sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Malditas


"Malditas sejam todas as cercas!
Malditas todas as propriedades privadas
que nos privam de viver e de amar!
Malditas sejam todas as leis,
amanhadas por umas poucas mãos
para ampararem cercas e bois
e fazer a Terra, escrava
e escravos os humanos!"
(Dom Pedro Casaldáliga)

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Auxilio para prédica

LUCAS 24.13-35
ATOS 2.14a, 36-41
1 PEDRO 1.17-23
Odete Liber Adriano
proclamar libertacao35
1 Introdução
Os textos propostos para o terceiro Domingo da Páscoa assinalam a importância da ressurreição de Jesus para a fé cristã, além de trazer a ideia de pertença, de inclusão na promessa de Deus, de comunhão e proteção mútua. Lucas 24.13-35, a narrativa do encontro do Cristo ressuscitado com os discípulos no caminho de Emaús, mostra que os discípulos estavam tristes e desanimados
(v. 17), frustrados e decepcionados com a religião de sua época (v. 20), desiludidos quanto às esperanças que haviam depositado em Jesus (v. 21), céticos quanto aos testemunhos que ouviram de outros (v. 22-24).
Atos 2.14a,36-41, a parte fi nal do sermão de Pedro no dia de Pentecostes, cujo tema é a ressurreição de Jesus, afi rma que Deus fez daquele Jesus Nazareno humilhado na cruz o Senhor e Cristo. Essa afirmação de fé é obra do Espírito Santo, conforme o apóstolo Paulo. “Messias” ou “Cristo” significa o rei ungido, que traz o reinado de Deus. A afi rmação a respeito do Crucifi cado/Ressuscitado prepara o caminho para o responso dos ouvintes e leitores, que consiste em voltar para Deus e ser batizado em nome de Jesus.
1 Pedro 1.17-23 assinala o senso de comunidade, de comunhão, acolhida e proteção mútua. Os exilados a quem Pedro se dirige são “povo de Deus” pela ressurreição de Cristo e reconhecem que Deus não faz acepção de pessoas, pois os escolheu. No mundo em que os destinatários da carta sofriam acusações falsas e injúrias sem proteção da lei, ter um Pai que não faz acepção e que, na cruz de Jesus, foi solidário com os sofredores e com os que não têm lugar, era e é uma porta aberta para a edifi cação de um povo que vive em relações fraternas, igualitárias e de hospitalidade.

2 Exegese
1 Pedro 1.17-23 é considerado pelos comentaristas como parte de uma seção maior que se estende de 1 Pedro 1.13-2.10, chamada “renascimento e nova conduta”, “o novo status dos cristãos e suas consequências” ou “a conduta moral como dom e a tarefa do novo nascimento”. 1 Pedro relembra aos cristãos o dom que receberam (1.3-13), e o desenvolvimento da carta extrai as consequências das declarações apresentadas. A esperança futura não está desvinculada do presente. Assim, a seção, que é tipicamente de admoestação, apresenta seções indicativas
e imperativas: as seções indicativas fundamentam as imperativas, quase como explicações do porquê de assim proceder.
O texto continua o tema da santidade, iniciado em 1.13. A salvação em Cristo deve conduzir à santidade; a salvação, “doação do Espírito de santidade”, deve expressar-se em santidade vivida. O fundamento da salvação é a morte de Cristo na cruz (1.19), o sangue derramado para nos resgatar de um modo de vida anterior fora da esfera divina. O v. 17, que assinala a transição para a sequência de indicativos, afi rma que os leitores podem chamar a Deus de Pai. O nome de Deus não é mencionado, segundo o costume judeu, mas Ele é designado por um de seus atributos: “Aquele que julga sem acepção de pessoas”. Ao assinalar a responsabilidade de cada um por suas obras, o texto não deve ser entendido no sentido de uma intransigente justiça das obras. Paulo fala da mesma forma. Exige a fé, que se manifesta nas obras do amor, mas exclui a vanglória das obras. 1 Pedro fala também, como complemento e tensão dialética, da necessidade da graça.
Depois da afi rmação de que os cristãos são peregrinos na diáspora (1.1), o texto acrescenta: “Portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação” (1.17). 1 Pedro fala repetidamente sobre a peregrinação do povo de Deus na terra, em especial devido ao infl uxo das expressões tipológicas do Antigo Testamento.
O temor do juízo, no início do texto, tornou-se agora conhecimento, cheio de temor reverencial. Aquele que foi redimido sabe que sua situação anterior era de desespero e que sua libertação custou o sangue do Cordeiro. Esse sentimento se manifesta na gratidão e alegria, mas também no temor de Deus, que determina cada momento de sua vida. Assim, ao lado do compromisso com uma nova conduta de vida por meio de Deus, o Juiz, surge a fundamentação para tal pela lembrança da redenção oferecida. 
 O resgate aconteceu “não mediante coisas corruptíveis”. Não aconteceu por meio de “prata ou ouro”, bens que potencializam a avareza, usualmente utilizados para pagamento de resgate no comércio. A fi xação no que é passageiro não possibilita a liberdade da futilidade dessa existência. Para que isso ocorra, a doação de uma nova vida é necessária. Os cristãos “foram comprados” dessa fútil existência, de modo que o texto, referindo-se à ação libertadora de Deus na história, deixa claro que o resgate por Deus sinaliza uma mudança de propriedade, além da libertação das relações vividas anteriormente, compreendidas como escravidão.
O resgate através do sangue de Jesus é comparado em seu efeito redentor com o cordeiro sacrifi cial do Antigo Testamento. O sacrifício, muito mais do que mero desempenho humano substitutivo, é a reconciliação com Deus. Significa, no grande dia da reconciliação, a doação vicária da vida, possibilitada por Deus, a fi m de que possa novamente voltar a estar no meio de seu povo, cuja vida havia sido arruinada. É também a doação de vida de Jesus Cristo. Não foram os seres humanos que se reconciliaram com Deus, mas Deus os reconciliou consigo mesmo,
não só a eles, mas a todo o mundo, através de Jesus (2Co 5.19). A redenção aconteceu segundo o plano salvífi co de Deus, “concebido antes da fundação do mundo, oculto durante algum tempo, mas agora revelado”. Cristo é o fundamento da fé, é aquele que Deus ressuscitou dos mortos e glorifi cou: Ele preexistia antes de todas as coisas, foi revelado nos últimos tempos, ressuscitou dentre os mortos e foi exaltado nas alturas.
A santificação, como “filhos da obediência”, requerida antes (1.14) é agora retomada na solicitação de purifi car as almas na “obediência à verdade”. “Tendo purificado as vossas almas” destaca um fato passado que tem relevância para o presente. Ao aderirem à verdade do evangelho, reconhecendo sua pecaminosidade e ignorância e aceitando em fé o resgate propiciado pelo sacrifício de Cristo na cruz (1.19-20), as suas vidas foram purifi cadas. Foram também “resgatados do individualismo egoísta que caracteriza a existência humana no pecado” e colocados num “novo tipo de ‘existência corporativa’, como membros do povo de Deus, onde cada um não deve ter em vista ‘o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros’” (Fp 2.4). O propósito real da nova vida em Cristo é o amor fraternal. Originalmente, amor estava relacionado com Cristo, mas agora é o amor ao próximo que, como consequência da fé na salvação, deve determinar a maneira de viver de todos aqueles que creem. O fundamento do mandamento do amor ocorre pela renovação da referência à “regeneração”. Apesar do esforço próprio, necessário para um comportamento renovado, a nova existência não se fundamenta na ação própria, mas no cuidado divino antecedente, responsável pela renovação do ser humano. Dessa forma, fi ca novamente centuada a proveniência “não-mundana” do meio de salvação redentor, nesse caso a antítese semente “corruptível” e a palavra de Deus, “incorruptível, viva e permanente”.
3 Meditação
Os cristãos foram resgatados de um modo fútil de vida, herdado de seus antepassados, “não mediante coisas corruptíveis”, isto é, “prata ou ouro”, mas através do “precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue e Cristo”. Duas contraposições destacam-se no texto: o sangue de Cristo com os bens terrenos; o metal precioso “corruptível” com o sangue de Cristo como o “cordeiro sacrifi cial, sem mancha e sem mácula”. O evento redentor assinalado pela obra de Cristo é, portanto, apresentado em oposição à esfera terrena da transitoriedade.
Dessa forma, a vida humana redimida passa a ter um valor excepcional, ou seja, ela é envolta pela ação salvífi ca de Deus através de Jesus Cristo. A vida humana é medida a partir da morte de Jesus Cristo. Nenhum esforço ou sacrifício humano se iguala ao sacrifício que Deus realizou através de seu Filho. Ele demonstrou em atos e palavras todo o seu amor por nós, quando veo ao nosso encontro, “assumindo a forma humana e tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2.7-8). Os cristãos foram “resgatados do individualismo egoísta que caracteriza a existência humana no pecado” e colocados num “novo tipo de ‘existência corporativa’”, razão por que cada um não deve ter em vista “o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros” (Fp 2.4). O propósito real da nova vida em Cristo é o amor fraternal. O amor, originalmente relacionado com Cristo, é agora amor ao próximo, o qual, como consequência da fé na salvação, determina a maneira de viver de todos os que creem.
Nesse contexto, destaca-se a importância do v. 17: “Ora, se invocais como Pai aquele que sem acepção de pessoas julga segundo as obras de cada um, portai- vos com temor durante o tempo a vossa peregrinação”. Temor não é simplesmente um sentimento de medo, mas o reconhecimento amoroso da presença do Deus justo. Ademais, para não arrefecer os ânimos no empenho por uma vida de justiça, a “verdadeira e mais profunda medição dos valores tem de ser posta na perspectiva do eterno que irrompe em Cristo, pois na sua gratuidade Ele põe em cheque as nossas falsas perspectivas e valores”, nossos sonhos vãos e fúteis.
 Todo cristão/ã é chamado a construir sua vida numa nova base: a realidade de Deus. Isso acontece todos os dias, pois todo dia é tempo de renovação e conversão. A tarefa cristã é estemunhar os feitos de Deus em suas vidas, dia a dia.Afi nal, Deus é nosso alicerce, e em Jesus somos fortalecidos constantemente. Com Ele nossa esperança não se perde, nossa fé é fortalecida e, como comunidade de fé, nossos sonhos e angústias nos unem e nos fortalecem, pois não andamos sós, somos corpo! O preço dessa nova forma de relações foi alto. O texto deixa claro que a constituição do povo de Deus não está baseada em coisas perecíveis, como prata ou ouro, “mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fi m dos tempos, por amor de vós” (v.18-19). O importante a destacar aqui não é o sangue, mas o que ele representa – o dinamismo da vida. O sangue de Jesus derramado no calvário não pode ter sido em vão. Antes foi “por causa de vós” (v. 20), ou seja, por nossa causa mesmo, nós que hoje afi rmamos que somos o povo sacerdotal de Deus.
É importante trazer à memória o sinal batismal do nascimento para a esperança, para o novo em Cristo. O nascer de novo pela palavra deve ser entendido como outra forma de dizer: “vocês oram resgatados”. Páscoa signifi ca mudança de vida. Novas possibilidades de vida, mudança dos valores banais para os valores do reino. Da tristeza para a alegria; da decepção religiosa para a vida em comunidade; de uma visão errada do Cristo a uma visão correta; da morte para a vida. Enfi m, somos desafi ados a renascer e viver uma nova conduta todos os dias de nossa vida.

4 Imagens para a prédica
Um ramo seco com brotos verdes. O galho seco representa a nossa vida, e s brotos, a esperança e a força que vêm de Cristo. Signifi ca que, mesmo quando achamos que nada é possível, com Ele, o Cristo, sempre é possível recomeçar. É possível, todos os dias, construir e reconstruir uma nova base, um novo alicerce em e com Cristo.
 
5 Subsídios litúrgicos
Colocar os galhos secos com pequenos brotos à frente da mesa da Eucaristia.
Oração:
Deus, contigo a vida tem um novo valor, porque somos envolvidos/as pela ação salvífi ca de Deus por meio de Jesus Cristo. Sabemos que nenhum esforço humano se iguala ao sacrifício que realizaste em nosso favor através de Jesus Cristo. Com isso, pela gloriosa ressurreição de Jesus, teu Filho, destruíste a morte e trouxeste à luz a imortalidade. Concede a todos/as nós, que fomos ressuscitados com Ele, que permaneçamos na sua presença e nos alegremos na esperança da glória eterna; por Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo, e pelo Espírito Santo, um só Deus, por todo o sempre. Amém!

Confi ssão comunitária de pecados:
Deus da graça e da verdade, muitas vezes perdemos a ligação contigo e com o próximo. Nós confessamos que, muitas vezes, nos esquecemos de que nosso Senhor Jesus Cristo morreu na cruz e ressuscitou por amor a todos nós. Nós confessamos que, muitas vezes, nos esquecemos dos valores do reino e que o propósito real da nova vida em Cristo é o amor fraternal. Nós onfessamos que nos esquecemos de testemunhar os teus feitos em vidas. Apresentamos-te nossa grande culpa e te pedimos perdão. Perdão, Senhor!

Bibliografi a
MÜLLER, Ênio R. 1 Pedro: Introdução e contexto. São Paulo: Mundo Cristão/ Vida Nova, 1988.
FELDMEIER, Reinhard. A primeira carta de Pedro: Um comentário exegéticoteológico. São Leopoldo: Sinodal/Faculdades EST, 2009.

Within Temptation - Hand Of Sorrow Live 2008 Subtitulado


Café Filosófico - A criança em seu mundo - Mário Sérgio Cortella


Mário Sérgio Cortella: "Gestão, Liderança e Ética"


EU MAIOR - entrevista com Mário Sérgio Cortella


Tarefa do professor - Rubem Alves


Rubem Alves - Ensino no Brasil

Para Rubem Alves, a transformação da educação no Brasil passa por dentro dos pensamentos e sentimentos dos professores...

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Rubem Alves e Moacyr Scliar parte 1


Rubem Alves e Moacyr Scliar - parte 2


terça-feira, 16 de outubro de 2012

fotos




















Algumas fotos da viagem...

Minas Gerais


Caminhando pelas cidades de Mariana, Ouro Preto e Santuário do Caraça – MG

Depois de dias ausente, voltei. Fui conhecer um pouco da nossa história em algumas cidades do estado de Minas Gerais. Passamos por Ouro Preto, Mariana e Caraça. Abaixo um pouco mais de infromação dessas cidades (tiradas do site das mesmas)
Ouro Preto nasceu sob o nome de Vila Rica, como resultado da épica aventura da colonização do interior brasileiro, que ocorreu no final do século XVII.
Em 1698, saindo de Taubaté, São Paulo, a bandeira chefiada por Antônio Dias descortina o Itacolomi do alto da Serra do Ouro Preto, onde implanta a capela de São João.  Ali, tem início o povoamento intenso do Vale do Tripui que, trinta anos depois, já possuía perto de 40 mil pessoas em mineração desordenada e sob a louca corrida pelo ouro de aluvião.
Com a Independência, recebe o nome de Ouro Preto e torna-se a capital de Minas até 1897. É instituída Patrimônio da Memória Nacional a partir de 1933 e tombada pelo IPHAN em 1938. Em 1980 é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade, pela UNESCO. O surgimento e apogeu da arte colonial em Minas Gerais - barroco mineiro - é um fenômeno inteiramente ligado à exploração do ouro, acontecido no século XVIII, que veio criar uma cultura dotada de características peculiares e uma singular visão do mundo.

Mariana foi a primeira capital, sede do primeiro bispado e primeira cidade a ser projetada em Minas Gerais. A história de Mariana, que tem como cenário um período de descobertas, religiosidade, projeção artística e busca pelo ouro, é marcada também pelo pioneirismo de uma região que há três séculos guarda riquezas que nos remetem ao tempo do Brasil Colônia. Em 16 de julho de 1696, bandeirantes paulistas liderados por Salvador Fernandes Furtado de Mendonça encontraram ouro em um rio batizado de Ribeirão Nossa Senhora do Carmo. Às suas margens nasceu o arraial de Nossa Senhora do Carmo, que logo assumiria uma função estratégica no jogo de poder determinado pelo ouro. O local se transformou em um dos principais fornecedores deste minério para Portugal e, pouco tempo depois, tornou-se a primeira vila criada na então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro. Lá foi estabelecida também a primeira capital.  Em 1711, por ordem do rei lusitano D. João V, a região foi elevada à cidade e nomeada Mariana – uma homenagem à rainha Maria Ana D’Austria, sua esposa. Transformando-se no centro religioso do Estado, nesta mesma época a cidade passou a ser sede do primeiro bispado mineiro. Para isso, foi enviado, do Maranhão, o bispo D. Frei Manoel da Cruz. Sua trajetória realizada por terra durou um ano e dois meses e foi considerada um feito bastante representativo no Brasil Colônia. Ruas em linha reta e praças retangulares são características da primeira cidade planejada de Minas e uma das primeiras do Brasil. Pioneira em comunicação, nas suas terras foi instalada a primeira agência dos Correios no Estado, em 1730. Em 1945, Mariana recebe do presidente Getúlio Vargas o título de Monumento Nacional por seu “significativo patrimônio histórico, religioso e cultural” e ativa participação na vida cívica e política do país, contribuindo na Independência, no Império e na República, para a formação da nacionalidade brasileira.
E para terminar o passeio, passamos por Caraça. Ficamos hospedados no Santuário do Caraça. Santuário do Caraça, fundado em 1774 . Foi novamente reativado como Pousada a partir da década de 1970, depois de 150 anos dedicados à educação e à formação intelectual de meninos e de seminaristas. Hoje conta com mais de 40 apartamentos e quartos, além de algumas casas, com acomodações mais simples, para a hospedagem de até 180 pessoas. Suas diárias são com pensão completa, isto é, com direito a café da manhã, almoço e jantar, além da entrada na Reserva Natural.
Conhecer esses lugares é poder ver a arte de perto e imaginar um passado triste que nos deixou um legado artístico belíssimo, que conta uma história do nosso Brasil