sábado, 25 de maio de 2013

Michael W. Smith - Live in concert - COMPLETO


Hallelujah - Aleluya - Michael W. Smith


carta aos homens


Prezados HOMENS,

A tradição ibérica trouxe muitos efeitos para o nosso amado país, o Brasil. Trouxe por exemplo, para  a vida das mulheres brasileiras, uma vida restrita em todos os sentidos. Por isso, difíceis de medir.

O cenário que já vinha se desenhando, e tomou forma mais nítidas na colônia brasileira do século XVI impôs um papel à mulher, anunciou um recrudescimento das formas fundamentalistas de pensar e agir, que, além de economicamente excludentes, são racistas e patriarcais, negando a mulher qualquer direito, a não ser o de procriar, cuidar da casa. Esses fatos são abusivos e ferem a mulher enquanto ser humano.

Queremos denunciar os homens que apenas copulam com suas esposas e não as amam, e muito menos sentem com elas prazer, já que entendem o orgasmo como coisa do demônio. Com isso indagamos: “Será que só o demônio pode sentir prazer?”. “Porque o corpo da mulher deve ser encoberto, e nem mesmo o marido pode vê-lo?”  Aliás, ao contrário do que a Igreja Católica falava ou fala, o corpo é tudo o que uma mulher é. Ele nos define, nos faz aparecer frente à realidade e aos outros, nos faz ir ao encontro do mundo. Não podemos tratar nosso corpo de qualquer jeito, pois o corpo é espaço da vida. Até na Bíblia encontramos histórias que falam de uma forma boa sobre o corpo. O livro Cânticos dos Cânticos é um exemplo disto: usando uma linguagem sensual, conta a história de um amor muito bonito.

Queremos também denunciar os homens que abusavam de suas negras escravas que os satisfaziam duplamente nos trabalhos da casa e na cama, porque diziam que com suas esposas não se podia ter prazer, orgasmo. Diante de tudo isto indagamos: “O que dizer então da sexualidade?”. Ela faz parte do nosso corpo e é uma energia boa que nos coloca em relação com outras pessoas, nos permite viver o amor, a ternura, o prazer. Para viver estas experiências, outros fatores também influenciam, como a nossa educação, a cultura e o jeito de ser do grupo que vivemos. Acreditamos que seja importante olhar o corpo e a sexualidade feminina como coisas muito positivas e não como um pecado. Todas o corpo feminino é bonito e bom. Trabalhar, cuidar da casa, dançar, namorar, são coisas que fazem parte da vida da mulher e fazem bem ao corpo, são todas coisas boas e não há do que se envergonhar.

Desejamos que os homens aceitem que as mulheres têm capacidade moral de tomar decisões, que sejam aceitáveis os seus pontos de vista ético e religioso, que reconheçam direito da mulher de decidir acerca de questões que afetem sua própria vida e seu corpo. As mulheres não são meras reprodutoras, sem sentimentos ou desejos. A mulher tem o direito de ter o controle do próprio corpo e não apenas de ser “usada” quando o homem bem entender. “Como pode alguém sentir-se uma pessoa quando aquilo que se acha mais próximo dela, seu próprio corpo, lhe escapa, tornando-se dependente de outras pessoas e ficando submetido à autoridade delas?". Sabemos que os corpos das mulheres têm sido o “locus” privilegiado de controle social dos homens sobre as mulheres. Também sabemos que a efetivação da autonomia das mulheres - como dos homens - não se dá quando direitos econômicos, sociais e políticos lhes são negados. Não queremos que os homens nos devolvam “os nossos direitos”, porque esse direitos não lhes pertencem. Apenas desejamos que nos respeitem e nos permitam ter e exercer o direito de decidir.

Sem vergonha e sem culpa,

                                                                        Mulheres do século XVIII
 
 
 
 
PS: Carta hipotética

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Cuidado pastoral


O CUIDADO PASTORAL

O cuidar é universalmente humano. Ninguém pode cuidar de si mesmo em todas as situações. Ninguém pode, até mesmo, falar a si próprio sem que lhe tivesse sido falado por outrem. Paul Tillich


Ao se falar de cuidado pastoral, devemos lembrar que primeiro precisamos citar o mundo. O mundo como um lugar de construção do “sendo humano” e com isso, do “sendo do ministério pastoral”. Pois é nesse mundo, no qual o ser humano está sendo, é que a vida acontece, e o ministério pastoral também. E nessa caminhada, nesse mundo, é preciso lembrar a questão do cuidado, que é essencial numa comunidade. Visitar, orar, cuidar das pessoas. Amá-las.

Sabe-se que o “cuidado” em si, tem significados que extrapolam o conhecimento comum, como por exemplo, “Ser-no-mundo-com-outros”, “atitude de solicitude, de atenção, dedicação”; pois quem cuida sente-se “afetivamente ligada ao outro”; “é constituição ontológico-existencial” do ser e do “ser-aí”, no mundo.

De acordo com Tillich o cuidar é universalmente humano, e só é possível receber cuidado se cuidarmos de outr@s. Trata-se de uma atitude e não de dois atos. Não se torna pessoa sem o encontro com outra pessoa e por isso Boff ressalta: “O que se opõe ao descuido e ao descaso é o cuidado. Cuidar é mais que um ato; é uma atitude. Portanto, abrange mais que um momento de atenção, de zelo e de desvelo. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro”. O cuidado, é uma característica inerente aquele/a que se dispõe ao pastorado, deve ser algo que vá além da mera oração. Deve ser algo que faça com que @ pastor/a sinta em seu coração, algo que o faça acordar à noite e orar pelas pessoas, abençoando-as. 

Vale citar que o “Cuidado pastoral” não é um conceito bíblico, mas sabe-se que há uma longa história na dinâmica tradição da Igreja, além do respaldo nas Escrituras. Na tradução francesa temos o “cure d’âme” (cura da alma) e no latim “cura animarum” (cura ou cuidado da alma). E por isso, na tradição cristã tal expressão tornou-se clássica ao descrever esse elemento central e unificador do ministério pastoral, afinal o “Cuidar das almas significa cuidar do centro vital das pessoas; é o reparo e a nutrição desse centro pessoal de afeto e vontade”.  Isso significa que a pessoa que está a frente de uma comunidade, deve ser uma “pessoa apaixonada” por gente. E não é tarefa fácil! Mas é possível e essencial.

Cuidado pastoral pode ser definido como encontro, e esse encontro é um acontecimento de conhecimento, um processo de interpretação, marcado por dualidades; e mais, encontro implica em experiência, reciprocidade e interação; encontro envolve o influenciar, transformar e mudar. Não é estático! Envolve relação, afetividade, cuidado, amor.

Para Clebsch e Jaekle “O cuidado pastoral consiste de atos de ajuda realizados por representantes cristãos, voltados para curar, suster, guiar e reconciliar as pessoas em dificuldades, cujos problemas emergem no contexto de preocupações e significados últimos”. Ou seja, para eles, o curar, significa tornar inteiro, íntegro. Tem o objetivo de superar desarmonias pessoais e, recuperar a integralidade nas relações interpessoais e com isso, fazer com que as pessoas se desenvolvam em relação a seu estado prévio. O suster, é ajudar uma pessoa que está em sofrimento, é amparar, é ser apoio, ajudar em crise, a perseverar e a transcender uma circunstância em que a recuperação de condição anterior pareça ser impossível, distante ou improvável. O guiar é a assistência pastoral ante a iminência de decisões e opções em relação a alternativas de pensamento e ação, em especial quando essas escolhas podem alterar fortemente a vida presente e futura da pessoa. E por fim, reconciliar, que é facilitar o restabelecimento de relacionamentos rompidos entre a pessoa e Deus, pessoas e a natureza, pessoas, grupos e sociedade.

E nesse sentido uso as palavras de Bonhoeffer, que disse: “o outro só será irmão quando se tornar um fardo, e só então deixará de ser objeto dominado. [...]. Levar o fardo do outro significa aqui suportar a realidade do outro em sua condição de criatura, aceitá-la, e, sofrendo-a, chegar ao ponto de alegrar-se com ela”. Portanto, somente “quem carrega sabe-se carregado, e somente com esta força poderá carregar”. O cuidado pastoral ensina que ser cristã ou cristão, ser clerig@, pastor/a é tornar-se carregador/a de fardos de esperança, de justiça, de amor, cura, sustentação, assistência, reconciliação, de misericórdia e da paz que excede todo entendimento humano. 

Que o trino Deus nos abençoe, como corpo de Cristo que somos.
Odete Liber


Espiritualidade


“Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo... Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer. Porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura...” Fernando Pessoa

Para Boff vivemos no século da consolidação da globalização. A globalização provocada pelo avanço da revolução tecnológica, caracterizada pela internacionalização da produção e pela expansão dos fluxos financeiros; regionalização caracterizada pela formação de blocos econômicos; fragmentação que dividem globalizadores e globalizados, centro e periferia, os que morrem de fome e os que morrem pelo consumo excessivo de alimentos, rivalidades regionais, confrontos políticos, étnicos e confessionais, terrorismo. É nesse contexto, nessa travessia de milênio, que devemos pensar a espiritualidade, ou melhor, que o ser humano começa a voltar-se cada dia mais para a busca do transcendente, da espiritualidade.
Vivemos em uma época em que não há mais uma única história e sim, história da humanidade unificada e globalizada, unida com a história da Terra. E com isso há a consciência coletiva, ou seja, uma preocupação que vai além do meu bairro, cidade, Estado, país. É algo global!

Nessa globalização o desenvolvimento e sustentabilidade são compatíveis e é possível falarmos em desenvolvimento fora da lógica do capital. E assim como Boff, Gadotti diz que isso tudo "implica um equilíbrio do ser humano consigo mesmo e com o planeta, mais ainda, com o universo. A sustentabilidade que defendemos refere-se ao próprio sentido do que somos de onde viemos e para onde vamos, como seres de sentido e doadores de sentido a tudo o que nos cerca (GADOTTI, 2005, p. 16). E é a partir disto que o ser humano buscará mais a espiritualidade. Num mundo de caos e tantas diferenças busca-se algo mais, a espiritualidade.
Pois, segundo Boff, "A espiritualidade dará leveza à vida e fará que os seres humanos não se sintam condenados a um vale de lágrimas, mas se sintam filhos e filhas da alegria de viver juntos nesse mundo." Afinal, desde crianças temos a sensação de estarmos ligados ao universo, pois não somos apenas corpo e nem só psique. Somos espírito. O sentimento de pertença ao universo, de se estar ligad@ ou re-ligad@ com algo que é muito maior do que nós. E creio que sim, vivemos cada dia mais uma época em que o ser humano busca experimentar o sagrado, a espiritualidade. Busca-se um encontro com o transcendente, que é segundo Boff o "gerador de grande sentido e de entusiasmo para viver".
Odete Liber de AAdriano

Referencia:

GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Terra e cultura de sustentabilidade. In: Revista Lusófona de Educação, 2005, 6, 15-29.


sexta-feira, 17 de maio de 2013

A CARTA


pt


Ministério Infantil Semente Ágape: Lição 5 - O que é um anjo?

Ministério Infantil Semente Ágape: Lição 5 - O que é um anjo?: PROFESSOR: MEDITE NESTES TEXTOS BÍBLICOS ANTES DA PREPARAÇÃO DA LIÇÃO:  Antes de Adão e Eva serem criad...

as lutas da vida nos tornam fortes


Quando olho para o passado vejo que a vida por muitas vezes me bateu forte. Lógico que em alguns momentos quis fugir, gritar, chorar (e o fiz)  mas logo percebia que isso não iria me ajudar. Então, só restava uma alternativa: enfrentar e seguir adiante. Pois o que importa é: “Frente a uma situação difícil, complicada, dolorosa, o que se faz:  chora, se joga no chão, se fecha em casa no quarto escuro, fica relembrando como se é fraco, foge ou enfrenta? O que fará a diferença na vida é qual das opções se escolhe.

E na caminhada da existência muitas escolhas eu tive que fazer. Umas boas, outras nem tanto. Certas, erradas. Quis da vida mais do que ela poderia me oferecer. Também quis mais de mim, mais do que poderia ser. E pior, ainda quero mais de mim.  

Em certos momentos houve dias de desespero, medo, ansiedade, luto, dor, saudade. Mas também existiram noites de sol com brilho, luz intensa, assim como teve dias de vazio na alma. Com isso, compreendi certas coisas, outras ainda não. Respondi certas indagações,  questionei e muitas vezes não tive resposta alguma.

Fugaz, têm sido os meus dias. Nos desenganos da vida encontrei a “dureza” do dia a dia. Na descoberta, na luta, a resiliência da minha alma.

Consegui sempre enfrentar as lutas e adversidades, mesmo que procrastinando. Me levantei, me recuperei. E como diz a canção: Sigo “caminhando e cantando, e seguindo a canção, somos todos iguais, braços dados ou não”.

Com isso, tornei-me descobridora de mim mesma. Descobridora dos meus caminhos e de minha lucidez ou “inlucidez”. Descobridora das minhas fraquezas e de minha força. Descobri meus limites e minha ponderação, bom senso. Também descobri que não poderia ser além do que eu era, pois encontrei os meus limites. E me adaptei ao meu tamanho “sem abandonar o sonho” mesmo que a vida por vezes tenha me abandonado ou me dado uns “solavancos”. Mas isso foi e é bom, pois me faz o que sou. Sempre aberta ao novo, as novas possibilidades, me adaptando, me fortalecendo, crescendo, aprendendo, caindo e levantando. Se a vida me bate, é preciso levantar mais forte. Como disse Sêneca, aquele/a que ‘se cai, luta de joelhos’. Que Deus me ajude, nos ajude a seguirmo em frente  sempre com fé, luta, apesar das falhas, erros, dores, pecados. Odete Liber AAdriano



 

pra não dizer


quinta-feira, 16 de maio de 2013

sexta-feira, 10 de maio de 2013

salmo 82


                                                         Salmos 82:1-8
Deus está na congregação dos poderosos; julga no meio dos deuses. Até quando julgareis injustamente, e aceitareis as pessoas dos ímpios?  Fazei justiça ao pobre e ao órfão; justificai o aflito e o necessitado. Livrai o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios. Eles não conhecem, nem entendem; andam em trevas; todos os fundamentos da terra vacilam. Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo. Todavia morrereis como homens, e caireis como qualquer dos príncipes. Levanta-te, ó Deus, julga a terra, pois tu possuis todas as nações.  
O Salmo 82 nos diz que Deus repreende os juízes que julgam parcialmente. Afinal, o dever deles era proteger as vítimas inocentes e castigar os malfeitores, mas faziam o contrário disso. O salmista também nos dá a impressão de quem está reclamando da falha dos juízes terrenos o faz em face de uma justiça terrena falha. É preciso, portanto, que o Deus de Israel exerça juízo na terra, pois uma de suas características é o fato de Ele é um Deus de justiça, que assiste ao pobre e ao necessitado.
Quando ligo a televisão para assistir a um jornal, vejo tanta injustiça, corrupção, impunidade, tanta dor assombrando a vida das pessoas. E nos sentimos fracos, frustrados. Então é preciso buscar consolo e socorro em Deus e gritar com as palavras do salmista: “Até quando julgareis injustamente e tomareis o partido dos ímpios?”. Afinal, o Reino de Deus trabalha em silêncio para corromper o mundo, isto é, corrompe a corrupção. A igreja pode ser testemunha da verdade que corrompe o mundo, isto é, quando ela se tornar um sinal de vida hoje. Odete Liber de AAdriano
 
 
 
foto: Ilha Caieiras - Vitória -ES
 
 

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Milton Nascimento - Outro Lugar

"Amor eu gosto tanto, eu amo, amo tanto o seu olhar
Andei por esse mundo louco, doido, solto com sede de amar
Igual a um beija-flor, que beija-flor,
De flor em flor eu quis beijar..."


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