No início de uma relação tudo são
flores, mimos, carinhos, detalhes. Depois de um certo tempo, se começa a pensar
que os pequenos detalhes já não são mais importantes, e por isso, são
dispensáveis. Só que não!!! Não são não!!
Não importa quanto tempo você está
com alguém. Se um mês ou 10, 20 anos. Os detalhes sempre serão importantes,
valiosos. Os pequenos gestos farão a diferença na vida e na caminhada. Uma frase
simples como “uau, você está bonita”, ou
“você é importante pra mim”, “sinto sua falta”, “trouxe isso pra você”, “vou te
ajudar hoje nos afazeres da casa”... Relacionamento é como uma planta, uma casa,
um carro, precisa de manutenções regulares, de cuidado. E cuidar e manter,
nesse caso, nada mais é do que ser capaz de dizer, fazer e também ouvir coisas simples,
que até parecem sem sentido ou repetitivas. É ouvir as reclamações e reclamar
também. É reclamar mas também mudar.
Ok, tudo bem, não é fácil, porém não
é impossível. E é, não é à toa que falam por aí que a prática leva à perfeição,
pois ninguém pode ser bom de fato em alguma coisa, sem dedicação de corpo e
alma. Sem se estar apaixonad@ e encantad@ pelo que faz! Isso serve para uma
relação.
Uma relação em que o casal (os dois e
não só um) não prima pela repetição de pequenos gestos, erra e erra feio. Não
adianta ficar numa busca incessante pelo novo, o anseio incontrolável por
novidade, porque isso só levará o casal ao total esquecimento do que é
essencial. Não estou dizendo que o novo não faz bem, mas que é necessário
equilibrar, nem oito e nem oitenta. Combinar o novo com gestos simples do
cotidiano. Gestos simples do cotidiano é
aquele “bom dia”, o agradecimento “muito
obrigad@”, o elogio, as demonstrações de apoio, carinho.
Sabe, abrir mão da urgência desses
detalhes é antecipar a cerimônia de adeus, do fim. É antecipar brigas, indiferença.
Alicerçar os laços afetivos não é
apenas ir ao cinema, ao restaurante ou
viajar juntos. Alicerçar e sedimentar uma relação é estabelecer o diálogo, o
prazer da companhia através da palavra, da conversa mesmo que banal. É rir um
do outro, é surpreender com pequenos gestos, é se fazer presente mesmo ausente.
Quando não há conversa, a intimidade
se quebra, inclusive a intimidade dos corpos, do sexo. Porque não há tesão que
resista à degeneração do diálogo, do cuidado, da surpresa, do afeto. Sabe, a
relação começa a findar-se quando tem inicio a falta de afeto, quando começa o
desprezo pelas coisas pequenas. O silêncio só vira ouro, quando a palavra que
escolhemos não dizer for de chumbo. Por isso, não reprima, não se esqueça de
valorizar o que é simples, o que nada custa em termos financeiros (não que você
não deva dar um belo presente ao seu amor). Como é bom ter o brilho no olhar,
o sabor gostoso do beijo, a sensação confortável de uma mão aquecendo a outra
numa noite fria na volta pra casa ou sobre o prazer de dividir o cobertor no
sofá em tarde de chuva, vendo um filme. Lembre-se que cada sílaba importa, cada
olhar encanta, o sorriso toca fundo o coração e o beijo gostoso é o carinho de
alguém que está dispost@ a dividir a vida...
E como dizia Rubem Alves
“Aquilo que está escrito no coração
não necessita de agendas porque a gente não esquece. O que a memória ama fica
eterno.”
“Será possível, então, um triunfo no
amor? Sim. Mas ele não se encontra no final do caminho: não na partida, não na
chegada, mas na travessia.”
Então, construa uma caminha, uma travessia cheia de
cuidado, gentileza e simplicidade... E claro, que seja reciproco... Caso
contrário, não! ODete Liber