terça-feira, 29 de março de 2016

Tá cansad@? Não tá fácil e nem tranquilo? Deus está aqui!

#‎Mensagemdasemana‬
Nessa caminhada da vida, há momentos em que achamos que tudo parou. Momentos em q vc acha q é pessoa mais azarada do mundo e q nem gato preto passa perto de vc tamanho o seu azar! Nenhuma porta se abre, muito menos uma janela! E por isso q vc se sente cansad@, nos sentimos cansad@s, desanimad@s. É nesse momento que devemos olhar para os muitos relatos bíblicos, e com fé, crer que as coisas vão mudar em nossa vida!
Nesses momentos olhe lá para Gênesis, e vejo o testemunho de fé de Abraão e Sara. Relato que nos apresenta os momentos de abalo da fé, mas, que apesar de tudo, continuaram a crer que o milagre era possível, que a promessa seria cumprida. E isso é o principal desse relato: continuar confiando/crendo na promessa apesar das evidencias contrarias. A grandeza da estória reside no fato de que Abrão enfrenta o abalo da fé. Em seguida dê uma olhada em Hebreus e se depare com a fé que é capaz de ver o invisível, que é o fundamento e a prova das coisas que não se veem. A fé nos ensina a confiar incondicionalmente nas promessas de Deus, porque Deus honra sua palavra. Fé é dependência, é confiança, é coragem, é esperança. Os nossos antepassados testemunharam o que é fé e isso nos é relatado. Eles viram, ouviram e viveram sua fé.
Percebo então que vida e fé ficam fundidas numa só coisa. A experiência de vida das pessoas, sejam elas cristãs ou não, acontece através de ações libertadoras e também opressoras. A experiência acontece em nosso mundo concreto. A experiência de vida e fé torna as pessoas mais maduras, pelo menos é isso que se espera. Sei que nos dias hoje falar de fé às vezes é complicado. Nos concentramos demais nos “resultados concretos e comparativos” e esquecemos que muitas coisas podem acontecer pela fé. Fé é milagre!! Ficamos olhando para a vida de outras pessoas, como elas conseguem tanta coisa e a gente nada. Isso faz com q nos sintamos pequen@s, perdedores/as. E quando isso acontece, é preciso ver o mundo com os olhos da fé de Abrão e sua luta. Ele aprendeu a ler a realidade não com o critério do que se pode tocar, ver e controlar, mas com a medida Daquele que pode romper com o presente exausto e abrir novas possibilidades. Rudolf Otto, um teólogo criou a expressão mysterium tremendum e mysterium fascinosum para se referir aos 2 tipos de experiência de fé com o sagrado. É o que vemos nos exemplos bíblicos em Hebreus e em toda a Bíblia. Momentos dramáticos, quando populações escravizadas decidem dispor-se a seguir um novo líder sem garantias, mas com expectativas que a situação presente de dor, sofrimento e humilhação iria mudar, tudo isso pela fé, que era a única garantia. E com essa garantia peregrinaram movidos pela utopia da terra que mana leite e mel, construindo ali sua vida por seguidas gerações. E o segundo é o Deus em que os sonhos e esperanças são ancorados. É o Deus vivo, Deus forte e poderoso porque deixa de ser apenas de um povo e passa a ser o deus de todos, podendo ser adorado, amado do lugar onde estiverem seus filhos.
Não importa como você esteja: feliz, triste, chei@ de problemas, etc e tal. Basta que você tenha fé no Deus que você crê. Na fé dada por Jesus, você já participa no reino de Deus. Muitos fatos ameaçam matar a fé do ser humano em Cristo Jesus. Mas a fé é teimosa, ela se agarra à promessa do Evangelho. E, por isso ter fé, é viver apesar dos golpes que se sofre ou das crueldades que acontecem a nossa volta e às vezes em na vida. É preciso continuar, sem desanimar. Em algum lugar da caminhada algo maravilhoso vai acontecer e sua vida vai mudar! Que Deus nos ajude a vencermos tudo aquilo que nos impede de crer Nele! ODete Liber

sexta-feira, 25 de março de 2016

Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?

Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?
 
Jesus está pendurado na Cruz, acusado de se declarar o Rei Ungido, o Cristo, o Filho do Homem pelas autoridades religiosas. E essas mesmas autoridades acusaram Jesus diante do governador Pilatos como o rei dos judeus, rival de César, crime passível de condenação à morte. Os evangelistas nos dizem que Pilatos não via em Jesus nenhum crime. Mas na versão de Mateus Pilatos temia a revolta do povo, porém, na versão de Marcos Pilatos queria agradar o povo que gritava pela crucificação de Jesus. Já na versão de Lucas os chefes dos sacerdotes acusavam Jesus de incitar a revolta entre o povo, e, por fim, na versão de João Pilatos ouviu a gritaria dos chefes e do povo quando os acusadores disseram a Pilatos que a libertação de alguém que era rival de César, era inimigo de César e inimigo do Império. Jesus era inocente, mas o Estado que deveria defender os inocentes deu mais importância à sua sobrevivência. E o inocente foi humilhado, abandonado, condenado, crucificado, morto.
Várias forças inimigas atuaram contra Jesus. Perante o público Jesus foi apresentado na Cruz como o maldito de Deus, conforme disseram os chefes dos sacerdotes. Os seguidores de Jesus ficaram com medo da tamanha maquinação contra Jesus e fugiram. Os evangelistas apontam para dois pontos importantes. Primeiro, Pilatos reconheceu a inocência de Jesus e, segundo, Jesus foi voluntariamente à Jerusalém. Com isso, foi crucificado, não como alguém arrastado para Cruz. Ele vai voluntariamente. Nesse contexto, Marcos e Mateus lembram o grito de Jesus: “Deus meu, Deus meu, porque me abandonaste?” É o grito do salmista e, também, é o grito de Jesus. Que significa esse grito de Jesus? Jesus está na situação daqueles que gritam para que sua inocência seja reconhecida. Jesus está com todos os que são abandonados e considerados malditos e excluídos. Essa solidariedade é a solidariedade do próprio Deus. Jesus não permaneceu na sepultura, pois Deus ouviu o clamor de seu Filho. Por isso, nos aproximamos de Deus confiantes, porque Ele ama todas as pessoas. O clamor de Jesus é a base de nossa oração. Aquele que não deixou Jesus na sepultura nos dá confiança para enfrentarmos os momentos em que o abandono fala mais alto. Por isso, nos silenciemos para aguardar a ressurreição! ODete Liber


terça-feira, 22 de março de 2016

domingo, 20 de março de 2016

Será que sou saudade

Não sei se sou saudade de alguém. Também não sei se alguém pensa em mim nas tardes chuvosas, noites estreladas ou escuras. 
Não sei se há um perfume que faça alguém se lembrar do meu gosto, do meu rosto. Não sei se há uma música  que faça alguém se recordar de mim.
Também não sei se estou dentro de um bilhete que nunca foi entregue ou numa foto escondida em algum lugar. Eu não sei se sou a saudade de alguém.
Não sei se marquei  ou enlouqueci alguém. Ou se  fui um momento inesquecível.

Mas de uma coisa sei, muitas pessoas fazem parte da minha saudade. Algumas estão guardadinhas dentro de um cd – numa música, num livro, perfume ou apenas na memória. Algumas sabem e outras nem fazem ideia, pois se talvez  soubessem, não seria saudade.  Odete Liber


quarta-feira, 9 de março de 2016

Amig@s



Quando olho meu faceboook constando milhares de amig@s fico pasma. Uau!!
A maioria são amig@s apenas no mundo facebookiano, no virtual. Outr@s a gente tece umas letras no mundo virtual e só. Há outros que mesmo longe, é como se estivessem perto e na primeira oportunidade a gente dá um jeito de se encontrar.  Amizade verdadeira é assim. O tempo passa, a distância separa, mas nada ameniza a saudade, a falta que fazem, porque continuam sendo regadas, cuidadas. Uma mensagem, um e-mail, uma ligação, um encontro, coisas simples e gostosas de fazer e receber.  
Fico intrigada. Como se consegue viver apenas agarrada a um notebook, tablete, celular e seus derivados? Bem, é o mundo atual. Nada de papos, risadas/gargalhadas de perto, falar baboseiras, chorar junto e rir em seguida (sou assim: choro e em seguida volto a rir kkk). Nada de toque, abraço, beijo. Daqui a pouco  a vida vai ser apenas virtual, on line. Credo!
Como sou duas mil e uma, sempre estou de olho no FB, respondendo e-mails (é sou educada e respondo e porque alguns são de trabalho tbm) e continuo meus afazeres/trabalho. Mas não troco por nada um encontro com @s amig@s.  Não me privo da alegria do encontro, do abraço apertado, das risadas e histórias que se conta quando se encontra. Porque isso nos livra do mau humor, da cara ranzinza, faz bem para o coração, para alma.
Quer me ver chata? Quer me ver raivosa? Quer me ver insuportável? Deixe-me com fome, sono e sem amig@s (e aqui nas amizades incluo familiares. É alguns podem ser amig@s kkk). Por isso, sempre é bom reencontrar @s amig@s... E sexta tá chegando, dia de encontro!
Afinal, se a gente não regar nossas plantinhas ou também regar demais, elas morrem. O mesmo vale para nossas relações, é preciso regar, cuidar, apreciar, dar atenção, amar. E isso não custa nada, é tão simples: um sorriso, um bom dia, uma flor catada no jardim do vizinho, uma visita surpresa do tipo “tô aqui na cidade quero te ver” – já me fizeram e faço isso, e te digo é muito bom!). E só para lembrar, há amores que surgem das belas amizades, pois numa amizade sincera a “gente é o que é”, com defeitos e qualidades.
Então, vamos regar nossas relações, incluindo as do mundo virtual, afinal, quem sabe elas não se tornam presencial?
Saudade de vcs, amig@s querid@s!! Amo vcs!!
Odete Liber

domingo, 6 de março de 2016

Dores que não se curam com remedios



"Minha dor e a causa dela. A ninguém ouso falar." (Camões)



Existem muitas dores, umas do corpo que cessam com medicamentos e outras, da alma ou do coração, que não se curam com remédios, não desaparecem com terapias.
A alma, quando dói, só quem sente sabe como é. E não há lágrimas que sejam suficientes e nem sono que consiga amenizar. A percepção de dor para muitos deve ser tátil, porém, as dores do coração/ da alma, não traz marcas no corpo, nem cortes, nem sinais visíveis aos olhos. Mas doem tanto quanto. Já senti umas dores de alma e as vezes ainda sinto. Talvez eu esteja sentindo isso hoje (e não sei porque até o momento)... Algumas dores até parecem mesmo que são eternas outras somem com o amanhecer. 
Paulo resolveu seu problema de dor de alma, dando a ele uma finalidade: para não engrandecer-se diante das revelações recebidas. Ou seja, ele encontrou a justificativa para sua dor da alma. Era para isso que servia seu "espinho na carne", sua dor insuperável, era para evitarq eu ele se sentisse mais e melhor que os outros.
Também tenho tentado achar um propósito para as minhas: aprender a compadecer-me. Já fui muito arrogante e dona de uns pensamentos que não devia ter - pensamentos que me levaram a julgar indevidamente situações e pessoas. Aprendi quando fui julgada indevidamente e a alma doeu muito.
Por isso, ao invés de endurecer-se ou amargurar-se, é preciso buscar o caminho de transformar qualquer problema em bênção. E nessa caminhada da minha pouca existência, conheci muitas mulheres e homens de dores, de testemunho de vida e luta, que sabiam o que era sofrer, mas nunca se entregaram. A força delas/es me acompanha em todas as minhas dores de alma - que, afinal, graças a Deus, não foram e não são tantas...
Aprendi e aprendo que é preciso ver os outros e a si mesmo  com olhos mais humanos e pois há tanta gente com a alma doendo por aí. E o fato de doerem não é porque sejam almas doentes; algumas, inclusive, se fossem sãs, jamais poderiam suportar a insanidade de sua dor.
O salmista, no salmo 42, notando que a dor parecia vencer sua alma, disse: "Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus." (Sl 42.11)  E eu, tenho me feito esse lembrete ao longo da minha vida, quando minha alma se agita, quando meu coração fica inquieto, dolorido. Tento me lembrar dos conselhos bíblicos: “se te afliges no dia da angústia, tua força é pequena”.


Também tenho crido que coragem é admitir o medo, admitir que o coração e alma doem,  e, mesmo assim, continuar, seguir em frente.  Tenho aprendido que perdoar, aceitar, amar e conviver com os seres humanos é uma tarefa difícil, mas se Ele, que era Deus, aceitou isso como uma oportunidade, porque eu devo fazer diferente? Devo fazer o mesmo e com tudo aprender...  E quando a alma dói um pouco mais, trago à memória as palavras: "Eu te aliviarei"! E vou seguindo em frente, mesmo com a alma e o coração despedaçados, porque em algum momento, tudo passará. Pois sei que o Senhor está comigo e tem me tratado, cuidado. Boa semana! Odete Liber


Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!
A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?
As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?
Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão. Fui com eles à casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava.
Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face.
Ó meu Deus, dentro de mim a minha alma está abatida; por isso lembro-me de ti desde a terra do Jordão, e desde os hermonitas, desde o pequeno monte.
Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado sobre mim.
Contudo o Senhor mandará a sua misericórdia de dia, e de noite a sua canção estará comigo, uma oração ao Deus da minha vida.
Direi a Deus, minha rocha: Por que te esqueceste de mim? Por que ando lamentando por causa da opressão do inimigo?
Com ferida mortal em meus ossos me afrontam os meus adversários, quando todo dia me dizem: Onde está o teu Deus?
Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus.
Salmos 42:1-11
 vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?
As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?
Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão. Fui com eles à casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava.
Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face.
Ó meu Deus, dentro de mim a minha alma está abatida; por isso lembro-me de ti desde a terra do Jordão, e desde os hermonitas, desde o pequeno monte.
Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado sobre mim.
Contudo o Senhor mandará a sua misericórdia de dia, e de noite a sua canção estará comigo, uma oração ao Deus da minha vida.
Direi a Deus, minha rocha: Por que te esqueceste de mim? Por que ando lamentando por causa da opressão do inimigo?
Com ferida mortal em meus ossos me afrontam os meus adversários, quando todo dia me dizem: Onde está o teu Deus?
Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus.
Salmos 42:1-11

VONTADE DIVIDIDA




VONTADE DIVIDIDA - Romanos 7.13-25
O trecho em questão trata do conflito entre a lei e o pecado dentro de nós. A vontade dividida.Com Cristo, pelo Batismo, morremos para a lei em seu caráter condenatório para vivermos em novidade de vida para Deus, não mais considerando Deus, à luz da ameaça condenatória, (a lei tem várias conotações em Paulo). Aqui há um diálogo um tanto  tempestuoso entre Paulo e seus oponentes. Eles teriam dito que Paulo anula a lei (Torah, instruções do caminho da vida) e leva os gentios convertidos apenas, metaforicamente, ao espaço dos gentios no Templo, mas não ao seu interior sagrado e que ele confundia a lei e o pecado. Paulo responde: de modo nenhum! A lei é santa, justa e boa, (espiritual em vs.14 equivale a dizer, tem origem divina) expressões que vêm do judaísmo (vs7, 12). Entretanto, na experiência da vida há uma outra dimensão que deve ser considerada. A lei é impotente para levar as pessoas à vida de fé, de justiça e paz diante de Deus e uns com os outros.
Não só é impotente, mas induz o contrário, o caminho da morte. Vs. 13 - Como a instrução do caminho da vida redunda em morte? A lei é, então, pecaminosa? De modo algum! A lei é boa. A equivalência entre o bem e a lei encontra-se em Pv 4.2 (a lei, Torah, no original é direção, ensino). No entanto, há algo perturbador. A lei tão boa tornou-se a ocasião para revelar essa coisa imensamente perturbadora. É a dimensão da vida sob o domínio do pecado que contraria a bondade de Deus, isto é, carnal, vendido à escravidão do pecado. A carne não é uma parte da vida considerada material, pois preocupações materiais em si não são pecaminosas. A pessoa humana como um todo é carnal ou espiritual, dependendo da orientação: do Espírito ou do seu egoísmo. Assim,  as coisas comumente chamadas de “espirituais”, as “preocupações espirituais”, e outras coisas boas que visam apenas o seu bem estar, (em poucas palavras, Deus como o meio e eu, sendo o centro e o fim de todas as coisas), em princípio podem ser carnais. Para Paulo a proibição da lei revela no homem a perversidade de modo “virulento” (Tradução da TEB).
O mal que odeio faço e o bem que eu quero não faço. Então, diz o apóstolo, eu percebo que há uma outra lei dentro de mim, isto é, o domínio do pecado, cujo fim é a morte. Que miserável criatura eu sou? Quem me libertará da escravidão do pecado? É um grito meio desesperado. Meio desesperado, porque logo vem a afirmação de esperança:“graças a Deus, por Jesus Cristo, nosso Senhor”. A lei é boa, mas não tem o poder salvador. Por outro lado, há, também, nas cartas a expressão “lei de Cristo”.
Essa é a lei da vida sob o poder transformador do Espírito Santo. É a lei do amor. O amor manifesto de Deus em Cristo é a chave para entender o Decálogo como  orientação para a vida em amor. Há, também, um outro ponto que deve ser observado. A tendência do pecado é corromper o que é bom. Até o desejo de fazer o bem não está isento da corrupção. Todavia, o Evangelho soa forte sobrepujando a paralisia que esse conflito e o pessimismo sobre a natureza humana possam causar. Graças a Deus…Não há condenação…(8.1) Há orientação do amor pela reconciliação que o próprio Deus fez com a humanidade.
É neste cenário cinzento que as palavras de Jesus podem pacificar nosso interior. Caso contrário, permaneceremos acompanhados pelos temores e pelas perplexidades, tão próprias na, nos tempos atuais. Só nos resta estabelecer estruturas firmes e saudáveis para o enfrentamento de temporais. Arranjos de última hora, reparos comuns e outros paliativos não resistirão. É preciso estabelecer bases sólidas e permanentes através de um coração que, a cada dia, conhece mais a Deus e ama a sua Palavra. A fé se apropria do que a graça nos fornece". Nada é mais destrutivo para o ser humano que a incapacidade de crer que uma agrura temporal pode se tornar a maior alavanca para grandes conquistas e novas percepções do mundo e de si mesmo. O nosso problema não são os terremotos circunstanciais, nem os vendavais, nem raios que caem sobre nós. Tal e qual uma centenária árvore, o nosso maior problema são os agentes da morte que se ocultam em nosso próprio coração, levando-nos a descrer de Deus, dos amigos e de nós mesmos. Fatores externos não são o nosso grande desafio. O nosso grande desafio é não perder a esperança na caminhada da vida! O nosso grande desafio é crer que "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque a tua vara e o teu cajado me consolam". Afinal, se o nosso Pastor é maior do que os vales, ele também poderá iluminar os sombrios caminhos pelos quais temos que passar. Ou seja, os momentos que minha vontade está dividida!!