sábado, 26 de janeiro de 2013

O ETERNO MARIDO

Sinto necessidade de ler e reler alguns livros. É terapêutico. Me fazem bem.
 Por esses dias, tenho lido "O Eterno marido". Já o li, mas como disse, gosto de ler e reler. E a cada leitura, mais encantada fico.
Por isso, digo que o que me encanta nos personagens de Dostoiévski é sua humanidade, o humano de sua existência.... São personagens que vacilam, hesitam, titubeiam, cheios de intensos sentimentos seja de ódio, raiva, amor e paixão, medo, rancor, angustia, vingança...
E são apresentados, frequentemente através da lente disforme da incerteza. É livro de poucas páginas, mas muito denso, diálogos intensos, fortes, inteligentes e repletos de cinismo e ironia.
Apresenta, (eu vejo assim, por enquanto) a mais cotidiana e humana das faces do ser humano: a vergonha, a indecisão, o medo diante do outro. 
Em “O Eterno Marido”, Dostoiévski nos diz que : “Após a tristeza, a alegria… assim vai a vida!”. Pois, “a gente bebe o próprio pesar e fica de certo modo embriagado. E então não é mais pesar, é como uma nova natureza que sinto bater em mim…”. Eis o ser humano, humano! Aí está a vida, como ela é…  Delicia de leitura!
 

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