"É curioso como não sei dizer quem sou.
Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer.
Sobretudo tenho medo de dizer
porque no momento em que tento falar
não só não exprimo o que sinto, como o que sinto
se transforma lentamente no que eu digo..." (Clarice Lispector)
quinta-feira, 28 de março de 2013
Poema: Nada era dele (Gioia Junior)
A propósito da Páscoa
Disse um poeta um dia,
fazendo referência ao Mestre amado: "o berço que Ele usou na estrebaria,
por acaso era dele? Era emprestado!
E o manso jumentinho,
que em Jerusalém chegou montado
e palmas recebeu pelo caminho, Por acaso era dele? Era emprestado!
E o pão - o suave pão,
que foi por seu amor multiplicado
alimentando a multidão Por acaso era dele? Era emprestado!
E os peixes que comeu junto ao lago,
ficando alimentado. Esse prato era seu? Era emprestado!
E o famoso barquinho? Aquele barco em que ficou sentado
Mostrando à multidão qual o caminho Por acaso era seu? Era emprestado!
E o quarto em que ceou ao lado dos discípulos
Ao lado de Judas que o traiu, de Pedro, que o negou Por acaso era dele? Era emprestado!
E o berço tumular, que depois do calvário foi usado
de onde havia de ressuscitar Por acaso era dele? Era emprestado!
Enfim, nada era dele! Mas a coroa que Ele usou na cruz era dele! E a cruz que carregou e onde morreu,
Gostaria de mandar pra turma da IURD, rsrsrs. Mas, vou copiar e colocar em meu face!
ResponderExcluirExcelente texto!