domingo, 30 de setembro de 2012

Em algum momento o milagre vai acontecer


Nessa caminhada da vida, há momento em que achamos que tudo parou. Que somos as pessoas mais azaradas e que até gato preto tem medo de passar por nós dado o nosso azar! Nenhuma porta se abre, muito menos uma janela! E por isso no sentimos cansad@s, desanimad@s. É nesse momento que devemos olhar para os muitos relatos bíblicos, e com fé, crer que as coisas vão mudar em nossa!
Nesses momento olho lá para Genesis e testemunho de fé de Abraão e Sara. Relato que nos apresenta os momentos de abalo da fé, mas, que apesar de tudo, continuaram a crer que o milagre era possível, que a promessa seria cumprida. E isso é o principal desse relato: continuar confiando/crendo na promessa apesar das evidencias contrarias. A grandeza da estória reside no fato de que Abrão enfrenta o abalo da fé. Em seguida dou uma passad em Hebreus e me deparo com a fé que é capaz de ver o invisível, que é o fundamento e a prova das coisas que não se veem. A fé nos ensina a confiar incondicionalmente nas promessas de Deus, porque Deus honra sua palavra. Fé é dependência, é confiança, é coragem, é esperança. Os nossos antepassados testemunharam o que é fé e isso nos é relatado. Eles viram, ouviram e viveram sua fé.
 Percebo então que vida e fé ficam fundidas numa só coisa. A experiência de vida das pessoas,  sejam elas cristãs ou não, acontece através de ações libertadoras e também opressoras. A experiência acontece em nosso mundo concreto. A experiência de vida e fé torna as pessoas mais maduras, pelo menos é isso que se espera. Sei que nos dias hoje falar de fé às vezes é complicado. Concentramos-nos demais nos “resultados concretos e comparativos” e esquecemos que muitas coisas podem acontecer pela fé. Fé é milagre!! Ficamos olhando para a vida de outras pessoas, como elas conseguem tanta coisa e a gente nada. Isso nos faz sentirmo-nos pequen@s, perdedores/as. E quando isso acontece, é preciso ver o mundo com os olhos da fé de Abrão e sua luta. Ele aprendeu a ler a realidade não com o critério do que se pode tocar, ver e controlar, mas com a medida Daquele que pode romper com o presente exausto e abrir novas possibilidades. Rudolf Otto, um teólogo criou a expressão mysterium tremendum  e mysterium fascinosum para se referir aos 2 tipos de experiência de fé com o sagrado. É o que vemos nos exemplos bíblicos em Hebreus e em toda a Bíblia. Momentos dramáticos, quando populações escravizadas decidem dispor-se a seguir um novo líder sem garantias, mas com expectativas que a situação presente de dor, sofrimento e humilhação iria mudar, tudo isso pela fé, que era a única garantia. E com essa garantia peregrinaram movidos pela utopia da terra que mana leite e mel, construindo ali sua vida por seguidas gerações. E o segundo é o Deus em que  os sonhos e esperanças são ancorados. É o Deus vivo, Deus forte e poderoso porque deixa de ser apenas de um povo e passa a ser o deus de todos, podendo ser adorado, amado do lugar onde estiverem seus filhos.
Não importa como você esteja: feliz, triste, chei@ de problemas, etc e tal. Basta que você tenha fé no Deus que você crê. Na fé dada por Jesus, você já participa no reino de Deus. Muitos fatos ameaçam matar a fé do ser humano em Cristo Jesus. Mas a fé é teimosa, ela se agarra à promessa do Evangelho. E, por isso ter fé, é viver apesar dos golpes que sofremos ou das crueldades que acontecem a nossa volta e às vezes em nossa vida. É preciso continuar, sem desanimar. Em algum lugar da caminhada algo maravilhoso vai acontecer e sua vida, nossa vida vai mudar! Que Deus nos ajude a vencermos tudo aquilo que nos impede de crer Nele!
Odete Liber

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

vamos tomar um café?

Vem tomar um café comigo?
Nessa tarde ensolarada,

Pra podermos conversar,
Relembrar a adolescência,
Nossos contos aventuras,
Que faz bem ao coração,
Venha! Entre!
O café eu vou fazer,

Já botei água no fogo,
 E o leite esta á ferver,
 Com torradas, e biscoitos,
Muita prosa, pra contar, Celebrar aqueles tempos.
 Mas que época bonita!
Lembra da escola?

Das paqueras? Das festinhas, bailinhos,
A que tempo tão gostoso!
Espere-me um minutinho,

 Vou o meu café passar, Mas me diga que eu te ouço,
Eu já volto pra falar,

Que o café está quase pronto
Para a gente degustar. Conversar, sonhar!
 

Chata?

Bem, tenho tido uma fase de chatice, mas não é o tempo todo não. Porque eu durmo ... kkkk

Má educação

A falta de 'educação', gentileza é explicada pelo  filósofo Immanuel Kant quando afirma:
"O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele".

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Evangelizar: coisa para apaixonado - Lucas 10:1-12, 16-20

Evangelizar: coisa para apaixonado - Lucas 10:1-12, 16-20
Nos 3 textos para o nosso domingo, deparamo-nos com o Evangelho e a missão/evangelização. Muitas outras denominações também tem no seu tema de trabalhado a missão/evangrlização: “Missão de Deus: nossa paixão”, ou ainda,  “Viver a missão, com-paixão” e nosso bispo também tem nos falado muito em missão com paixão. E hoje, nos deparamos com o mesmo tema nesse domingo.
Isaias é considerado o evangelista do AT. Porém, seu livro não contém apenas evangelho. Em muitas passagens há lei na mais dura acepção do termo. Mas no texto de hoje, o evangelho aparece em todo o seu esplendor. A idéia presente em nosso texto de Isaias é a de alegria por causa da misericórdia e bondade de Deus. Deus que salva o seu povo. Por isso todos podem se alegrar. “Jerusalém será como uma mãe”.
Já no Evangelho de Lucas, temos a descrição da missão dos 70 discípulos de Jesus. Os discípulos são enviados pois a seara é grande e os trabalhadores são poucos. Faltam trabalhadores e o trabalho não é fácil. Mas Deus quer que a pregação seja feita para salvar todos. Sua misericórdia é grande. É o relato de uma ação evangelizadora.
E na epistola de Gálatas é afirmado o que realmente vale é ser nova criatura. Isto Cristo conquistou na cruz para todos nós. A misericórdia está sobre os que, como novas criaturas, andam nos caminhos do Senhor. Aquele que semeia para o Espírito colherá vida eterna.
Todos os nossos textos trazem uma leitura conjunta. O AT e o NT fala da alimentação, grande seara. Também fala-se em farta amamentação. A boa nova é para todos, não é exclusividade minha ou sua. Agora com isso, me recordo das palavras do bispo Roger, da Nova Zelândia, que disse: “Os anglicanos... tem um mandamento que guardam com maior alegria, que é o conselho dado aos 3 discípulos: “Não digam nada a ninguém”. O segredo messiânico é algo que temos guardado muito bem.”
Mas também as palavras do bispo Tutu: Missão, evangelização, não é o que nós fazemos, mas o que Deus faz. É o que o povo de Deus faz ao testemunhar seus feitos em sua vida, e é as vezes tão simples como tomar um cafezinho com um colega ou amigo.
O evangelho de hoje é precedido de 3 breves diálogos. Mostra pessoas que tinham vontade de seguir a Jesus, porém queriam adiar a sua resolução definitiva. Jesus disse a eles que não tinha onde reclinar a cabeça, disse também que era para eles deixarem os mortos sepultarem os seus mortos, e ninguém que, tendo colocado a mão no arado, que olha para trás  é apto para o reino de Deus. Palavras fortes, pelo menos pra mim! E após tudo isso, Jesus nos retrata a missão, a evangelização.
Jesus tinha tomado o caminho para Jerusalém, como nos conta o texto. Os 70 agiriam e falariam em nome e em lugar de Jesus. Tinham uma tarefa, conforme o verso 9.
Ele agora comissiona vocês; ele agora recruta a cada um de vocês para este exército que prega as “boas novas” e a paz. . Jesus não nos envia ao mundo de mãos vazias. Ele tem algo maravilhoso a nos dá, com a finalidade de ajudar no cumprimento de nossa missão.
Deus quer utilizar-se de pessoas humanas para transformar situações e vidas. O Deus de Israel não é um Deus que, com uma varinha de condão, interfere magicamente no destino das pessoas, dispensando a atuação humana. E para alcançar seus objetivos, Deus convoca os seus. Somos todos chamad@s. Somos chamd@s para relatar não apenas acontecimentos passados, mas acima de tudo mostrar que o Deus de Israel, o nosso Deus, é um Deus misericordioso com o seu povo. Deus acontece na vida das pessoas, e em nossa vida, através de outras vidas.
O Espírito de Deus se move entre o povo e move o povo por meios muito próprios, que desafiam nossas análises. Sempre somos unilaterais e marcados por nossa própria visão e conceitos sobre a vida e Deus.  Com isso perdemos a visão mais ampla da vida que inclui seus mistérios e os gestos pequenos e simples que dão origem a suas grandes torrentes. Interessante salientar que o Espírito Deus age por aí, sem violentar os códigos culturais e dando preferência aos gestos que, entre o povo geram sinais de que a vida é sempre possível.
Os enviados tinham que seguir algumas orientações  para evitarem distrações no meio do caminho e com isso, o serviço fosse deixado de lado. È como se fossemos realizar um trabalho a beira mar, ou numa cidade belíssima e resolvêssemos dar uma voltinha pelos lugares, tirar uma fotos, etc. e tal.  (v.4). Ir ao shopping...
E tinham instruções de procedimento e a mensagem que teriam de proferir: “ paz seja nesta casa”. Acho maravilhoso isso. Gosto disso...quando vamos a casa de alguém e dizemos “paz seja com você e sua casa.” Quem rejeita a Deus, rejeita seu reino, Jesus, Deus .  (V. 5-11).
Então nada mais natural do que falarmos das coisas de Deus aos nossos amig@s, vizinh@s.  Não é proselitismo, mas sim, testemunho!
Miguez Bonino diz que a “missão da igreja é a implantação da fé no mundo mediante a proclamação do Evangelho e a promoção do homem no âmbito dos valores temporais” Ou seja, a missão da igreja não acontece num vácuo, mas na história, na cultura, no meio de um povo e em relação a um projeto histórico desse povo e cultura.
Gutiérrez diz que “Não existem duas histórias, uma sagrada e a outra profana ou secular. A história una e única em que Deus atua é a história dos seres humanos. É nesta história que encontramos Deus.”
David Bosch disse que o livro de Lucas descreve a evangelização ou missão, em termos de proclamação do Reino de Deus em 3 dimensões: Jesus deu pode aos pobres e desafortunados (atenção especial aos marginalizados, aos que estavam á margem da sociedade: crianças, mulheres,  samaritanos, cobradores de impostos), curou os doentes e salvou os perdidos. Concordo! Por isso optei por refletir sobre o Evangelho de Lucas, sobre a evangelização. Afinal isso faz parte de nossas vidas como cristãs e cristãos. Pois tod@s nós somos enviad@s e também exortad@s a não nos alegramos com as demonstrações de poder que porventura possamos mas, acima de tudo possamos nos  alegrar pela segurança da promessa de termos nosso nome escrito nos céus.
Ao nos encontrarmos com Deus, em Jesus Cristo, criou-se a possibilidade de sermos todos enviados. Pelo batismo, todos aqui, creio eu, foram batizados, e com isso fomos incluídos na grande família de Deus. Pela ação do espírito Santo em nós somo capacitados para responder ao seu chamado, a sua voz.  Nossa participação nos cultos/celebrações, estudos bíblicos, oração, se faz necessário para que nos fortaleçamos mutuamente e com isso exerçamos a missão.
Não seguimos pelo mundo afora sozinhos, pois desde que fomos batizados Cristo segue conosco e também, porque somos uma família em Cristo Jesus.  Ainda que aja receio referente a missão da qual somos incumbidos (falar das boas novas e seu Reino), a certeza da presença de Crsito junto a nós, não nos deixa desanimar, parar. Seguir é preciso! Seguir e romper o esquema das más estruturas, ser subversivo contra a lei humana, contra os círculos viciosos de nossa sociedade. Ou seja, é estar ao lado de tod@s aquel@s que precisam, os que enfrentam a dor e a solidão, a indiferença, os pobres, os marginalizados, os ricos. Pois a fé e o amor que nascem de Deus vencem o mundo.
Tem uma música infantil, que diz: “Posso ser um missionariozinho, se falar de Cristo aos companheiros. Posso trabalhar, em minha terra. Manda-me, pois, Senhor.  Não preciso atravessar os mares para dar aos outros boas novas salutares. Posso dar exemplo e amor aos outros, que meu Senhor mandou. Hei de orar e trabalhar fielmente. Caso Deus chame, seguirei contente para os campos que estão esperando: dispõe de mim, Senhor.”
Agora, para exercitar mesmo a missão, basta ser uma apaixonada pela Palavra de Deus, pelo próprio Deus, crer que com Ele as coisas se transformam, as pessoas mudam,  crer, ter fé... Depois é como tomar café com um amig@. É falar da vida e de como Deus age nessa sua vida, na minha vida. E chamar @ amig@ para um cafezinho... Fazendo missão, devagarinho. Concluo dizendo:
Vem tomar um café comigo?
Nessa tarde ensolarada, Pra podermos conversar, Relembrar a adolescência, Nossos contos aventuras, Que faz bem ao coração, Venha! Entre!
O café eu vou fazer, Já botei água no fogo, E o leite esta á ferver, Com torradas, e biscoitos,
Muita prosa, pra contar, Celebrar aqueles tempos. Mas que época bonita!
Lembra da escola? Das paqueras?  Das festinhas, bailinhos, A que tempo tão gostoso!
Espere-me um minutinho, Vou o meu café passar, Mas me diga que eu te ouço,
Eu já volto pra falar, Que o café está quase pronto Para a gente degustar.
Que tal um cafezinho agora hein?
Por isso talvez tenhamos um café, ali na porta... Tem aí o inicio da missão... Deus nos abençoe!! Odete Liber
(Pregação feita em 10 de julho de 2010, na IEAB – Londrina-Pr)

Jonas: uma novela espetacular

O profeta Jonas foi um homem bem interessante, teimoso, azedo e chato. E seu livro repleto de surpresas. Mas falar o que sobre ele... E dizer o que? Dizer que ele foi cabeça dura? Teimoso? Dizer que ele estava deprimido, estressado e tinha vontade de largar a sua profissão? Vamos dizer que ele foi um louco? Não, talvez...Falaremos muitas coisas... A começar pela época em que ele vivia que eram tempos difíceis, talvez como hoje.
Digo que o livro de Jonas é como um mapa, uma cartografia de acidentes geográficos e humanos, com abismos notáveis e desnecessários, com vales e planaltos, com picos de ira e inimizades. Despenhadeiros e relevos insignificantes. Planície de humanas guerras, areias movediças e desertos de genocídios. A história de Jonas é como um canal feito de águas e correntes, redemoinhos, com marés insuportáveis (intolerantes), vulcões de ódio permanente, latitudes e  longitudes sem perdão. Vácuos de misericórdia –espaços vazios de misericórdia.
Jonas pretende conhecer o mapa e se recusa a descobrir o mundo maior e mais variado e se recusa a conhecer um Deus mais livre e misericordioso e também bem humorado!
Jonas está no porto. Ninive de um lado. Jonas indo para outro lado. Jonas dentro do navio. Jonas embaixo. Os marinheiro em cima. Jonas não. O mar antes e depois. Tempestade. Encontro e desencontro. Eu e os outros. Fora do barco. Dentro domar. Seco e molhado. Jogado e tomado dentro do peixe. Fundo do mar. Ventre do peixe. Alto mar. Outro altar. Engolido e vomitado. Perto de Ninive. Dentro da cidade. Pressa e jejum. Fora da cidade. Baixo e alto. Ira e calor. Esquerda e direita. Rancor e perdão. Misericórdia e paixão.  Jonas não é apenas a história do homem chamado Jonas e sim, principalmente sobre Deus. Deus! Isso tudo é o livro de Jonas!!! Uma novela, um filme espetacular!!! 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

FAMÍLIA É PRATO DIFÍCIL DE PREPARAR

FAMÍLIA É PRATO DIFÍCIL DE PREPARAR
de O Arroz de Palma, de Francisco Azevedo 



Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.
Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini; Família à Belle Meunière; Família ao Molho Pardo, em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é “à Moda da Casa”. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.
Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.
 
 
Tomei emprestado de minha amiga M.Regina (http://www.corujando.com.br/index.html)

REFRI CASEIRO NUTRITIVO

 
REFRIGERANTE CASEIRO NUTRITIVOPrepare você mesmo um refrigerante delicioso e nutritivo.

Ingredientes:4 cenouras grandes
1 copo de suco de limão
casca de 1 laranja
2,5 litros de água com gás
2 copos de água sem gás
açúcar a gosto
gelo a gosto

Modo de Preparo:
Bata no liquidificador as cenouras com os 2 copos de água sem gás. Coe e reserve.
Bata o suco de cenoura + suco de limão + casca de laranja.
Coe e acrescente a água com gás, o açúcar e o gelo.
Sirva em seguida.
 

Jorge Ben Jor - Chove Chuva


Logo de Manhã - Nando Padoan & Quarteto Virtude


O Tempo Me Guardou Você - Ivan Lins


Somewhere over the rainbow .wmv


Porto - Mariana Gomes e Banda Bethesda.wmv


terça-feira, 25 de setembro de 2012

mar, areia, vida, Deus


Olhe a sua volte e mude de vida



Acabei de ler um artigo sobre perdão e erros/pecados da vida, mas uma parte eu achei 'tremenda': [...] O reformador Lutero, ao escrever sobre louvor e a dádiva do sacramento do Altar, observa que nem sempre os seres humanos percebem seu pecado. É sempre mais fácil enxergar o cisco no olho do outro do que a trave em nosso próprio (Mateus 7.3). Então ele dá um conselho e diz: "Já que você está tão insensível, a ponto de não sentir pecado, morte, etc., toque sua boca, nariz, orelhas, mãos e sinta se é carne ou pedra. Se for carne, vamos lá, então acredite na escritura e não naquilo que você sente. A Escritura diz: ' A carne milita contra o espírito', Gl 5.17. Da mesma forma diz Romanos 7.18: 'Nada há de bom na carne', e assim por diante... Olhe a sua volta... Ouve e percebe adultero, roubo, engano, heresia, perseguição e toda espécie de vícios. Em tais situações, também você pode cair toda hora, não só com o coração, mas também com atos."  Somos tod@s convidados a seguir esse conselho... Se bem que se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia... Mas sempre é possível pedir perdão pelo erro/pecado e continuar a caminhada, pois tanto pedir o perdão como perdoar são exercícios de amor incondicional. E um não vive sem o outro, apesar de que o perdão não garante que o erro/pecado não acontecerá novamente. O importante é levantar, reerguer-se, olhando para frente, buscando ser melhor e acima de tudo, tentando fazer o que Jesus nos ensinou. 

26o.Domingo do Tempo Comum depois de Pentecostes – Ano “B”

26o.Domingo do Tempo Comum depois de Pentecostes – Ano “B”
Ester 7,1-10; 9,20-22–43: Fomos vendidos e escravizados, eu e o meu povo
Salmo 124 – Nosso socorro vem em nome do Senhor
Tiago 5,13-20 – Confessai-vos uns aos outros e sereis curados
Marcos 9,38-50 – É por nós quem não é contra nós

“Todos os devem ser realizados para promover o diálogo, principalmente entre as três religiões monoteístas, Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, pertencem ao mesmo tronco abraâmico-profético, tendo como fundamento o respeito à diversidade, à liberdade, o fim da miséria no mundo, o fim da dominação de um povo sobre outro”, dizia Manoel Miranda, alguns anos atrás.
Algumas coisas a considerar, quanto ao evangelho de hoje, confirmando a voz e a boa teologia ecumênica sem fronteiras religiosas que conferimos acima. Quando Deus estabelece o seu reino, nenhum poder tem condições de separar “os filhos do reino (de Deus)”. Trata-se de uma promessa, porém destinada ao “pequenino rebanho”, discípulos de Jesus, a quem o Pai resolveu conceder um reinado (cf.Lc 13,32). Mas as palavras de Jesus, provocando tensão, envolvem polarizações: de um lado a promessa de vida e correção de desigualdades; do outro, a referência ao perigo de se “herdar a morte”, a treva, o inferno (cf. Mt25,41;7,13; 25,30;8,12). Há uma soteriologia complexa, a partir daqui, porque a promessa de salvação é vinculada a determinadas condições. Combina muito pouco com a teologia paulina, harmoniza ao extremo com a ética de Tiago.
A validade dessas advertências parece contradizer a concepção paulina sobre a gratuidade incondicional… mas são contextos diferentes. Referem-se a questões que se harmonizam conforme a abordagem ética ou doutrinal. É sempre importante considerar, também, que Paulo é intérprete de Jesus. Suas palavras sobre a gratuidade de Deus não se referem à aceitação continuísta da religiosidade regulamentar. O importante não é o que diz a religião, mas o testemunho da ação libertadora de Deus. Quem foi mais ecumênico que Paulo, entre os apóstolos de Jesus Cristo, unindo os povos do mundo greco-romano com a fé cristã?
Jesus não está falando de religião e doutrina, e sim das dificuldades do caminho e da chegada e entrada no reino, aqui e agora: “Estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” (Mt,7-14; cf. G.Kümmel, Síntese Teológica do NT, Paulus/Teológica, p.56, quando é abordada a questão: “O Senhorio de Deus sobre o mundo”). Surge, então, uma aguda pergunta: a proclamação de Jesus da proximidade do Reino de Deus não é pregação de salvação? Penso que sim, o todo contaminado pelos pecados estruturais não difere do ser total “pecador”, de cada homem e de cada mulher, ou da particularidade do ser necessitado de salvação. A questão ontológica é inseparável, na salvação do “ser social”, inclusive, como João Dias de Araújo escreve no hino ecumênico: “não só a alma do mal salvar, / também o corpo ressuscitar”. A questão é seguramente pedagógica, também. O entorno e cenário são a mesma casa em Cafarnaum, onde Jesus ensina e prepara seus discípulos para a missão de Deus.
Os apóstolos proíbem utilizar o nome de Jesus e curar alguém que “não é dos nossos”, num primeiro momento (Mc 9,38-50). Mas Jesus, com uma visão ecumênica ultra aguçada, impede que se proíba de fazer o bem a quem e por quem não seja do próprio grupo religioso, porque “quem não está contra nós está a nosso favor”. Com suas obras, suas atitudes éticas e suas lutas, devem ser considerados em todos os merecimentos e busca de dignidade, embora não seja “do nosso lado”. Um manifesto comum em favor da justiça e da igualdade quanto aos bens disponíveis, características da manifestação do Reino de Deus.
Marcos demonstra que os discípulos pensavam de modo equivocado:“Mestre, vimos um homem que expulsa demônios em teu nome. Mas nós lhe proibimos, porque ele não nos segue” (9,38). Jesus corrige a mesquinhez antiecumênica mostrando que a ação de Deus está na produção de meios para a sustentação da vida e da justiça: “Não lhe proíbam, pois ninguém faz um milagre em meu nome e depois pode falar mal de mim. Quem não está contra nós, está a nosso favor” (9,39-40).
Marcos informa: a ação salvadora, libertadora, contra o mal, a fome, a injustiça, a miséria – prerrogativas do discipulado no movimento de Jesus – é bem-vinda, sempre, venha de onde vier. Também essas, se estiverem alimentando a esperança e a vida, receberão a recompensa de Deus (9,41). Cabe-nos compreender a essência do discipulado de Jesus, identificando o cenário onde a causa de Deus se apresenta no drama das misérias humanas, retratos da injustiça social e das desigualdades existentes:
Existem coisas profundas e belas nas relações entre homens e mulheres do mundo inteiro, sejam quais forem as suas religiões, ideologias e culturas. A misericórdia, o cuidado e a compaixão pelos despoderados, pequenos, oprimidos e abandonados, são patrimônio da humanidade inteira. No contraponto do evangelho de Marcos, Tiago oferece um dos textos mais duros do evangelho, sobre os ricos e as riquezas. Mais grave, dirige-se aos cristãos e cristãs de sua comunidade. Neste momento, as igrejas movem-se pela ganância, volume em arrecadação; pelos números, buscando ser financeiramente ricas, sob vários pretextos. Menos o principal nos evangelhos. Um pastor magnata é capaz de liderar 8 milhões de fieis que o aprovam dentro de sua denominação, e alcançar a admiração de outros 20 ou 30 milhões de brasileiros evangélicos (pesquisas têm comprovado tal realidade). Escândalos de corrupção eclesiástica e evasão de divisas tornaram-se comuns. Imediatamente justificados, e seguido pela ordem de silêncio dentro das igrejas.
Porém inutilmente, porque, diante do poder público, esses impérios religiosos são indevassáveis. Marcos acentua a luta em favor da justiça (“é por nós quem não atua contra nós). Que luta é essa, aprovada por Marcos, onde não-cristãos, agnósticos e ateus, formam as mesmas fileiras ou atuam juntos na mesma política? A missão de Deus não tem fronteiras nem quartéis de infantaria, marinha ou de aeronáutica. Sublinhando as necessidades humanas, a busca da justiça, nos desígnios de Deus, estão muito acima – se não distantes –, Marcos fala dos que lutam pela justiça e pela razão dos direitos fundamentais democráticos. Sociedades ricas são minoria, e 6 bilhões de homens, mulheres e crianças pobres (dos 7 bilhões habitantes do planeta, 2 bilhões vivem sob o estigma da fome), conhecem bem o que lhes cabe, conforme designações culturais e políticas que justificam o abandono e as desigualdades. Os cristãos sempre perguntarão: quem está ao lado de Jesus Cristo, e quais são os valores da causa? O que Deus quer dos cristãos, senão justiça, amor, compaixão e solidariedade?
Compartilhado do amigo Derval Dasilio (http://dasilio.wordpress.com/2012/09/25/abandonaste-os-pequenos-me-abandonaste/)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Receita Bolo de maçã

Receita bolo maçã (SAFE):
tijela: 1 xicara de açucar, 2 xicaras de trigo (não muito cheias), meia xicara de uva passa (meia de cada: clara e escura), meia xicara de frutas cruistalizadas, 2 maçãs descascadas cortadas em cubos pequenos (pedacinhos, quadradinhos), noz moscada a gosto, canela em pó a gosto, uma colher de bicarbonato de sódio, 1 colher de fermento em pó.
Liquidificador: Colocar no liquidificador 3 maçãs descascadas (tirar o meio dela), 3 ovos, 1 colher chocolate em pó, meia xicara de oleo. Bater tudo. E colocar na tijela com os outros ingredientes. Misturar bem. Colcar numa forma untada e enfarinhada. Assar por mais ou menos 45 minutos.

Polvilhar por cima o açucar de confeiteiro (se vc não o tem em casa, é só fazer com maizena e açucar cristal. Bater os dois no liquidificador e pronto).

Bom apetite!!!

TABU

"Tabu" é um filme que aborda temas como pedofilia (principalmente), racismo, culturas diferentes, preconceito, educação, adolescência e ainda, um pouquinho de guerra, e tudo, de um jeito bem interessante, envolvente e surpreendente. ressalto que  para alguns pode soar um pouco insatisfatório a conclusão do enredo, mas tem o mérito de deixar vários temas em aberto, sem uma posição moralista apriorística. Sugiro que assitam e deixem seus comentários.

ILHA DAS FLORES



"Ilha das flores" é um curta considerado um clássico. Mostra de forma objetiva as questões estruturais que perduram até os nossos dias, num sistema que coloca em risco a vida humana e do planeta... Vale assistir refletir sobre o papel humano...

domingo, 23 de setembro de 2012

Saudade

"A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar." Ou ainda melhor: "Deus mora no mundo das coisas que não existem, o mundo da saudade...!" Rubem Alves

Celine Dion & Andrea Bocelli - The Prayer (Live In Boston Taking Chances...


Sarah Brightman & Andrea Bocelli - Time to Say Goodbye 1997 Video ster...


Hildegard von Bingen MARISA "O dulcis Divinitas" 2009


Eu não entendo os Teus caminhos

Dietrich Bonhoeffer dizia: "Eu não entendo os Teus caminhos, Senhor. Mas Tu sabes os caminhos que devo andar!” E é verdade!! Deus sabe o caminho que devemos andar.. Sabe, quanto mais procuro vivenciar e entender as coisas que Deus quer de mim, mais me surpreende o quanto Deus vem ao meu, ao nosso encontro nas áreas mais essenciais e carentes da vida: “significado, pertencimento, saúde, liberdade e comunidade”. É que Deus, que é um Deus de amor e, consequentemente, de salvação, não nos traz aquilo de que não precisamos, mas vem ao nosso encontro nas áreas mais necessitadas da existência humana e comunitária. Por isso, continuo crendo que o amanhã será melhor que o hoje, e que o futuro me reserva muitas surpresas boas... Odete Liber

Higienização auricular: mais que uma prova de amor


“Naturalmente, os ouvidos de cães e gatos apresentam bactérias e fungos que, em condições normais, não trazem dano algum” (Aristeu Pessanha)
 Ter um animalzinho em casa é uma grande responsabilidade, principalmente no quesito saúde. Tanto o cachorro quanto o gato estão sujeitos a vários micro-organismos que causam doenças como a otite, uma inflamação no ouvido que, quando não tratada corretamente, pode levar à surdez.
Naturalmente, os ouvidos de cães e gatos apresentam bactérias e fungos que, em condições normais, não trazem dano algum. Mas o aumento de umidade, a falta de ventilação adequada, irritações ou traumas são fatores que contribuem para a proliferação de bactérias e fungos e, consequentemente, o aparecimento dessa inflamação.
A simples limpeza pode prevenir a otite. Já nos casos mais graves, a técnica de lavagem otológica faz-se necessária. Já nos casos crônicos é necessário o uso de medicação apropriada e, somente em algumas situações, a cirurgia torna-se uma opção. Entre as causas que podem levar à otite estão o excesso de produção de cera no ouvido e também alergias e doenças de pele.  Entretanto, não há motivo para pânico, pois existem alguns cuidados específicos que, se seguidos, podem prevenir e proteger nossos pets de tais problemas. São eles:
▪ Na hora do banho, proteja os ouvidos do seu animalzinho com um chumaço de algodão seco. O objetivo é evitar a entrada de água no conduto auditivo, ambiente ideal para proliferação de bactérias e fungos.
▪ Evite arrancar os pelos que nascem no interior dos ouvidos (prática comum em alguns locais de banho e tosa).
▪ Promova limpeza para a retirada do excesso de cera com produtos apropriados uma vez por semana ou a cada 15 dias, que pode ser realizada após o banho. A limpeza deve ser feita com a aplicação de um produto próprio para esta limpeza (um ceruminolítico), produto este que vai agir dissolvendo a cera, ajuda a reduzir a umidade, hidrata o conduto e tira o mau cheiro; a limpeza deve ser feita 10 minutos após a aplicação do produto, com um algodão no dedo que é introduzido no canal auditivo para remover o produto e a cera dissolvida; faça com suaves movimentos de rotação para a limpeza do conduto. Com algodão e o dedo você nunca vai machucar seu amigo, mas NUNCA use cotonete porque você pode machucá-lo!
 ▪ Fique atent@ aos sinais iniciais da otite: coçar a região do ouvido e sacudir a cabeça com frequência.

Jó: fascinante escrito da história humana


O livro de Jó, nos apresenta um homem sofredor, e começa afirmando que ele era pai de 7 filhos e três filhas, que morrem tragicamente. No fim, porém, capitulo 42:13-14, a família reaparece como dom de Deus.
Diz o texto 42: 13-17:

Também teve sete filhos e três filhas. E chamou o nome da primeira Jemima (Rola), e o nome da segunda Quezia (Cassia), e o nome da terceira Quéren-Hapuque (Azaviche). E em toda a terra não se acharam mulheres tão formosas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos. E depois disto viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos, e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração. Então morreu Jó, velho e farto de dias. 
Esse é o único lugar da Bíblia em que um pai dá nome às filhas. Rola significa pomba brilhante; Cássia é um tipo de perfume e Azeviche é como o rímel para embelezar os contornos dos olhos e os cílios.
Na Bíblia, os nomes são significativos, pois enfatizam a importância da pessoa desde o seu nascimento. Jó atribuiu valor as três filhas e elas se tornaram herdeiras. Ele ainda questiona todos os costumes de seu tempo e termina enfraquecendo o patriarcalismo.
No cap. 1:20-22, diz:

Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou. E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR. Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.
Nesse texto temos a figura de Jó em seu sofrimento. Evoca a figura da mãe, ao falar do ventre que lhe deu a vida. Para qualquer ser humano frágil, limitado e passageiro, o ventre materno é a fonte da vida. Essa é a condição de Jó em seu sofrimento extremo, conforme o capitulo 3:3ss:

Pereça o dia em que nasci, e a noite em que anunciaram:’nasceu um menino’! [...] Pois não fechou a porta do ventre que me trouxe, e não escondeu dos meus olhos tantos males! Por que não morri no ventre materno, ou não expirei logo ao sair das entranhas? Por que em dois joelhos fui acolhido e em dois peitos, amamentado? Pois agora, dormindo, eu estaria calado e repousaria no meu sono.
Em Jó, também temos a apresentação da esposa dele, e de maneira dramática. Depois de perder todos os bens, a casa, os 10 (dez) filhos, Jó é atingido por uma doença de pele. Sua mulher, que também perdeu os filhos, casa e sustento, volta-se desesperada para o marido e clama:

Ainda continuas na tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre de uma vez! Ele respondeu: Falas como uma insensata. Se recebemos de Deus os bens, não deveríamos receber também os males?
As palavras da mulher são duras criticas e Jó as critica. Mas, nos últimos diálogos do livro, ele próprio chega a entender o que sua mulher/esposa queria dizer. O problema é este: como entender o sofrimento dos inocentes e íntegros e, ao mesmo tempo, afirmar a bondade e misericórdia de Deus?
A resposta de Jó é uma procura do sentido de seu sofrimento. Os males não vêm de Deus. A esposa mostra ao marido, desde o começo do livro, que ele não conhece a Deus de verdade. Ela abre os olhos dele para trilhar o caminho que leva a um conhecimento mais profundo e a um amor mais verdadeiro de Deus.
No capitulo 14:1-2:

O ser humano, nascido da mulher, tem a vida curta, mas cheia de inquietação. É como a flor que se abre e logo murcha; foge como sombra, e não permanece.
Na Bíblia, entre todos os termos usados para se falar dos seres humanos, o mais comum é ‘filho do homem’, expressão que pretende contrastar a mortalidade humana com a imortalidade de deus. Numa sociedade patriarcal, o homem é a medida do verdadeiro ser humano. Jó, porém, fala da mortalidade humana em termos femininos. Em linguagem poética, ele lamenta a brevidade e a dificuldade da vida humana, ou seja, do mortal, nascido de mulher.
No capitulo 17: 1-16, temos o auge da dor do inocente que sofre no meio de uma sociedade a qual entende o sofrimento como castigo pelo pecado. E Jó faz seu clamor.
Empobrecido, doente, marginalizado, incompreendido pelos amigos, objeto de espanto e de zombaria, Jó se encontra á beira do desespero. Assim, a própria morte é vista por ele como maneira de escapar do sofrimento. Chega a tal intimidade com a morte que o esterco, ou tumulo, segundo outras traduções, chega a tornar-se seu pai e os vermes, sua mãe e sua irmã, tão familiares são para ele as dores que sofre.
O grito final é uma suplica pedindo o dom da esperança. No fim de sua conversão, Jó encontrará essa virtude em Deus. Nesse momento ele ainda está a procura.
No capitulo 19:7-18, é mostrado o extremo abandono de Jó no seio de sua família. Temos um Jó cercado pela violência de todos os seus parentes e amigos, e ainda abandonado por seus serv@s. Ele é repugnante até para sua própria casa. Nessa situação de abandono total, Jó faz o seu ato de esperança em Deus, que virá salva-lo e refazer-lhe a vida plena. No cap. 19:25-26, temos uma bela oração de esperança.

 Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus...   
 Já em Jó 31:35-40, temos o sofrido personagem em seu protesto de inocência, confessando sua integridade pessoal. Ele não se desviou da justiça, nem em seus desejos mais íntimos. No decorrer do capítulo, Jó confessa a deus que sempre foi fiel no seu casamento. Fez justiça para com seus empregados e sempre ajudou a viúva necessitada.    
O livro de Jó, em seguida, a imagem de mãe para ensinar que todo o mundo criado vem do mais intimo da vida de Deus. A criação é como o nascimento de uma criança, cuja vida vem do útero de sua mãe. Esse é o ensinamento do poeta, no cap. 38:4ss.
A figura da mãe, fonte de vida e do amor torna-se então a imagem principal para revelar a vida intima de Deus: ele é a fonte de vida e de amor sem limites, tal como as entranhas da mãe. A mulher é a imagem do deus invisível, principio do mundo criado e da nova criação. A mulher é valoriza e citada, a ordem estrutural é quebrada em Jó. Que possamos fazer isso em nossa caminhada como mulheres e cristãs. Odete Liber

Mercedes Sosa - Sólo le pido a Dios


Milton Nascimento e Mercedes Sosa - Volver a Los 17


Mercedes Sosa Gracias a La Vida


Almir Sater - Tocando em Frente Ando devagar por que já tive pressa...


Renato Teixeira, Sergio Reis e Paula Fernandes (Legendado)


sábado, 22 de setembro de 2012

música

Missão numa perspectiva anglicana


Missão numa perspectiva anglicana
Segundo D. Tutu, a "missão é, em primeiro lugar, não o que nós, mas o que Deus faz".  A igreja é chamada a testemunhar o amor de Deus conhecido em Jesus Cristo. Este testemunho é expresso em servir, proclamar e compartilhar a vida comum e adorar.  Deste modo a missão está sempre presente na igreja e em nossas vidas, porque tudo que fazemos, fazemos como cristãos numa forma de testemunho , consciente ou não.  A igreja e nós como parte dela, existe para dar testemunho de Jesus Cristo como Senhor.
Nesse sentido, missão numa perspectiva anglicana é o objetivo da igreja (a partir de sua identidade), o que ela pretende, é sua visão. É o jeito da igreja proclamar as boas novas do Reino de Deus. Ou seja, missão é o anuncio da graça e o juízo de Deus para os seres humanos para que sejam novas criaturas, e com isso estruturas sociais fiquem a serviço da justiça, do amor, da paz e toda a criação fique salvaguardada em sua integridade.
Missão não é o que o cristão faz pelos pobres, pelos que estão a margem, mas sim é o agir de Deu por meio da igreja, por meio de nós.  E que essa missão deve ser holística, e como diz D. Jubal,
[...] envolve não somente anunciar, mas ensinar, curar e reconciliar, com a responsabilidade de buscar transformar a ordem social [...] Proclamação e serviço são vistos como inseparáveis e nossa Igreja está sendo encorajada a tornar-se uma igreja missionária através de atividades que ultrapassem o cuidado pastoral e a formação. Somos chamados a ser uma Igreja serva, e para isso devemos ter estruturas que nos liberem para a tríplice tarefa do testemunho (martyria), serviço (diakonia) e comunhão (koinonia), como o transbordamento da experiência pessoal do encontro com Cristo.
Por isso, não há como ser cristão anglicano e não partilhar com outras pessoas a alegria de ser cristão, pois “A boca fala do que o coração está cheio” (Lc 6.45). Essa partilha, que é o testemunho cristão, pode ser publico ou privado, dentro e fora das paredes da igreja, expressos em palavras e atos, pessoalmente e por escrito, por pessoas, grupos ou grandes multidões, por cuidado silencioso, por uma celebração vibrante ou por um simples ato de convidar alguém para um cafezinho e partilhar da fé em Cristo e os feitos desse Deus em nossas vidas e isso só acontece se tivermos fé no Criador, pois afinal “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus”. Logo, as relações políticas, econômicas e religiosas da sociedade em que estamos inseridos anunciam ou denunciam a nossa espiritualidade, fé e missão.
Pode-se dizer que a missão e a espiritualidade numa perspectiva e num contexto anglicano não se separam, já que a missão é espiritual e a espiritualidade é missionária, e com isso, a prática humana da missão é a resposta a experiência espiritual para com Deus. Vale ressaltar que sem essa interligação a espiritualidade se torna vazia de significado, o que a faz ser um misticismo alienado e a missão passa a ser um mero ativismo eclesiástico, vazio e sem sentido. Por isso, J. Wesley dizia que “A autêntica experiência de salvação é transformadora. Ou impacta a orientação total da vida ou não é autêntica", pois a missão está conectada a espiritualidade, e esta devem ser concreta e com isso, transformadora, ou seja, transforma o mundo que está a nossa volta.
Não se pode perder de vista que a Igreja existe no poder do Espírito para Proclamar as Boas Novas do amor reconciliador de Deus em Jesus Cristo; Batizar e nutrir a quem passa a crer em Cristo; Responder às necessidades humanas com serviço zeloso; Trabalhar pela transformação da sociedade de acordo com os valores do Evangelho e Salvaguardar a integridade da criação e a renovação da vida na terra. É preciso incitar no processo diário o ato de amar e trabalhar com outros, ou seja deve comprometer-se com a "missio dei" e vivenciando a  nossa fé Trinitária, pois "Cremos em um Deus como Criador e Sustentador, Redentor e Doador da Vida". Somos uma comunidade de batizad@s, chamad@s para a fé e esperança e com isso, existimos para brilhar como luzes do mundo para a glória de Deus, preparando o caminho para a liberdade que há Cristo e para que o amor de Deus seja revelado no meio de nós.
Somos tod@s chamados a proclamar as boas novas. Deus chama a tod@s para a uma vida nova no poder da ressurreição de Cristo, que é precedida pela morte. Morte para tradições apreciadas, morte para preconceitos inveterados; morte para um ego antiquado, e então uma chamada para uma vida nova e revitalizada em serviço e esperança. E como disse D. Helder Camara:
Missão é partir, caminhar, deixar tudo, sair de si, quebrar a crosta do egoísmo que nos fecha no nosso Eu.  É parar de dar volta ao redor de nós mesmos como se fossemos o centro do mundo e da vida.  É não se deixar bloquear nos problemas do pequeno mundo a que pertencemos: A humanidade é maior.  Missão é sempre partir, mas não devorar quilômetros. É, sobretudo abrir-se aos outros como irmãos, descobri-los e encontrá-los.  E, se para descobri-los e amá-los, é preciso atravessar os mares e voar lá nos céus, então missão é partir até os confins do mundo.
Missão numa perspectiva anglicana é proclamar as boas novas, é proclamar o shalom de Deus, o reino da totalidade, da paz, da restauração, da cura e da justiça.  E como disse Queiroz, [...] Quem assim ama, vive em missão permanente".

ALGODÃO

NUVENS SÃO COMO ALGODÃO
Amo ficar olhando para as nuvens, quando viajo de avião. Me lembra a infância, quando ficava deitada (numa pedra, em meio ao pasto) olhando para as nuvens. Ficava vendo, imaginando tanta coisa: animais, flores, arvores, avião... Ah, mundo dos sonhos... E continuo a gostar disso!


BOA MÚSICA E AMIZADES

Ontem, sexta feira á noite, ouvimos a cantora Raquel Passos, cantora da terra capixaba, cantando com José Elias.
 




                                                                   Muito bom!!!!!

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Por trás da Palavra: “QUANDO ENTRAR SETEMBRO!”

Apresentação Musical “Raquel Passos e José Elias” (MPB)

Data: 21 de setembro de 2012 (sexta-feira), às 20h.
Local: Restaurante Filleto
(Avenida Espírito Santo, 07 - Jardim América Cariacica/ ES)
Telefone: (27) 3091-5555.

comidas que fiz e gostei:








Uma voz clama no deserto: Fé na ousadia de Deus!


Uma voz clama no deserto: Fé na ousadia de Deus! (Mc 1,1-8) 

Esta reflexão é sobre o segundo domingo do Advento. Advento é tempo de reflexão diante do plano de Deus para a humanidade. É tempo de refletir como estamos orientando nossas vidas em relação ao propósito de Deus. Advento também é vinda, chegada. Ele vem. Jesus vem!

É um período especial, pois antecede o Natal, e traz nada menos que três desafios à cristandade. Esse período (1) quer nos lembrar do Advento histórico, passado. (2) Quer nos lembrar do Senhor que quer ser, hoje, nosso hóspede, portanto, o aspecto presente. (3) Finalmente, quer nos remeter ao futuro: o aspecto escatológico do mesmo.

O Advento é época de recuperar os grandes feitos de Deus. Eles são fundamentais para a nossa fé cristã e orientadores para a nossa convivência na comunidade e no mundo, em testemunho e serviço. Recuperar os fatos, no Advento, significa, conforme Isaías, novo fascínio, força e vigor para superar nossos cansaços, desesperanças, desânimo, vontade de desistir e cultivar nossa fé - esperança no Senhor. Advento é esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas. É esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante de tantas coisas que afligem nossa alma e ferem nosso corpo.

Advento é, por isso, época de não só pensar em doces e presentes, mas, acima de tudo, é convite para olhar em direção ao que realmente importa, ou seja, a oferta da vida com esperança, em Cristo Jesus. É tempo de encontrar o novo.

O "evangelho" de Jesus não vem dos palácios

Os primeiros versos do Evangelho segundo Marcos retomam a profecia do Antigo Testamento e a conduzem ao Novo, ao evento do Espírito. O Espírito perfaz o novo! Marcos ressalta que Jesus Cristo, o Filho de Deus, é a Boa Nova da salvação para a humanidade. Como o mensageiro antigo (Isaías 52,7), João Batista proclama o alegre anúncio, que culmina em Jesus (Marcos 1,14-15) e ressoa nas comunidades cristãs como apelo a anunciar a mensagem de libertação no mundo inteiro (Marcos 13,10; 14,9).

Sabe-se que, para o evangelista, as palavras e ações de Jesus são "evangelho". "Evangelho" é uma palavra que era utilizada pelas autoridades para anunciar as suas ações. Contudo, para o evangelista Marcos, o "evangelho" de Jesus não vem dos palácios, mas da periferia de Nazaré (W. Marxen). O evangelho é alegria, não é imposto, como o evangelho imperial. Aqui nos é apresentado Jesus Cristo como "Filho de Deus", uma expressão que é central para o Evangelho segundo Marcos (cf. Marcos 1,11; 15,39).

Em seguida, Marcos 1,2-8 apresenta o precursor, João Batista. Jesus está na linha da profecia! João Batista é o profeta anunciado em Isaías. Restaura Israel a partir do deserto, como Moisés o fez com o povo que saiu do Egito, como tinha sido a prática de Elias no Horebe. João Batista, o profeta, tem seu foco no deserto. Para a história de Israel, o deserto é símbolo de vida, de resistência, vida restaurada, nova.

A profecia de João Batista apela à conversão, ao arrependimento. Isso é antiga tradição profética. O arrependimento é o eixo da renovação.

Fé na renovada ousadia de Deus e olhos fixos no futuro

O povo de Deus sempre teve os olhos fixos no futuro, com esperança na vinda definitiva do Senhor (Isaías). Marcos nos chama a olhar à nossa volta e enxergar dentro de nossa história a vinda de Deus: João é o novo Elias (1 Reis 1,8), isto é, a profecia que volta a ser proclamada, o povo se reúne e se organiza para recomeçar como nos tempos do "deserto", enquanto os poderosos se abalam por se sentirem desmascarados (Mateus 3,7). Em Jesus de Nazaré, é Deus mesmo quem opera a restauração das pessoas.

Assim como se deu com Elias, João foi perseguido e morto covardemente, mas a palavra ressurge em Jesus (Marcos 1,14-15; 6,16). Também Jesus foi perseguido e assassinado, mas a caminhada da Palavra prossegue com seus discípulos e discípulas.

Ouvir de Elias, de João, de Jesus... é ouvir falar da renovada ousadia de Deus, a ousadia da liberdade, que não aceita calar-se nunca, nem teme os poderosos do mundo. Sempre de novo a Palavra ressurge para anunciar que são possíveis "novos céus e nova terra" (2 Pedro 3,13; Marcos 1,9-13; 9,2-13). A Palavra volta a levantar-se para denunciar os obstáculos que se antepõem ao propósito de Deus e proclamar que só há uma maneira de viver nessa nova realidade: "endireitar" os caminhos, reconhecer os erros pessoais e coletivos, refazer as relações pelo perdão, a igualdade e a partilha (Lucas 3,10-14). Aí, sim, o "deserto" se transforma em larga estrada, em jardim do Senhor.

O deserto era o lugar onde frequentemente se refugiava quem se sentia à margem do sistema e se punha na oposição. Lá estavam os essênios, pessoas que romperam com o templo e se consideravam vanguarda do novo povo. Para lá se dirigia quem se proclamava profeta ou messias e pretendia organizar a resistência popular. Por lá andavam guerrilheiros (sicários, zelotas) e bandidos. O movimento de João é de protesto e resistência, por isso foi preso e morto. Herodes o temia.

Batismos e rituais de purificações eram práticas comuns no ambiente dos fariseus e dos essênios. No movimento de João não são os sacrifícios que purificam do pecado, mas a confissão e o arrependimento, a mudança de vida. O povo não peregrina em direção ao templo, mas sai das cidades, como num êxodo, em direção ao deserto. É como se fosse preciso sair de novo do Egito, "a casa da servidão". E, pelo Jordão, entrar na Terra Prometida. Sob a expressão "remissão dos pecados" está escondida a antiga esperança da "remissão das dívidas" prevista para o Ano do Jubileu (Levítico 25). O novo tempo anunciado por João é a possibilidade, com Jesus, de restauração radical da convivência do povo em sociedade, segundo os ideais da igualdade e da justiça. Para isso é que se prevê a "imersão" (batismo) no Espírito Santo. Será como passar pelo fogo (Mateus 3,11; Malaquias 3,2) que purifica e destrói, para que algo novo possa surgir. Essa novidade era esperada desde o final do exílio na Babilônia e é dela que falavam profetas e profetisas no grupo de discípulos de Isaías (Is 40-66).

Deus sabe o caminho que devemos andar

João Batista, o precursor, propõe a conversão como meio para preparar o caminho do Senhor e acelerar a chegada de um mundo novo de justiça. Deus caminha pelo deserto da história, ensinando-nos a endireitar as veredas através de gestos solidários de amor e paz.

Dietrich Bonhoeffer dizia: "Eu não entendo os Teus caminhos, Senhor. Mas Tu sabes os caminhos que devo andar!" E é verdade! Deus sabe o caminho que devemos andar. Sabe, quanto mais procuro vivenciar e entender as coisas que Deus quer de mim, mais me surpreende o quanto Deus vem ao meu, ao nosso encontro nas áreas mais essenciais e carentes da vida: "significado, pertencimento, saúde, liberdade e comunidade". É que Deus - que é um Deus de amor e, consequentemente, de salvação - vem ao nosso encontro nas áreas mais necessitadas da existência humana e comunitária.

Por isso, "Ficai atentos, preparem-se". Ficai Atentos! A Esperança não pode esmorecer, mas resistir. Esperança Teimosa! Nascida do discernimento. Construída mesmo no tempo de sofrimento e esmorecimento! O tempo que vivemos é tempo de resistir pela solidariedade ao egoísmo e ao individualismo que nos consomem. Ser sensível é ser humano! Olhar o mundo sem indiferença. Com compaixão e afeto que movam à transformação! Vivamos intensamente este Tempo do Advento! Pois o Advento nos ensina: Não canse de esperar, o que esperamos vai chegar!
Odete Liber de Almeida Adriano
(texto publicado pelo CEBI, no site http://www.cebi.org.br/noticia.php?secaoId=21&noticiaId=2578