terça-feira, 18 de março de 2014

yanni 2013 The finest tunes

        

 I can't explain the wonder I feel when I listen to it. Just amazing!

Baraka



Baraka é um filme de 1992, não narrado, realizado por Ron Fricke Baraka
sobre a Terra e sobre a vida, uma colecção de fotogramas tirados aos
mais belos fenómenos da natureza, às mais memoráveis paisagens, às obras
arquitectónicas mais sonantes e aos rituais mais inesquecíveis do
Mundo. Sim, Baraka tem muitas das coisas que todos devíamos ver antes de
morrer: a aurora boreal, as Cataratas Vitória, ou o Mausoléu de
Shah-e-Cheragh.

O filme/documentário foi filmado 23 países
diferentes: Argentina, Brasil, Camboja, China, Equador, Egipto, França,
Hong Kong, Índia, Indonésia, Irão, Israel, Itália, Japão, Quénia,
Kuweit, Nepal, Polónia, Arábia Saudita, Tanzânia, Tailândia, Turquia e
EUA.

O filme é simplesmente belo. Uma escolha de imagens de
tirar o fôlego, bem encadeadas e pertinentemente acompanhadas pela
banda-sonora. É como se fossêmos os olhos de Deus ao debruçar-se do Céu e
ao observar durante hora e meia o que crio, suspirando por ter tido tão
belo momento de génio.

Mas não se pense que o filme se faz só
das coisas boas da vida. Existem também os guetos, as guerras, as
explosões dos poços de petróleo na primeira Guerra do Iraque, ou a
devastação da Amazónia. No entanto, até estes episódios são retratados
com uma poética graciosa, como se estes acontecimentos fossem também
simples factos da vida. E como a vida é bela, também estes
acontecimentos são belos.

O Valente não é Violento

VOCÊ VIVE NO PASSADO, NO FUTURO OU NO PRESENTE?


O agora é o único momento que existe, mas não devemos esquecer que ele fica entre o antes e o depois, possuindo raiz no passado, mas preparando a mala para o futuro.

É como numa viagem: dependendo do lugar para onde vamos, escolhemos a bagagem que precisamos levar. Muitas vezes fazemos as malas de qualquer jeito, abarrotando-as de coisas, e ela acaba ficando pesada, dificultando nosso percurso.

Quantas vezes não fazemos a mesma coisa em nossa vida, carregando coisas desnecessárias, tornando-a pesada e difícil!
Portanto, preste atenção naquilo que você está colocando em sua mala de viagem. Este é o momento em que você pode preparar sua bagagem. É você quem escolhe o que quer levar.

Sua mala terá o peso da bagagem que você colocar dentro dela. Na hora de preparar suas malas, coloque nelas só o necessário.

OCÊ ÀS VEZES VIRA PELO AVESSO COMO PIPOCA?

 Observe a pipoca na panela. Conforme o óleo vai esquentando, as pipocas vão estourando e virando pelo avesso - umas até pulam para fora da panela!
Tem gente que é assim, como grão de pipoca: vai esquentando, esquentando... e chega uma hora em que explode pra valer, assustando até aqueles que vivem à sua volta e que não esperavam pela explosão.
O fogo representa todas as sensações que experimentamos nas diversas situações da vida e que vão provocando desconforto interior. À medida que nos vemos nessas situações, comportamo-nos como os grãos de pipoca que vão esquentando: uma agitação interior vai tomando proporção dentro de nós até chegar o ponto de mudarmos de comportamento, explodindo como pipoca. Nessas circunstâncias, em que a temperatura interior é alta, uma pessoa calma pode se tornar agressiva, uma pessoa prudente pode agir de modo inconsequente. E muitas vezes não sabemos como será a nossa reação em dados momentos, circunstâncias.
Cuidado! Assim como o fogo eleva a temperatura dos grãos de pipoca até que eles explodem, você também pode estar aumentando sua temperatura interior conforme alimenta sentimentos que a qualquer instante podem levar você a uma explosão.
Para não explodir como pipoca, é preciso desligar o fogo que aumenta sua temperatura interior. Se acalmar, orar, refletir, andar, para então seguir...


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

EDUARDO GALEANO - Carta al Señor Futuro















Para começar bem essa semana...Eduardo
Galeano. Vale a pena ler.


Prezado Senhor Futuro,



Com a minha maior consideração: 



Estou lhe escrevendo esta carta para pedir-lhe um favor. O senhor saberá desculpar-me o incômodo. 



Não,
não tema, não é que queira conhecê-lo. O senhor há de ser muito
solicitado, haverá tanta gente que quererá ter o prazer; mas eu não.
Quando alguma cigana me toma a mão para ler-me o porvir, saio correndo
em disparada antes que ela possa cometer tal crueldade.




E,
no entanto, você, misterioso senhor, é a promessa que nossos passos
perseguem querendo sentido e destino. E é este mundo, este mundo e não
outro mundo, o lugar onde o senhor nos  espera. A mim e aos muitos que
não acreditamos nos deuses que nos prometem outras vidas nos mais
longínquos hotéis de Mais Além.




E
aí está o problema, senhor Futuro. Estamos ficando sem mundo. Os
violentos o chutam, como se fosse uma bola. Jogam com ele os senhores da
guerra, como se fosse uma granada de mão; e os vorazes o espremem, como
se fosse um limão. A este passo, temo, mais cedo do que tarde, o mundo
poderá ser não mais do que uma pedra morta girando no espaço, sem terra,
sem ar e sem alma.




Disso
se trata, senhor Futuro. Eu lhe peço, nós lhe pedimos, que não se deixe
desalojar. Para estar, para ser, necessitamos que o senhor siga
estando, que o senhor siga sendo. Que o senhor nos ajude a defender a
sua casa, que é a casa do tempo.




Quebre-nos esse galho, por favor. A nós e aos outros: aos outros que virão depois, se tivermos depois. 



Saúda-te atentamente, 



Um Terrestre



Eduardo Galeano