quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Vigilância e o preparo para o dia do juízo

TESSALONICENSES 5.1-11 - JUIZES 4.1-7- MATEUS 25.14-30
13/11/2011 -
As leituras propostas tem em comum a vigilância e o preparo para o dia do juízo.
Mateus conta a parábola dos talentos. Mostrar que o dia do Senhor pode demorar (tardar), mas chegará inesperadamente para o ajuste de contas entre Deus e os seres humanos. Nesse dia, o Senhor nos perguntará o que fizemos durante o tempo que ele nos concedeu com os talentos que ele nos confiou.
Em I Tessalonicenses 5.1-11 é acentuado que não importa o dia em que o senhor voltará, mas sim, importa que, quando o Senhor vier, ele encontre seus fiéis sóbrios e vigilantes.
No texto de Juízes, a tarefa da vigilância pode significar ações bem concretas da vida cotidiana. Requer participação, disposição para servir, por parte de homens e mulheres chamd@s cristãos/ãs.
Diante da pergunta pelo fim dos tempos, a preocupação de Paulo quando escreve aos irmãos e irmãs de Tessalônica é de caráter poimênico. Seu objetivo principal não é ensinar e sim pastorear, cuidar. O que Paulo te a dizer sobre o futuro não é nenhum projeto a respeito do fim do mundo, nenhum tratado teológico, mas visa pastoralmente seu leitores/as. Ele quer que eles e elas se consolem (5.11), admoestem (5.12) e edifiquem-se mutuamente (5.11).
Também hoje em dia vive-se em aflição em relação ao futuro. Eu sempre me pego preocupada com o futuro. Em muitos aspectos, o futuro tem feições apocalípticas: a perspectiva de destruição global é concreta (guerra nuclear, catástrofes naturais em todos os cantos desse mundo e outros). As reações a isso diferem: desde a apatia, fuga da realidade (também mediante os mais diferenciados tipos de drogas, vícios, dificuldades da vida) ou até mesmo o ativismo exagerado (dentro e fora da igreja). Por um lado, diz-se que estamos destruindo a terra, por outro, somos chamados a salvá-la. Isso gera uma sobrecarga em nós, nas pessoas.
O texto nos lembra de que o futuro de Deus não é feito com o que nós produzimos. É Deus mesmo que o prepara e nos oferece a possibilidade de participar dele. Nesse tempo de espera, o texto destaca dois pontos chaves:
1-Somos filh@s da luz e do dia. É uma afirmação teológica. Isso agente não consegue perceber apenas olhando para dentro de nós. É preciso que alguém de fora nos diga isso e que  nos entreguemos em fé e confiança a essa verdade. Quando olhamos para dentro de nós mesmo e ao redor, frequentemente nos deparamos com noite escura, escuridão. Sempre de novo experimentamos que escuridão nos agarra, que as sombras se lançam sobre nosso coração e nossa mente e nos deparamos com caminhos escuros, difíceis, que muitas vezes não nos possibilitam nenhum futuro.
Contra essa experiência de vida, o texto faz uma afirmação ousada: "Vós sois filh@s da luz e do dia". Isso significa que nossos caminhos não terminam na escuridão e nossa vida não está destinada à ruína ou a perdição, mas a um viver "em união com Ele". Deus, em Jesus, iluminou nossa existência. Através de Jesus sabemos quem somos e a quem pertencemos. Nós temos o nosso lugar junto dele. E por isso, nossa vida e o  nosso futuro não precisam nos angustiar (apesar de que as vezes isso acontece), porque Deus quer cuidar da nossa vida e do nosso futuro.
Paulo busca animar a comunidade a viver diante da incerteza e a olhar com esperança para o futuro de Deus, ao invés de elaborar teorias sobre ele. O Novo ser d@s batizad@s (a nova existência) deve ser orientado pela esperança fé em Deus/Jesus.
2- "Assim, pois, vigiemos e sejamos sóbrios." Quem coloca o futuro nas mãos de Deus não precisa elaborar teorias sobre ele, nem participar dos esquemas e tabelas que calculam com precisão a data do fim do mundo com suas consequências e estragos.
Diante da pergunta pelo fim dos tempos, é bom sempre lembrar que não somos fugit@s e nem prisioneir@s deste mundo, não olhamos fixamente para o chão nem perdemos nosso olhar par o infinito vazio. É preciso ter fé e esperança em qualquer tempo. Agir como Lutero, quando lhe perguntaram a respeito do fim do mundo, e como resposta ele disse: "Se eu soubesse que o mundo terminaria amanhã, então ainda hoje plantaria uma macieira".
Que tenhamos fé, esperança e amor, para que, como Igreja, e como cristãos/ãs sejamos portadores/as dos sinais do reinado de Deus e que possamos ver  no mundo a esperança que o Dia do Senhor proclama. Deus nos abençoe.
Odete Liber de A. Adriano

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Cozinhar é coisa das bruxas e magos


 
Quando estou triste, cansada ou feliz, umas das coisas que me dá alegria, paz e me faz sentir-me bem comigo, com o outro, é cozinhar... Inventar pratos diferentes, seguir receitas, criar novos sabores, com temperos diferentes e depois: provar, se deliciar com tudo. Comer é mais que matar a fome, é aventura, prazer, é ficar feliz, alegre, é ter vida!  E como disse Ruben Alves:
Quem pensa que a comida só faz matar a fome está redondamente enganado. Comer é muito perigoso. Porque quem cozinha é parente próximo das bruxas e dos magos. Cozinhar é feitiçaria, alquimia. E comer é ser enfeitiçado. Sabia disso Babette, artista que conhecia os segredos de produzir alegria pela comida. Ela sabia que, depois de comer, as pessoas não permanecem as mesmas. Coisas mágicas acontecem. E desconfiavam disso os endurecidos moradores daquela aldeola, que tinham medo de comer do banquete que Babette lhes preparara. Achavam que ela era uma bruxa e que o banquete era um ritual de feitiçaria. No que eles estavam certos. Que era feitiçaria, era mesmo. Só que não do tipo que eles imaginavam. Achavam que Babette iria por suas almas a perder. Não iriam para o céu. De fato, a feitiçaria aconteceu: sopa de tartaruga, cailles au sarcophage, vinhos maravilhosos, o prazer amaciando os sentimentos e pensamentos, as durezas e rugas do corpo sendo alisadas pelo paladar, as máscaras caindo, os rostos endurecidos ficando bonitos pelo riso, in vino veritas… Está tudo no filme A Festa de Babette. Terminado o banquete, já na rua, eles se dão as mãos numa grande roda e cantam como crianças… Perceberam, de repente, que o céu não se encontra depois que se morre. Ele acontece em raros momentos de magia e encantamento, quando a máscara-armadura que cobre o nosso rosto cai e nos tornamos crianças de novo. Bom seria se a magia da Festa de Babette pudesse ser repetida… ” (Ruben Alves).
 

domingo, 30 de setembro de 2012

Em algum momento o milagre vai acontecer


Nessa caminhada da vida, há momento em que achamos que tudo parou. Que somos as pessoas mais azaradas e que até gato preto tem medo de passar por nós dado o nosso azar! Nenhuma porta se abre, muito menos uma janela! E por isso no sentimos cansad@s, desanimad@s. É nesse momento que devemos olhar para os muitos relatos bíblicos, e com fé, crer que as coisas vão mudar em nossa!
Nesses momento olho lá para Genesis e testemunho de fé de Abraão e Sara. Relato que nos apresenta os momentos de abalo da fé, mas, que apesar de tudo, continuaram a crer que o milagre era possível, que a promessa seria cumprida. E isso é o principal desse relato: continuar confiando/crendo na promessa apesar das evidencias contrarias. A grandeza da estória reside no fato de que Abrão enfrenta o abalo da fé. Em seguida dou uma passad em Hebreus e me deparo com a fé que é capaz de ver o invisível, que é o fundamento e a prova das coisas que não se veem. A fé nos ensina a confiar incondicionalmente nas promessas de Deus, porque Deus honra sua palavra. Fé é dependência, é confiança, é coragem, é esperança. Os nossos antepassados testemunharam o que é fé e isso nos é relatado. Eles viram, ouviram e viveram sua fé.
 Percebo então que vida e fé ficam fundidas numa só coisa. A experiência de vida das pessoas,  sejam elas cristãs ou não, acontece através de ações libertadoras e também opressoras. A experiência acontece em nosso mundo concreto. A experiência de vida e fé torna as pessoas mais maduras, pelo menos é isso que se espera. Sei que nos dias hoje falar de fé às vezes é complicado. Concentramos-nos demais nos “resultados concretos e comparativos” e esquecemos que muitas coisas podem acontecer pela fé. Fé é milagre!! Ficamos olhando para a vida de outras pessoas, como elas conseguem tanta coisa e a gente nada. Isso nos faz sentirmo-nos pequen@s, perdedores/as. E quando isso acontece, é preciso ver o mundo com os olhos da fé de Abrão e sua luta. Ele aprendeu a ler a realidade não com o critério do que se pode tocar, ver e controlar, mas com a medida Daquele que pode romper com o presente exausto e abrir novas possibilidades. Rudolf Otto, um teólogo criou a expressão mysterium tremendum  e mysterium fascinosum para se referir aos 2 tipos de experiência de fé com o sagrado. É o que vemos nos exemplos bíblicos em Hebreus e em toda a Bíblia. Momentos dramáticos, quando populações escravizadas decidem dispor-se a seguir um novo líder sem garantias, mas com expectativas que a situação presente de dor, sofrimento e humilhação iria mudar, tudo isso pela fé, que era a única garantia. E com essa garantia peregrinaram movidos pela utopia da terra que mana leite e mel, construindo ali sua vida por seguidas gerações. E o segundo é o Deus em que  os sonhos e esperanças são ancorados. É o Deus vivo, Deus forte e poderoso porque deixa de ser apenas de um povo e passa a ser o deus de todos, podendo ser adorado, amado do lugar onde estiverem seus filhos.
Não importa como você esteja: feliz, triste, chei@ de problemas, etc e tal. Basta que você tenha fé no Deus que você crê. Na fé dada por Jesus, você já participa no reino de Deus. Muitos fatos ameaçam matar a fé do ser humano em Cristo Jesus. Mas a fé é teimosa, ela se agarra à promessa do Evangelho. E, por isso ter fé, é viver apesar dos golpes que sofremos ou das crueldades que acontecem a nossa volta e às vezes em nossa vida. É preciso continuar, sem desanimar. Em algum lugar da caminhada algo maravilhoso vai acontecer e sua vida, nossa vida vai mudar! Que Deus nos ajude a vencermos tudo aquilo que nos impede de crer Nele!
Odete Liber

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

vamos tomar um café?

Vem tomar um café comigo?
Nessa tarde ensolarada,

Pra podermos conversar,
Relembrar a adolescência,
Nossos contos aventuras,
Que faz bem ao coração,
Venha! Entre!
O café eu vou fazer,

Já botei água no fogo,
 E o leite esta á ferver,
 Com torradas, e biscoitos,
Muita prosa, pra contar, Celebrar aqueles tempos.
 Mas que época bonita!
Lembra da escola?

Das paqueras? Das festinhas, bailinhos,
A que tempo tão gostoso!
Espere-me um minutinho,

 Vou o meu café passar, Mas me diga que eu te ouço,
Eu já volto pra falar,

Que o café está quase pronto
Para a gente degustar. Conversar, sonhar!
 

Chata?

Bem, tenho tido uma fase de chatice, mas não é o tempo todo não. Porque eu durmo ... kkkk

Má educação

A falta de 'educação', gentileza é explicada pelo  filósofo Immanuel Kant quando afirma:
"O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele".

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Evangelizar: coisa para apaixonado - Lucas 10:1-12, 16-20

Evangelizar: coisa para apaixonado - Lucas 10:1-12, 16-20
Nos 3 textos para o nosso domingo, deparamo-nos com o Evangelho e a missão/evangelização. Muitas outras denominações também tem no seu tema de trabalhado a missão/evangrlização: “Missão de Deus: nossa paixão”, ou ainda,  “Viver a missão, com-paixão” e nosso bispo também tem nos falado muito em missão com paixão. E hoje, nos deparamos com o mesmo tema nesse domingo.
Isaias é considerado o evangelista do AT. Porém, seu livro não contém apenas evangelho. Em muitas passagens há lei na mais dura acepção do termo. Mas no texto de hoje, o evangelho aparece em todo o seu esplendor. A idéia presente em nosso texto de Isaias é a de alegria por causa da misericórdia e bondade de Deus. Deus que salva o seu povo. Por isso todos podem se alegrar. “Jerusalém será como uma mãe”.
Já no Evangelho de Lucas, temos a descrição da missão dos 70 discípulos de Jesus. Os discípulos são enviados pois a seara é grande e os trabalhadores são poucos. Faltam trabalhadores e o trabalho não é fácil. Mas Deus quer que a pregação seja feita para salvar todos. Sua misericórdia é grande. É o relato de uma ação evangelizadora.
E na epistola de Gálatas é afirmado o que realmente vale é ser nova criatura. Isto Cristo conquistou na cruz para todos nós. A misericórdia está sobre os que, como novas criaturas, andam nos caminhos do Senhor. Aquele que semeia para o Espírito colherá vida eterna.
Todos os nossos textos trazem uma leitura conjunta. O AT e o NT fala da alimentação, grande seara. Também fala-se em farta amamentação. A boa nova é para todos, não é exclusividade minha ou sua. Agora com isso, me recordo das palavras do bispo Roger, da Nova Zelândia, que disse: “Os anglicanos... tem um mandamento que guardam com maior alegria, que é o conselho dado aos 3 discípulos: “Não digam nada a ninguém”. O segredo messiânico é algo que temos guardado muito bem.”
Mas também as palavras do bispo Tutu: Missão, evangelização, não é o que nós fazemos, mas o que Deus faz. É o que o povo de Deus faz ao testemunhar seus feitos em sua vida, e é as vezes tão simples como tomar um cafezinho com um colega ou amigo.
O evangelho de hoje é precedido de 3 breves diálogos. Mostra pessoas que tinham vontade de seguir a Jesus, porém queriam adiar a sua resolução definitiva. Jesus disse a eles que não tinha onde reclinar a cabeça, disse também que era para eles deixarem os mortos sepultarem os seus mortos, e ninguém que, tendo colocado a mão no arado, que olha para trás  é apto para o reino de Deus. Palavras fortes, pelo menos pra mim! E após tudo isso, Jesus nos retrata a missão, a evangelização.
Jesus tinha tomado o caminho para Jerusalém, como nos conta o texto. Os 70 agiriam e falariam em nome e em lugar de Jesus. Tinham uma tarefa, conforme o verso 9.
Ele agora comissiona vocês; ele agora recruta a cada um de vocês para este exército que prega as “boas novas” e a paz. . Jesus não nos envia ao mundo de mãos vazias. Ele tem algo maravilhoso a nos dá, com a finalidade de ajudar no cumprimento de nossa missão.
Deus quer utilizar-se de pessoas humanas para transformar situações e vidas. O Deus de Israel não é um Deus que, com uma varinha de condão, interfere magicamente no destino das pessoas, dispensando a atuação humana. E para alcançar seus objetivos, Deus convoca os seus. Somos todos chamad@s. Somos chamd@s para relatar não apenas acontecimentos passados, mas acima de tudo mostrar que o Deus de Israel, o nosso Deus, é um Deus misericordioso com o seu povo. Deus acontece na vida das pessoas, e em nossa vida, através de outras vidas.
O Espírito de Deus se move entre o povo e move o povo por meios muito próprios, que desafiam nossas análises. Sempre somos unilaterais e marcados por nossa própria visão e conceitos sobre a vida e Deus.  Com isso perdemos a visão mais ampla da vida que inclui seus mistérios e os gestos pequenos e simples que dão origem a suas grandes torrentes. Interessante salientar que o Espírito Deus age por aí, sem violentar os códigos culturais e dando preferência aos gestos que, entre o povo geram sinais de que a vida é sempre possível.
Os enviados tinham que seguir algumas orientações  para evitarem distrações no meio do caminho e com isso, o serviço fosse deixado de lado. È como se fossemos realizar um trabalho a beira mar, ou numa cidade belíssima e resolvêssemos dar uma voltinha pelos lugares, tirar uma fotos, etc. e tal.  (v.4). Ir ao shopping...
E tinham instruções de procedimento e a mensagem que teriam de proferir: “ paz seja nesta casa”. Acho maravilhoso isso. Gosto disso...quando vamos a casa de alguém e dizemos “paz seja com você e sua casa.” Quem rejeita a Deus, rejeita seu reino, Jesus, Deus .  (V. 5-11).
Então nada mais natural do que falarmos das coisas de Deus aos nossos amig@s, vizinh@s.  Não é proselitismo, mas sim, testemunho!
Miguez Bonino diz que a “missão da igreja é a implantação da fé no mundo mediante a proclamação do Evangelho e a promoção do homem no âmbito dos valores temporais” Ou seja, a missão da igreja não acontece num vácuo, mas na história, na cultura, no meio de um povo e em relação a um projeto histórico desse povo e cultura.
Gutiérrez diz que “Não existem duas histórias, uma sagrada e a outra profana ou secular. A história una e única em que Deus atua é a história dos seres humanos. É nesta história que encontramos Deus.”
David Bosch disse que o livro de Lucas descreve a evangelização ou missão, em termos de proclamação do Reino de Deus em 3 dimensões: Jesus deu pode aos pobres e desafortunados (atenção especial aos marginalizados, aos que estavam á margem da sociedade: crianças, mulheres,  samaritanos, cobradores de impostos), curou os doentes e salvou os perdidos. Concordo! Por isso optei por refletir sobre o Evangelho de Lucas, sobre a evangelização. Afinal isso faz parte de nossas vidas como cristãs e cristãos. Pois tod@s nós somos enviad@s e também exortad@s a não nos alegramos com as demonstrações de poder que porventura possamos mas, acima de tudo possamos nos  alegrar pela segurança da promessa de termos nosso nome escrito nos céus.
Ao nos encontrarmos com Deus, em Jesus Cristo, criou-se a possibilidade de sermos todos enviados. Pelo batismo, todos aqui, creio eu, foram batizados, e com isso fomos incluídos na grande família de Deus. Pela ação do espírito Santo em nós somo capacitados para responder ao seu chamado, a sua voz.  Nossa participação nos cultos/celebrações, estudos bíblicos, oração, se faz necessário para que nos fortaleçamos mutuamente e com isso exerçamos a missão.
Não seguimos pelo mundo afora sozinhos, pois desde que fomos batizados Cristo segue conosco e também, porque somos uma família em Cristo Jesus.  Ainda que aja receio referente a missão da qual somos incumbidos (falar das boas novas e seu Reino), a certeza da presença de Crsito junto a nós, não nos deixa desanimar, parar. Seguir é preciso! Seguir e romper o esquema das más estruturas, ser subversivo contra a lei humana, contra os círculos viciosos de nossa sociedade. Ou seja, é estar ao lado de tod@s aquel@s que precisam, os que enfrentam a dor e a solidão, a indiferença, os pobres, os marginalizados, os ricos. Pois a fé e o amor que nascem de Deus vencem o mundo.
Tem uma música infantil, que diz: “Posso ser um missionariozinho, se falar de Cristo aos companheiros. Posso trabalhar, em minha terra. Manda-me, pois, Senhor.  Não preciso atravessar os mares para dar aos outros boas novas salutares. Posso dar exemplo e amor aos outros, que meu Senhor mandou. Hei de orar e trabalhar fielmente. Caso Deus chame, seguirei contente para os campos que estão esperando: dispõe de mim, Senhor.”
Agora, para exercitar mesmo a missão, basta ser uma apaixonada pela Palavra de Deus, pelo próprio Deus, crer que com Ele as coisas se transformam, as pessoas mudam,  crer, ter fé... Depois é como tomar café com um amig@. É falar da vida e de como Deus age nessa sua vida, na minha vida. E chamar @ amig@ para um cafezinho... Fazendo missão, devagarinho. Concluo dizendo:
Vem tomar um café comigo?
Nessa tarde ensolarada, Pra podermos conversar, Relembrar a adolescência, Nossos contos aventuras, Que faz bem ao coração, Venha! Entre!
O café eu vou fazer, Já botei água no fogo, E o leite esta á ferver, Com torradas, e biscoitos,
Muita prosa, pra contar, Celebrar aqueles tempos. Mas que época bonita!
Lembra da escola? Das paqueras?  Das festinhas, bailinhos, A que tempo tão gostoso!
Espere-me um minutinho, Vou o meu café passar, Mas me diga que eu te ouço,
Eu já volto pra falar, Que o café está quase pronto Para a gente degustar.
Que tal um cafezinho agora hein?
Por isso talvez tenhamos um café, ali na porta... Tem aí o inicio da missão... Deus nos abençoe!! Odete Liber
(Pregação feita em 10 de julho de 2010, na IEAB – Londrina-Pr)

Jonas: uma novela espetacular

O profeta Jonas foi um homem bem interessante, teimoso, azedo e chato. E seu livro repleto de surpresas. Mas falar o que sobre ele... E dizer o que? Dizer que ele foi cabeça dura? Teimoso? Dizer que ele estava deprimido, estressado e tinha vontade de largar a sua profissão? Vamos dizer que ele foi um louco? Não, talvez...Falaremos muitas coisas... A começar pela época em que ele vivia que eram tempos difíceis, talvez como hoje.
Digo que o livro de Jonas é como um mapa, uma cartografia de acidentes geográficos e humanos, com abismos notáveis e desnecessários, com vales e planaltos, com picos de ira e inimizades. Despenhadeiros e relevos insignificantes. Planície de humanas guerras, areias movediças e desertos de genocídios. A história de Jonas é como um canal feito de águas e correntes, redemoinhos, com marés insuportáveis (intolerantes), vulcões de ódio permanente, latitudes e  longitudes sem perdão. Vácuos de misericórdia –espaços vazios de misericórdia.
Jonas pretende conhecer o mapa e se recusa a descobrir o mundo maior e mais variado e se recusa a conhecer um Deus mais livre e misericordioso e também bem humorado!
Jonas está no porto. Ninive de um lado. Jonas indo para outro lado. Jonas dentro do navio. Jonas embaixo. Os marinheiro em cima. Jonas não. O mar antes e depois. Tempestade. Encontro e desencontro. Eu e os outros. Fora do barco. Dentro domar. Seco e molhado. Jogado e tomado dentro do peixe. Fundo do mar. Ventre do peixe. Alto mar. Outro altar. Engolido e vomitado. Perto de Ninive. Dentro da cidade. Pressa e jejum. Fora da cidade. Baixo e alto. Ira e calor. Esquerda e direita. Rancor e perdão. Misericórdia e paixão.  Jonas não é apenas a história do homem chamado Jonas e sim, principalmente sobre Deus. Deus! Isso tudo é o livro de Jonas!!! Uma novela, um filme espetacular!!!