#Mensagemdasemana
Nessa caminhada da vida, há momentos em que achamos que tudo parou.
Momentos em q vc acha q é pessoa mais azarada do mundo e q nem gato
preto passa perto de vc tamanho o seu azar! Nenhuma porta se abre, muito
menos uma janela! E por isso q vc se sente cansad@, nos sentimos
cansad@s, desanimad@s. É nesse momento que devemos olhar para os muitos
relatos bíblicos, e com fé, crer que as coisas vão mudar em nossa vida!
Nesses momentos olhe lá para Gênesis, e vejo o testemunho de fé de
Abraão e Sara. Relato que nos apresenta os momentos de abalo da fé, mas,
que apesar de tudo, continuaram a crer que o milagre era possível, que a
promessa seria cumprida. E isso é o principal desse relato: continuar
confiando/crendo na promessa apesar das evidencias contrarias. A
grandeza da estória reside no fato de que Abrão enfrenta o abalo da fé.
Em seguida dê uma olhada em Hebreus e se depare com a fé que é capaz de
ver o invisível, que é o fundamento e a prova das coisas que não se veem. A fé nos ensina a confiar incondicionalmente nas promessas de
Deus, porque Deus honra sua palavra. Fé é dependência, é confiança, é
coragem, é esperança. Os nossos antepassados testemunharam o que é fé e
isso nos é relatado. Eles viram, ouviram e viveram sua fé.
Percebo
então que vida e fé ficam fundidas numa só coisa. A experiência de vida
das pessoas, sejam elas cristãs ou não, acontece através de ações
libertadoras e também opressoras. A experiência acontece em nosso mundo
concreto. A experiência de vida e fé torna as pessoas mais maduras, pelo
menos é isso que se espera. Sei que nos dias hoje falar de fé às vezes é
complicado. Nos concentramos demais nos “resultados concretos e
comparativos” e esquecemos que muitas coisas podem acontecer pela fé. Fé
é milagre!! Ficamos olhando para a vida de outras pessoas, como elas
conseguem tanta coisa e a gente nada. Isso faz com q nos sintamos
pequen@s, perdedores/as. E quando isso acontece, é preciso ver o mundo
com os olhos da fé de Abrão e sua luta. Ele aprendeu a ler a realidade
não com o critério do que se pode tocar, ver e controlar, mas com a
medida Daquele que pode romper com o presente exausto e abrir novas
possibilidades. Rudolf Otto, um teólogo criou a expressão mysterium
tremendum e mysterium fascinosum para se referir aos 2 tipos de
experiência de fé com o sagrado. É o que vemos nos exemplos bíblicos em
Hebreus e em toda a Bíblia. Momentos dramáticos, quando populações
escravizadas decidem dispor-se a seguir um novo líder sem garantias, mas
com expectativas que a situação presente de dor, sofrimento e
humilhação iria mudar, tudo isso pela fé, que era a única garantia. E
com essa garantia peregrinaram movidos pela utopia da terra que mana
leite e mel, construindo ali sua vida por seguidas gerações. E o segundo
é o Deus em que os sonhos e esperanças são ancorados. É o Deus vivo,
Deus forte e poderoso porque deixa de ser apenas de um povo e passa a
ser o deus de todos, podendo ser adorado, amado do lugar onde estiverem
seus filhos.
Não importa como você esteja: feliz, triste, chei@ de
problemas, etc e tal. Basta que você tenha fé no Deus que você crê. Na
fé dada por Jesus, você já participa no reino de Deus. Muitos fatos
ameaçam matar a fé do ser humano em Cristo Jesus. Mas a fé é teimosa,
ela se agarra à promessa do Evangelho. E, por isso ter fé, é viver
apesar dos golpes que se sofre ou das crueldades que acontecem a nossa
volta e às vezes em na vida. É preciso continuar, sem desanimar. Em
algum lugar da caminhada algo maravilhoso vai acontecer e sua vida vai
mudar! Que Deus nos ajude a vencermos tudo aquilo que nos impede de crer
Nele! ODete Liber
"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto, como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo..." (Clarice Lispector)
terça-feira, 29 de março de 2016
sexta-feira, 25 de março de 2016
Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?
Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?
Jesus está pendurado na Cruz, acusado de se declarar o Rei Ungido, o Cristo, o Filho do Homem pelas autoridades religiosas. E essas mesmas autoridades acusaram Jesus diante do governador Pilatos como o rei dos judeus, rival de César, crime passível de condenação à morte. Os evangelistas nos dizem que Pilatos não via em Jesus nenhum crime. Mas na versão de Mateus Pilatos temia a revolta do povo, porém, na versão de Marcos Pilatos queria agradar o povo que gritava pela crucificação de Jesus. Já na versão de Lucas os chefes dos sacerdotes acusavam Jesus de incitar a revolta entre o povo, e, por fim, na versão de João Pilatos ouviu a gritaria dos chefes e do povo quando os acusadores disseram a Pilatos que a libertação de alguém que era rival de César, era inimigo de César e inimigo do Império. Jesus era inocente, mas o Estado que deveria defender os inocentes deu mais importância à sua sobrevivência. E o inocente foi humilhado, abandonado, condenado, crucificado, morto.
Várias forças inimigas atuaram contra Jesus. Perante o público Jesus foi apresentado na Cruz como o maldito de Deus, conforme disseram os chefes dos sacerdotes. Os seguidores de Jesus ficaram com medo da tamanha maquinação contra Jesus e fugiram. Os evangelistas apontam para dois pontos importantes. Primeiro, Pilatos reconheceu a inocência de Jesus e, segundo, Jesus foi voluntariamente à Jerusalém. Com isso, foi crucificado, não como alguém arrastado para Cruz. Ele vai voluntariamente. Nesse contexto, Marcos e Mateus lembram o grito de Jesus: “Deus meu, Deus meu, porque me abandonaste?” É o grito do salmista e, também, é o grito de Jesus. Que significa esse grito de Jesus? Jesus está na situação daqueles que gritam para que sua inocência seja reconhecida. Jesus está com todos os que são abandonados e considerados malditos e excluídos. Essa solidariedade é a solidariedade do próprio Deus. Jesus não permaneceu na sepultura, pois Deus ouviu o clamor de seu Filho. Por isso, nos aproximamos de Deus confiantes, porque Ele ama todas as pessoas. O clamor de Jesus é a base de nossa oração. Aquele que não deixou Jesus na sepultura nos dá confiança para enfrentarmos os momentos em que o abandono fala mais alto. Por isso, nos silenciemos para aguardar a ressurreição! ODete Liber
terça-feira, 22 de março de 2016
domingo, 20 de março de 2016
Será que sou saudade
Não sei se sou
saudade de alguém. Também não sei se alguém pensa em mim nas tardes chuvosas,
noites estreladas ou escuras.
Não sei se há um
perfume que faça alguém se lembrar do meu gosto, do meu rosto. Não sei se há
uma música que faça alguém se recordar
de mim.
Também não sei
se estou dentro de um bilhete que nunca foi entregue ou numa foto escondida em
algum lugar. Eu não sei se sou a saudade de alguém.
Não sei se
marquei ou enlouqueci alguém. Ou se fui um momento inesquecível.
Mas de uma coisa
sei, muitas pessoas fazem parte da minha saudade. Algumas estão guardadinhas
dentro de um cd – numa música, num livro, perfume ou apenas na memória. Algumas
sabem e outras nem fazem ideia, pois se talvez
soubessem, não seria saudade. Odete Liber
quarta-feira, 9 de março de 2016
Amig@s
Quando olho meu
faceboook constando milhares de amig@s fico pasma. Uau!!
A maioria são amig@s
apenas no mundo facebookiano, no virtual. Outr@s a gente tece umas letras no
mundo virtual e só. Há outros que mesmo longe, é como se estivessem perto e na
primeira oportunidade a gente dá um jeito de se encontrar. Amizade verdadeira é assim. O tempo passa, a
distância separa, mas nada ameniza a saudade, a falta que fazem, porque
continuam sendo regadas, cuidadas. Uma mensagem, um e-mail, uma ligação, um encontro,
coisas simples e gostosas de fazer e receber.
Fico intrigada. Como se
consegue viver apenas agarrada a um notebook, tablete, celular e seus
derivados? Bem, é o mundo atual. Nada de papos, risadas/gargalhadas de perto, falar
baboseiras, chorar junto e rir em seguida (sou assim: choro e em seguida volto
a rir kkk). Nada de toque, abraço, beijo. Daqui a pouco a vida vai ser apenas virtual, on line.
Credo!
Como sou duas mil e
uma, sempre estou de olho no FB, respondendo e-mails (é sou educada e respondo e porque alguns são de trabalho tbm)
e continuo meus afazeres/trabalho. Mas não troco por nada um encontro com @s amig@s. Não me privo da alegria do encontro, do abraço
apertado, das risadas e histórias que se conta quando se encontra. Porque isso
nos livra do mau humor, da cara ranzinza, faz bem para o coração, para alma.
Quer me ver chata? Quer
me ver raivosa? Quer me ver insuportável? Deixe-me com fome, sono e sem amig@s (e
aqui nas amizades incluo familiares. É alguns podem ser amig@s kkk). Por isso, sempre é bom reencontrar @s amig@s... E sexta tá chegando, dia de encontro!
Afinal, se a gente não
regar nossas plantinhas ou também regar demais, elas morrem. O mesmo vale para
nossas relações, é preciso regar, cuidar, apreciar, dar atenção, amar. E isso
não custa nada, é tão simples: um sorriso, um bom dia, uma flor catada no jardim
do vizinho, uma visita surpresa do tipo “tô aqui na cidade quero te ver” – já me
fizeram e faço isso, e te digo é muito bom!). E só para lembrar, há amores que
surgem das belas amizades, pois numa amizade sincera a “gente é o que é”, com
defeitos e qualidades.
Então, vamos regar
nossas relações, incluindo as do mundo virtual, afinal, quem sabe elas não se
tornam presencial?
Saudade de vcs, amig@s querid@s!! Amo vcs!!
Odete Liber
domingo, 6 de março de 2016
Dores que não se curam com remedios
"Minha dor e a causa dela. A ninguém ouso
falar." (Camões)
Existem muitas dores, umas do corpo que cessam com medicamentos e
outras, da alma ou do coração, que não se curam com remédios, não desaparecem
com terapias.
A alma, quando dói, só quem sente sabe como é. E não há lágrimas que
sejam suficientes e nem sono que consiga amenizar. A percepção de dor para muitos deve ser tátil, porém, as dores do coração/ da alma, não traz marcas no corpo, nem cortes, nem sinais visíveis aos olhos. Mas doem tanto quanto. Já senti umas dores de alma e as vezes ainda sinto. Talvez eu esteja sentindo isso hoje (e não sei porque
até o momento)... Algumas dores até parecem mesmo que são eternas outras somem com o amanhecer.
Paulo
resolveu seu problema de dor de alma, dando a ele uma finalidade: para não
engrandecer-se diante das revelações recebidas. Ou seja, ele encontrou a justificativa para sua dor da alma. Era para isso que servia seu
"espinho na carne", sua dor insuperável, era para evitarq eu ele se sentisse mais e melhor que os outros.
Também tenho tentado achar um propósito para as minhas: aprender a compadecer-me. Já fui muito arrogante e dona de uns pensamentos que não devia ter - pensamentos que me levaram a julgar indevidamente situações e pessoas. Aprendi quando fui julgada indevidamente e a alma doeu muito.
Também tenho tentado achar um propósito para as minhas: aprender a compadecer-me. Já fui muito arrogante e dona de uns pensamentos que não devia ter - pensamentos que me levaram a julgar indevidamente situações e pessoas. Aprendi quando fui julgada indevidamente e a alma doeu muito.
Por isso, ao invés de endurecer-se ou amargurar-se, é preciso buscar o
caminho de transformar qualquer problema em bênção. E nessa caminhada da minha
pouca existência, conheci muitas mulheres e homens de dores, de testemunho de
vida e luta, que sabiam o que era sofrer, mas nunca se entregaram. A força delas/es
me acompanha em todas as minhas dores de alma - que, afinal, graças a Deus, não
foram e não são tantas...
Aprendi e aprendo que é preciso ver os outros e a si mesmo com olhos mais humanos e pois há tanta gente
com a alma doendo por aí. E o fato de doerem não é porque sejam almas doentes;
algumas, inclusive, se fossem sãs, jamais poderiam suportar a insanidade de sua
dor.
O salmista, no salmo 42, notando que a dor parecia vencer sua alma, disse: "Por
que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim?
Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha
face, e o meu Deus." (Sl 42.11) E eu, tenho me feito esse lembrete ao longo da minha vida,
quando minha alma se agita, quando meu coração fica inquieto, dolorido. Tento
me lembrar dos conselhos bíblicos: “se te afliges no dia da angústia, tua força
é pequena”.
Também tenho crido que coragem é admitir o medo, admitir que o coração e
alma doem, e, mesmo assim, continuar, seguir
em frente. Tenho aprendido que perdoar,
aceitar, amar e conviver com os seres humanos é uma tarefa difícil, mas se Ele,
que era Deus, aceitou isso como uma oportunidade, porque eu devo fazer
diferente? Devo fazer o mesmo e com tudo aprender... E quando a alma dói um pouco mais, trago à
memória as palavras: "Eu te aliviarei"! E vou seguindo em frente,
mesmo com a alma e o coração despedaçados, porque em algum momento, tudo passará. Pois sei que o Senhor está comigo e tem me tratado, cuidado. Boa semana! Odete Liber
Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!
A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?
As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?
Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão. Fui com eles à casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava.
Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face.
Ó meu Deus, dentro de mim a minha alma está abatida; por isso lembro-me de ti desde a terra do Jordão, e desde os hermonitas, desde o pequeno monte.
Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado sobre mim.
Contudo o Senhor mandará a sua misericórdia de dia, e de noite a sua canção estará comigo, uma oração ao Deus da minha vida.
Direi a Deus, minha rocha: Por que te esqueceste de mim? Por que ando lamentando por causa da opressão do inimigo?
Com ferida mortal em meus ossos me afrontam os meus adversários, quando todo dia me dizem: Onde está o teu Deus?
Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus.
Salmos 42:1-11
A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?
As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?
Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão. Fui com eles à casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava.
Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face.
Ó meu Deus, dentro de mim a minha alma está abatida; por isso lembro-me de ti desde a terra do Jordão, e desde os hermonitas, desde o pequeno monte.
Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado sobre mim.
Contudo o Senhor mandará a sua misericórdia de dia, e de noite a sua canção estará comigo, uma oração ao Deus da minha vida.
Direi a Deus, minha rocha: Por que te esqueceste de mim? Por que ando lamentando por causa da opressão do inimigo?
Com ferida mortal em meus ossos me afrontam os meus adversários, quando todo dia me dizem: Onde está o teu Deus?
Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus.
Salmos 42:1-11
vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?
As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?
Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão. Fui com eles à casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava.
Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face.
Ó meu Deus, dentro de mim a minha alma está abatida; por isso lembro-me de ti desde a terra do Jordão, e desde os hermonitas, desde o pequeno monte.
Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado sobre mim.
Contudo o Senhor mandará a sua misericórdia de dia, e de noite a sua canção estará comigo, uma oração ao Deus da minha vida.
Direi a Deus, minha rocha: Por que te esqueceste de mim? Por que ando lamentando por causa da opressão do inimigo?
Com ferida mortal em meus ossos me afrontam os meus adversários, quando todo dia me dizem: Onde está o teu Deus?
Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus.
Salmos 42:1-11
As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?
Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão. Fui com eles à casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava.
Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face.
Ó meu Deus, dentro de mim a minha alma está abatida; por isso lembro-me de ti desde a terra do Jordão, e desde os hermonitas, desde o pequeno monte.
Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado sobre mim.
Contudo o Senhor mandará a sua misericórdia de dia, e de noite a sua canção estará comigo, uma oração ao Deus da minha vida.
Direi a Deus, minha rocha: Por que te esqueceste de mim? Por que ando lamentando por causa da opressão do inimigo?
Com ferida mortal em meus ossos me afrontam os meus adversários, quando todo dia me dizem: Onde está o teu Deus?
Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus.
Salmos 42:1-11
VONTADE DIVIDIDA
VONTADE
DIVIDIDA - Romanos
7.13-25
O trecho em questão trata do
conflito entre a lei e o pecado dentro de nós. A vontade dividida.Com Cristo,
pelo Batismo, morremos para a lei em seu caráter condenatório para vivermos em
novidade de vida para Deus, não mais considerando Deus, à luz da ameaça
condenatória, (a lei tem várias conotações em Paulo). Aqui há um diálogo um
tanto tempestuoso entre Paulo e seus
oponentes. Eles teriam dito que Paulo anula a lei (Torah, instruções do caminho
da vida) e leva os gentios convertidos apenas, metaforicamente, ao espaço dos
gentios no Templo, mas não ao seu interior sagrado e que ele confundia a lei e
o pecado. Paulo responde: de modo nenhum! A lei é santa, justa e boa, (espiritual
em vs.14 equivale a dizer, tem origem divina) expressões que vêm do judaísmo
(vs7, 12). Entretanto, na experiência da vida há uma outra dimensão que deve
ser considerada. A lei é impotente para levar as pessoas à vida de fé, de
justiça e paz diante de Deus e uns com os outros.
Não só é impotente, mas induz o
contrário, o caminho da morte. Vs. 13 - Como a instrução do caminho da vida
redunda em morte? A lei é, então, pecaminosa? De modo algum! A lei é boa. A
equivalência entre o bem e a lei encontra-se em Pv 4.2 (a lei, Torah, no
original é direção, ensino). No entanto, há algo perturbador. A lei tão boa
tornou-se a ocasião para revelar essa coisa imensamente perturbadora. É a
dimensão da vida sob o domínio do pecado que contraria a bondade de Deus, isto
é, carnal, vendido à escravidão do pecado. A carne não é uma parte da vida
considerada material, pois preocupações materiais em si não são pecaminosas. A
pessoa humana como um todo é carnal ou espiritual, dependendo da orientação: do
Espírito ou do seu egoísmo. Assim, as
coisas comumente chamadas de “espirituais”, as “preocupações espirituais”, e
outras coisas boas que visam apenas o seu bem estar, (em poucas palavras, Deus
como o meio e eu, sendo o centro e o fim de todas as coisas), em princípio
podem ser carnais. Para Paulo a proibição da lei revela no homem a perversidade
de modo “virulento” (Tradução da TEB).
O mal que odeio faço e o bem que eu
quero não faço. Então, diz o apóstolo, eu percebo que há uma outra lei dentro
de mim, isto é, o domínio do pecado, cujo fim é a morte. Que miserável criatura
eu sou? Quem me libertará da escravidão do pecado? É um grito meio desesperado.
Meio desesperado, porque logo vem a afirmação de esperança:“graças a Deus, por Jesus Cristo,
nosso Senhor”. A lei é boa, mas não tem o poder salvador. Por outro lado, há, também,
nas cartas a expressão “lei de Cristo”.
Essa é a lei da vida sob o poder
transformador do Espírito Santo. É a lei do amor. O amor manifesto de Deus em
Cristo é a chave para entender o Decálogo como orientação para a vida em amor. Há, também, um
outro ponto que deve ser observado. A tendência do pecado é corromper o que é
bom. Até o desejo de fazer o bem não está isento da corrupção. Todavia, o
Evangelho soa forte sobrepujando a paralisia que esse conflito e o pessimismo
sobre a natureza humana possam causar. Graças a Deus…Não há condenação…(8.1) Há
orientação do amor pela reconciliação que o próprio Deus fez com a humanidade.
É neste cenário cinzento que as
palavras de Jesus podem pacificar nosso interior. Caso contrário,
permaneceremos acompanhados pelos temores e pelas perplexidades, tão próprias
na, nos tempos atuais. Só nos resta estabelecer estruturas firmes e saudáveis para o
enfrentamento de temporais. Arranjos de última hora, reparos comuns e outros
paliativos não resistirão. É preciso estabelecer bases sólidas e permanentes
através de um coração que, a cada dia, conhece mais a Deus e ama a sua Palavra.
A
fé se apropria do que a graça nos fornece". Nada é mais destrutivo para o
ser humano que a incapacidade de crer que uma agrura temporal pode se tornar a
maior alavanca para grandes conquistas e novas percepções do mundo e de si
mesmo. O nosso problema não são os terremotos circunstanciais, nem os
vendavais, nem raios que caem sobre nós. Tal e qual uma centenária árvore, o nosso maior problema são os agentes da morte
que se ocultam em nosso próprio coração, levando-nos a descrer de Deus, dos
amigos e de nós mesmos. Fatores externos não são o nosso grande desafio. O nosso
grande desafio é não perder a esperança na caminhada da vida! O nosso grande
desafio é crer que "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não
temerei mal nenhum, porque a tua vara e o teu cajado me consolam". Afinal,
se o nosso Pastor é maior do que os vales, ele também poderá iluminar os
sombrios caminhos pelos quais temos que passar. Ou seja, os momentos que minha
vontade está dividida!!
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