quarta-feira, 26 de setembro de 2012

FAMÍLIA É PRATO DIFÍCIL DE PREPARAR

FAMÍLIA É PRATO DIFÍCIL DE PREPARAR
de O Arroz de Palma, de Francisco Azevedo 



Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.
Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini; Família à Belle Meunière; Família ao Molho Pardo, em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é “à Moda da Casa”. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.
Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.
 
 
Tomei emprestado de minha amiga M.Regina (http://www.corujando.com.br/index.html)

REFRI CASEIRO NUTRITIVO

 
REFRIGERANTE CASEIRO NUTRITIVOPrepare você mesmo um refrigerante delicioso e nutritivo.

Ingredientes:4 cenouras grandes
1 copo de suco de limão
casca de 1 laranja
2,5 litros de água com gás
2 copos de água sem gás
açúcar a gosto
gelo a gosto

Modo de Preparo:
Bata no liquidificador as cenouras com os 2 copos de água sem gás. Coe e reserve.
Bata o suco de cenoura + suco de limão + casca de laranja.
Coe e acrescente a água com gás, o açúcar e o gelo.
Sirva em seguida.
 

Jorge Ben Jor - Chove Chuva


Logo de Manhã - Nando Padoan & Quarteto Virtude


O Tempo Me Guardou Você - Ivan Lins


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Porto - Mariana Gomes e Banda Bethesda.wmv


terça-feira, 25 de setembro de 2012

mar, areia, vida, Deus


Olhe a sua volte e mude de vida



Acabei de ler um artigo sobre perdão e erros/pecados da vida, mas uma parte eu achei 'tremenda': [...] O reformador Lutero, ao escrever sobre louvor e a dádiva do sacramento do Altar, observa que nem sempre os seres humanos percebem seu pecado. É sempre mais fácil enxergar o cisco no olho do outro do que a trave em nosso próprio (Mateus 7.3). Então ele dá um conselho e diz: "Já que você está tão insensível, a ponto de não sentir pecado, morte, etc., toque sua boca, nariz, orelhas, mãos e sinta se é carne ou pedra. Se for carne, vamos lá, então acredite na escritura e não naquilo que você sente. A Escritura diz: ' A carne milita contra o espírito', Gl 5.17. Da mesma forma diz Romanos 7.18: 'Nada há de bom na carne', e assim por diante... Olhe a sua volta... Ouve e percebe adultero, roubo, engano, heresia, perseguição e toda espécie de vícios. Em tais situações, também você pode cair toda hora, não só com o coração, mas também com atos."  Somos tod@s convidados a seguir esse conselho... Se bem que se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia... Mas sempre é possível pedir perdão pelo erro/pecado e continuar a caminhada, pois tanto pedir o perdão como perdoar são exercícios de amor incondicional. E um não vive sem o outro, apesar de que o perdão não garante que o erro/pecado não acontecerá novamente. O importante é levantar, reerguer-se, olhando para frente, buscando ser melhor e acima de tudo, tentando fazer o que Jesus nos ensinou. 

26o.Domingo do Tempo Comum depois de Pentecostes – Ano “B”

26o.Domingo do Tempo Comum depois de Pentecostes – Ano “B”
Ester 7,1-10; 9,20-22–43: Fomos vendidos e escravizados, eu e o meu povo
Salmo 124 – Nosso socorro vem em nome do Senhor
Tiago 5,13-20 – Confessai-vos uns aos outros e sereis curados
Marcos 9,38-50 – É por nós quem não é contra nós

“Todos os devem ser realizados para promover o diálogo, principalmente entre as três religiões monoteístas, Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, pertencem ao mesmo tronco abraâmico-profético, tendo como fundamento o respeito à diversidade, à liberdade, o fim da miséria no mundo, o fim da dominação de um povo sobre outro”, dizia Manoel Miranda, alguns anos atrás.
Algumas coisas a considerar, quanto ao evangelho de hoje, confirmando a voz e a boa teologia ecumênica sem fronteiras religiosas que conferimos acima. Quando Deus estabelece o seu reino, nenhum poder tem condições de separar “os filhos do reino (de Deus)”. Trata-se de uma promessa, porém destinada ao “pequenino rebanho”, discípulos de Jesus, a quem o Pai resolveu conceder um reinado (cf.Lc 13,32). Mas as palavras de Jesus, provocando tensão, envolvem polarizações: de um lado a promessa de vida e correção de desigualdades; do outro, a referência ao perigo de se “herdar a morte”, a treva, o inferno (cf. Mt25,41;7,13; 25,30;8,12). Há uma soteriologia complexa, a partir daqui, porque a promessa de salvação é vinculada a determinadas condições. Combina muito pouco com a teologia paulina, harmoniza ao extremo com a ética de Tiago.
A validade dessas advertências parece contradizer a concepção paulina sobre a gratuidade incondicional… mas são contextos diferentes. Referem-se a questões que se harmonizam conforme a abordagem ética ou doutrinal. É sempre importante considerar, também, que Paulo é intérprete de Jesus. Suas palavras sobre a gratuidade de Deus não se referem à aceitação continuísta da religiosidade regulamentar. O importante não é o que diz a religião, mas o testemunho da ação libertadora de Deus. Quem foi mais ecumênico que Paulo, entre os apóstolos de Jesus Cristo, unindo os povos do mundo greco-romano com a fé cristã?
Jesus não está falando de religião e doutrina, e sim das dificuldades do caminho e da chegada e entrada no reino, aqui e agora: “Estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” (Mt,7-14; cf. G.Kümmel, Síntese Teológica do NT, Paulus/Teológica, p.56, quando é abordada a questão: “O Senhorio de Deus sobre o mundo”). Surge, então, uma aguda pergunta: a proclamação de Jesus da proximidade do Reino de Deus não é pregação de salvação? Penso que sim, o todo contaminado pelos pecados estruturais não difere do ser total “pecador”, de cada homem e de cada mulher, ou da particularidade do ser necessitado de salvação. A questão ontológica é inseparável, na salvação do “ser social”, inclusive, como João Dias de Araújo escreve no hino ecumênico: “não só a alma do mal salvar, / também o corpo ressuscitar”. A questão é seguramente pedagógica, também. O entorno e cenário são a mesma casa em Cafarnaum, onde Jesus ensina e prepara seus discípulos para a missão de Deus.
Os apóstolos proíbem utilizar o nome de Jesus e curar alguém que “não é dos nossos”, num primeiro momento (Mc 9,38-50). Mas Jesus, com uma visão ecumênica ultra aguçada, impede que se proíba de fazer o bem a quem e por quem não seja do próprio grupo religioso, porque “quem não está contra nós está a nosso favor”. Com suas obras, suas atitudes éticas e suas lutas, devem ser considerados em todos os merecimentos e busca de dignidade, embora não seja “do nosso lado”. Um manifesto comum em favor da justiça e da igualdade quanto aos bens disponíveis, características da manifestação do Reino de Deus.
Marcos demonstra que os discípulos pensavam de modo equivocado:“Mestre, vimos um homem que expulsa demônios em teu nome. Mas nós lhe proibimos, porque ele não nos segue” (9,38). Jesus corrige a mesquinhez antiecumênica mostrando que a ação de Deus está na produção de meios para a sustentação da vida e da justiça: “Não lhe proíbam, pois ninguém faz um milagre em meu nome e depois pode falar mal de mim. Quem não está contra nós, está a nosso favor” (9,39-40).
Marcos informa: a ação salvadora, libertadora, contra o mal, a fome, a injustiça, a miséria – prerrogativas do discipulado no movimento de Jesus – é bem-vinda, sempre, venha de onde vier. Também essas, se estiverem alimentando a esperança e a vida, receberão a recompensa de Deus (9,41). Cabe-nos compreender a essência do discipulado de Jesus, identificando o cenário onde a causa de Deus se apresenta no drama das misérias humanas, retratos da injustiça social e das desigualdades existentes:
Existem coisas profundas e belas nas relações entre homens e mulheres do mundo inteiro, sejam quais forem as suas religiões, ideologias e culturas. A misericórdia, o cuidado e a compaixão pelos despoderados, pequenos, oprimidos e abandonados, são patrimônio da humanidade inteira. No contraponto do evangelho de Marcos, Tiago oferece um dos textos mais duros do evangelho, sobre os ricos e as riquezas. Mais grave, dirige-se aos cristãos e cristãs de sua comunidade. Neste momento, as igrejas movem-se pela ganância, volume em arrecadação; pelos números, buscando ser financeiramente ricas, sob vários pretextos. Menos o principal nos evangelhos. Um pastor magnata é capaz de liderar 8 milhões de fieis que o aprovam dentro de sua denominação, e alcançar a admiração de outros 20 ou 30 milhões de brasileiros evangélicos (pesquisas têm comprovado tal realidade). Escândalos de corrupção eclesiástica e evasão de divisas tornaram-se comuns. Imediatamente justificados, e seguido pela ordem de silêncio dentro das igrejas.
Porém inutilmente, porque, diante do poder público, esses impérios religiosos são indevassáveis. Marcos acentua a luta em favor da justiça (“é por nós quem não atua contra nós). Que luta é essa, aprovada por Marcos, onde não-cristãos, agnósticos e ateus, formam as mesmas fileiras ou atuam juntos na mesma política? A missão de Deus não tem fronteiras nem quartéis de infantaria, marinha ou de aeronáutica. Sublinhando as necessidades humanas, a busca da justiça, nos desígnios de Deus, estão muito acima – se não distantes –, Marcos fala dos que lutam pela justiça e pela razão dos direitos fundamentais democráticos. Sociedades ricas são minoria, e 6 bilhões de homens, mulheres e crianças pobres (dos 7 bilhões habitantes do planeta, 2 bilhões vivem sob o estigma da fome), conhecem bem o que lhes cabe, conforme designações culturais e políticas que justificam o abandono e as desigualdades. Os cristãos sempre perguntarão: quem está ao lado de Jesus Cristo, e quais são os valores da causa? O que Deus quer dos cristãos, senão justiça, amor, compaixão e solidariedade?
Compartilhado do amigo Derval Dasilio (http://dasilio.wordpress.com/2012/09/25/abandonaste-os-pequenos-me-abandonaste/)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Receita Bolo de maçã

Receita bolo maçã (SAFE):
tijela: 1 xicara de açucar, 2 xicaras de trigo (não muito cheias), meia xicara de uva passa (meia de cada: clara e escura), meia xicara de frutas cruistalizadas, 2 maçãs descascadas cortadas em cubos pequenos (pedacinhos, quadradinhos), noz moscada a gosto, canela em pó a gosto, uma colher de bicarbonato de sódio, 1 colher de fermento em pó.
Liquidificador: Colocar no liquidificador 3 maçãs descascadas (tirar o meio dela), 3 ovos, 1 colher chocolate em pó, meia xicara de oleo. Bater tudo. E colocar na tijela com os outros ingredientes. Misturar bem. Colcar numa forma untada e enfarinhada. Assar por mais ou menos 45 minutos.

Polvilhar por cima o açucar de confeiteiro (se vc não o tem em casa, é só fazer com maizena e açucar cristal. Bater os dois no liquidificador e pronto).

Bom apetite!!!

TABU

"Tabu" é um filme que aborda temas como pedofilia (principalmente), racismo, culturas diferentes, preconceito, educação, adolescência e ainda, um pouquinho de guerra, e tudo, de um jeito bem interessante, envolvente e surpreendente. ressalto que  para alguns pode soar um pouco insatisfatório a conclusão do enredo, mas tem o mérito de deixar vários temas em aberto, sem uma posição moralista apriorística. Sugiro que assitam e deixem seus comentários.

ILHA DAS FLORES



"Ilha das flores" é um curta considerado um clássico. Mostra de forma objetiva as questões estruturais que perduram até os nossos dias, num sistema que coloca em risco a vida humana e do planeta... Vale assistir refletir sobre o papel humano...