"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto, como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo..." (Clarice Lispector)
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Rubem Alves - Ensino no Brasil
Para Rubem Alves, a transformação da educação no Brasil passa por dentro dos pensamentos e sentimentos dos professores...
Rubem Alves - Ensino no Brasil
Para Rubem Alves, a transformação da educação no Brasil passa por dentro dos pensamentos e sentimentos dos professores...
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Minas Gerais
Caminhando pelas
cidades de Mariana, Ouro Preto e Santuário do Caraça – MG
Depois de dias ausente, voltei. Fui conhecer um pouco da nossa história em algumas cidades do estado de Minas Gerais. Passamos por Ouro Preto, Mariana e Caraça. Abaixo um pouco mais de infromação dessas cidades (tiradas do site das mesmas)
Ouro Preto nasceu sob o
nome de Vila Rica, como resultado da épica aventura da colonização do interior
brasileiro, que ocorreu no final do século XVII.
Em 1698, saindo de Taubaté, São Paulo, a bandeira chefiada por Antônio Dias descortina o Itacolomi do alto da Serra do Ouro Preto, onde implanta a capela de São João. Ali, tem início o povoamento intenso do Vale do Tripui que, trinta anos depois, já possuía perto de 40 mil pessoas em mineração desordenada e sob a louca corrida pelo ouro de aluvião. Com a Independência, recebe o nome de Ouro Preto e torna-se a capital de Minas até 1897. É instituída Patrimônio da Memória Nacional a partir de 1933 e tombada pelo IPHAN em 1938. Em 1980 é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade, pela UNESCO. O surgimento e apogeu da arte colonial em Minas Gerais - barroco mineiro - é um fenômeno inteiramente ligado à exploração do ouro, acontecido no século XVIII, que veio criar uma cultura dotada de características peculiares e uma singular visão do mundo.
Em 1698, saindo de Taubaté, São Paulo, a bandeira chefiada por Antônio Dias descortina o Itacolomi do alto da Serra do Ouro Preto, onde implanta a capela de São João. Ali, tem início o povoamento intenso do Vale do Tripui que, trinta anos depois, já possuía perto de 40 mil pessoas em mineração desordenada e sob a louca corrida pelo ouro de aluvião. Com a Independência, recebe o nome de Ouro Preto e torna-se a capital de Minas até 1897. É instituída Patrimônio da Memória Nacional a partir de 1933 e tombada pelo IPHAN em 1938. Em 1980 é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade, pela UNESCO. O surgimento e apogeu da arte colonial em Minas Gerais - barroco mineiro - é um fenômeno inteiramente ligado à exploração do ouro, acontecido no século XVIII, que veio criar uma cultura dotada de características peculiares e uma singular visão do mundo.
Mariana foi a primeira
capital, sede do primeiro bispado e primeira cidade a ser projetada em Minas
Gerais. A história de Mariana, que tem como cenário um período de descobertas,
religiosidade, projeção artística e busca pelo ouro, é marcada também pelo
pioneirismo de uma região que há três séculos guarda riquezas que nos remetem
ao tempo do Brasil Colônia. Em 16 de julho de 1696, bandeirantes paulistas
liderados por Salvador Fernandes Furtado de Mendonça encontraram ouro em um rio
batizado de Ribeirão Nossa Senhora do Carmo. Às suas margens nasceu o arraial
de Nossa Senhora do Carmo, que logo assumiria uma função estratégica no jogo de
poder determinado pelo ouro. O local se transformou em um dos principais
fornecedores deste minério para Portugal e, pouco tempo depois, tornou-se a
primeira vila criada na então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro. Lá foi
estabelecida também a primeira capital. Em
1711, por ordem do rei lusitano D. João V, a região foi elevada à cidade e
nomeada Mariana – uma homenagem à rainha Maria Ana D’Austria, sua esposa.
Transformando-se no centro religioso do Estado, nesta mesma época a cidade
passou a ser sede do primeiro bispado mineiro. Para isso, foi enviado, do
Maranhão, o bispo D. Frei Manoel da Cruz. Sua trajetória realizada por terra
durou um ano e dois meses e foi considerada um feito bastante representativo no
Brasil Colônia. Ruas em linha reta e praças retangulares são características da
primeira cidade planejada de Minas e uma das primeiras do Brasil. Pioneira em
comunicação, nas suas terras foi instalada a primeira agência dos Correios no
Estado, em 1730. Em
1945, Mariana recebe do presidente Getúlio Vargas o título de Monumento
Nacional por seu “significativo patrimônio histórico, religioso e cultural” e
ativa participação na vida cívica e política do país, contribuindo na
Independência, no Império e na República, para a formação da nacionalidade
brasileira.
E
para terminar o passeio, passamos por Caraça. Ficamos hospedados no Santuário
do Caraça. Santuário do Caraça,
fundado em 1774 . Foi novamente reativado como Pousada a partir da década de
1970, depois de 150 anos dedicados à educação e à formação intelectual de
meninos e de seminaristas. Hoje conta com mais de 40 apartamentos e quartos,
além de algumas casas, com acomodações mais simples, para a hospedagem de até
180 pessoas. Suas diárias são com pensão completa, isto é, com direito a café
da manhã, almoço e jantar, além da entrada na Reserva Natural.Conhecer esses lugares é poder ver a arte de perto e imaginar um passado triste que nos deixou um legado artístico belíssimo, que conta uma história do nosso Brasil
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Não sei...
Feriadão à vista... tempo de parar o que se faz (estudo, trabalho) para descansar... Viajar, conhecer novos lugares, novas pessoas. Então lá vou eu... Bom e abeçoado feriadão para tod@s!!!
O cavalo no poço
O cavalo no
poço
Um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuía alguns
cavalos para ajudar nos trabalhos em sua pequena fazenda. Um dia, seu capataz
veio trazer a notícia de que um dos cavalos havia caído num velho poço
abandonado.O fazendeiro foi rapidamente ao local do acidente e avaliou a situação. Certificando-se de que o animal não se machucara, mas, pela dificuldade e o alto custo de retirá-lo do fundo do poço, achou que não valeria a pena investir numa operação de resgate.
Tomou então a difícil decisão: determinou ao capataz que sacrificasse o animal, jogando terra no poço até enterrá-lo, ali mesmo.
E assim foi feito: os empregados, comandados pelo capataz, começaram a jogar terra para dentro do buraco de forma a cobrir o cavalo.
Mas, à medida que a terra caía em seu dorso, o animal a sacudia e ela ia se acumulando no fundo, possibilitando ao cavalo ir subindo. Logo, os homens perceberam que o cavalo não se deixava enterrar, mas, ao contrário, estava subindo à medida que a terra enchia o poço, até que finalmente, conseguiu sair.
Sabendo do caso, o fazendeiro ficou muito satisfeito e o cavalo viveu ainda muitos anos servindo ao dono da fazenda.
Se você estiver “lá embaixo”, sentindo-se pouco valorizado, quando, já certos de seu desaparecimento, os outros jogarem sobre você terra da incompreensão, da falta de oportunidades e de apoio, lembre-se desse cavalo. Não aceite a terra que cai sobre você. Sacuda-a e suba sobre ela. E, quanto mais terra, mais você vai subindo…subindo…subindo, e aprendendo a sair do poço.
desejos
Desejos
Estava eu olhando o velho João, entretido em varrer as folhas secas do
jardim. A área era grande, e o velho caprichava em não deixar nem uma folha no
gramado.- João, disse eu sorrindo, que maravilha se você pudesse, só a um desejo seu, ver todas estas folhas, de repente, empilhadas num monte!
- E posso mesmo, disse o velho prontamente.
- Se você pode, vamos ver! desafiei.
- Folhas! Juntem-se todas! disse o velho, numa voz de comando. E lá continuou limpando a relva até que as folhas ficaram juntas num só monte.
Viu? Disse-me, sorrindo - É este o melhor meio de vermos realizados os nossos desejos. Trabalhar, com afinco, para que aquilo que queremos seja feito.
O incidente calou-me no espírito. Mais tarde, ao estudar a biografia dos cientistas e de todos aqueles cujas obras nos parecem, por vezes, milagres verdadeiramente sobre humanos, descobrí que adotavam geralmente o sistema do velho jardineiro.
Todas as suas realizações resultaram do fato de que estes homens, desejando fortemente chegar a certo objetivo, nunca cessaram de lutar por alcançá-lo.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
CARREGANDO PEDRAS
Carregando Pedras
E assim saíram, alegres e empolgadas com o programa que há tempos vinham planejando.
A estrada era longa até que chegassem à pedra, e representava uma boa parte do trajeto que incluía céu aberto, mata fechada, pastos íngremes, riachos, e uma miscelânea de solos e flora.
Logo ao iniciarem a trilha, um dos jovens tropeçou em uma pequena pedra, que lhe fez parar a caminhada. Ele abaixou-se, pegou a pequena pedra e disse ao amigo:
-Vou guardar essa pedrinha em minha mochila, como recordação do nosso passeio, que poderia ter sido interrompido ainda no princípio por ela, caso eu tivesse caído e me machucado.
E assim o jovem o fez, guardou aquela pedra em sua mochila.
Um pouco mais andaram e se equilibrando entre pedras para atravessar um pequeno riacho, aquele jovem teve que encontrar em si habilidade para tanto. E mais uma vez, ele guardou um pedra, aquela em que ele achara mais difícil se equilibrar.
Nem um terço do caminho andado e aquele jovem que parecia ser encontrado pelas pedras do caminho, observou que não cabia mais nenhuma pedra em sua mochila a não ser que começasse a se desfazer dos pertences que trouxera de casa. E um a um, ele foi se desfazendo deles, substituindo por pedras, que ele tomara como troféus na dura trilha.
O jovem que carregava a mochila repleta de pedras se viu cada vez mais devagar no caminho, e seu amigo - que ele mesmo aconselhara a segui seu ritmo normal de caminhada - cada vez mais distante. Ele já estava cansado e ofegante, e parava a cada pequeno trecho do caminho, e em cada parada mais uma pedra que “quase” o atrapalhara ia para mochila.
O dia foi longo, e o caminho mais longo do que realmente era tanto para o jovem que carregava a mochila de pedras, quanto para o seu amigo, que por vezes diminuía seus passos e parava para que a distância entre ele e seu companheiro de estrada diminuísse.
Quando o primeiro jovem chegou à montanha, ele sentou-se para esperar seu amigo, que já vinha quase se arrastando na estrada. Ao chegar, com o pouco fôlego que lhe estava restando, ele disse:
-Amigo, eu paro por aqui, estou muito cansado. Não aguento mais! Você está muito mais bem preparado fisicamente do que eu, agradeço por ter parado para me esperar, pode continuar sem mim.
Ao que o amigo lhe falou:
-Eu não estou mais bem preparado que você. Eu consegui chegar por que só trouxe na bagagem o essencial, enquanto você carregou pedras até aqui, e cada vez mais uma, que foram tomando o lugar de tudo que te sustentaria até aqui, sem você ao menos se dar conta de que se desfazia dessas coisas, e até esqueceu a importância delas. O que te impediu foi guardar tudo aquilo que você pensava que “quase te derrubou”.
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