sábado, 17 de janeiro de 2015

sou o que sou



"A minha profissão? Bem...sou teólogo. Não, o senhor não me ouviu bem. Não sou geólogo. Teólogo. Isto mesmo...Não é necessário dissimular o espanto porque eu mesmo me espanto frequentemente. E nem esconder o sorriso. Eu compreendo. Também não é necessário pedir desculpas. Sei que sua intenção foi boa. Perguntou sobre minha profissão apenas para começar uma conversa. A viagem é longa. É fácil falar sobre profissões. Tudo teria dado certo se a minha fosse uma dessas profissões que todo mundo conhece. Se eu tivesse dito dentista, médico, mecânico, agente funerário já estaríamos em meio a um animado bate-papo. Da profissão passaríamos à crise econômica, da crise econômica saltaríamos para a política e o mundo seria nosso..." (Rubem Alves, Variações sobre a vida e a morte, 1981)
Teologia é um saber marginalizado por muit@s, por muitas áreas. E isso não vem de hoje. Apenas continua. Por que afirmo isso? Porque dias trás tive essa experiências frustrante. Participei de um processo seletivo e a pessoa desprezou a teologia, meus documentos ao ponto de duvidar destes. Me senti muito mal! Frustrada, triste, arrasada.
Mas depois, percebi que eu não perdi nada, e sim eles. "Burrocratas" do saber que se acham melhores que todos os outros e ainda dizem que a educação é que vai mudar a sociedade. Só indago como?? Se de acordo com o que experienciei estes nada sabem de saber, nem de vida...


com @s filh@s espirituais também é assim



Certa vez perguntaram a uma mãe qual era seu filho preferido, aquele que ela mais amava.
Ela, deixando entrever um sorriso, respondeu:
"Nada é mais volúvel que um coração de mãe. E, como mãe, respondo-lhe:
o filho preferido, aquele a quem me dedico de corpo e alma,
é o meu filho doente, até que sare.
O que partiu, até que volte.
O que está cansado, até que descanse.
O que está com fome, até que se alimente.
O que está com sede, até que beba.
O que está estudando, até que aprenda.
O que está nu, até que se vista.
O que não trabalha, até que se empregue.
O que namora, até que se case.
O que casa, até que conviva.
O que é pai, até que crie.
O que prometeu, até que cumpra.
O que deve, até que pague.
O que chora, até que se cale".
E, já com o semblante bem distante daquele sorriso, completou:
"O que já me deixou, até que o reencontre".
Em termos de maternidade e paternidade espirituais, os princípios são os mesmos... Ou seja, com os/as filh@s espirituais é da mesma forma. 

Depois da tempestade é preciso seguir

Olá!
Depois de um tempo em silencio, voltei!
Só não sei se aparecerei todos os dias. A vida é incerta, cheia de surpresas.
As vezes nos surpreende com coisas boas, alegres, radiantes que deixam nossa vida cheia de animo, coragem, alegria, festa. Outras vezes, surge como um rompante e tira da gente toda a alegria, esperança e até alguns sonhos. Falo alguns, porque a gente nunca deixa de sonhar... Deixamos um sonho, mas já temos outros pela frente e isso é que nos incita a continuar a caminhada, apesar de tudo.
Quando um sonho nos é tirado e tinhamos nele tantas expectativas, desejos que poderiam ser realizados a partir dele, ficamos por um tempo meio que se chão. Com vontade de não ver ninguém, não sair, não rir. Fugir da vida!
Mas como fazer isso? Como fugir da vida? Não tem como!
Então o negocio é ter uns dias de luto e seguir em frente. Tentando reconstruir, fica em pé, lutar. Vida que segue! Sonhos novos que surgem.
Deus está a frente (eu creio), então vamos caminhar, apesar das pedras na estrada...