu pelo caminho,
Por acaso era dele? Era emprestado!

E o pão - o suave pão,
que foi por seu amor multiplicado
alimentando a multidão
Por acaso era dele? Era emprestado!

E os peixes que comeu junto ao lago,
ficando alimentado. Esse prato era seu? Era emprestado!

E o famoso barquinho?
Aquele barco em que ficou sentado
Mostrando à multidão qual o caminho
Por acaso era seu? Era emprestado!

E o quarto em que ceou ao lado dos discípulos
Ao lado de Judas  que o traiu, de Pedro, que o negou
Por acaso era dele? Era emprestado!

E o berço tumular, que depois do calvário foi usado
de onde havia de ressuscitar
Por acaso era dele? Era emprestado!

Enfim, nada era dele!
Mas a coroa que Ele usou na cruz era dele!
E a cruz que carregou e onde morreu,
Essas eram de fato de Jesus! "

Isso disse um poeta certa vez,
numa hora de busca da verdade;
mas não aceito essa filosofia
que contraria a própria realidade.
 
O berço, o jumentinho, o suave pão,
os peixes, o barquinho, a sepultura e o quarto
eram dele a partir da criação;
Ele os criou - assim diz a Escritura;
mas a cruz que Ele usou, a rude cruz,
a cruz tosca e mesquinha,
onde meus crimes todos expiou,
essa cruz não era sua! Essa cruz era minha!