terça-feira, 31 de maio de 2011

Mesquinho e contraditório

Jonas: mesquinho e contraditório

 O Deus que conhecemos através do livro de Jonas, é um Deus que não castiga o povo arrependido e de outro lado, um profeta furioso com Deus, mesquinho e contraditório.
Jonas 2:10. Aqui, o importante é mostrar a ironia de Jonas, pq ele se mostra bastante agradecido quando ele próprio recebe ajuda; em contraposição ele fica com raiva quando outras pessoas são ajudadas (Jonas41). Jonas se revela como uma pessoa que mantém seus preconceitos contra os de outro credos (Jonas 2:9).  Jonas através do texto, mostra sua estreiteza de fé, em especial nos versos 5 e 8. Jonas mostra sua devoção ao templo. Lembrar de Deus é alcançar o templo e vice versa. Deus implica lembrar-se do lugar de sua residência, o templo de Jerusalém.
Esse capitulo, dentre outras informações, nos apresenta o fato de que Deus se preocupa com todos os seres humanos, ninguém é exclusivo. Pessoas de diversas épocas, regiões, origens e credos e com as mais variadas experiências individuais.
A fuga de Jonas foi ampliada e muitas outras vidas foram alcançadas, indo além do próprio plano de Deus. Sua fuga torna-se uma forma de alcançar muitos gentios.
No filme, as meninas aborígines eram obrigadas a deixar família, costumes para seguirem uma nova religião... 
Vocês tem uma missão! Todos nós temos! Que é compreender que o Deus verdadeiro é aquele que dá a vida para todos, e que conta conosco para isso. A diferença, é que seu amor não é oferecido, dado por meio da força mas sim, pelo exemplo de vida. Pela mudança de vida, mudança que implica mudança de atitudes, mudanças na forma de pensar e agir. Isso é conversão.
Foi na fragilidade, estupidez e ignorância de Jonas que o povo se despertou para compreender sua situação e e agir. É a sabedoria e força do povo, construída através da própria condição histórica, social e cultural, que lhe permite interpretar a mensagem que lhe é transmitida por alguém que não tem a mínima noção do que de fato está acontecendo. Mas, Jonas no sue limite se curva diante dessa interpretação e recupera a tradição dos pobres da qual era parte e depositário.
A história das igrejas é marcada pelo exclusivismo de Deus. Esta é a repetição da tragédia experimentada pelo povo de Israel. A busca da hegemonia no cenário das nações, mesmo que encoberta, marcou a vida de Israel e tem marcado vida das igrejas.
A proposta original de Deus é ser uma bênção, um bem para todas as pessoas. Javé é a fonte, a força e o poder da vida. Tudo o que produz mais vida para os que estão no vale da morte é sinal da ação de Javé. E Javé, fala e age por meio da condição anti-vida (fome, violência, drogas, ausência de afetividade, etc). Jonas realizou um trabalho par Deus, mas não o entendeu o que estava fazendo. Muitas vezes não entendemos o que fazemos e nem o que Deus quer!   É preciso deixar de ser como um Jonas contemporâneo, que entende sua missão e não percebe a vontade de Deus para o povo. Se os que não tem passado e nem futuro são tocados pelo Espírito Deus, suscitando força de vida, nós, que recebemos a Palavra do Senhor, deve nos esforçar para descobrir e experimentar e experienciar esse Deus.
O Espírito de Deus se move entre o povo e move o povo por meios muito próprios, que desafiam nossas análises. Sempre somos unilaterais e marcados por nossa própria visão e conceitos sobre a vida e Deus.  Com isso perdemos a visão mais ampla da vida que inclui seus mistérios e os gestos pequenos e simples que dão origem a suas grandes torrentes. Interessante salientar que o Espírito Deus age por aí, sem violentar os códigos culturais e dando preferência aos gestos que, entre o povo geram sinais de que a vida é sempre possível. E Jonas vem nos apresentar a possibilidade de mudança, de nova vida.
ODete Liber

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